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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26767: História de vida (61): Eugénia Sousa (Ribeira Grande, Stº Antão, 1935 - Sesimbra, 2025): cap enf pqdt ref, cofundadora da Escola de Serviço de Saúde Militar (ESSM)


Capa do livro "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), 439 pp (com a devida vénia)



Eugénia do Espírito Santo Sousa, cap enf pqdt ref (Ribeira Grande, Santo Antão,
Cabo Verde, 1935 - Sesimbra, 2025)




1. Infelizmente não temos nenhum regosto da passagem da Eugénia Sousa pelo TO da Guiné. Ela acaba de morrer, aos 89 anos (*). Publicou dois pequenos textos no livro supracitado, de que também é coautora. Foi enf pqdt durante 12 anos. Ainda estava na FAP no início dos anos 80, com o posto de capitão. Pertenceu ao grupo dos fundadores da Escola do Serviço de Saúde Militar (ESSM). Solteira, vivia em Sersimbra.

A ESSM foi criada pelo Decreto-Lei nº 266/79,de 2 de agosto, como estabelecimento de ensino técnico-militar, funcionando na directa dependência do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas. Foi herdeira das, entretanto extintas, Escola de Enfermagem da Armada e Escola do Serviço de Saúde do Exército. O seu primeiro regulamento foi aprovado pela Portaria n.º 582/80, de 10 de setembro.

A Eugénia deixou este apontamento biográfico no livro acima citado, pp. 40/41, que tomamos a liberdade de reproduzir.

  •  nasceu na ilha de Sto. Antão, na vila (hoje cidade) de Ribeira Grande, também conhecida por Povoação (**);
  • teve uma infância e adolescência difíceis;
  • só aos 20 anos pôde viajar para Portugal, tendo-se fixado em Penafiel:
  • tirou o curso de auxiliar de enfermagem no Porto e depois o curso geral de enfermagem, em Lisboa;
  • em 1962, fez o 2º curso de enfermeiras-paraquedistas.

Recorde-se que, em 9 cursos (1961, 1962, 1963, 1963, 1964, 1966, 1967, 1970, 1972 e 1974) formaram-se 46 enfermeiras paraquedistas, as primeiras mulheres a integrar as fileiras deas Forças Arnmadas Portuguesas.



Armas da ESSM

 


In "Nós, enfermeiras paraquedistas", op. cit, 2014, pp. 40/41.

______________

Notas do editor LG:


(**) Último poste da série > 20 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26705: História de vida (60): A esloveno-americana Vilma Kracun, n. 1947, membro nº 900 da nossa Tabanca Grande (João Crisóstomo, grão-tabanqueiro nº 432)

2 comentários:

Anónimo disse...

Bonito de se ler.. e recordar, muita gente, como esta senhora, que pelas matas fez alguma coisa, e não foi pouca, por nós mulitares. Muito agradecido. Abílio Duarte - C.Art.2479/C.Art.11.

Anónimo disse...

Uma história bonita, em alguns aspectos menos bons, com força e ajuda de terceiros, fez um grande percurso de vida, ajudando finalmente os nossos militares.
No curso que fez no Santo António, provavelmente antes da inauguração do S. João, em 1959, devemos ter-nos cruzado, nas várias vezes que por lá passei para ser tratado.
Depois passei para o S. João, bem perto da minha casa de Paranhos, onde assisti à construção de raiz na Asprela até à sua inauguração.
Penafiel uma terra que conheci desde muito cedo, e mais tarde depois da tropa fiz muito trabalho de consultadoria em empresas nessa área.
O quando deve ter sido boa essa experiência de conhecer novos mundos saindo de uma ilha ao largo do Atlântico.
Obrigada enfermeira Eugénia Sousa.
Virgilio Teixeira
batalhão de Caçadores 1933 (67-69)