quarta-feira, 19 de junho de 2024

Guiné 61/74 - P25657: Humor de caserna (68): O anedotário da Spinolândia (XIII): na ilha das Cobras, a ementa hoje é... cabrito com ostras... V. Exas são servidas ?


Palmela > Poceirão > Casa do João Vaz > 2017 > Encontro do pessoal dos Pel Caç Nat 51, 52 e 54 > Petisco:  Ostras do Sado, na grelha, para matar saudades das ostras do tarrafo...

Foto (e legenda): © José Manuel Viegas (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do José António Viegas (ex-fur mil do Pel Caç Nat 54, Mansabá, Enxalé, Missirá, Porto Gole; e CIM Bolama, Ilha das Cobras e  Ilha das Galinhas, ago 1966 / set 68):



Do Spínola (sou do tempo dos dois, do Schulz e do Spínola) lembro os dois contactos que tive com ele, um ainda com o Pel Caç Nat 54, em Porto Gole, e outro na Ilha das Cobras, para onde fui destacado, no final da comissão, com um pelotão do CIM de Bolama:

1.1. Algures em 68,  apareceu em Porto Gole, com o Capitão Bruno, pois ia fazer-se uma grande operação no Xime; deu uma preleção à malta, e depois o Capitão Bruno mandou arranjar o Unimog com uma secção para ir ao Enxalé.

Eu disse: 

− Meu Capitão,  temos que picar a estrada...

Respondeu o Spínola:  

− Anda depressa, rapaz, temos mais que fazer...

1.2. Em meados de 68,  apareceu na Ilha das Cobras com o seu staff, a guarnição era toda tropa nativa (1 Pelotão do CIM Bolama), deu uma preleção aos nativos,  a enaltecer os homens, e que eles é que deveriam defender o seu chão, blá-blá...

Era hora de almoço. O Capitão Bruno foi atrás do cheiro até á cozinha, e com muita pena dele (e se calhar do  Spnínola) não ficou para o  almoço: tínhamos apanhado um cabrito nessa noite e estava a ser cozinhado com ostras.

Enfim, coisas da nossa guerra.

José António Viegas
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Notas do editor:

Último poste da série > 17 de junho de  2024 > Guiné 61/74 - P25652: Humor de caserna (67): O Spínola teria-se-ia desmanchado a rir, se fosse vivo, e tivesse lido esta história do cabo Abel, contada aqui, em versão condensada, pelo nosso Alberto Branquinho

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