1. Soubemos, pelo Facebook da Tabanca de Matosinhos, que morreu ontem mais um camarada nosso, o José António Gomes de Sousa (ou José António Sousa). O Zé Teixeira confirmou-nos esta manhã a triste notícia e deixou escrito o seguinte:
O José António Sousa deixou-nos para fazer o caminho eterno.
Foi apanhado de surpresa pela morte. deixando a família e todos nós em sofrimento profundo.
À tua esposa, Maria de Fátima, que tantas vezes te acompanhou e nos brindou com a saborosa bola de carne, à tua filha Alexandra, ao teu querido primo Zé Eduardo e a toda a família, os mais profundos sentimentos de pesar da Tabanca de Matosinhos. (...) (Tabanca Matosinhos> 20 de novemrbo de 2025, 20h00).
O corpo está em câmara ardente desde ontem a partir das 16 horas na Igreja Stellla Maris - Carmelitas, na Rua de Gondarém 274, na Foz do Douro, e o funeral será hoje às 16 horas, indo a sepultar no jazigo de família, no cemitério da Foz do Douro, Porto.
2. Também a Tabanca Grande se associa a esta manifestação de pesar (*). Daqui enviamos um abraço de solidariedade na dor, da parte dos editores, colaboradores oermanentes e demais membros da nosso blogue à família e aos camaradas da Tabanca de Matosinhosm que nos últimos conviviveram mais regularmente com o Zé António Sousa.
(...) A Tabanca de Matosinhos está de luto
O José António Sousa deixou-nos para fazer o caminho eterno.
Ainda ontem esteve no nosso almoço semanal, como era seu hábito há vários anos.
Um homem calmo, que transparecia serenidade, um amigo sempre disponível, um conversador nato, um camarada que todos estimamos e sabemos que ele nos estimava a todos.
Foi apanhado de surpresa pela morte. deixando a família e todos nós em sofrimento profundo.
Zé António, estás no coração de todos os tabanqueiros e estarás presente na nossa memória, quando à quarta feira, nos juntarmos para conviver.
À tua esposa, Maria de Fátima, que tantas vezes te acompanhou e nos brindou com a saborosa bola de carne, à tua filha Alexandra, ao teu querido primo Zé Eduardo e a toda a família, os mais profundos sentimentos de pesar da Tabanca de Matosinhos. (...) (Tabanca Matosinhos> 20 de novemrbo de 2025, 20h00).
O corpo está em câmara ardente desde ontem a partir das 16 horas na Igreja Stellla Maris - Carmelitas, na Rua de Gondarém 274, na Foz do Douro, e o funeral será hoje às 16 horas, indo a sepultar no jazigo de família, no cemitério da Foz do Douro, Porto.
O José António Gomes de Sousa, ex-soldado condutor auto, CCAV 3404/ BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73) entrou formalmenmte para a Tabanca Grande em 13/2/2013. Era, cronologicamente, o grão.tabanqueiro nº 602. (**)
Nasceu em 16/6/1949. Despede-se, pois, da Terra da Alegria aos 76 anos. Merecia ter vivido muito mais. Era um bom ser humano, amigo e camarada que eu tive o prazwr de conhecer na Tabanca de Matosinhos, tal como o Rogério Paupério e outros camaradas do Norte.
O José António Sousa (tem 6 referências no nosso bloguie) e o seu camarada Rogério Paupério, ambos membros da Tabanca de Matosinhos e da Tabanca Grande, foram à Guiné-Bissau em 2010 e, na picada do Quirafo (entre o Saltinho, Contabane e Dulombi) depararam-se com os restos calcinados da GMC onde, em 17 de abril de 1972, encontraram a morte, em combate, o alf mil op esp Armandino Silva Ribeiro e mais onze elementos da CAÇ 3490 (Saltinho, 1972/74), incluindo dois milícias e um civil (***). O sold at inf António da Silva Batista (1950-2016) por sua vez, foi dado como desaparecido: soube-se depois que fora feito prisioneiro pela força do PAIGC que montou a emboscada, tendo sido apenas libertado em setembro de 1974.
Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Cabuca > Brasão da CCAV 3404 / BCAV 3854 (1971/73) e o menino de Cabuca.
Este batalhão embarcou em 4 de julho de 1971 e regressou à Metrópole em 5 de outubro de 1973. Esteve sediado (comando e CCS) em Lamego (Comandante: ten cor cav António Malta Leuschner Fernandes). A CCAV esteve 3054 em Cabuca, a CCAV 3405 esteve em Mareué e Nova Lamego, e a CCAV 3406 em Madina Mandinga.
(...) A minha história é igual ou semelhante à de tantos milhares de camaradas que na flor da sua juventude se viram envolvidos na Guerra do Ultramar.
Tudo começou numa manhã de verão, num Domingo dia 4 de Julho de 1971. Depois de uma viajem nocturna de autocarro entre Estremoz e Lisboa, acordei e dei de frente com um navio negro (na altura achei-o feio), na sua proa, o nome: Angra do Heroísmio.
A viagem decorria normalmente quando me apercebi que o navio mudava de rumo para oeste, dirigia-se para o Funchal a fim de ser efectuada a evacuação de um camarada que tinha sofrido uma apendicite.
Tudo começou numa manhã de verão, num Domingo dia 4 de Julho de 1971. Depois de uma viajem nocturna de autocarro entre Estremoz e Lisboa, acordei e dei de frente com um navio negro (na altura achei-o feio), na sua proa, o nome: Angra do Heroísmio.
A viagem decorria normalmente quando me apercebi que o navio mudava de rumo para oeste, dirigia-se para o Funchal a fim de ser efectuada a evacuação de um camarada que tinha sofrido uma apendicite.
Desembarcámos em Bissau passados sete dias, no cais esperava-nos um sem número de camiões civis que nos transportaram para o Cumeré a fim de efectuarmos o habitual IAO.
Durante essa viagem e apesar do desconforto, achei-a maravilhosa, era o meu primeiro contacto com África que há muito sonhava.
A 13 de Agosto seguimos na LDG Alfange, Rio Geba acima rumo ao Xime onde fomos recebidos com pompa e circunstância pela “velhice” local, até camaras de TV havia, seguimos depois em coluna com passagens por Bambadinca e Bafatá, sempre a praxe a receber-nos e quando chegamos a Nova Lamego já era noite, famintos, cansados e encharcados, pois durante toda a viagem choveu copiosamente, foi-nos distribuída uma sopa de lentilhas que no momento nos pareceu um manjar. Depois do merecido descanso, partimos para o nosso destino; CABUCA, a picada estava em péssimas condições e com a chuva a cair sem parar a viagem foi dolorosa, para percorrer os cerca de 20 quilómetros que separam Nova Lamego e Cabuca demoramos o dia todo.
À chegada, como não podia deixar de ser, a 'velhice' lá estava para nos receber festivamente, na verdade fomos recebidos com muito respeito pelos nossos camaradas da CCaç 2680 para quem quero aproveitar para enviar um forte abraço.
Caros camaradas, esta é a primeira história que tenho para contar à Tabanca, é uma singela introdução das muitas coisas que aconteceram nos 27 meses que passei na Guiné. (...)
____________________
Notas do editor LG:
(*) Vd. último poste da série > 15 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27428: In Memoriam (561): Ana de Lourdes Duarte Gonçalves Mendonça da Silva (1951-2025), viúva do nosso camarada Torcato Mendonça, que faleceu no passado dia 12 de Novembro
(**) Vd. poste de 24 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10995: Tabanca Grande (383): José António Gomes de Sousa, ex-Soldado Condutor Auto da CCAV 3404/BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73)
(***) Vd. postes de:
2 de abril de 2023 _ Guiné 61/74 - P24185: Fotos à procura de...uma legenda (172): Ainda a tragédia do Quirafo, de 17 de abril de 1972: comparando as fotos da GMC destruída, de 2005 (Paulo / João Santiago) e de 2010 (Rogério Paupério / José António Sousa)
Durante essa viagem e apesar do desconforto, achei-a maravilhosa, era o meu primeiro contacto com África que há muito sonhava.A 13 de Agosto seguimos na LDG Alfange, Rio Geba acima rumo ao Xime onde fomos recebidos com pompa e circunstância pela “velhice” local, até camaras de TV havia, seguimos depois em coluna com passagens por Bambadinca e Bafatá, sempre a praxe a receber-nos e quando chegamos a Nova Lamego já era noite, famintos, cansados e encharcados, pois durante toda a viagem choveu copiosamente, foi-nos distribuída uma sopa de lentilhas que no momento nos pareceu um manjar. Depois do merecido descanso, partimos para o nosso destino; CABUCA, a picada estava em péssimas condições e com a chuva a cair sem parar a viagem foi dolorosa, para percorrer os cerca de 20 quilómetros que separam Nova Lamego e Cabuca demoramos o dia todo.
Caros camaradas, esta é a primeira história que tenho para contar à Tabanca, é uma singela introdução das muitas coisas que aconteceram nos 27 meses que passei na Guiné. (...)
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Notas do editor LG:
(*) Vd. último poste da série > 15 de novembro de 2025 > Guiné 61/74 - P27428: In Memoriam (561): Ana de Lourdes Duarte Gonçalves Mendonça da Silva (1951-2025), viúva do nosso camarada Torcato Mendonça, que faleceu no passado dia 12 de Novembro
(**) Vd. poste de 24 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10995: Tabanca Grande (383): José António Gomes de Sousa, ex-Soldado Condutor Auto da CCAV 3404/BCAV 3854 (Cabuca, 1971/73)
(***) Vd. postes de:
2 de abril de 2023 _ Guiné 61/74 - P24185: Fotos à procura de...uma legenda (172): Ainda a tragédia do Quirafo, de 17 de abril de 1972: comparando as fotos da GMC destruída, de 2005 (Paulo / João Santiago) e de 2010 (Rogério Paupério / José António Sousa)



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