segunda-feira, 20 de julho de 2020

Guiné 61/74 - P21186: Manuscrito(s) (Luís Graça) (188): a "alvéola-branca" (Motacilla alba ), a laboriosa "boeira" ou "labandeira" que faz o ninho debaixo da minha janela, na Tabanca de Candoz...Se o novo coronovírus covid-19 fosse um insecto, já o tinha papado, a minha pequena glutona "lavandisca"
















Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz  > Quinta de Candoz > 8 de julho de 2020 > Alvéola-branca (Motacilla alba ). > Fez o ninho debaixo da minha janela, aproveitando uma fissura entre o resguardo de chapa de zinxo que circunda a parede e o telhado do piso de baixo (a casa tem três pisos em pirâmide, assente numa estrutura rochosa). Vemo-la aqui a aproximar-se do ninho, sempre irrequieta mas cautelosa...Tanto quanto me foi dado ver, com binóculos, ainda havia, nesta altura do ano, juvenis no ninho... Sempre esfomeados!... Aqui chama-se "boeira" (anda atrás dos bois ou até mesmo em cima deles, mas lavras); em Matosinhos, chama-se "lavandisca"!...

(A Motacillia alba, em inglês, White Wagtail também ocorre na Guiné-Bissau, mas é "rara ou ocasional", segundo a Avibase - The World Birde Database.)...

Fotos (e legenda): © Luís Graça (2020). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Não sou ornitólogo nem tenho equipamento fotográfico para o registo de aves...Fiz estas fotos com a minha vulgar Nikon D5300, em alta resolução e depois editadas... Não tenho uma zoom para fotografia de aves... Bem sequer tripé.

Com paciência (muita) e sorte (alguma),  parte destas fotos foram tiradas da janela do quarto, entreaberta. Como estive quase 3 semanas na Tabanca de Candoz, durante a pandemia de covid 19, e limitado em termos de locomação por causa do meu joelho direito, entretive-me, umas largas horas,  com a máquina numa mão e a canadina noutra, a seguir a vida desta alvéola branca comum...É uma máquina de caçar insetos, em campo aberto, tal como a andorinha...

A alvéola-branca tem vários nomes populares, conforme as regiões: labandeira, lavadeira, lavandisca, lavandeira, alveliço, alvéola, alvéloa, arvela, arvéloa, arvéola, avoeira, boieira, blandisca, beirinha,  pastorinha, etc, 

Aqui, em terras do Douro Litoral,  é conhecida por  "boeira" (,seguia os bois quando os bois puxavam o arado, entretanto substituídos pelo trator...). De qualquer modo, a ave adapta-se bem às mudanças ambientais: desaparecidos os bois de trabalho, segue o trator,,, porque sabe que a máquina, ao remexer a terra, afugenta os insetos...que são a base da sua alimentação.

As alvéolas são aves de pequeno porte, com um comprimento que ronda os 19,5 centímetros. de constituição delgada. O bico é alongado e fino, típicos dos insectívoros.  Ver aqui mais informação na Wikipedia:

(i) o bico é alongado e fino, próprio para uma alimentação à base de insectos;

(ii) a cauda longa é agitada de um lado para o outro quando a alvéola está em repouso;

(iii)  as patas são relativamente longas,  terminando em dedos com garras compridas;

(iv) a  plumagem é geralmente branca, negra e/ou cinzenta;

(v) aa  época de acasalamento  ocorre no fim do Inverno;

(vi) a fêmea constrói um ninho em qualquer concavidade, seja um buraco de um muro, as raízes de uma árvore, a cavidade de um tronco de árvore, um local abrigado de um telhado;

(vii) a postura ronda geralmente cinco a seis ovos que são incubados pela fêmea por cerca de duas semanas;

(viii)  os juvenis saem do ninho duas ou três semanas depois, geralmente já durante a Primavera.

Não as mencionei, expressamente, às alvéolas ou "boeiras" no meu poema "Não sei se as 'aves do paraíso' são felizes" (*). Hei de incluí-las numa próxima revisão... As andorinhas,. essas, mantêm-se fiéis a Candoz, o que é bom sinal... E o seu GPS não falha: todos os anos voltam ao ninho, o único que conheço em redor... E esta fidelidade é também um certificado de qualidade ambiental da Quinta de Candoz...





Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > 4 de julho de 2020 > Ninho de andorinha... algo insólito, construído não no beiral mas à volta da lâmpada do hall no alpendre de um das nossas casas (não habitada, antiga casa de caseiro)... Terá já cerca de 15 anos, tendo sido reconstruído duas ou três vezes, no máxino... O ninho é religiosamente respeitado por todos nós, o seu único inimigo só podem ser as intempéries, embora o sítio seja abrigado... e sossegado, uma vez que estas instalações não sejam utilizadas por ninguém... até um dia em que os tabanqueiros decidam fazer um "alojamento local" para o Zé Turista... (**)

Fotos (e legenda): © Luís Graça (2020). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

2. Leio,  no portal Aves de Portugal.Info, sobre a alvéola-branca, uma das 3 espécies que ocorrem regularmente em Portugal continental (, incluindo a alvéola-cinzenta e a alvéola-amarela):

(...) A alvéola-branca é uma das espécies mais conhecidas da generalidade das pessoas, com o seu típico baloiçar da cauda e a combinação preto-e-branco da coloração. (...)

(...) É bastante fácil de identificar, com o seu típico padrão escuro na cabeça, garganta e dorso, que contrasta com o branco no peito e abdómen, assim como nas faces. A cauda comprida e patas compridas são extremamente visíveis, pois esta ave passa bastante tempo no solo, baloiçando bastante a cauda, no que é um comportamento bastante característico desta espécie.

A subespécie britânica 'Motacilla alba yarrellii', que ocorre com regularidade no nosso território, distingue-se por possuir a mancha negra na garganta a estender-se até ao peito, e por ter o dorso
negro, ao contrário da subespécie nominal que o possui cinzento-escuro (...).

(...) Trata-se de uma espécie mais comum na metade norte do território, onde está presente durante todo o ano. Durante apassagem outonal e no Inverno, a população reforça-se com a chegada de aves de passagem e invernantes. Entre os meses de Outubro e Março, a alvéola-branca é uma espécie comum na metade sul do território, ocorrendo também a subespécie britânica como invernante (...).

(...) As zonas ribeirinhas, cursos de água e terrenos lavrados, parques e jardins, são os habitats de eleição da alvéola-branca. Também nas pequenas localidades é facilmente avistada, sobretudo em regiões onde existe uma forte presença de gado e pequenos cursos de água que as atravessam. (...)

Há um vídeo didático, no portal Aves de Portigal.Info, com 12' 25'' de duração, que nos ensina a identificar as diferentes espécies de alvéolas... (***)

________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 8 de agosto de  2014 > Guiné 63/74 - P13475: Manuscrito(s) (Luís Graça) (39): A felicidade ? É onde nós a pomos e onde nós estamos...

Vd. também  poste de 15 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14261: Fotos à procura de... uma legenda (52): a boeira, de Candoz, também conhecida por alvéola ou lavandisca, noutros sítios (Luís Graça)

(**) Vd.poste de 26 de agosto de  2012 > Guiné 63/74 - P10300: Os nossos passatempos de verão (9): A andorinha da Tabanca de Candoz, que é leal, gregária, solidária, corajosa, persistente, vai à luta, não desiste... (Luís Graça)

Vd. também  poste de 29 de agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8712: Fotos à procura de... uma legenda (10): Mais outra foto-mistério, do álbum de Luís Graça

(***) Último poste da série > 6 de julho de 2020 > Guiné 617/74 - P21143: Manuscrito(s) (Luís Graça) (187): Tabanca de Candoz, entre o pôr do sol e o nascer da lua cheia...

12 comentários:

gil moutinho disse...

Tal e qual Luís Graça.
Também eu na meninice e ainda se lavrava com a junta dos bois, as boieiras e aqui eram mais as lavandiscas,apareciam nas leivas da lavoura atrás das minhocas.E agora quando ,com o tractor,movimento a terra aparecem logo,já devem conhecer o ronco do mesmo!
Fico sempre contente que haja estas manifestações da Natureza,será bom sinal,apesar de !!!
Abraço
Gil

Valdemar Silva disse...

Luís
Até dá gosto estar confinado na Tabanca de Candoz.
Pois, essas 'arvéloas' andam por toda o lado, até aqui no Cacém aparecem à cata de insectos.
A minha mãe, à moda de Afife, chamava-lhes belandiscas.

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, a tua mãe é (ou era, espero que ainda esteja viva...) minhota de Afife ?... Obrigado pelos teus contributos linguisticos para a ornitologia portuguesa... Blandisca, conhecia, "belandisca" pode ser um variante (minhota) do vpcábulo "lavandisca", usada no Douro Litoral...

É verdade, a Tabanca de Candoz tem muitos encantos: só não gosto é quando o sol se põe nos "montes"... Nunca vejo o "norizonte" sobre o mar, como nas praias da minha terra, Lourinhã... Mas não se pode ter tudo: aqui tem marisco e peixe do melhor, lá em cima a 400 km tenho lavabdiscas ou boeiras, mas também cobras (, ainda há dias entrou uma casa, de metro e tal, pregando um cagaço à miha cunhada...), licranços, lagartos, sardaniscas e muitas aves do céu, mas também javali, ourico-cacheiro, rato do campo, toupeira...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Cá está termo popular que desconhecia, "arrebela"...Fiu encontrar no Ciberdúvidas da Língua Portugesa:


«Arrebelas» – em «caçar arrebelas», nos Retalhos da Vida de Um Médico, de Fernando Namora – é transcrição de pronúncia adulterada do termo, já popular, «arvela», o mesmo que alvéloa, alvéola ou arvéloa, este último citado em V. Nemésio.

Os Dicionários da Academia, ou o Morais revisto por Augusto Moreno e José Pedro Machado (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, Ed. Confluência), registam «arvela», com a evidente, e típica, troca b/v e, em Namora, dupla popularização.

Trata-se de um pássaro, a mais conhecida lavandisca (ou lavandeira e lavadeira).

Ernesto Rodrigues 28 de maio de 2003'

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/cacar-arrebelas/11132 [consultado em 20-07-2020]

Valdemar Silva disse...

Luís
A minha mãe era (já faleceu) de Afife e eu também lá nasci.
Palermamente costumava dizer: sou alfacinha de Arroios mas nasci em Afife.
Naquela merda de tempo: 4ª. classe e ir pra Lisboa trabalhar.
Mas nunca me vou esquecer de Afife.

Ai! esta palavra -Afife- !
(volto, ao murmurá-la, atrás-)
Lento moinho de vento
Feito de espaço e de tempo...
Quanta saudade me faz!
Oh! casa das mil janelas
Minhas noites estreladas!
Berço de longas estradas...
Poeta, fiei-me nelas,
Oh! abismo de lonjura,
Reflexos de pedraria!
Porque parti à procura
Daquilo que não havia?
Era aqui, aqui somente
Que eu devia ter ficado,
Afife de toda a gente
Que baila e canta a meu lado

Pedro Homem e Melo
Afife, Quinta de Cabanas 1959

Ainda conheci o Pedro Homem de Melo.
Na Escola Primária, mesmo em frente da Estação CP, quando chegava o comboio de Viana vinha-mos todos à janela ver as pessoas chegar, e a jovem, bonita e inesquecível Sra. Professora dizia: olhem, aquele é que é o poeta.
Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Carlos Vinhal disse...

O Dr. Pedro Homem de Mello gostava muito da Praia de Leça, onde vinha muitas vezes. Como utilizava os transportes públicos, era frequente vê-lo na paragem do autocarro, com o seu inseparável cigarro entre dedos. Sendo professor na cidade do Porto, nos anos 60 levou à nossa Escola um grupo de danças e cantares dedicado ao folclore (Academia de Danças do Norte de Portugal?) por ele formado e acarinhado.
Quanto a Afife, sua terra de coração, come-se lá um bom peixe.
"Havemos de ir a Viana..."
Carlos Vinhal

Valdemar Silva disse...

Sim, Carlos Vinhal.
Sempre de cigarro nos dedos e morreu com oitenta anos.
Viveu na sua Quinta (Convento) de Cabanas e está sepultado no cemitério de Afife.
Quanto ao bom peixe, o robalo com algas da Mariana é pescado em Vila Praia de Âncora.
Afife não é terra de pescadores, no mar apanhava-se o sargaço para adubar as terras da veiga, alguns polvos e pequenos peixes cabrões pra fritar.
Afife é terra de grandes estucadores (os mestres afifanos) e canteiros.
'Havemos de ir Viana...', quem me dera.
Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Carlos Vinhal disse...

Caro Valdemar,
Já tive o prazer de comer o tal robalo com algas, julgo que no restaurante que referes, que fica bem próximo da linha do comboio. Aquilo é carito. Até tivemos a "companhia" de um político da nossa "praça", bem "colocado na vida", logo bem mais capitalizado que qualquer um dos comuns mortais.
Vou com muita frequência a Viana, porque daqui lá são escassos 70Km sempre pela A28. É um instante.
Para o mês que vem faz 48 anos (o que tem isto a ver com a ditadura?) que casei com a minha patroa, e passámos a "lua de mel" no Monte de Santa Luzia, no lindíssimo Hotel com o mesmo nome, de onde se observa uma das paisagens mais bonitas de Portugal.
Todo o alto Minho é muito bonito pelo que nesta época, os portugueses, principalmente o pessoal de Lisboa, podiam aproveitar para fazer férias cá dentro e conhecer toda esta região, assim com o Douro, outra maravilha da natureza.
Experimentem fazer a subida de barco pelo Rio Douro, até à Régua, e verão que nunca mais esquecem a experiência. Subir, ou descer, as eclusas de Crestuma-Lever e de Carrapatelo, é espectacular. Único.
Abraço.
Carlos Vinhal

Valdemar Silva disse...

Exatamente Carlos Vinhal.
O Restaurante Mariana fica à entrada de Afife (lado de Viana), no Lugar de Gateira, frente da passagem de nível e da Capela de São Roque (c.1600).
Agora a Mariana é um restaurante caro mas de grande qualidade. Os proprietários actuais, se ainda forem os mesmos, serão os netos/bisnetos da tia Mariana, os netos são pouco mais novos que eu, que com as visitas de 'gente conhecida' fizeram uma casa de grande prestígio.
Dantes, a mercearia da tia Mariana com outra no Largo do Cruzeiro eram as únicas da Freguesia, sendo que a Mariana, embora mais longe, vendia fiado a gente mais pobre. Depois, com a passagem para a praia mesmo em frente, passou a vender/fazer comes e bebes passando a ser o primeiro e único restaurante de Afife.
Com que então 'lua de mel' no Monte de Santa Luzia a observar uma das paisagens mais bonitas de Portugal. Isso é que foi!!
A antiga Estrada Nacional atravessava toda a Freguesia, mas com a construção (1978?) da nova estrada todo trânsito deixou de passar pelo centro de Afife e por isso grande parte desse antigo percurso, incuíndo casas e quintais, está igual como no tempo dos meus avós.
Carlos Vinhal vai a Afife e visita o Monte de Santo António, mas cuidado com a vista deslumbrante da paisagem que pode causar encantamento.

As águas são para o mar
As folhas são para o vento.
Só as fragas se não mudam!
Nelas ficam o pensamento.
(P.H.Melo, Cabanas 14-08-1939)

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Hélder Valério disse...

Não queria intervir neste tão interessante post, e principalmente os comentários, mas sempre vou dizer alguma coisa.
E isso tem a ver com a "lua-de-mel" do nosso Carlos V e das vistas de Viana.
Ora bem, nesta coisa de casamentos adiantei-me um pouco ao Carlos.
Diz ele que "para o mês que vem faz 48 anos" mas aqui adiantei-me 4 meses já que esses 48 já foram feitos em Abril passado.
Depois achei curioso essa ida a Viana, "se o meu coração não se engana".
Pois também eu passei uns dias, poucos, em Viana.
Os meus cunhados, padrinhos de casamento da noiva, viviam em Viana e assim passámos lá uns 4 ou 5 dias. Depois desci ao Porto onde fiquei 2 dias, vinda rápida para Lisboa, arrumar as coisas e dois ou três dias depois rumar a Bissau para o último terço da comissão.

Curiosidades, apenas.

Hélder Sousa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Também apoio o apelo do meu querido amigo, camarada e coeditor Carlos Vinhal para que a "rapaziada" faça "férias cá dentro"... E descubra o maravilhoso Norte da nossa terra...

Cmo em 1975, ano do "verão quente" que assustou muita gente, a começar pelo "turistame" que costumava passar férias no Algarve...

Tirando as "férias forçadas" em Tavira, no CISMI, no outono de 1968, eu nunca tinha passado férias, tão boas, como em 1975, no Algarve... Os portugas encheram as "vilas" e "hotéis", na crise de 1975... O "patriotismo" também é ajudar a manter os postos de trabalho, em perigo,no Algarve e demais zonas turísticas do nosso país...

Infelizmente, o turismo é como a "galinha de ovos de ouro".. Se matarem a galinha, nem ovos nem ouro... Sempre temi uma crise como esta, que coneçou por ser sanitária...Imaginava-a sob um ataque terrorista: uma bomba no metro de Lisboa ou na ribeira do Porto seria uma "bomba atómica" em cima de uma das nossas maiores fileiras de exportação, o turismo e tudo o gira à sua volta, a hotelaria, a restauração, etc., sem esquecer a "economia paralela"...

Só que o terrorista desta vez foi um maldito vírus descohecido... Devíamos ter aprendido com a história, mas havia gente, historiadores arrogantes, que opinavam, de cátedra, que as pandemias (peste bubónica, varíola, sífilis, varíola, cólera, tifo, febre amarela, tuberculose...) eram coisas do passado, e do nosso "passadp miserável"...

Um pouco mais de humildade, caros doutores, e nunca menosprezem a "natureza" e o facto de, zoologicamente falando, sermos animais, da ordem dos primatas:

Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Sub-reino: Eumetazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Subclasse: Theria
Infraclasse: Eutheria
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Superfamília: Hominoidea
Família: Hominidae
Subfamília: Homininae
Tribo: Hominini
Subtribo: Hominina
Género: Homo
Espécie: H. sapiens
Subespécie: H. s. sapiens

Carlos Vinhal disse...

Caro Luís, quero deixar aqui e agora o meu desagrado pelo teu comentário anterior, porque nunca tinha sido "insultado" desta maneira tão violent. "Hominoidea", "Hominidae", "Homininae"... - Quem? Eu?

Caro Hélder, sei que és um homem culto e com gostos requintados. Passar a lua-de-mel em Viana do Castelo e Porto, são a prova. Quanto ao Porto, acho que foi o bichinho que te ficou dos teus gloriosos tempos nas Transmissões, ali para os lados da Arca d'Água, na "Inbicta".

Adorei aquele belo Hotel de Santa Luzia que tinha, ao tempo, um serviço excepcional, pequeno-almoço no quarto e o "Primeiro de Janeiro" para ler. As refeições eram do melhor.
Voltámos lá uns anos seguidos, quando fazíamos anos de casados, mas depois do 25 de Abril começou a perder qualidade, acabando mesmo por fechar. Hoje faz parte das Pousadas de Portugal, recuperando algum do seu prestígio.
Carlos Vinhal