segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19448: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXI: As colunas para o sudoeste do setor: Bafatá, Fá Mandinga e Bambadinca, eram mais de 200 km, ida e volta


Foto nº 6A  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > c. set/out 1967 > Tabuleta com as indicações das distâncias, para Sul, Norte e Leste, localizada numa das saídas-entradas de Nova Lamego. Bafatá para sudoeste  a mais longa, com 53 kms, e temos de juntar mais cerca de 60 dali até ao porto fluvial e depósito da Intendência em Bambadinca [vd. mapa, em baixo].


Foto nº 1 >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >  Coluna  e de Nova Lamego e Bafatá, "no dia 29 de Janeiro de 1968, o meu aniversário de 25 anos".



Foto nº 9  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Novembro de 1967 >  Na estrada entre Gabu e Bafatá, protegendo-me do pó levantado pelos camiões da coluna da frente, com um lenço, tipo cowboy do Faroeste. 


Foto nº  12  > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69)  > Janeiro de 1968 > Eu, no jipe  com o condutor Pita, impedido do Major Henriques, Oficial de operações, no regresso da viagem a Bafatá e a caminho de Nova Lamego.  


Foto nº 2 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Dezembro de 1967 >  Couna de Nova Lamego a Bambadinca >  Junto a um memorial, pela cruz, pode ser um local em que estivesse enterrado algum militar; foi uma paragem ocasional, ou para a fotografia, em que estou eu e os restantes são todos soldados condutores. 


Foto nº 3 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Novembro de 1967 > Na ponte de madeira que liga Bafatá a Fá Mandinga. 


Foto nº 4 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Outubro de 1967 >  Eu com um grupo de soldados CCAÇ 5, "Os Gatos Pretos", em Nova Lamego.


Foto nº 5 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > Dezembro de 1967 >Coluna deNova Lamego a Bambadinca > Paragem na estrada de Gabu para Bambadinca, numa coluna de reabastecimentos. Reconheço os nomes, em pé à esquerda o sempre presente e grande amigo, o soldado condutor o ‘Ermesinde’, Arlindo de seu nome. Do lado oposto, o Furriel Paiva Matos, o nosso vagomestre da CCS do Batalhão. Todos os restantes são reconhecidos, são condutores, quer da CCS do Batalhão ou da Companhia de Intervenção, CART 1742. 


Foto nº 6  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) > c. set/out 1967 > Tabuleta com a indicação das distâncias entre Nova Lamego e outras povoações da região leste.


Foto nº 7  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >  Janeiro de 1968  >  Foto icónica, perto de Nova Lamego, à saída para Bafatá, junto a um Padrão dos Descobrimentos, do qual não anotei o seu nome ou significado. Uma saída a algum lado, em  Unimog Unimog.


 Foto nº 8  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >  Novembro de 1967  > O meu grupo no meio da ponte para Fá Mandinga. São todos soldados condutores, posso identificar os nomes de dois: o da ponta direita, o Bourbon, impedido do Major Américo Correia, e o Pita, impedido de Major Graciano Henriques. 



 Foto nº 10  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >  Outubro de 1967  > 'Simulação’ de uma emboscada, na estrada entre Gabu a caminho de Bambadinca, antes de chegar a Bafatá, no meio da mata. Os meus companheiros são todos ‘operacionais’ do volante. 



 Foto nº 11  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >  Dezembro de 1967  > Coluna a Bambadinca. Vista geral da estrada no troço entre Gabu e Bafatá, tirada a partir da primeira viatura da coluna. 



 Foto nº 13  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >  Dezembro de 1967  > Uma ‘brincadeira’ de guerra entre índios de arco e flecha. São os soldados condutores do meu Batalhão. Foto captada na estrada entre Gabu e Bafatá.


 Foto nº 14  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >  Dezembro de 1967  > Preparação de uma  coluna para Bafatá-Bambadinca, dentro do aquartelamento do Batalhão em Nova Lamego. Pode ver-se o Furriel Rocha,  o 'Algarvio’ e outros furriéis e milícias. 

 Foto nº 15  >  Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego >  CCS / BCAÇ 1933 (1967/69) >   31 de Janeiro de 1968  > Vista aérea do aquartelamento de Nova Lamego, e a sua pista à distância. Foto aérea captada de um avião Dakota, pronto a aterrar na pista de Nova Lamego.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > Nova Lamego.

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) (*)

 :
T061 – AS COLUNAS DE NOVA LAMEGO PARA SUDOESTE  DO SECTOR: BAFATÁ, FÀ MANDINGA; BAMBADINCA  



Tentei passar todas estas fotos para um ou dois Postes, mas eram tantas as fotos, que nunca foi editado, e ainda bem que não. Assim, reorganizei esta fase da minha estadia, isto é, as mais de 200 fotos, em vários Temas mais pequenos, que estão a ser numerados e legendados a partir do T060.

Este tema pretende mostrar alguma da minha actividade, extra minhas funções, que nunca me furtei de participar, quem em deslocações a vários aquartelamentos do sector, bem como às várias colunas que se faziam regularmente a Bambadinca, de reabastecimentos, que chegavam àquele porto fluvial, vindos pelo Rio Geba acima desde Bissau

O percurso era aproximadamente de 100 quilómetros, para baixo e outros tantos para cima, em estradas de terra batida e outras de alcatrão mal tratado. Tinha como ponto da passagem obrigatório a cidade de Bafatá, onde se concentrava o ‘Comando do Agrupamento’, e sendo assim era bem protegida, os perigos não eram previsíveis.

Por isso fui ‘nomeado’ várias vezes para ‘comandar’ estas colunas, com vários camiões e um Jeep, onde me deslocava. A maioria do pessoal que compunha estas colunas eram os condutores dos próprios camiões e Jeep, e alguns poucos militares ditos operacionais. A segurança seria uma dúvida, vendo agora à distância, mas naquela altura, na idade de vintes, não se pensava nisso, eu pelo menos não pensava, só queria era sair do mesmo sítio, que me sufocava, ver outras terras nem que fossem sempre as mesmas, mas mudar os horizontes.

Quando não era nomeado, eu próprio, podendo, metia-me no meio e lá ia sem ninguém saber, visto que tinha grande margem de manobra para gerir a minha função.

Conheci muitas aldeias e as cidades de Bafatá e Bambadinca, bem como Fa Mandinga. Nunca tivemos nenhum problema com a guerrilha, só com os macacos e outros animais que se atravessavam na estrada, e com os inúmeros montes da formiga ‘baga baga’ que eram verdadeiras fortificações e abrigos contra bombardeamentos.

Fazíamos a viagem, como se diz agora na gíria, sempre a abrir, os condutores eram doidos, davam o máximo nos camiões, felizmente nunca houve despistes, a sorte esteve sempre comigo e com os outros.

As paragens eram frequentes em qualquer lugar, o mato existia de um lado e de outro da estrada, mas era preciso fazer estas pausas para as necessidades de cada um, pois estas operações levavam um dia inteiro. Comia-se a ração de combate para todos

Acho que passei uma boa estadia, eu gostava daquilo que fazia, não ia contrariado em nada, fazia tudo por gosto, por aventura, pura adrenalina dos anos vintes. Por isso ainda aqui estou para poder recordar, mostrar e contar a minha história.

Não é para me enaltecer, mas a maioria dos oficiais milicianos do meu batalhão, não faziam estes serviços, nunca soube porquê, nem hoje me interessa, correu tudo bem, estou vivo.

As fotos foram selecionadas, muitas são de cenas ridículas, como ‘simular’ uma emboscada, e palhaçadas do género, fruto da idade, que apesar de tudo era maior do que todos os restantes.

Espero que sejam apreciadas pelos leitores, e que lembrem a alguns as suas memórias de 50 anos atrás.




Guiné > Mapa Geral da Província > 1961 > Escala 1/500 mil > Posição relativa de Bambadinca , Bafatá e Nova Lamego... A distância por estrada era de cerca de 110 km. Só o troço de Bambadinca-Bafatá é que era alcatroado no final de 1967. Na época o porto fluvial era muito movimentado, quer por embarcações civis quer da mrinha de guerra (, incluindo as LDG - Lanchas de Desembarque Grande)... Em 1969, as LDG já só ficavam no porto fluvial do Xime. A partir de 1972, há um nova estrada, alcatroada, que vai ser a espinha dorl da a região leste, do Xime até Piche e depois atá Buruntuma.

Infogravura: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)


II – Legendagem das fotos:

F01 – Estrada entre Nova Lamego – Gabu – e Bafatá, a cerca de 60 quilómetros, a bordo do Jeep, com protecção contra o vento e poeiras. Foto captada na estrada entre Nova Lamego e Bafatá, no dia 29 de Janeiro de 1968, o meu aniversário de 25 anos.

F02 – Junto a um monumento, ou pela cruz, pode ser um local em que estivesse enterrado algum militar, falhou-me aqui tirar os apontamentos, mas não pode ser outra coisa senão um local de memorial. Foi uma paragem ocasional ou para a fotografia, em que estou eu e os restantes são todos soldados condutores. Foto captada na estrada entre Nova Lamego e Bambadinca, num dia de Dezembro de 1967.

F03 – Na ponte de madeira que liga Bafatá a Fá Mandinga. Foto captada na ponte para Fá Mandinga, num dia de Novembro de 1967.

F05 – Paragem na estrada de Gabu para Bambadinca, numa coluna de reabastecimentos. Reconheço os nomes, em pé à esquerda o sempre presente e grande amigo, o soldado condutor o ‘Ermesinde’, Arlindo de seu nome. Do lado oposto, o Furriel Paiva Matos, o nosso Vagomestre da CCS do Batalhão. Todos os restantes são reconhecidos, são condutores, quer da CCS do Batalhão ou da Companhia de Intervenção, CART1742. Foto captada na estrada entre Nova Lamego e Bambadinca, num dia de Dezembro de 1967.

F06 – Placard-Tabuletas com as indicações das distâncias, para Sul, Norte e Leste, localizada numa das saídas-entradas de Nova Lamego-Gabu. Bafatá para Sul é a mais longa, com 53 kms, e temos de juntar mais cerca de 60 dali até ao Porto e Depósito da Intendência em Bambadinca. Foto captada na saída de Gabu para Bafatá, em finais de Setembro de 1967. Provavelmente uma das primeiras fotos captadas em Nova Lamego, e por isso na Guiné, a quando da minha chegada solitária àquela terra.

F07 – Foto icónica, perto de Nova Lamego, à saída para Bafatá, junto a um Padrão dos Descobrimentos, do qual não anotei o seu nome ou significado. Uma saída a algures, num camião Unimog, e uma paragem para a fotografia. Foto captada na estrada entre Nova Lamego e Bafatá, num dia de Janeiro de 1968.

F08 – O meu grupo no meio da ponte para Fá Mandinga. São todos soldados condutores, posso identificar os nomes de dois: O da ponta direita, o Bourbon, impedido do Major Américo Correia, e o Pita, impedido de Major Graciano Henriques. Foto captada na ponte para Fá Mandinga, num dia de Novembro de 1967.

F09 – Na estrada entre Gabu e Bafatá, protegendo-me do pó levantado pelos camiões da coluna da frente, com um lenço, tipo cowboy do Faroeste. Foto captada na estrada entre Gabu e Bafatá, num dia de Novembro de 1967.

F10 – ‘Simulação’ de uma emboscada, na estrada entre Gabu a caminho de Bambadinca, antes de chegar a Bafatá, no meio da mata. Os meus companheiros são todos ‘operacionais’ do volante. Foto captada na estrada entre Gabu e Bafatá, num dia de Outubro de 1967. F11 – Vista geral da estrada entre Gabu – Bafatá- Bambadinca, tirada a partir da primeira viatura da coluna. Foto captada na estrada entre Gabu e Bafatá, num dia de Dezembro de 1967.

F12 – No Jeep com o condutor Pita, impedido do Major Henriques, Oficial de operações, no regresso da viagem a Bafatá e a caminho de Nova Lamego. Foto captada na estrada entre Bafatá e Gabu, num dia de Janeiro de 1968.

F13 – Uma ‘brincadeira’ de guerra entre Índios de arco e flecha. São os soldados condutores do meu Batalhão. Foto captada na estrada entre Gabu e Bafatá, num dia de Dezembro de 1967.

F14 – Preparação de uma ‘Coluna’ para Bafatá-Bambadinca, dentro do aquartelamento do Batalhão em Nova Lamego. Pode ver-se o Furriel Rocha ‘O Algarvio’ e outros furriéis e milícias. Foto captada na estrada entre Gabu e Bafatá, num dia de Dezembro de 1967. 


F15 – Vista aérea do aquartelamento de Nova Lamego, e a sua pista à distância. Foto aérea captada de um avião Dakota, pronto a aterrar na pista de Nova Lamego, em 31 Janeiro de 68.

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BCAÇ 1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21Set67 a 04Ago69».

# As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir. Nada mais. #

Fotos legendadas em 2018-11-22. Texto acabado de ser alterado, novamente, hoje,

Em, 2019-01-06

Virgílio Teixeira

___________

Nota so edior:

Último poste da série > 16 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19407: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LX: A Casa Caeiro e os comerciantes libaneses de Nova Lamego

22 comentários:

Anónimo disse...

Luís, a foto civil de apresentação já poderia ser a outra que enviei, quando te lembraste e bem, de não publicar a foto com a minha mulher. Esta da medalha pode também passar para o passado, e colocar outra mais 'descontraído'.

A foto nº 1, faz amanhã 51 anos, como era tão jovem ainda!!!

Virgilio Teixeira

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Ok, não tive tempo de a procurar, sabes bem que eu não trabalho aqui a tempo inteiro, tenho outros tachos... Mas vou procurar... Bom resto de dia. Luís.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Engraçado, tinha a ideia de que a distância Bambadinca - Bafata era menor... Mas são mesmo 60 km... Em "autoestrada"... Tens fotos destes sítios ? Ab, Luís

Carlos Vinhal disse...

Caro Virgílio Teixeira, reparo que nas tuas saídas para o mato, neste caso integrado em colunas auto, não te coibias de usar na farda camuflada os galões dourados de alferes. No meu tempo, fora da porta de armas não havia nem galões, nem divisas. Julgo que até os próprios cabos não usavam as suas.
Mesmo no interior do quartel, às vezes nos esquecíamos de usar as nossas insígnias. Numa ocasião houve uma chatice com o "famoso" nosso Primeiro Pinto que não deixou entrar na Messe o meu camarada Furriel Carneiro para almoçar, por este não ostentar "os galões" de furriel. À noite, de castigo, o Pinto jantou sozinho porque nem os seus dois camaradas do quadro se juntaram a ele. Eu, que estava de sargento de dia, passava por ele, sempre que podia, sem divisas porque ninguém me obrigava a usá-las com a farda camuflada.
Ainda a propósito de galões, uma vez fiz uma coluna, levando a meu lado, quase de pé no Unimog, o célebre e saudoso TCoronel Correia de Campos que exibia os seus novos galões bem amarelinhos. Eu só pensava que em caso de ataque à coluna e o atirador falhasse o alvo, podia sair-me a sorte grande.
Abraço
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

Anónimo disse...

Luís Graça,
Andei a ver, isto é dar uma olhada nas 1000 imagens que tenho, e de Bambadinca não encontro mais nenhuma, além daquelas do Porto Fluvial, quando fomos e regressamos de Nova Lamego. E eu sei que tenho um rolo inteiro que tirei numa das idas lá, carregar os mantimentos, no Pelotão de Intendência (não sei se é o nome certo) onde estava lá um camarada que fez a especialidade na EPAM comigo, o Ramos, (o ex-alferes Raminhos) mais baixo do que eu, ele era o comandante da Intendência, e passamos lá belos momentos, a falar da nossa terra, o Porto.
De Bafatá, e talvez seja do mesmo rolo e lote, tenho algumas, dentro do aquartelamento e em especial num daqueles restaurantes – tascos que havia à entrada da cidade. Mas não encontro estas fotos.
De Fá, tenho estas das pontes, e mais algumas, da estrada de NL até Bambadinca, mas algumas são mais ridículas e não as tenho apresentado.
A viagem era longa, não sabia ao certo a distância agora sei que no total eram 110 km. A estrada asfaltada até Bafatá não me lembra de naquele tempo ser asfaltada. A última vez que lá passei foi em fins de Fevereiro de 68.
Depois tenho as fotos de 1984 e 1985, no Poste 999, não editado, aí fomos de Bissau sempre por estrada até NL. À saída de Bissau, havia uma casota, com um guarda fardado e armado, que vinha cobrar a ‘portagem’, nem sei quanto era, pouco sei eu, e depois levantava o pau e lá passávamos, e sempre em boa estrada, parte do nosso tempo, e parte da Nova Era.
Abraço,
Virgilio Teixeira,
Em, 2019-01-28

Valdemar Silva disse...

Tal e qual, Carlos Vinhal.
Com o camuflado nada de patentes. Dizia-se que em caso de se sofrer emboscadas, os primeiros a serem atingidos eram os com as divisas/galões, também se dizia que os que usavam óculos eram, igualmente, atingidos por deverem ser os 'comandantes'.

Ab.
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Meu caro Carlos Vinhal,
Vejo com agrado, o olho clinico para as pequenas coisas que nós não damos atenção.
Nunca tinha pensado nisto dos galões, e já dei uma boa olhada a muita foto, e em parte terás razão, mas há outras e já Postadas onde não tinha galões nenhuns.
Mas isto parte de um principio, e sem falsas modéstias e nada de hipocrisia, isto é mais ou menos assim, sem estar a pensar muito:
1 – Eu venho de uma familia de militares, e logo, sem mesmo querer, era um militarista;
2 – Eu fiz um esforço hercúleo, já o transcrevi num Poste, para chegar à Universidade, entrar e fazer dois anos de Economia e assentar praça para fazer o C.O.M. em Mafra, e isso é um factor de orgulho, não de ‘cagança’.
3 – E quando me mandaram para a Administração Militar, mesmo não sendo esse o caminho que gostaria, não deixa de ser uma escolha para um cargo que não era muito comum, aliás poucos conhecem o SAM, até porque acabou já em 1969, estava eu para regressar.
4 – Os galões ‘reluzentes’ tenho de dizer que foi a minha namorada, hoje minha mulher, que ainda com menos de 20 anos me ofereceu, comprando-os numa casa de fardamentos (não era o Casão) na Rua de Santo António no Porto, ou Rua 1º de Janeiro, para quem a conhece com esse nome. Por isso eu os guardava com especial afecto, e para me lembrar dela, usava-os.
Tenho assim fotos de tronco nú, com camisa militar e galões, e à civil sem eles. Aquelas onde apareço de camuflado, já vi que muitas tenho os galões, mas muitas outras não tenho, e já foram postadas, outras serão um dia. Tenho umas fotos de camuflado, e umas coisas, que me parecem galões camuflados, não sei porquê, devia ser ordens para isso.
É certo que não andei por muitos sitios considerados perigosos, pelo menos nada tinha acontecido de relevante, e então era ‘nomeado’ para ir nesses serviços, nunca fui para nenhuma operação, como é óbvio.
Mesmo as minhas andanças no Sintex, por rios a atravessar matas e selva com alguns metros até às margens, numa delas em que andamos perdidos, umas tenho com galões, outras nem por isso, era mais barriga ao léu e dormir em cima dos sacos de batatas.
Aquela idade de ingenuo, de não querer saber de nada, eu queria era sair dos quarteis, daquele isolamento, daquela solidão, metido num espaço onde cabe uma avenida de Vila do Conde, tantos meses seguidos, quando regressava já pensava na próxima saida, nunca fui de estar metido num quarto e fechado, ou na jogatina, o forte de todos os oficiais do meu Batalhão e das Companhias de Intervenção. Eu não sabia, nem queria jogar.
5 – Finalmente, tinha um comandante de batalhão, que era um militarista a sério, um Homem integro, não dava abusos a ninguém, não dispensava que nos dias de oficial de dia, lá fosse com todas as vénias fazer a minha apresentação e receber as ordens para o dia. Não me lembro se o Sargento de Dia se apresentava também ao comandante. Este Tenente Coronel Armando Saraiva, depois ferido em combate e evacuado, tinha um aprumo impecável, e sei que ele não gostava da minha maneira ‘abandalhada’ de andar no quartel, sem camisa, ou sem os botões apertados, com as carecadas, com as botas todas sujas, e que frequentava mais a messe de Sargentos e Soldados, do que a Messe de Oficiais, pois eles só jogavam depois do jantar! Mas as normas na mesa eram rigidas, aí ele vestia-se à civil, bem como quase todos os outros que não estavam de serviço.
Mas o meu 2º Comandante e por isso o meu Chefe directo, o Major Américo Correia, durante todo o tempo de comissão, nunca o vi à civil, sempre fardado, dia e noite, e por vezes com o seu boné da farda de primeira. Isto era um exemplo, e lá estavam os galões, como aliás nos restantes oficiais subalternos e superiores.
Já escrevi demais, mas foi um exercicio que ainda não tinha feito, nas próximas fotos vou ter em atenção estes pormenores dos galões.
De qualquer forma gostei da Nota do Carlos Vinhal, e só agradeço a chamada de atenção, pois assim fica tudo esclarecido, sempre é melhor, do que não dizer nada.
Um abraço,

Virgilio Teixeira

Em, 2019-01-28

Anónimo disse...

Valdemar, vi agora o teu comentário, e já tinha escrito a resposta ao Carlos.
Mas vai a tempo, para ser franco, verdadeiro, não me lembro nada disso, então dos óculos essa passei-me! Eu tinha de usar, tenho astigmatismo, e não usar eram umas dores de cabeça loucas. Tive umas ou duas consultas no HMR241 para tratar de mudanças de lentes.
Como disse atrás, tenho algumas fotos, com galões de pano, com uma pequena cor esverdeada, devo ter recebido instruções nesse sentido.
Sei claro, talvez depois, que era perigoso andar fardado com galões, pelas razões por ti muito bem apontadas. Um sniper lá no cimo da bananeira era só abater.
Assim morreu o Alferes Gamboa, na estrada de Piche, e levava os de alferes no sitio, e os de Tenente no bolso, depois foi a barbárie que não gosto de lembrar, pois tinha estado com ele numa sombra antes dessa malfadada viagem até Piche.
Mas, já agora, tenho visto muitas fotos neste Blogue, com graduados de camuflado e devidamente identificados, não era o único, nem podia ser.

Abraço,

Virgilio Teixeira

Em, 2019-01-28


Valdemar Silva disse...

Virgílio
Mais um excelente lote de fotografias, estas como se nota, em ambiente de grande calmaria/paródia.
Também fiz muitas vezes o trajecto de Nova Lamego-Bafatá-Bambadinca com o meu Pelotão e tal como a 1742, no teu tempo, a segurança a coluna de reabastecimento.
A foto da estrada Nova Lamego-Bafatá é interessante, pois no meu tempo, Fev1969, já estava alcatroada.
Também interessantes são as fotos, quer da Padrão, quer da Placa localidades/kms. e
as casas envolventes, por não me lembrar do local em NL e nunca ouvir falar desse Padrão na estrada para Bafatá.
Quanto á questão dos galões está explicado, se por aqueles lados não havia 'embrulhanço', para quê dissimular as patentes.
Venham mais fotos
Ab.
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Toma-se boa nota da informação do Valdemar Queiros, aegundo a qual o troço Bafatá-Nova Lamego já estava alcatroado em fevereiro de 1969... A foto nº 11, tirada em dezembro de 1967, parece mostrar já o novo troço da estrada, aberta pela TECNIL, a empresa onde mais tarde veio a trabalhar o nosso António Rosinha como topógrafo... Nunca fui a NOva Lamego mas ía, com frequêdncia a Bafatá, quer quando estive em Contubole (junho/julho de 1969) quer de+is em Bambadinca (julho de 1969 / março de 1971)... Simn, na altura, já o novo troço estava alcatroada... LG

Valdemar Silva disse...

Luís.
Rectifico, pelo menos, em Fev1969, até ao desvio para Contuboel estava alcatroada.
Lembro-me, depois, em Nova Lamego vir a Bafatá, talvez Maio/Junho1969 já com a estrada alcatroada.

Valdemar Queiroz

paulo santiago disse...

O Major Henriques,devia temer os "escaldões",e assim se justifica o jipe com capota...

Anónimo disse...

Foto 12 - O Jeep do Major Graciano Antunes Henriques:
Penso que ele não estará a ler estas coisas, deve ter agora mais de 90 anos se estiver vivo.
De qualquer modo não direi mentiras, se disser que ele evitava tudo, os escaldões do sol, mas não os outros, pois aquilo era ver os dois a ir para as Tabancas à noite.
O Soldado Condutor Carlos N. Pita (infelizmente já falecido, teria hoje 73 anos) era o parceiro dele, eram unha com carne.
O Major Henriques, não era dado a grandes aventuras, daí quase nunca sair para operações, não se dava bem com o Comandante Saraiva, por isso, este viria a participar numa operação que lhe valeu as pernas, e entre pernas, não sei.
Falo assim, pois este foi o homem que nunca me viu com bons olhos, era invejoso, mas nunca lhe dei troco, eu tinhas as costas bem guardadas.
A capota era realmente para o sol, ele tinha pouco cabelo, e quase nunca andava com boné, boina nada.
Não lhe desejo mal, mas foi aquele que mais me marcou. Uns 20 anos depois cruzei-me com ele nas cálidas areias do Algarve, nós ambos de calção, passamos um pelo outro, ombro com ombro, olhamos e conhecemo-nos, mas continuamos cada um para o seu lado.
Nunca esteve comigo em nenhum almoço do Batalhão, por isso nunca mais falamos, mas gostava de saber porquê ele não me gramava!!!.

Não sei o que é feito dele.

Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

F11 – Vista geral da estrada entre Gabu – Bafatá- Bambadinca, tirada a partir da primeira viatura da coluna.
Foto captada na estrada entre Gabu e Bafatá, num dia de Dezembro de 1967.
Este troço de estrada entre o Gabu e Bafatá, está em terra batida, e até à minha saída, nunca foi alcatroada.
Também, não querendo ser teimoso, quem terá aberto a estrada não sei, mas sei que nas várias vezes que por lá passei, nunca vi nenhuma empresa de Obras Publicas, nem nunca teria ouvido falar na TECNIL. Deve ser ligeiramente posterior à minha saída.

Salvo melhor opinião de quem lá esteve e saiba melhor.

Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

Enfim a questão dos galões está explicada, usava-se porque era do RDM. Ponto final.
A placa das distâncias das localidades, não me lembro bem, mas deve ficar no cruzamento entre as saídas para Norte, Leste e Sudoeste, francamente não sei agora.
O Padrão dos descobrimentos aparece algures na estrada de Bafatá, pode ser logo à saída, mas hoje não tenho capacidade de memória.
Esta foto foi selecionada para um Livro em que participei, sobre As Viaturas Militares na Guerra e que foi muito apreciada, eu nem fazia ideia disso.

A possível cruz que representa algo que não sei, talvez uma sepultura, não afirmo.
São tudo fotos, estas e outras que tenho em arquivo, das várias paragens que fazíamos, entre as necessidades fisiológicas, para tirar fotografias de «ronco» nada tendo de realidade de guerra, como se percebe facilmente.
Quanto a mais fotografias de Nova Lamego, é preciso que o nosso editor, Luis Graça tenha mais tempo para as Editar, por mim estão prontas. Contudo não tenho tido grande feedback sobre as imagens de Nova Lamego, por ser uma zona não problemática naqueles tempos, só depois de 70 em diante o foi, pelo menos é o que vejo.
Fico espantado como foi possível fazer uma flagelação a Nova Lamego!

Por hoje é tudo,

Abraço,
Virgilio Teixeira


Carlos Vinhal disse...

Porque o Virgílio Teixeira merece a minha resposta à sua resposta, aqui estou de novo.
Como éramos uma Companhia Independente e em pleno mato, não me lembro das formalidades do render da parada nem de nos termos de apresentar ao Comandante, raramente um capitão e muitas vezes o nosso alferes "mais velho", o camarada de armas Manuel Casal.
Com disse no comentário anterior, no interior de aquartelamento, quando usávamos a farda número 2, "ostentávamos" as nossas altas patentes, mas como na maioria das vezes usávamos os camuflados, nem das divisa/galões nos lembrávamos.
Como há muito aqui se constatou, cada um teve e viveu a "sua guerra".
Conta estarmos hoje, volvidos tantos anos, a relembrar aqueles tempos marcantes da nossa juventude.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

Valdemar Silva disse...

Virgílio
Tenho estado a matutar na Foto Nº. 7, foto da 'Padrão dos Descobrmentos'.
Digo a matutar, por realmente me estar a fazer alguma confusão quanto ao ser 'à saída de Nova Lamego para Bafatá'.
Eu explico a minha confusão/dúvida:
-Em primeiro lugar nunca vi ou ouvi falar de tal Padrão, em Nova Lamego, o que seria com toda a certeza um local muito falado/visitado e de fotos 'para mais tarde recordar' de toda a rapaziada destacada naquela zona.
-Em segundo lugar por o local, da fixação do Padrão, ser próximo da localidade (todos fardados 'de passeio') e não haver próximo de Nova Lamego uma zona de mata luxuriante como a que se pode observar na foto.
-Em terceiro lugar julgo não se tratar de um 'verdadeiro' Padrão, quer pela sua concepção escultórica (todas as quinas na vertical à Estado Novo), quer por se encontrar muito longe da costa, o que raramente acontecia a não ser na bacia interior dum grande rio. Parece que o único Padrão existente na Guiné foi erigido na zona de Cacheu.
Agora, vendo bem a foto parece-me uma obra já feita pela tropa durante a guerra 1961-1974. Aliás, parece haver uma inscrição, na base, idenficativa dos autores do 'levantamento' do Padrão.
Este é o meu ponto de vista, agora vamos lá ver se alguém se lembra deste 'Padrão dos Descobrimentos'
Ab.
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Valdemar,

Foto nº 7 (eventual Padrão!):

Posso tentar tirar também as minhas duvidas, se eu soubesse o local exacto onde estava tinha escrito, não o fiz, pois na foto não está escrito.
- Padrão ou não, é qualquer coisa que motivou eu tirar esta foto, não foi pela minha cara, devia ser um local com algum significado, que não sei explicar.
- Realmente isto é um local nos arredores de NL, saída para a Pista, para Piche, Para Bafatá (o que eu escrevi), pelo fardamento não é em nenhuma coluna de saída, de calções fui lá de propósito tirar a foto. Mas mata luxuriante há muita dentro e arredores, fotos já postadas e outras para enviar, não falta mata cerrada.
- De padrões percebo pouco, mas aquilo não é uma arvore nem um baga baga, certo, é algo mais.
A teu favor é realmente o facto de não estar perto de rio nenhum, ali não havia rios como sabes, e os Padrões eram por norma junto do Mar ou grandes rios, tal como o Padrão no Cacheu, que conheço e tenho alguma foto junto dele, já postada ou a enviar, mas era um Padrão enorme.
Pode ser obra feita pela nossa tropa, eu já tentei fazer o zoom e vejo realmente alguma coisa escrita, mas não vislumbro nenhuma letra.

Pede-se ao nosso Editor Luís Graça que dê a sua ajuda preciosa, que vai descobrir com o seu olho clinico, e aumentando mais a foto, se consegue ver o que tem escrito.
Valdemar, como sabes eu estive 'apenas' 5 meses em NL, acho que estiveste mais tempo, terás outra ideia, eu tentei descrever o que me parece, mas não afirmo nada.

Vamos ver se alguém diz alguma coisa, o José Saúde tem muito conhecimento de NL, talvez ele possa identificar o mistério.

Agora também estou curioso!

Virgilio Teixeira


Anónimo disse...

Carlos Vinhal,
Realmente o que conta agora é estarmos aqui a lembrar tempos passados, mas não deixo de voltar ao assunto.
Cada um teve a sua guerra, eu sei, tive a minha, e os outros tiveram as suas.
Convenhamos que em NL, uma cidade, um sector enorme, só na sede tínhamos o Comando do batalhão, a CCS, a CART1742, a CCAÇ5, uma parte da CCAV662, O Pelotão de morteiros, o pelotão de Canhões S/recuo, o pelotão Daimler, os Pelotões de milícias, etc, era um aglomerado de gente e no total, neste Sector faziam parte do comando do BC1933 cerca de 3000 homens, sob a nossa responsabilidade.
O Comandante exigia as formalidades todas, havia o hastear e arrear da bandeira, cerimónia com a presença de um Pelotão, comandado pelo Oficial de Dia. Que depois se ia apresentar ao comandante, era um ritual certinho, aquilo não era nada uma Companhia Independente, como era p.e. a CCAV 1662 em Piche, não estou a imaginar haver todo este tipo de cerimonial, não sei, nunca vi.
Mas eu venho responder agora, porque me fez lembrar um pormenor, após a perda do nosso comandante em SDomingos, uma minúscula terra, estivemos 3 meses com o 2º comandante a substituir o 1º comandante, e realmente não estou a lembrar-me desta formalidade lá em SD, ter de ir fazer a minha apresentação, após as cerimónias diárias, que sempre havia, ao nosso novo comandante interino!
Nem depois de vir o novo em Janeiro de 69, me lembro disso, talvez esta prática fosse abandonada, não me lembro mais.

Mas em NL era assim todos os dias e para todos os oficiais de dia.

Se alguém quiser dizer algo sobre isto, cá estamos para investigar.

Mais uma vez o José Saúde pode dizer algo sobre isto.

Virgilio Teixeira



Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio e Valdemar:

Está desvendado o mistério da foto nº 7: o "padrão", junto ao qual foi fotografado o meu "mano" Virgílio Teixeira, é o do V Centenário da Descoberta da Guiné, 1446-1946... Ampliei a foto, e consegui ler parte da inscrição na parte inferior...

Há vários padrões deste tipo, de estética estado-novista, espelhados pelo território da Guiné, provavelmente nas sedes das circunscrições (Bafatá, Nova Lamego, Bissorã, Farim, Teixeira Pinto, etc.). Foi obra do governador geral Sarmento Rodrigues...

Vou fazer um poste: temos fotos, por exemplo, de um padrão comemorativo da efeméride em Portogole, na margem direita do Rio Geba... Mas a forma é diferente: é uma coluna...

Mas deve haver mais fotos... Vou procurar...

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search?q=V+Centen%C3%A1rio+da+Descoberta

Valdemar Silva disse...

Luís e Virgílio
É extraordinário.
Realmente deve ser como dizem.
Mas, não haver mais nenhuma fotografia do mesmo Padrão de NL é que me deixa 'sem palavras'.
Ao meu alfero Pina Cabral, sempre a fotografar tudo, não lhe escaparia uma chapa deste monumento.
Talvez por ficar fora da 'zona de conforto' não haveria oportunidade para lá ir tirar fotografias.
....a esta apostava as botas e o cavalo.

Abraços
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Valdemar e Luís,

É mesmo extraordinário, eu sabia que o Luís lá chegava, não sei como ele amplia as fotografias, para ler o que ninguém lê, eu pelo menos.
O que mais lamento é não ser uma grande fotografia, estávamos ainda na fase de aprendizagem, depois não fui eu que disparei, posso ter focado e dado a máquina para outro, que sabia menos do que eu.
Se me passasse pela cabeça que isto seria uma foto interessante para futuro, teria tirado várias, até mandava tirar o mato à sua volta, e ficava bonita como a outra de pé alto. Mas não podemos voltar atrás.
Só por curiosidade gostava de saber em que sitio ficava o Padrão, dos 500 anos dos descobrimentos da Guiné, é obra. Conheço algumas das outras, em Bissau p,e., mas não liguei grande importância, a falta de 'calo' da vida, a idade, os outros afazeres.
Mas está provado que existia, agora não sei se lá está...

O Cherno pode saber disso talvez!

Ainda vou ler tudo o que está escrito sobre os padrões, no link do Luís Graça, mas é preciso tempo, agora há outras afazeres.

Safei-me desta, porra, pensei que tinha havido alguma argolada das minhas...

Virgilio Teixeira