domingo, 27 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19442: Parabéns a você (1568): Mário Serra de Oliveira, ex-1.º Cabo Escriturário da BA 12 (Guiné, 1967/68)

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Nota do editor

Último poste da série de 26 de Janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19439: Parabéns a você (1567): Fernando Macedo, ex-1.º Cabo Apont Art do 5.º Pel Art (Guiné, 1971/72)

7 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Abraço de parabéns.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Mário, que tenhas um grande dia!... Dá notícias... LG

admor disse...

Caro Camarada Mário Serra de Oliveira.

Muitos parabéns e um dia com tudo de bom.

Muita saúde, felicidades e um grande abraço.

Adriano Moreira

Hélder Valério disse...

Caro amigo e camarada da Guiné Mário de Oliveira

As minhas felicitações pelo aniversário, votos de boa saúde e um abraço de parabéns.

Hélder Sousa

Anónimo disse...

Caro camarada Mário Oliveira,

Para já Parabéns, e um bom dia de aniversário, com saúde é o que interessa.

Chamou-me a atenção abrir como diariamente e ver esta cara, e disse para comigo que tal como programa que já passou na TV «esta cara não me é estranha».

Já fui ver tudo para trás, desde 2013, para ver se havia algo em comum, mas não me parece, a não ser, a nossa estadia na Guiné. Eu Cheguei em 21SET67 e regressei em 04AGO69. Era alf mil do SAM, estive em Nova Lamego e São Domingos, e tive a oportunidade de passar muitas vezes pela BA de Bissau, pois era ali que apanhava a «boleia» nos Dakota, Heli, DO, Cessna. Pelo menos uma vez por mês vinha a Bissau.
O meu Batalhão (BCAÇ1933) esteve em Bra no mês de Março de 68, depois de regressar de NL a caminho de SD, conheço bem Bissau, daqueles tempos.

Realmente a cara de 68 não me diz nada, mas a foto civil mais actual faz-me lembrar alguém para os lados do Porto, Vila do Conde, Povoa de Varzim, ou até Viana do Castelo, mas penso que estarei a confundir com outro. De qualquer modo cá estou.

Também venho aqui por causa da «Casa Pintosinho» era assim que se chamava quando lé estive, foi lá que comprei tanta coisa, desde o meu relógio Omega que ainda agora estou a usar, Camaras fotográficas, e dava-me bem com aquelas pessoas. Nunca mais soube de nada após a independência, aliás depois de sair dali. Acho que um dos empregados veio a abrir um restaurante já aqui muito falado, o Nazareno, que ainda frequentei muitas vezes, além do Solar dos 10, Solmar, zé da amura, e o meu preferido o Grande Hotel de Bissau, que não sabia que pertencia aos donos do Pintosinho.
Aquela foto do Pelicano, que tantas vezes lá fui, não é daquele tempo? Pelo Neon deve ser mais actual, penso eu.

Pelo que li ficaste por lá mais uns largos anos, ainda lá fui mais 4 vezes, em 1984 e 1985.

... Continua ...

Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

Já li muita coisa sobre os teus livros e comentários, a frontalidade, não ter medo de ser politicamente incorrecto, de não andar a dizer AMEN a todos, só para não ficarmos zangados. A idade já nos deu muito Juizo, temos de escrever e falar como era aquilo na década de 60 do século passado.

Aquelas fotos que já vi recentes, a Bissau velha, conhecia aquilo tudo, numa daquelas ruas que partem da marginal e sobem ligeiramente até à zona comercial, Pintosinho, Taufik Saad er Avenida do Império, foi alí que em Julho de 1969 fiz os meus exames de condução de ligeiros e de pesados. Era a única rua com uma inclinação razoável e fazer o ponto de embraiagem para quem só tinha andado em linha recta sem elevações foi complicado.
Aquela foto da SIC, um mercado à beira da estrada, não é o Pilão obviamente, pemso que é o mercado de Landim, certo? na estrada que vem de Bissalanca para Bissau.

Falas também da Estrada de Santa Luzia, que tantas vezes fiz aquele percurso (eu tinha lá em Bissau uma motorizada para me deslocar, que comprei na Peugeot na Aveni da) por isso andava por todo o sitio, incluindo fazer o percurso sozinho entre Bissau e Nhacra a caminho de Mansoa e Mansaba, quando fui interpelado por uma coluna militar e tive de voltar para trás.

Na estrada de Santa Luzia, ia para o Clube de oficiais, no QG, e não me lembro desse restaurante que falas, deve ser depois de eu sair.

Isso fez-me lembrar uma história desde que cheguei àquela terra, já tentei fazer um Poste, mas foi rejeitado, e bem, pois incluía dados susceptiveis de criar alguns eventuais problemas., mas vou abria o jogo, e agora a seguir.

Antes disso não foi avante a ideia de fazer um encontro no Fundão? Eu sou novo nisto, fez um ano que entrei, sou do Porto, vivo em Vila do Conde, e vou fazer 76 Anos em 29, daqui e 2 dias, tal como o nosso editor, amigo e camarada, Luis Graça.

Bem hajas.

Virgilio Teixeira



Anónimo disse...

Mário Oliveira, aqui estou novamente para abrir uma porta de uma passagem da minha vida.

A história de uma amiga, que vamos chamar-lhe a Fátima de Santa Luzia «nome fictício», porque a casa dela, ficava do lado esquerdo quem sobe, muito perto da porta de armas do Clube/QG.
Cheguei em 21Set67, num DC6 com alguns elementos do comando do batalhão, para irmos render o BCAV1915 em NL. Estava sozinho a descer do QG a pé para Bissau Centro, e encontro uma moça bonita, cabo-Verdiana, morava ali na berma da estrada. Fácil foi meter conversa, estava a chegar e não conhecia ainda ninguém. Com o tempo tornamo-nos amigos, tenho apenas uma foto com ela na sua Tabanca onde a mãe também estava.
Sempre que vinha a Bissau, lá passava na sua casa, e por ali ficávamos longo tempo a conversar. Nunca houve nada com ela, teria ela uns 18-20 anos e eu já 24 feitos.
Ela estava comprometida com alguém que lá ia de vez em quando, por isso o respeito era muito bonito.
Os meses e anos passaram, ia sempre lá, quase já era da casa, cheguei a estar deitado com ela na cama, vestidos e nunca aconteceu nada, para mal (ou bem) dos meus pecados. Eu tinha cá a minha namorada, com quem estou casado desde 1970 e sou muito feliz.

Vamos para final, era uma relação de amizade em tempos de guerra, e um dia chego a casa dela e a mãe diz que está no Hospital (Simão Mendes) tinha feito uma pequena 'cirurgia' cá fora, dá para perceber? Estava internada pois a coisa correu mal. Fui logo visita-la, aquilo era uma espelunca, tive imensa pena dela, não tinha dinheiro e tinha sido abandonada pelo seu companheiro. Pediu-me diversas coisas, quer de higiene intima e medicamentos e comida, que fui comprar e lhe levei. Dei-lhe dinheiro para as primeiras necessidades, nada lhe devia, nem ela a mim. Fui lá mais uma ou duas vezes, ela entretanto saiu, eu fui para SD, depois o embarque, nunca mais a vi.
Foi uma bela história de amor 'platónico' e fiquei triste por ela.

Conforme eu já dizia antes, dei dinheiro e atenção a uma rapariga a troco de nada.

Mais tarde quando voltei lá em 1984, eu Outubro, foi a primeira coisa que fiz, descer do Hotel 24 de Setembro (ex-Clube de oficiais) e vou direito à casa dela, pergunto à vizinhança e acabei por saber que 'voltou para Cabo Verde'.
Oxalá que ainda seja viva e Feliz, pois não o foi na Guiné.

Sem mais comentários, isto é um resumo de uma história de muitas páginas e de 23 meses...

Abraço,

Virgilio Teixeira