Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAC 2885 (1969/71) > Posição relativa do antigo destacamento de Bindoro, a sul de Mansoa. na margem direita do Rio Geba (Largo)
Infogravuras: Jorge Picado (2011). Todos os direitos reservados.
1. Mensagem, com data de 20 novembro de 2011, do nosso camarada e leitor Fernando Paiva
Caro Luis Graça,
Tomei conhecimento deste seu trabalho de promover ligações entre gente que esteve na Guiné, através duma sua amiga, Laura Fonseca, que conheci, recentemente.
Também estive na Guiné, de Abril de 67 a Abril de 69.
Fui, em rendição individual, para criar o Pel Caç Nat 57, em Mansoa. A pá e pica, construímos o Destacamento de Bindoro, onde permaneci, até Julho de 68, quando fui transferido para Bolama.
Vivi, diariamente, quase ombro a ombro, com aqueles fantásticos Balantas, gente muito boa e corajosa, que aprendeu, às suas custas, a melhor maneira de coexistir com a tropa e o PAIGC, num "jogo de cintura" que eu julgo ser muito comum, em períodos de guerra civil, como foi aquele em que se viveu, na Guiné.
Gostava de ter alguma informação, quer da gente do Bindoro, quer dos militares, de cá e de lá, com quem partilhei alguns dos momentos mais emocionantes da minha vida.
Muito obrigado pela sua iniciativa e pela sua dedicação.
Fernando Paiva
Amarante
2. Comentário de L.G.:
Camarada Paiva: quero-te pedir (entre camaradas da Guiné tratamo-nor por tu), antes de demais, desculpa pelo atraso com que a tua mensagem chega ao conhecimento dos nossos leitores... São quase dois meses e meio. O que se passa é que não somos tão profissionais quanto gostaríamos de sê-lo. Ou melhor: não dedicamos (nem podemos dedicar) ao blogue o tempo que seria preciso para dar conta de todos os recados... Mas a tua mensagem, por algum tempo perdida ou esquecida, aí está à luz do dia...
Apreciei muito a tua mensagem. Em primeiro lugar, por vires referenciado por uma amiga muito especial, do Porto, que conheço há quase 40 anos, a Laura Fonseca. Ela falou-me de ti e, se não me engano, és ou vives em Amarante. Se sim, somos vizinhos, porque também tenho casa no Marco de Canaveses. E depois por seres um do homem do Pel Caç Nat 57, por teres andado por Mansoa e por Bindoro, e por nos teres falares dos balantas com tão grande apreço e inteligência...
Vou-te convidar para te sentares aqui ao nosso lado, à sombra do nosso poilão, nesta Tabanca Grande que não tem muros, nem arame farpado, nem cavalos de frisa, nem abrigos, nem espaldões, nem ninhos de metralhadora... É um espaço de partilha de memórias e e de afetos, onde cabem todos os camaradas da Guiné, sem qualquer distinção.
Vou-te convidar para te sentares aqui ao nosso lado, à sombra do nosso poilão, nesta Tabanca Grande que não tem muros, nem arame farpado, nem cavalos de frisa, nem abrigos, nem espaldões, nem ninhos de metralhadora... É um espaço de partilha de memórias e e de afetos, onde cabem todos os camaradas da Guiné, sem qualquer distinção.
Acontece, além do mais, que não temos ninguém do Pel Caç Nat 57, temos gente de (ou referências a) todos os Pel Caç Nat do 50 ao 70, com exceção do 57.
Tu serás o homem certo para nos falares dessa unidade que ajudaste a criar. O mesmo se passa com gente do Bindoro: pouco sabemos desse lugar. Como pouco também temos falado dos nossos amigos balantas... Um abraço de boas vindas. Luís Graça
________________Nota do editor:
Último poste da série > 31 de janeiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9425: O Nosso Livro de Visitas (125): Amílcar, ex-Fur Mil Inf Op da CCS/BCAÇ 4512 (Farim, 1972/74)
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