Noruega > Oslo > 2023
Fotos (e legenda): © António Graça de Abreu (2023). Todos os direitos reservados [Edição e lendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
O escritor, sinólogo, tradutor e "globe-trotter" António Graça de Abreu com a esposa, médica, Hai Yuan |
Data - terça, 29/10/2024, 16:00
Assunto - Oslo
Oslo, Noruega
Na essência de nós, questionar o que pretendemos ser, dar as mãos abertas, não fechar o punho, abrir o entendimento e a alegria, esconder as lágrimas,
Na essência de nós, questionar o que pretendemos ser, dar as mãos abertas, não fechar o punho, abrir o entendimento e a alegria, esconder as lágrimas,
segurar o cajado e o vento. No caminho por
múltiplas paisagens, deslumbramentos
breves, os desvairos, a sacanagem das
gentes, buscar a harmonia do mundo
Nostálgico, meio triste, chego a Oslo, por mar, pelo fiorde que conduz à cidade. Nas encostas, casinhas de campo e outras, subindo, descendo por reentrâncias do mar, enseadas, marinas, abraçando a terra. No silêncio das águas, uns tantos barcos à vela e lanchas a motor, reentrâncias pelas terras nórdicas, tudo organizado, disciplinado, sob um sol de Verão claro e limpo. Estou numa terra de excelência e paz, mas não alheia à loucura e à insensatez dos homens.
Aqui, ao lado de Oslo, fica a ilha Utoya onde algumas centenas de jovens, gozando férias no Verão de 2011, foram brutalmente atacadas, em ritual de morte, por um celerado norueguês chamado Anders Breivik, e setenta e sete deles mortos a tiro e á bomba. Aconteceu nesta pacata Noruega, um dos países mais ricos e civilizados do mundo.
Oslo é uma cidade onde impera a liberdade, o objectivo dos políticos desta terra será organizar, disciplinar, pôr ainda mais ordem numa sociedade já de si tão pacífica e próspera.
Passeio-me nos jardins com centenas de pessoas deitadas na relva, descansando ao sol estival, os parques polvilhados de flores e originais esculturas, os imponentes edifícios do governo, entro no palácio onde todos os anos é entregue o Prémio Nobel da Paz. O porto de mar, o centro do burgo, os lagos, as pontes, a cidade estendendo-se, para norte, crescendo. Serenidade e paz.
© António Graça de Abreu (2023)
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Nota do editor:
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Nota do editor:
Último poste da série > 10 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26135: As nossas geografias emocionais (32): Bafatá, 1959, ano de cheias, fazendo jus ao nome da vila ("o rio vai cheio") (Leopoldo Correia, ex-fur mil, CART 564, Nhacra, Quinhamel, Binar, Teixeira Pinto, Encheia e Mansoa, 1963/65)
Vd. poste de 26 de outubro de 2024 > Guiné 61/74 - P26081: As nossas geografias emocionais (27): Berlim, 2023: junto aos restos do muro mais tristemente famoso do mundo: "Mein Gott, hilf mir diese tödliche Liebe zu überleben" / “Meu Deus, ajuda-me a sobreviver a este amor fatal" (António Graça de Abreu)
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