domingo, 10 de novembro de 2024

Guiné 61/74 - P26138: As nossas geografias emocionais (33): Oslo, Noruega (António Graça de Abreu)





Noruega > Oslo > 2023

Fotos (e legenda): © António Graça de Abreu (2023). Todos os direitos reservados [Edição e lendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




O escritor, sinólogo, 
tradutor e "globe-trotter"  
António Graça de Abreu
com a esposa, médica,
Hai Yuan
1. Mensagem do nosso amigo e camarada António Graça de Abreu ( ex-alf mil, CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74), ainda no rescaldo de mais um cruzeiro que efetuou, com a esposa, em agosto de 2023, desta vez à Gronelândia e à Islândia (*):

Data - terça, 29/10/2024, 16:00
Assunto - Oslo


Oslo, Noruega

Na essência de nós, questionar o que pretendemos ser, dar as mãos abertas, não fechar o punho, abrir o entendimento e a alegria, esconder as lágrimas, 
segurar o cajado e o vento. No caminho por 
múltiplas paisagens, deslumbramentos 
breves, os desvairos, a sacanagem das 
gentes, buscar a harmonia do mundo

Nostálgico, meio triste, chego a Oslo, por mar, pelo fiorde que conduz à cidade. Nas encostas, casinhas 
de campo e outras, subindo, descendo por reentrâncias do mar, enseadas, marinas, abraçando a terra. No silêncio das águas, uns tantos barcos à vela e lanchas a motor, reentrâncias pelas terras nórdicas, tudo organizado, disciplinado, sob um sol de Verão claro e limpo. Estou numa terra de excelência e paz, mas não alheia à loucura e à insensatez dos homens.

Aqui, ao lado de Oslo, fica a ilha Utoya onde algumas centenas de jovens, gozando férias no Verão de 2011, foram brutalmente atacadas, em ritual de morte, por um celerado norueguês chamado Anders Breivik, e setenta e sete deles mortos a tiro e á bomba. Aconteceu nesta pacata Noruega, um dos países mais ricos e civilizados do mundo.

Oslo é uma cidade onde impera a liberdade, o objectivo dos políticos desta terra será organizar, disciplinar, pôr ainda mais ordem numa sociedade já de si tão pacífica e próspera.

Passeio-me nos jardins com centenas de pessoas deitadas na relva, descansando ao sol estival, os parques polvilhados de flores e originais esculturas, os imponentes edifícios do governo, entro no palácio onde todos os anos é entregue o Prémio Nobel da Paz. O porto de mar, o centro do burgo, os lagos, as pontes, a cidade estendendo-se, para norte, crescendo. Serenidade e paz.

© António Graça de Abreu (2023)

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Nota do editor:

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