1. O nosso Camarada Manuel Oliveira Pereira, da CCAÇ 3547/BCAÇ 3884 (Contuboel, 1972/74), solicitou-nos a publicação do seguinte convite para o convívio anual da sua Unidade:
Agradecemos a divulgação no nosso 38.º Encontro/Convívio que terá lugar no próximo dia 30 (último sábado) de Maio, em Leiria.
Gratos pela atenção,
Atentamente,
Manuel OLIVEIRA PEREIRA
38º Encontro/Convívio CCAÇ 3547/BCAÇ 3884
2. A História da CCAÇ 3547, transcrita, com a devida vénia da sua página no Facebook [Companhia de Caçadores Répteis].
CCAÇ 3547: Chaves (Portugal) e Guiné (Contuboel, Sonaco, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga; Galomaro e Dulombi).
A CCaç.3547) era uma subunidade do BCAÇ 3884, com origem no BC10, unidade militar sediada na cidade de Chaves (Portugal).
A mobilização e a missão das novas unidades operacionais tinham por destino o teatro de guerra na então província ultramarina da Guiné. Quase em simultâneo também Angola e Moçambique combatiam a política colonial portuguesa na busca das respectivas independências, o que viria a acontecer, não sem antes deixar um rasto de morte e muitas outras sequelas (...).
O Batalhão partiu para a Guiné no fim de Março de 72. Aí chegado, foi aquartelado no Cumeré para fazer a IAO que durou cerca de um mês.
Terminada a formação, as unidades partiram para os “seus perímetros de acção”, o Leste da Guiné, a saber: (i) CCS e Comando Operacional do BCaç 3884 em Bafatá; (ii) a CCaç 3547 em Contuboel; (iii) a CCaç 3548 em Geba; e (iv) a CCaç.3549 em Fajonquito.
A CCaç 3547 foi logo rebatizada pelos seus membros de “Os Répteis de Contuboel” e pela rádio do PAIGC como “As Almas Brancas”. Para além da sua sede – Contuboel – , tinha na vila de Sonaco um “destacamento”, composto por um Grupo de Combate e um pelotão de Milícias.
Por força (?) da sua boa localização (um subsetor sem guerra), a Companhia ficou, logo no iníci, e até ao fim da comissão, mutilada nos seus efectivos, por ausência quase permanente, de dois dos seus "grupos de combate", em destacamento/reforço de outras Companhias, nomeadamente Bafatá, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga, Galomaro e Dulombi.
Cedeu igualmente alguns dos seus graduados para as Companhias de Caçadores Africanas e Delegado/Agente de ligação para, em representação de todo o Batalhão junto das Direcções de Serviços e Quartel Mestre General, providenciar toda a logistica necessária à actividade do Batalhão.
A Companhia, na sua sede, funcionou como Centro de Instrução de Milícias (forças paramilitares), cujos formandos tinham por missão dar apoio e defesa local às populações nativas.
Ao longo da sua Missão e, apesar de teoricamente a área de actuação ser um paraíso, a Companhia, não conseguiu sair incólume aos efeitos da Guerra. Logo no início, num estúpido acidente de viação um dos seus homens ficou gravemente ferido, de que resultou numa paraplegia. Outras mazelas surgiram mas sem consequências de maior, porém, se a "missão" começou mal, terminou ainda da pior maneira; mesmo na recta final e a escassos dias de completarmos 24 meses, uma traiçoeira mina “rouba”, na plenitude da juventude, a vida a um dos nossos melhores!...
A Companhia regressa em fins de Junho de 1974 e termina a sua “missão”. A desmobilização vem a acontecer no dia 30 de Julho de 1974
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Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:
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