terça-feira, 20 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24418: (In)citações (251): Sigamos o alce, que vem pachorrentamente pastar à porta do Joseph Belo, à hora do jantar...





Suécia > Lapónia : s/d> O alce que vem pachorrentamente pastar à porta do Joseph Belo, à hora do jantar...

Foto (e legenda): © José Colaço (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do Joseph Belo, o luso-sueco José Belo que foi alf mil inf da CCAÇ 2381, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70, capitão do exército português reformado, e que, se não fora o nosso blogue, já há muito  teria cortado o "cordão umbilical" emocional que o liga à terra onde nasceu... 

Autoexilado, depois de também ter dado a sua quota-parte para o triunfo da liberdade e da democracia em Portugal, é de estranhar que ninguém se tenha lembrado dele, muito menos o Presidente da República que, sendo por inerência da sua função, o Grão-Mestre de todas as Ordens Honoríficas Portuguesas, está a distribuir por estes dias (na véspera dos 50 anos do 25 de Abril) a Ordem da Liberdade, Grande Oficial, a todos os "militares de Abril"...

Data . 12 jun 2023, 15h19

Assunto - Email desgarrados

Caro Luís:

Estou a receber E-mails de camaradas do blogue que me não são dirigidos.

Algum erro nas “computações” terá certamente surgido.

Um grande abraço, JBelo

PS - E aproveitando….aqui segue um alce a comer calmamente nas traseiras da minha casa. Na Lapónia,  o jantar vem literalmente bater à nossa porta! (*)


2. Comentário do editor LG:

Zé: foi lapso meu... Costumo dar-te conhecimento, mas em bbc ("blind carbon copy") e não em cc,  de algumas coisas que te podem interessar....I'm sorry.

Aproveitaste, e a gente agradece, para fazeres "prova de vida"...Depois da saudável "hibernação",  vem aí o solstício do verão. Dizem que o mês de Junho é a época que suecos/as atingem o pico da felicidade... 

Cada povo "adverte-se" (como diz o Zé Povinho do Norte) como pode... A gente cá na parvónia tem as festas dos santos populares, o tintol e a sardinha assada. Mas não há "almoços grátis", segundo a máxima famosa de um economista cá da praça que chegou a presidente da República. Tu, tens mais sorte, tens o jantar que te vem "literalmente bater á porta",,, Já em tempos. em plena pandemia de Covid-19, nos tinhas falado do alce, "o rei das florestas escandinavas" (**)

Na altura, escreveste, à laia de desabafo : "Cada vez menos sei se estas coisas 'exóticas' que me rodeiam, aí dizem algo que valha a pena ser lido.São realidades tão dísparas das portuguesas que muitas vezes me pergunto o que eu pensaria delas se aí tivesse continuado a viver. As análises editoriais são, quanto a mim, fundamentais quanto a este tipo de participação 'fora de contextos'...". Mas, olha, pelo tipo e número de comentários (21), o poste foi lido com muito interesse e muita gente...

Podíamos, parodiando o Alexandre O'Neil, seguir o conselho, não de seguir o "cherno" (do outro, que só queria o poder, a qualquer preço), mas o teu "alce", que vem pachorrentamenmte pastar à tua porta, à hora do jantar... O poeta, lá no Olimpo, não levará a mal esta paródia, ele que era por excelência um provocador, um iconoclasta, com a sua meia costela de irlandês...


Sigamos o alce

Sigamos o alce,minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos,até, do alce um beijo,
Senão já com amor, com alegria...

Em cada um de nós circula o alce,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em floresta silenciosa de passado
Circula o alce: traído
Animal recalcado...

Sigamos, pois,o alce ,antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando,mentido o alce a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...

Poema original: 
"Sigamos o cherne", de Alexandre O'Neil (1924-1986)
In: "No Reino da Dinamarac" (1958)
(Adapt. de LG... Com a devida vénia...)

11 comentários:

Fernando Ribeiro disse...

Luis, não leves a mal esta minha intervenção, mas foste involuntariamente apanhado na confusão entre a palavra "pastar" e a palavra "apascentar" em que tanta gente cai. O alce do JBelo pasta; não apascenta, porque não é pastor.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A expressão ficou famosa, fazendo hoje parte do nosso anedotãrio político: "Sigamos o cherne", terá dito, em março de 2002, no final da campanha eleitoral, a esposa de um dos candidatos, que depois será primeiro ministro...e por aí fora.

Como o Zé Belo não acompanha, há décadas, o nosso "circo político", é possível que não tenha entendido o trocadilho, "sigamos o alce"...

Mais importante é que fizemos aqui uma pequena homenagem a um dos poetas maiores da língua portuguesa do séc. XX, o Alexandre O'Neil, um poeta sarcástico que a si próprio não se poupava, autodescrevebdo-se como o "caixa d'óculos" e o "grande poeta menor"... Foi durante anos um dos meus poetas de cabeceira...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Tens toda a razão, Fernando, tu que és engenheiro, e não "de letras"... "Na pior toalha cai a melhor nódoa", diz um ve4rrso meu... Vou vai corrigir antes que me apareça a turma toda a pôr-me orehas de burro... LG
_______________

apascentar
(a·pas·cen·tar)
Conjugar
Conjugação:regular.
Particípio:regular.
verbo transitivo
1. Levar (o gado) ao pasto e vigiá-lo.

2. Pastorear, guiar.

3. [Figurado] Doutrina; deleitar.


"apascentar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/apascentar.

paulo santiago disse...

Vou deixar de postar comentários.Chateia-me ver um qualquer "zelota" da linguagem aparecer inopinadamente a criticar um camarada da Guiné.Não gosto da soberba pseudo intelectual de alguns comentadores.

Santiago

José Teixeira disse...

Não me admira que o Zé Belo seja esquecido. Quando reclassificaram os militares que intervieram no PREC, o Zé Belo não foi reclassificado, talvez por se ter ausentado para a Suécia depois do "julgamento" a que foi submetido, na sequência do 25 de novembro, onde acabou por ser ilibado. Mas ele, desde os tempos da Guiné que sonhava com suecas!
No 25 de Abril, creio que, estava a formar companhia para partir para Angola, mas pelo que conheço dele, devia estar envolvido no processo até aos ...
Grande abraço.
Zé Teixeira

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Paulo, com os nossos erros e as emendas dos outros é que a gente aprende... Blogar também é um exercício de humildade... Eu estou semprle a consultar o dicionário, e escrevo há mais de meio século: fui jornalista na 1ª metade dos anos 60...

Pessoalmente, náo fico nada chateado com as chamadas de atençáo dos nossos leitores.. Cometo erros e gralhas, como toda a gente... O Carlos Vinhal faz-me o favor de também os topar, trocamos mails, que eu agradeço...

Muitas vezes só mais tarde é que dou conta dos erros e gralhas e depois corrijo (mesmo que que tardiamente)...

É evidente que agora tenho menos disponibilodiae física e mental para editar postes: qualquer poste leva no mínimo uma hora a editar (e quando há muitos fotos, sáo duas ou três horas)...

Eu, com a fisioterapia logtode manhá, àss 8h30 (!), todos os dias, e depois a ginástica, com PT, às 14h00 (às 3ªs e 6ªs), fico estoirado... E tenho que descansar de tarde, estiorado na cama, comno me aconteceu hoje... E já estou em Lisboa, vim à hora do jogo da bola, porque amanhá às 9h00 tenho consulta com o ortopedista no hospital DA pAREDE... E ainda ontem, 2ª feira, cá estive, no Hospital ldos Luaíadas, para uma avaliação psiconeurológica (náo quero que o Alhzeimer me apanhe com as calças na máo, estas coisas tèm que ser feitas anualmente, a partir de agora)... E encontrei dois escritores famosos (que não vou aqui citar), que se calhar também andam nba psiconeurologia... Um deles meteu-me memso imporessáo, de cadeira de rodas, cabisbaixo... Tem cinco anso a mais do que eu, e também andou na guerra...

O blogue às vezes tem que ser feito a correr, sob stress, por minha parte e por parte do Carlos Vinhal... Este ano, e mesmo com os outros coeditores (e os autores...) a mandarem menos material, já estamos a caminho dos 500 postes... Temos que publicar pelo menos 3 postes por dia, quer faça chuva ou faça sol... E chega5r ao fim do ano, com a fasquia dos mil ultrapossada...

Claro que há limites... Estamos a esticar a corda...Mas náo quero que tu "desampares a loja"... Tens responsabilidade, és um veterano, um histórico... Olha, manda-me mais cinco, ou quatro, ou très, ou dois, ou mais um novo membro da Tabanca Grande...Bem queria chegar aos 900 no fim do ano, mas vamos lá chegar... Está tudo a arrumar as botas, e a preparar o camimnho para o céu...

Paulo, vamos brincar com esta m... Já nos bastou a p... da guerra e apanhar gajos como o "alma negra" (d9o noss0o lado) ou o Manadu Indjai (do outro lado). Que Alá nos proteja dos nossos amigos, que dos nossos inimigos cuidamos nós, rosnava eu entre dentes, no pedaço de
inferno que me coube na terra, entre os 22 e os 24 anos...

Saudações, Luís

JB disse...

Do meu país só quereria o mar da Ericeira,Peniche ou Baleal.


Mas infelizmente o Poeta escreveu:

*O meu país é o que o mar não quer*

Um grande abraço do JBelo

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Se fosse o Zé Belo a "apascentar" o alce, ninguém apontavo o meu erro de portuguès... mesmo que não seja normal ver um antigo tuga da Linha (do Estoril) a criar renas e alces na Lapónia (sueca)...

Se fosse o alce apascentar as crias, à porta da "dacha" do Zé Belo, também era verosímil... O papel dos progenitores é ensinar a "canalha", os filhos da p... dsoc rianços, como se diz lá no Norte, na Tabanca de Candoz... Mas nas fotos não há sinais de crias (muito menos de fèmeas)... E o Zé Belo ficou por detrás do telemóvel... e preparado para "sprintar" os 100 metros até à porta de casa, em menos de 10 segundos...

Se ele fosse se um "gajo porreiro", "populista", "popularchuo", "egocèntrico", "magnificente"... como o nosso PR, tirava uma selfie com o alce...mas com aquela "armadura de viquingue" (que deve pesar uns 20 e tal quilos, e tem hastes benm afiadas) mais aquele corpanzil com aquela meia tonelada de "chicha" e "toucinho", o bicho não é de fiar... Pelo sim, pelo não, o fotógrafo guardou as convenientes distâncias...

Eu é que te tive o cuidado de editar a foto, puxando o bicho para priomeiro plano... Mesmo assim fico com dúvidas, se o alce está a "pastar" (no jardim ou na horta do Zé Belo) ou se está a "apascentar" (as tímidas crias ) e a guardar o harém...

De qualquer modo, confesso que com tantas dúvidas hoje chumbava ba prova de portuguès...Vamos lá a ver se não chumbo mas é na avaliação da minha neurologista, da minha hematologista e do meu neuropsicólogo... Isso, sim, é o que me está a preocupar neste momento, em que se celebra o solstício do verão... e me tira a vontade de festejar os santos populares cá da nossa terra.

Saberei o resultado daqui a très semanas... Mas espero poder continuar a blogar por mais uns tempos... Alá é grande!...

*S - Está visto que também tenho que ir, um dia destes, ao oftalmologista... Tal é a quantidade de gralhas que deixo nos comentários... Conto com a santa tolerância do leitor...

Ainda não sou "caixa d'óculos" como o poeta que escreveu "Sigamos o cherne"... Mas às 6 da manhã já não durmo.... Faço a correção doste comentãrio às 13h00, depois da consullta do ortopedista às 9h30... e depois de já tirado mais uma dúzia de chapas às pernas, aos joelhos, à anca... Enfim, cada vez mais protésico e radioativo!... Devia ter levado um tiro nos c... na Guiné!

JB disse...

Ainda o Jantar de alce …..
assado à maneira do extremo norte escandinavo.

Dois quilos de lombo de alce.
O forno deve ter uma temperatura de 75 graus.
Colocar a carne na parte inferior do forno e assar nesta baixa temperatura de 8 a 12 horas.
Está pronto quando a temperatura no interior do lombo estiver entre os 65 a70 graus.
Assado com madeiras de aspen e hickory fica com um suave e agradável sabor a fumeiro.
Assado a estas temperaturas pouco elevadas, e de modo demorado ,torna a carne extremamente macia e com uma agradável cor de Roastbeef.







O nome deste inesquecível assado é….”Tjälknöl på älg ”

Um abraço do JBelo

Anónimo disse...



José Belo, pelo lonjura, pelo exotismo, pela fauna, flora, paisagens exóticas e diferentes de outros mundos, pelos enquadramentos sociais do oriente ou do ocidente, Lapónia, Suécia, States, pelo que dizes, pelo que calas, pelo que subentendes, pelos tua ironia enigmática , despertas a curiosidade intelectual de muitos camaradas, que tal como eu admiram a qualidade da tua escrita. Continua a escrever, escreve mais , tens muitos amigos, muitos camaradas, muitos leitores, no Blogue, eu sou um deles.
Um grande abraço amigo e camarada.

Francisco Baptista

JB disse...

*Todos os meus amigos não são demais *


Um grande abraço do JBelo