sexta-feira, 15 de maio de 2020

Guiné 61/74 - P20976: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (12): Mais umas dicas do "Chef" Joseph Belo, da Suécia tão exótica quanto erótica...


Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3 > Sandochas suecas de camarão (Fotos 1, 2, 3)


Foti nº 4 > Sandocha de rena


Foto nº 5 > Sandoha de Alce


Foto nº 6 > Sandocha de Urso

Fotos gentilmente cedidas por J. Belo [e editadas pelo Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]José Belo:


1. Depois de dois meses  de confinamento,   por causa da maldita pandemia de COVID-19, com a malta farta de comer pizas e conservas de atum,  já sabe bem experimentar outros sabores, como os da exótica (mas também erótica) Suécia... 

Eu, por mim, confesso-me: gosto mais da comidinha cá da nossa terra, mas à falta de melhor, também ia uma sandocha de alce... Em contrapartida, nesta "quarentena cinéfila", já vi ou revi os filmes todos do Ingmar Bergmam, de fio a pavio, e de trás para a frente... O último foi o "Mónica e o desejo" (em sueco, "Sommaren med Monika", um verão com Mónica), um filme de 1953, que passava nos nossos cineclubes, à porta fechada, e se tornou um filme de culto: na puritana Suécia do pós.guerra, e no estrangeiro, gerou polémica  pelas cenas de nu feminino  integral... Bergmam e a sua "piquena" Harriet Andersson,contribuiram em muito para a criar o mito  da Suécia como um "paraíso sexual"... Mas quem vê Bergmam não vê apenas a Suécia, vê a humanidade toda, nas suas misérias e grandezas... Setenta anos depois, este filme, com magnífica fotografia a preto e branco, continua a ser uma das obras-primas do mestre Bergmam.. Uma de muitas!...

Fiquemos então  aqui com as sugestões gastronómicas do Joseph Belo, o nosso régulo da Tabanca da Lapónia...

Pura alquimia, a que se faz na Tabanca da Lapónia:
vodca multidestilado que sai puríssimo, a 96%...
2. Recorde-se quem é o nosso luso-lapão, que, mesmo confinado, não deixa por mãos alheias  os seus predicados de "chef"... (Devo dizer que nunca fechou o restaurante da Tabanca da Lapónia, nem muito menos arrumou o seu alambique de cobre onde  se faz o melhor  vodca do círculo polar ártico):

José Belo:

(i) ex-alf mil inf da CCAÇ 2381, Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70;

(ii) manteve-se no ativo, no exército português, durante uma década;

(iii) está reformado como capitão de infantaria do exército português:

(iv) jurista, vive entre Estocolmo, Suécia, nem como nas imediações de Abisco, Kiruna, Lapónia, no círculo polar ártico, já próximo da fronteira com a Finlândia, mas também Key-West, Florida, EUA;

(v) é o único régulo da tabanca de um homem só, a Tabanca da Lapónia (, mas sempre bem acompanhado das suas renas, dos seus cães. dos seus alces e dos seus ursos);

(vi) "last but not the least",,, achamos que ele "é mais carneiro do que peixeiro", a avaliar pelas fotos de filetes de rena, alce e urso que nos mandou...
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5 comentários:

Anónimo disse...

A propósito das "sandes" abertas de camaräo.

Estas "sandes" constituídas por uma fatia de päo (normalmente escuro) como base ,sobre a qual säo colocados ingredientes clássicos bem determinados com as respectivas guarnicöes também apropriadas para cada uma delas.
A Dinamarca elevou este tipo de sandes abertas a uma verdadeira arte culinária tradicional.
É um prazer, tanto aos olhos como ao gosto,entrar numa cervejaria ou restaurante típico dinamarquês e observar centenas destas sandes lado a lado e em todas as suas variacöes.
Para uma refeicäo escolhem-se normalmente duas a trës sandes distintas.
Säo consumidas com acompanhamento de cerveja e os indispensáveis cálices de vodka condimentada....Skål!

As tradicionais incluem roastbeef,camaräo, salmäo nas suas variantes de curado ou fumado,lombo de porco com capa quase queimada,filetes de pequenos arenques marinados,almondegas muito pequenas,etc.
Entre a fatia de päo e estes ingredientes säo colocadas saladas e guarnicoes tradicionalmente usadas com cada um deles.
(Vale a pena dar uma saltada ao Google e procurar :Danska Smörrebröd.É um encanto à vista.)

Na Suécia as mais populares säo as "sandes" abertas de camaräo,colocado sobre maionaise,rodelas de ovo cozido,rodelas de limäo e salada.
Atingem o seu melhor em qualidade e frescura em toda a costa atläntica do país.
Aí, os locais säo profundos conhecedores dos mariscos.
É normal os restaurantes terem nas suas ementas, escrito à frente do camaräo...pescado hoje...ou pescado ontem.
E näo se julgue que os clientes se deixam enganar quanto à diferenca do sabor!

Segundo alguns,o aparecimento ,já há quase 100 anos, e posterior popularidade destas "sandes" abertas terá muito a ver com as acentuadas melhorias das situacöes económicas destes países.
As verdadeiras sandes com as tradicionais duas fatias de päo,têm em geral um ingrediente no seu interior mais ou menos barato.
Estas sandes abertas säo formadas por fatia de päo única com uma muito generosa quantidade de ingredientes caros.
Repetindo-me,vale apena a saltada ao Google:Danska Smörrebröd.

Um abraco
J.B.

Anónimo disse...

Que diriam os tais nórdicos quanto a uma sardinha bem assada servida numa fatia de broa?

Manuel Teixeira.

Anónimo disse...

Entretidos a tirar algumas das espinhas os seus nórdicos certamente nada diriam.

Mas doer mais que as possíveis espinhas säo 40 anos de saudades de um Real Cozido à Portuguesa comido no Restaurante da Malveira da Serra em Sintra.
Creio que o restaurante já hoje näo existe.
Infelizmente.

A inferir pela sua referência aos nórdicos deve gostar (como eu!) dos nossos "latinoruns" sempre täo apropriados para tudo;que o digam certas profissöes!

Daí que,e quanto ao saudoso COZIDO À PORTUGUESA....ultima necat...ultima necat!

J.Belo

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

O comentário anterior era meu,e está unicamente removido por o computador ter..."saltado".

Senhor Manuel Teixeira.

Estando eu já farto de continuamente conversar com os enormes pinheiros destas florestas,principalmente agora que eles comecam a... responder-me...säo sempre agradáveis estes diálogos amigos à volta de um poste dedicado às nossas donas de casa.
E,vamos ser especialmente cuidadosos quando nos referimos ao Padräo Cultural que säo as nossas sardinhas assadas.
Porque infelizmente quando se comunica à distäncia de todo um Continente,e os escritores mais näo säo que escribas,surgem por vezes näo procurados mal entendidos.

Com espinhas ou sem elas,as nossas sardinhas assadas (Únicas!Mas näo o diga na Galiza)
säo o tal "Padräo".
Principalmente se frescas do dia e consumidas junto à Lota de Peniche acompanhadas de salada de pimentos,cebola e tomate,servida em gigantescos alguidares de barro.
(Quase me sinto a falar de séculos anteriores)

Infelizmente as sardinhas das festas populares da Alfama da minha Lisboa,essas pode-se afirmar que seräo servidas para os tais "nórdicos" que acima referiu.
Tanto quanto ao sabor,frescura,e custo.
A única coisa "fresca" será o...custo!

E a propósito de custo,ao ir procurar ao Google os precos actuais das nossas sardinhas,tive que olhar várias vezes para acreditar.
Estando a cidade de Estocolmo bem longe de ser um local de vida barata,o custo de uma lagosta(!) aqui está bem próximo do custo das nossas sardinhas (Que, infelizmente, por aqui näo existem).

Fico-lhe grato pela oportunidade deste diálogo culinário.
As eternas discussöes quanto às guerras coloniais,perdidas ou ganhas,patrioteiras ou traidoras,já há muito que cheiram a...sardinha pôdre.

J.Belo