sexta-feira, 8 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19563: A Galeria dos Meus Heróis (23): Cirurgião no Hospital Militar de Bissau - Parte I (Luís Graça)


Luís Graça, CCAÇ 12,
CIM Contuboel,
 junho/julho de 1969

A Galeria dos Meus Heróis > 

Cirurgião no Hospital Militar de Bissau, 1968/70 - Parte I (Luís Graça)





Fizeram-me um almoço de despedida nessa semana em que passei à reforma.

Sempre detestei as festas de despedida. É como partir, de barco, de um porto seguro para uma viagem desconhecida. Sabes o que tens, ou o que acabas de perder, desconheces o que te espera.

Aconteceu-me isso, talvez pela primeira vez, quando fui mobilizado para a Guiné, em rendição individual, aos 28 anos, em março de 1968. Amigos da faculdade e do hospital, colegas de curso e um ou outro antigo colega do tempo do liceu de Setúbal, fizeram-me uma festa, discreta mas comovente, de despedida.

Foi num café-restaurante das Avenidas Novas, em Lisboa, que já não existe, hoje é uma agência bancária ou coisa parecida. Na altura, eu era monitor de Anatomia na Faculdade de Medicina e trabalhava no Hospital de Santa Maria, à borla, na equipa de um dos "barões" que eram os donos dos serviços… Não havia ainda carreiras médicas, os jovens licenciados em medicina tinham que "pagar para aprender", com um patrono, um grande clínico ou um grande cirurgião…

Como o local do almoço era público e a PIDE costumava vigiar aqueles sítios, não houve grande discursos, e muito menos efusivos, e muito menos ainda contestatários… Aquilo era mais um velório do que outra coisa... Bolas, eu era médico, ia para a Guiné, haveria de voltar, com vida e saúde. Fui eu que tive de animar os meus amigos!

Só muito mais tarde, há uns anos atrás, é que fui à Torre do Tombo, movido por uma curiosidade legítima, mas algo mórbida, e acabei por saber que tinha uma ficha no arquivo da PIDE/DGS… Alegadamente por ser amigo de um tipo da direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina, envolvido na crise estudantil de 1962… 

Fator aparentemente abonatório para a minha pessoa: ser filho de militar de carreira, com boa folha de serviços no Ultramar e tido como “adepto da situação”…

Em boa verdade, eu nunca me tinha metido em encrencas até acabar o curso de medicina, não queria ver o meu pobre pai embrulhado em maus lençóis, e sobretudo perder a minha valiosa bolsa de estudos, paga pelo Exército.

Em suma, não tinha liberdade económica para me poder armar em herói antifascista e anticolonialista, como alguns colegas (que papás da classe média alta). Mas confesso, em 1968, era contra o regime e contra a guerra colonial, tal como parte da juventude universitária daquele tempo.

Não vou dizer "boa parte da juventude universitária",  porque quem estudava naquela época eram filhos e filhas de gente da situação, ou que tinha algum poder económico, empresários, proprietários, comerciantes, professores, advogados, médicos, médio e alto funcionalismo público… Mas a maior parte da juventude estudantil, liceal e universitária, acomodava-se e tratava da vidinha, como acontece em todas as ditaduras. Para mais a nossa que até tinha a benção da Igreja...
 Bom, já não era bem assim, tive colegas, católicos, que já não liam a missa pelo mesmo missal...

Entretanto, eu dava conta de que a guerra , de que pouco ou nada se falava em público, começava a mexer com a malta. Havia mortos e feridos, havia refratários e desertores, e alguns até eram da nossa rede de relações ou conhecimentos… 

Guerra, em todo o caso, que era bem longe da nossa terra, da nossa casa, da nossa família, das nossas escolas e locais de trabalho, enfim, dos nossos cafés das Avenidas Novas... (Na altura, eu morava por ali, perto do Campo Grande.)

Quando chegava a hora da verdade, poucos afinal davam o corpo ao manifesto. Participei, em 1962, num ou noutra manifestação de estudantes, com cargas da polícia de choque, tinha 22 anos, sangue na guelra e asco ao autoritarismo, mas sem nunca me meter em nenhuma organização clandestina, nem muito menos assinar papéis que me comprometessem.

Também nunca tive conversas, nem grandes nem pequenas, com o meu pai, quando vinha de férias, ou regressava de mais um comissão de serviço, sobre a situação nos territórios ultramarinos, como então se dizia e escrevia. Sei que ele "não morria de amores pelo regime" mas não podia dar-se ao luxo de morder a mão de quem lhe pagava o vencimento ao fim do mês. Além disso, era um militar de secretaria.


A minha mãe, embora apenas com a 4ª classe mal tirada, era mais politizada do que o meu pai. Ela era natural de Grândola, emigrara, muito jovem, para Setúbal com a família. Trabalhara como empregada doméstica, logo acabada a escola, e depois como operária na indústria conserveira. Foi em Setúbal que os meus pais se conheceram. E foi aí que eu nasci. Tempos difíceis. Valeu-me uma bolsa de estudos do Exército que me permitiu ir fazer, em Lisboa, o curso de medicina, em 1958. Sou do curso de 1958/59.

Em solteira, quando operária conserveira, aos 17/18 anos, a minha mãe terá chegado a distribuir o clandestino jornal "Avante", na fábrica e no bairro onde residia. Não sei se alguma vez foi "antifascista", foi palavrão que nunca lhe ouvi, da sua boca. 

De qualquer modo, depois de casada, acabou o seu eventual "antifascismo". Julgo que ainda viveu, com alguma euforia e esperança, o fim da II Guerra Mundial. Mas teve que ser pai e mãe durante o resto da vida.

A minha mãe também não era beata, se bem que fosse à igreja, uma vez por outra, em cerimónias militares oficiais e em certas datas, por conveniência social: na festa de Natal, no dia do Regimento, no dia nacional da infantaria, etc. Afinal, era casada com um militar de carreira e a tropa era também um pouco a sua família alargada… Se bem que não houvesse grandes misturas, entre as famílias dos senhores oficiais e as dos sargentos…


Em todo o caso, para completar o magro vencimento do meu pai, a minha mãe via-se obrigada a trabalhar de costura, em casa, e fazer bolos para festinhas, nomeadamente para as famílias dos oficiais e sargentos do RI 11, em Setúbal.

Nunca acompanhou o meu pai nas quatro comissões de serviço no ultramar (Cabo Verde, Índia, Angola e Moçambique), ou nas mudanças de regimentos (além do RI 11, em Setubal, esteve em Tomar e nas Caldas da Rainha). E ficaria viúva bastante cedo, aos quarenta e tal anos. 

Era mais nova nove anos do que o meu pai. Nascera em 1920 e teve-me, a mim, aos 20 anos e à minha irmã, mais nova, aos 26, já depois do meu pai regressar de Cabo Verde. (Essa minha irmã, já falecida, foi enfermeira, estava nos finais dos anos 60 no Alcoitão, quando o meu pai faleceu em maio de 1968, ia completar os 57 anos.)


Nasci num ano bissexto, em 1940, no dia 29 de fevereiro, uma quinta-feira, recordava a minha falecida mãe. Nasci em casa, de um parto difícil, já quase de madrugada. Daí talvez eu ser mais mocho do que cotovia.

Não chegou a ser preciso chamar o médico do regimento, o RI 11, onde o meu pai estava colocado, na altura já 2º sargento de infantaria. O médico era um bom homem, alentejano de Évora. O meu pai era de Estremoz. E até se dizia que era do reviralho, só por ser alentejano e republicano.

Tenho uma vaga ideia de o ter ido esperar, ao meu pai, já criança com quatro anos,ou coisa assim,  a Lisboa, ao Cais da Rocha Conde de Óbidos. Regressava de Cabo Verde, com a sua companhia ou batalhão, não sei ao certo.

Terá sido a primeira vez que andei de automóvel e, depois, de barco. Fomos, eu e a minha mãe, de carro, à boleia. Não sei de quem era o carro, penso que era conduzido por um amigo da família, que tinha carros de aluguer na praça de Setúbal. Talvez também fosse de Estremoz, conterrâneo e amigo do meu pai. 

Fomos até Cacilhas, ainda não havia a ponte sobre o Tejo. Apanhámos um cacilheiro até ao cais do Sodré. Não reconheci o meu pai, naturalmente, ele andara fora trinta e tal meses. E não terá vindo bem de saúde, segundo contava a minha mãe. Tinha estado na ilha do Sal e depois na ilha de São Vicente, já para o fim, antes do regresso.

Ou, se calhar, foi mais tarde. Tenho as memórias de infância baralhadas. Se calhar foi quando ele voltou a partir para outra comissão, desta vez para a Índia, já como 1º sargento, aí por volta de 1947 ou 1948. Eu devia ter 7 ou 8 anos. Já andava na escola, deve ter sido, pois, em 1948.

Ele acabou por fazer lá duas comissões, a segunda como voluntário, com direito a vir de férias em 1950. Aproveitou para fazer o 7º ano no liceu de Goa. Virá depois a frequentar, em 1956, a Escola Central de Sargentos, que era em Águeda. Ainda esteve em Angola, em 1961, aqui já com o posto de tenente SGE. Acabou a sua carreira militar em Moçambique, em 1965… 


Regressou em 1967, para morrer um ano depois, já eu estava na Guiné. Morreu cedo demais, o meu pai, ainda primeiro que o Salazar. Foi em maio de 1968. Estava o Schulz a ir-se embora. E eu em Bambadinca, quando recebi a triste notícia. Não fui ao funeral do meu pai, não me deram a devida autorização a tempo de apanhar o avião da TAP. Uma prepotência que nunca perdoei ao comandante do batalhão. Talvez por esse motivo nunca morremos de amores um pelo outro.

Escassos meses depois de chegar à Guiné, fui colocado no Hospital Militar de Bissau, "onde fazia muito mais falta do que no mato", segundo a ordem pessoal que recebi de Spínola, ainda brigaddeira,  que tive a honra de conhecer na altura. 

Com o recrudescimento da guerra e o aumento dos efetivos, havia falta de cirurgiões, anestesistas, estomatologistas, para além dos tipos da medicina tropical, que as doenças infectocontagiosas eram mais do que muitas.

Se não erro, o Hospital Militar de Bissau era o HM 241. E, em boa verdade, foi um grande escola para mim e outros cirurgiões. Foi lá que fiz verdadeiramente o meu internato de ortopedia. Tive lá grandes mestres de cirurgia e medicina. E depois, com o Spínola, o Hospital tornou-se um verdadeiro orgulho para todos nós. Dizia-se, sem exagero, que era o melhor hospital da África Subsariana, só tendo paralelo nos hospitais centrais da África do Sul… (Não sei, nunca lá estive.)

Em suma, cresci com um pai ausente, que eu mal conhecia, a não ser pelos retratos que a minha espalhava pela casa. Quando vinha a casa, recompensava-me com alguns brinquedos, baratos, e sobretudo muitas histórias. Era um bom contador de histórias, sabia as aventuras todos do Tigre da Malásia, dos livros do Emílio Salgari. Mas não falava da guerra do ultramar...


Era um homem meigo, contrariamente à minha mãe, que tinha de ser pai e mãe, que tinha de nos dar o pão, o amor e a educação. Era uma mulher precocemente marcada pela dureza da vida e pelas agruras do casamento. 

Por tudo isto, é difícil responder à pergunta se eu tive uma infância feliz...

Na semana em que fiz 70 anos, o dia 28 de fevereiro de 2010 calhava a um domingo e o dia 1 de março era segunda-feira. Alguém sugeriu fazer a minha festinha de despedida na sexta-feira à noite, mas eu opus-me logo.

Durante os dias úteis da semana não dava jeito, porque afetava o normal funcionamento do serviço e muita gente não poderia vir. E depois nunca se deve comemorar o aniversário natalício, na véspera, porque dá azar. E eu nessas coisas, sou mesmo supersticioso. Ou não fosse cirurgião.

As profissões de risco têm os seus mecanismos de defesa mental. Já alguém me explicou isso: dos toureiros aos pilotos de avião, dos mineiros aos tipos que trabalham nos arranha-céus, dos artistas de circo aos pescadores de alto mar, sem esquecer os polícias e os militares… Todos temos que saber racionalizar os riscos a que estamos expostos. 

No caso dos médicos, lidamos todos os dias com a doença e a morte, pelo que acabamos por ter a perigosa ilusão de que somos invulneráveis e imortais. Por outro lado, estamos sujeitos ao erro.

Enfim, a minha festa acabou por ser marcada para um sábado, dia 6 de março de 2010.

Bolas, já lá vão 9 anos!... Como o tempo passa. Para o ano, se lá chegar, farei os oitenta. Há meio século atrás andava em Bissau a amputar pernas e braços, de homens, brancos e pretos, apanhados pelas malditas minas e armadilhas que o PAIGC punha nos trilhos e picadas. Mas também da população civil, nomeadamente fula, que era atacada com armas pesadas, nas suas tabancas, sem dó nem piada. 

Com Spínola, há uma escalada da guerra. Mas não discriminávamos ninguém: cheguei a operar guerrilheiros do PAIGC, feridos e aprisionados pelas nossas tropas, e evacuados de helicóptero.

(Continua)

© Luís Graça (2019). Revisão; 5/8/2023
_____________

Nota do editor:

Último poste da série > 12 de fevereiro e 2019 > Guiné 61/74 - P19491: A Galeria dos Meus Heróis (22): O "Duque de Palmela" ou o pão que o diabo amassou - II (e última) Parte (Luís Graça)

2 comentários:

Fernando de Sousa Ribeiro disse...

Ainda há poucos dias, evoquei na página no Facebook do meu batalhão (BCAÇ 3880, que esteve em Angola) um médico que veio a desempenhar, mais tarde, um papel absolutamente vital no combate à epidemia de SIDA na Guiné e na África Ocidental em geral: José Champalimaud (https://ruascomhistoria.wordpress.com/2017/09/15/jose-luis-champalimaud-o-medico-que-identificou-o-hiv2-se-fosse-vivo-faria-hoje-78-anos-de-idade-esta-na-toponimia-de-lisboa/?fbclid=IwAR3gBzX5HEjmpid7Vg1kNuMI2gGb504i8mx2zLWsUQQ_ojDcXFDBp-pbxEg).

José Champalimaud esteve em Zemba, no norte de Angola, em abril de 1973, a substituir o médico do meu batalhão (um pediatra obrigado pelas circunstâncias a tratar de uns marmanjos que éramos nós), enquanto este esteve de férias. Como não sabiam como se pronunciava Champalimaud, os nossos soldados chamaram-lhe "Chapa Limão". Em Luanda, os seus colegas médicos chamavam-lhe "Champa".

Quando soube que era o Champalimaud que iria substituir o médico do batalhão, o tenente-coronel não se cansou de dizer:

- Vem para cá um professor universitário! Não é um doutor qualquer! É um professor universitário! Aqui em Zemba!!!

Na verdade, o Champalimaud era assistente da Faculdade de Medicina de Luanda. Tinha a especialidade de Medicina Tropical. Com uma tal especialidade em Zemba, ele foi, de facto, o homem certo no lugar certo, tendo exercido a sua função com toda a competência. Mas mais do que competente, ele foi extremamente humano. Tratava os doentes com um carinho impressionante. Isto era particularmente evidente no imenso cuidado com que ele observava as crianças. Não havia dúvidas de que ele era médico por vocação.

Quando o Champalimaud chegou a Zemba, a malta perguntou-lhe logo que parentesco é que ele tinha com o banqueiro Champalimaud. Respondeu ele:

- Eu sou o parente "pobre" da família.

Logo a seguir, explicou:

- Na verdade, eu não sou pobre. Felizmente, dinheiro foi coisa que nunca me faltou. Mas comparado com o meu primo António, sou um miserável...

Estava tudo a correr bem com o Champalimaud, quando se deu a queda de um avião em Zemba, um pequeno Auster (https://ex-ogma.blogspot.com/2006/06/auster.html), em que morreram o capelão do batalhão, o primeiro-cabo analista de águas, da CCS, e o piloto do aparelho. Pois o Champalimaud esteve para embarcar no avião acidentado! Ele só não embarcou naquele avião, porque reparou que se tinha esquecido de qualquer coisa e voltou atrás para ir buscá-la. Em lugar dele, embarcou o capelão ou o analista (não sei qual deles). Assim que se deu o acidente, o Champalimaud ficou em estado de choque. Só dizia:

- Podia ter sido eu... Podia ter sido eu... Podia ter sido eu...

Alguns dias depois, o Champalimaud voltou para Luanda, ainda profundamente abalado, quando o médico do batalhão regressou de férias.

Entretanto o tempo passou-se, nós terminamos a nossa comissão e o Champalimaud acabou também por vir para Portugal na sequência da descolonização de Angola. Estabeleceu residência em Lisboa, entrou para os quadros do Instituto de Higiene e Medicina Tropical como investigador, exerceu clínica no hospital ao lado, o Hospital Egas Moniz, e abriu um consultório privado no Saldanha.

(continua)

Fernando de Sousa Ribeiro disse...

(continuação)

Nos anos 80 deu-se o aparecimento da terrível epidemia de SIDA, que se espalhou pelo mundo como fogo em palheiro, causando milhares e milhares de mortos. Começaram a chegar doentes com SIDA ao Hospital Egas Moniz, vindos de África, e o Champalimaud passou a dedicar-se de alma e coração ao combate a esta terrível doença. Tornou-se mundialmente conhecido nos meios de combate à SIDA, sendo considerado uma das maiores autoridades a nível MUNDIAL. Ele foi um dos investigadores mais escutados e respeitados em todo o mundo.

Entretanto, houve um grupo de doentes com SIDA vindos da Guiné, nos quais os tratamentos usados no combate à doença não tinham qualquer resultado. Os doentes vindos de outros países melhoravam com os tratamentos, mas os da Guiné não. Foi então que o Champalimaud e a sua equipa de colaboradores descobriram que afinal não havia só um vírus causador da SIDA, o vírus da imunodeficiência humana ou VIH (HIV em inglês). Havia um outro vírus, que era muito semelhante ao primeiro, mas que não era o VIH "normal". Era este o vírus que afetava os doentes vindos da Guiné. Além de ter descoberto a existência deste outro vírus, chamado VIH2 (HIV2 para os anglo-saxónicos), o Champalimaud e a sua equipa desenvolveram novos tratamentos apropriados e tomaram medidas para que este outro vírus não se espalhasse mais do que já se tinha espalhado, tanto na Guiné como fora dela. Mais do que nunca, o Champalimaud tornou-se um dos três ou quatro investigadores sobre SIDA mais considerados DO MUNDO.

De repente, o Champalimaud morreu. Um enfarte matou-o, quando ainda havia muito a esperar da sua ação. Em sua homenagem, foi dado o seu nome a um largo de Lisboa, próximo da Praça de Espanha e da Fundação Gulbenkian: o Largo José Luís Champalimaud.


Fernando de Sousa Ribeiro, ex-alf. mil. atirador de Infantaria, CCAÇ 3535 do BCAÇ 3880, Angola 1972-74