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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Guiné 61/74 - P26511: Recortes de imprensa (143): Na Série Especial "A minha Guerra", do Correio da Manhã do passado dia 16, foi publicado um pequeno texto sobre o nosso camarada José Maria Monteiro, ex-Marinheiro Radiotelegrafista (LFP Bellatrix, 1969/71 e Comando Naval da Guiné, 1971/73), que aqui reproduzimos com a devida vénia

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Nota do editor

Último post da série de 12 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26381: Recortes de imprensa (142): Lusodescendentes do Sri Lanka e o seu crioulo de base portuguesa (Diário de Notícas e Agência Lusa, 8 mai 2023)

2 comentários:

João Carlos Abreu dos Santos disse...

... citando: «[...] recrutado jovens combatentes com 15, 16 [...] anos para a frente de batalha [...] voluntários.»
José Maria Monteiro, ex-marinheiro rádio-telegrafista, "advogado e presidente da associação dos mais jovens combatentes": pf não se estique; rasga o lençol e fica tremido no 'photo-finish'...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Monteiro, por favor não generalises... Não confundas o poilão coma tabanca, ou o bissilão com a floresta-galeria... No CTIG, houve casos pontuais de recrutamente de "djubis", de idade indefinida (15/16 anos)... Dei instrução e fiz a guerra com alguns (estamos a falar de "alguns", em 200 "recrutas" e depois "soldados" do exército português, oriundos do recrutamento local, na zona leste, "chão fula")... Infelizmente já nenhum desses "djubis", os da CCAÇ 12, está cá para (re)contar a sua história...

Posso garantir-te que foram grandes guineenses e grandes portugueses, e eu tenho, pessoalmente, uma dívida de apreço e gratidão por aqueles "mininos" que a guerra ajudou a ser homens... Tal como nos ajudou a nós, sem que com isso eu queira "legitimar" a guerra, aquela guerra ou outra... (De resto, não fui voluntário, como tu.)

Centenas de milhares de crianças (rapazes e raparigas) são usadas nas guerras, em todo o mundo, recrutadas à força para as mais diversas funções, incluindo como combatentes... O PAIGC também as usou, pontualmente...Nós também as usámos, pontualmente (no CTIG)... Não tenho "números", por isso sou cauteloso no que digo...

Estes "miúdos" guineenses, das futuras CART 11 e CCAÇ 12, foram "voluntários" (não assisti ao seu recrutamento, só os apanhei no CMI de Contuboel, já na instrução de especialidade e depois na IAO....).

Apesar de tudo, tínhamos princípios e valores. Falo do nosso exército, da marinha só conheci... as "boleias" que me deram de LDG...no rio Geba acima e rio Geba abaixo.

Entende este comentário como uma chamada à realidade: temos de ter cuidado com as generalizações abusivas... A história faz-se com a evidência dos factos. E isto nada de tem crítica pessoal, sabendo para mais que tu tens-te empenhado, ao longo dos anos, na luta pela dignificação dos antigos combatentes.

Um alfabravo, marinheiro. Luis

14 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26153: Casos: A verdade sobre... (48): Os "djubis" da CART 11 e da CCAÇ 12, que foram soldados... (Valdemar Queiroz)

15 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26157: Casos: A verdade sobre... (49): Os "djubis" da CART 11 e da CCAÇ 12, que foram soldados... (Luís Graça)