Caricatura do António Leal Faria, feita por ele próprio, no livro do curso do 1º ano do seminário dos Olivais, diocese do Patriarcado de Lisboa, 1959/60...
Excertos do livro do curso do 1º ano do seminário dos Olivais, 1959/60, cujo lema, em latim, era "Adveniat Regnum Tuum" (que venha a nós o vosso reino). Cortesia de Arcílio Marteleira, Lourinhã.
1. Notícia transcrita do blogue Acidentes de Aviação Militar > 28 de novembro de 2016 > Dornier DO 27 >
Despenha-se em Ambrizete, Angola, devido a falta de combustível, o DO-27-A3 com a matrícula FAP 3465 e o número de fabricante 369.
A tripulação, composta pelo Furriel Piloto António Macedo Matias da Silva, o Tenente Piloto Manuel Fernandes Moreira, o Alferes Miliciano SG António Leal Faria, o 2º Sarg. SG Bernardino Conceição Mesquita da Silva e o civil Manuel Pedrosa, é capturada e posteriormente executada pelos captores.
Este blogue, Acidentes da Aviação Militar, e a única fonte, encontrada na Neta, que refere, com algum pormenor, este acidente
Não sabemos quem é o seu autor. Tem justamente como missão "recordar todos que fazendo de voar a sua suprema paixão deram a vida por esse amor. Neste blogue tentaremos dar a conhecer, com os pormenores possíveis, todos os acidentes, envolvendo pilotos nacionais, ocorridos com aviões militares portugueses e estrangeiros, desde o início do século XX até aos dias de hoje".
Não sabemos quem é o seu autor. Tem justamente como missão "recordar todos que fazendo de voar a sua suprema paixão deram a vida por esse amor. Neste blogue tentaremos dar a conhecer, com os pormenores possíveis, todos os acidentes, envolvendo pilotos nacionais, ocorridos com aviões militares portugueses e estrangeiros, desde o início do século XX até aos dias de hoje".
Sabemos que o ten mil pil Manuel Fernandes Moreira era natural de Arcos de Valdevez, foi mobilizado pela BA 7 [, Base Aérea nº 7, São Jacinto], pertencia em 1966 à AB3 {Aéródromo Base nº 3,Negage, Angola].
O fur mil pil António Matias da Silva e o 2º srgt SG Bernardino Conceição Mesquita da Silva também eram da AB3 (Negage), mas não conseguimos apurar a sua naturalidade. Também nada sabemos do civil Manuel Pedrosa.
Sabe-se que os corpos não foram resgatados. E presume-se que tenham sido capturados e executados por forças da FNLA.
O fur mil pil António Matias da Silva e o 2º srgt SG Bernardino Conceição Mesquita da Silva também eram da AB3 (Negage), mas não conseguimos apurar a sua naturalidade. Também nada sabemos do civil Manuel Pedrosa.
Sabe-se que os corpos não foram resgatados. E presume-se que tenham sido capturados e executados por forças da FNLA.
2. Quanto ao António Leal Faria, alferes miliciano SG, da AB3 (Negage), sabemos que era natural de Assentis, Torres Novas.
Há dias, em conversa com o meu amigo e conterrâneo Arcílio Marteleira, que também ele esteve na Guiné, entre 1964 e 1966, como alferes miliciano SAM, vim a descobrir que um dos seus colegas e amigos, da turma do 1º ano do seminário dos Olivais, 1959/60, tinha sido justamente o António Leal Faria, do qual se dizia que teria desaparecido na Guiné durante a guerra colonial.
Infelizmente o Arcílio não sabia das circunstâncias trágicas em que ele morreu, não na Guiné mas em Angola, às mãos dos seus captores. Fazia anos a 10 de janeiro. Terá morrido com 24 ou 25 anos.
Para ser oficial miliciano SG da Força Aérea, o Leal Faria deve ter saído do seminário aos 18 anos, talvez no fim do ano letivo de 1960/61, e ter-se oferecido de imediato como voluntário para a FAP.
Tanto no Exército como na Força Aérea, serviram milhares de graduados e especialistas, 1ºs cabos, furriéis, sargentos, alferes e capitães milicianos durante a guerra colonial de 1961 a 1974, saídos dos seminários diocesanos e das ordens religiosas (franciscanos, dominicanos, etc.).
Em muitas companhias, no TO da Guiné, quer de quadrícula quer de intervenção, bem como nas tropas especiais (, nomeadamente, comandos e paraquedistas), havia um boa proporção de graduados, que estudaram em seminários... Bem na Base Aérea nº 12 (Bissalanca).
O seminário na época,no Estado Novo, foi um verdadeiro "ascensor social" para os jovens, sobretudo do meio rural e das vilas e cidades do interior sem acesso em ensino liceal. Não há estudos sobre eles, os ex-seminaristas que fizeram a guerra colonial, apenas algumas obras literárias e testemunhos.
Temos no nosso blogue mais de três de dezenas de referências ao descritor "seminário".
Há dias, em conversa com o meu amigo e conterrâneo Arcílio Marteleira, que também ele esteve na Guiné, entre 1964 e 1966, como alferes miliciano SAM, vim a descobrir que um dos seus colegas e amigos, da turma do 1º ano do seminário dos Olivais, 1959/60, tinha sido justamente o António Leal Faria, do qual se dizia que teria desaparecido na Guiné durante a guerra colonial.
Infelizmente o Arcílio não sabia das circunstâncias trágicas em que ele morreu, não na Guiné mas em Angola, às mãos dos seus captores. Fazia anos a 10 de janeiro. Terá morrido com 24 ou 25 anos.
Para ser oficial miliciano SG da Força Aérea, o Leal Faria deve ter saído do seminário aos 18 anos, talvez no fim do ano letivo de 1960/61, e ter-se oferecido de imediato como voluntário para a FAP.
Tanto no Exército como na Força Aérea, serviram milhares de graduados e especialistas, 1ºs cabos, furriéis, sargentos, alferes e capitães milicianos durante a guerra colonial de 1961 a 1974, saídos dos seminários diocesanos e das ordens religiosas (franciscanos, dominicanos, etc.).
Em muitas companhias, no TO da Guiné, quer de quadrícula quer de intervenção, bem como nas tropas especiais (, nomeadamente, comandos e paraquedistas), havia um boa proporção de graduados, que estudaram em seminários... Bem na Base Aérea nº 12 (Bissalanca).
O seminário na época,no Estado Novo, foi um verdadeiro "ascensor social" para os jovens, sobretudo do meio rural e das vilas e cidades do interior sem acesso em ensino liceal. Não há estudos sobre eles, os ex-seminaristas que fizeram a guerra colonial, apenas algumas obras literárias e testemunhos.
Temos no nosso blogue mais de três de dezenas de referências ao descritor "seminário".
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Nota do editor:
Último poste da série > 24 de setembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20173: In Memoriam (350): António Manuel Carlão (1947-2018): Testemunho de Mário Beja Santos, ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52
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