Doc 2 > Ministério do Exército > Região Militar de Angola > Boletim de vencimentos > Folha mecanográfica com o vencimento do aspirante miliciano João Rodrigues Lobo, relativo ao mês de novembro de 1967. Montante: Esc 1590$00, o que corresponderia, em valores de hoje, em Portygal, a 561,11 € (segundo o conversor da Pordata)
Doc 1 > Escola de Aplicação Militar de Angola (EAMA) > Quartel de Nova Lisboa > 1967 > Cartão de Controlo da Incorporação
Doc nº 4 > Região Militar de Angola >Quartel General > 3º Repartição > 1968 > Pedido de protecão de coluna auto de reabastecimentos, a partir de Luanda, comndanda peloasp mil Rodrigues Lobo- Data: 12 de agosto de 1968. Assinatura: cor A. da Silva Banazol.
Doc nº 5 > Região Militar de Angola >Quartel General > 4º Repartição > Secção TPTS > 1968 > Relação do pessoal que segue no MLV ( Movimento de Viaturas Logísticas), de Ambriete, de 13/8/1968.
Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem de João Rodrigues Lobo [ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez1967/fev1971): fez o 1º COM, em Angola, na EAMA, Nova Lisboa; vive em Torres Vedras onde trabalhou durante mais de 3 décadas como chefe dos serviços de aprovisionamento do respetivo hospital distrital; membro nº 841 da Tabanca Grande.]
Devido à extensão do texto mais os documentos anexos, vamos publicá-lo em duas partes.
Data - sexta, 29/10, 10:11 (há 1 dia)


Assunto - Meu percurso militar
Bom dia,
Caro Luis e caros editores do blog.
Desde que me juntei á Tabanca Grande todos os dias o Blog é minha leitura obrigatória.
Recordar também é viver, e textos muito interessantes lá tenho encontrado.
É com interesse e alguma emoção que os diversos posts me têm recordado situações de que tive conhecimento mas não vivi directamente, nos anos de Guiné 1969 e 1970 (e uns dias de 1968 e 1971) e, onde tenho tido conhecimento de outras situações, algumas terriveis, das quais, embora contemporâneo delas, não tive conhecimento quando lá estive.
Dos relatos de camaradas que passaram tempos muito dificeis naqueles anos, ( aliás durante toda a guerra), só posso tirar uma conclusão: fui um felizardo, sortudo, afortunado, ou que lhe quisermos chamar, em ser mobilizado para a Guiné! e protegido pelos deuses ( talvez mais por camaradas de armas na mão).
Já em 1968, pela sorte de já de usar óculos, não fiquei nos Comandos.
Por ser experiência pessoal, se acharem que o que digo interessa alguma coisa, publiquem, se não tudo bem. Os comentários, desde que não sejam tendenciosos ou preconceituosos, serão bem vindos.
Em Angola, onde fui incorporado em 1967 (Doc nº 1), e onde prestei serviço militar antes de ter “inexplicávelmente?” sido mobilizado para a Guiné, e onde passei por zonas bem complicadas , em MVL desde Luanda a Ambriz e Ambrizete, teria corrido mais riscos, dos quais felizmente também escapei quando por lá andei, o que não se poderá dizer de outros camaradas que passaram pelas mesmas estradas, pois a maioria das colunas era emboscada e atacada nesses trajectos (Doc. nº 4).
Julgo que devo ter sido dos milicianos que em mais quartéis esteve colocado:
(i) Escola de Aplicação Militar de Angola – Nova Lisboa. Incorporação e recruta, - cadete, 1967 – 3 meses (Doc. nº 1)
(ii) CICA – Grupo de Artilharia e Campanha 1 – Luanda, Especilidade de Transportes Rodoviários - cadete. 1968 – 3 meses
(iii) CICA – Nova Lisboa , instrutor auto - Aspirante. 1968 -3 meses
(iv) Companhia de Transportes 2560 – Grafanil/Luanda – Aspirante. 1968 – 1 mês
(v) Quartel General 4ª Rep., Luanda - Aspirante 1968 – 4 meses
(vi) Depósito de Adidos , Luanda - Aspirante, 1968 – 1 mês
(vii) Não me lembro da Unidade – Cabo Verde, ilha do Sal - Alferes Mil.1968 – 2 semanas
(viii) Batalhão de Engenharia 447 , Pelotão de Transportes Especias., Guiné - Alferes Mil, 1968/1969/1970/1971
(ix) Batalhão de Intendência de Angola, Grafanil/Luanda, 1 mês (férias) ,disponibilidade -Alferes Mil, 1971.
Resumindo – Mais dia menos dia, mais semana menos semana, em cada unidade, pois a memória já falha, no Total 40 Meses : Um ano e quatro meses em Angola e dois anos e 24 dias na Guiné (3 Natais).
Data - sexta, 29/10, 10:11 (há 1 dia)


Assunto - Meu percurso militar
Bom dia,
Caro Luis e caros editores do blog.
Desde que me juntei á Tabanca Grande todos os dias o Blog é minha leitura obrigatória.
Recordar também é viver, e textos muito interessantes lá tenho encontrado.
É com interesse e alguma emoção que os diversos posts me têm recordado situações de que tive conhecimento mas não vivi directamente, nos anos de Guiné 1969 e 1970 (e uns dias de 1968 e 1971) e, onde tenho tido conhecimento de outras situações, algumas terriveis, das quais, embora contemporâneo delas, não tive conhecimento quando lá estive.
Dos relatos de camaradas que passaram tempos muito dificeis naqueles anos, ( aliás durante toda a guerra), só posso tirar uma conclusão: fui um felizardo, sortudo, afortunado, ou que lhe quisermos chamar, em ser mobilizado para a Guiné! e protegido pelos deuses ( talvez mais por camaradas de armas na mão).
Já em 1968, pela sorte de já de usar óculos, não fiquei nos Comandos.
Por ser experiência pessoal, se acharem que o que digo interessa alguma coisa, publiquem, se não tudo bem. Os comentários, desde que não sejam tendenciosos ou preconceituosos, serão bem vindos.
Em Angola, onde fui incorporado em 1967 (Doc nº 1), e onde prestei serviço militar antes de ter “inexplicávelmente?” sido mobilizado para a Guiné, e onde passei por zonas bem complicadas , em MVL desde Luanda a Ambriz e Ambrizete, teria corrido mais riscos, dos quais felizmente também escapei quando por lá andei, o que não se poderá dizer de outros camaradas que passaram pelas mesmas estradas, pois a maioria das colunas era emboscada e atacada nesses trajectos (Doc. nº 4).
Julgo que devo ter sido dos milicianos que em mais quartéis esteve colocado:
(i) Escola de Aplicação Militar de Angola – Nova Lisboa. Incorporação e recruta, - cadete, 1967 – 3 meses (Doc. nº 1)
(ii) CICA – Grupo de Artilharia e Campanha 1 – Luanda, Especilidade de Transportes Rodoviários - cadete. 1968 – 3 meses
(iii) CICA – Nova Lisboa , instrutor auto - Aspirante. 1968 -3 meses
(iv) Companhia de Transportes 2560 – Grafanil/Luanda – Aspirante. 1968 – 1 mês
(v) Quartel General 4ª Rep., Luanda - Aspirante 1968 – 4 meses
(vi) Depósito de Adidos , Luanda - Aspirante, 1968 – 1 mês
(vii) Não me lembro da Unidade – Cabo Verde, ilha do Sal - Alferes Mil.1968 – 2 semanas
(viii) Batalhão de Engenharia 447 , Pelotão de Transportes Especias., Guiné - Alferes Mil, 1968/1969/1970/1971
(ix) Batalhão de Intendência de Angola, Grafanil/Luanda, 1 mês (férias) ,disponibilidade -Alferes Mil, 1971.
Resumindo – Mais dia menos dia, mais semana menos semana, em cada unidade, pois a memória já falha, no Total 40 Meses : Um ano e quatro meses em Angola e dois anos e 24 dias na Guiné (3 Natais).
Anexo vários “papéis” que guardei como recordação:
1 – Incorporação na EAMA, 1967 (Doc 1)
2 – Boletim de vencimento como cadete - 1967 (Doc 2)
3 – Licença de férias EAMA, 1968 (Doc 3)
4-5-6 – Documentos de MVL – 1968 (...)
1 – Incorporação na EAMA, 1967 (Doc 1)
2 – Boletim de vencimento como cadete - 1967 (Doc 2)
3 – Licença de férias EAMA, 1968 (Doc 3)
4-5-6 – Documentos de MVL – 1968 (...)
Até breve. João Rodrigues Lobo
(Continua)
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Nota do editor: