sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Guiné 61/74 - P22668: Peter Francisco (Ilha Terceira, Açores, 1760 - Richmond, Virgínia, 1831): um herói português na América... praticamente desconhecido em Portugal (José Belo, Key West, Florida)


Peter Francisco: retrato miniatura, óleo (meados do século XIX). 
Imagem do domínio público.


New Bedford, Massachusetts: Monumento a Peter Francisco  (Porto Judeu, Ilha Terceira, Açores, 1760 - Richmond, 16 de Janeiro de 1831), "patriota americano, de origem portuguea". 


New Bedford, Massachusetts > Monumento a Peter Francisco > Na placa lê-se: "Em honra de Peter Francisco, o Hércules da Independênca Americana. '“Sem ele teríamos perdido duas cruciais batalhas, talvez mesmo a guerra, e com ela a nossa liberdade. Peter Francisco é verdadeiramente um exército de um só homem!.' General George Washington."



Outro monumento a Pedro Francisco, 
Guilford Courthouse,  National Military Park



F
Foto à direita:  José Belo, jurista, o nosso luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande, reparte a sua vida entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e Key-West (Flórida, EUA); foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, agora jibilado; na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); é cap inf ref do exército português; durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; tem  mais de 210 referências no nosso blogue.


1. Mensagem de J. Belo: 

Data . 24 out 2021, 14h11
Assunto - Heróis portugueses quase desconhecidos em Portugal

Caro Luís

Vou enviar-te a história do soldado de origem açoriana que foi considerado um dos maiores heróis da guerra norte-americana pela independência:  Pedro Francisco, conhecido nos Estados Unidos como Peter Francisco, nascido em Porto Judeu, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores em 1760.

O próprio comandante-chefe das tropas americanas, George Washington, escreveu referindo-se ao Peter Francisco :

“Sem ele teríamos perdido duas cruciais batalhas, talvez mesmo a guerra,e com ela a nossa liberdade. Peter Francisco é verdadeiramente um exército de um só homem!”


Noutros e-mails segue a história e algumas fotos, que recolhi na Net.  Ainda estou na Suécia até ao fim do mês, mas gostava de levar uma boa tradução do 
poste ,que irei espalhar entre amigos e conhecidos nos States, principalmente entre os que vivem na Virgínia e Pensilvânia, locais de algumas das batalhas.


Um abraço. J. Belo



O mais famoso soldado da Guerra pela Independência 
Norte-Americana era de origem portuguesa, 
Peter Francisco (1760-1831)


Pedro Francisco, ou Peter Francisco,  como é conhecido nos Estados Unidos, nasceu em 1760 no Porto Judeu, Ilha Terceira, Açores.

Existem duas versões sobre o seu aparecimento na América.

Numa delas conta-se ter sido raptado, quando tinha cinco anos de idade, por marinheiros de passagem com vista à sua posterior venda nas Américas.

Na outra versão, terão sido os pais de Francisco que o terão entregue a um comandante de navio com vista a uma educação para a vida no mar.

De qualquer modo ele acabou por ser abandonado na enseada de City Point (hoje Hope Well) no actual Estado da Virgínia.

Foi inicialmente recolhido num hospício para órfãos e pobres de onde acabou por ser retirado por um conhecido juiz,e proprietário de plantações locais, Antony Wiston.

Aos 16 anos de idade, em 1776, apresenta-se como voluntário no 10º Regimento da Virgínia.
Passa deste modo a fazer parte do Exército Continental em luta contra os ingleses pela independência.

A sua coragem, fora do comum, aliada a um voluntarismo constante, rapidamente o fizeram notar tanto por camaradas como por superiores.

Procurou sempre o centro dos violentos combates,  tendo sido ferido nas batalhas de Brandywine, Pensilvânia,  e na de Monmouth (, travada perto de 
Monmouth Court House, que hoje fica em território do estado de New Jersey).

Em Julho de 1779 salientou-se na conquista do campo fortificado de Stony Point onde foi o segundo homem a conseguir transpor as muralhas depois de inúmeras baixas em seu redor.
Conseguiu tomar posse da bandeira inimiga e, apesar de gravemente ferido no abdómen, fez questão em ser ele a entregá-la pessoalmente ao seu comandante.

Neste período o Peter Francisco já era uma figura lendária em todo o exército. Mas foi na batalha de Camden, na Carolina do Sul,  em 16 de agosto de 1780, que a sua fama atingiu o topo.

Esta batalha correu mal para os revoltosos que foram obrigados a retirar. Sendo um dos últimos a retirar da linha da frente, Peter Francisco verificou que um canhão tinha sido abandonado pelos seus camaradas e estava meio enterrado na lama.

As tropas inglesas aproximavam-se rapidamente para se apoderar desta arma. Peter Francisco separa a peça do seu transporte e sozinho leva-a nos braços até à nova linha de defesa americana.

O canhão, então de modelo muito usado, pesava 1.100 libras (pound) ou seja...499 quilos!


Peter Francisco não era um homem pequeno. Aos vinte anos de idade tinha de altura 6  pés (feets) 6 polegadas (inches), ou seja, 1,92 metros, o que era mais de um pé  (30, 48 cm) do que a altura média na época. Pesava então 260 libras (pounds) (118 quilos).

Tendo chegado ao conhecimento do comandante-chefe, George Washington, que Peter Francisco se lamentava sempre de que a espada do seu armamento era pequena para a sua estatura, ordenou que se forjasse uma espada especial para ele com o tamanho de 6 pés  (1,83 m).

Espada que lhe foi solenemente entregue e se tornou muito útil na tropa de Cavalaria de que Pedro Francisco passou a fazer parte, alistado em 1781.
 
Foi a batalha de Guilford Courthouse que ficou especialmente ligada às proezas deste militar.
Com o seu exemplo e coragem influenciou os seus camaradas e, ele próprio, acabou por abater,  em combate corpo a corpo,  11 soldados ingleses.


A casa-museu de Peter Francisco na Virgínia


Aquando das comemorações do segundo centenário da independência norte-americana. em o serviço postal editou uma coleção de selos em que figuram os principais heróis da revolução. 

No selo dedicado a Peter Francisco (imagem à direiat) está escrito: “Lutaram pela causa…..um lutador extraordinário”. (Acompanhado pela imagem do herói, carregando ao ombro o famoso canhão referido acima.)

Recorde-se que a independência das treze colónias (os Estados Unidos da América) foi declarada em 4 de julho de 1776 e reconhecida pelos ingleses em 1783, após cinco anos de guerra. 


"Consideramos que essas verdades são evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, que são dotados por seu Criador com certos direitos inalienáveis, que entre eles estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade."

Por sua vez, a casa de Peter Francisco, na Virgínia, foi totalmente recuperada pelos seus descendentes, sendo hoje um museu dedicado à sua vida.



J. Belo

(Fotos rec9lhidas na Net, e reproduzidas com a devia vénia aos seus autores)

PS - Pedro Francisco Machado foi homenageado na sua terra natal, Porto Judeu, concelho de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores,  com nome de rua e  estátua em bronze, da autoria de Rui Goulart (fundição Lage, 2015). A estátua representa um menino, de 5 anos, de pé, perscrutando o horizonte, o mar. Foi inaugurada no 25oº aniversário da chegada de Pedro à América, Fotos podem ser ser vistas aqui. O escultor, açoriano da ilha do Pico, tem página no Facebook, aqui. (LG)

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17 comentários:

antonio graca de abreu disse...

Esse homem na Guiné tinha feito um jeitão!

Abraço,

António Graça de Abreu

Hélder Valério disse...

Obrigado JBelo por mais esta divulgação.

É mais um português quase desconhecido neste nosso Portugal mas que, pelo relato (pode aqui e ali estar, a sua história, a sua epopeia, alguma coisa fantasiada, como é normal nestas casos históricos) tratou-se de um personagem que acabou por ter algum papel, e decisivo em alguns pontos, na Independência dos Estados Unidos da América.
Já tinha ouvido alguma coisa da sua existência, das homenagens que aqui e ali lhe foram feitas e que perduram.
A frase atribuída a George Washington é ao mesmo tempo significativa e lapidar.
Também ouvi dizer que essa, digamos, "proximidade" a GW o teria permitido também integrar uma Irmandade de que o GW foi o principal elemento, mas não tive condições de confirmar.
Seja como for, trata-se de mais um ilustre português, que faremos bem em honrar.

Mais uma vez, obrigado.

Hélder Sousa

JB disse...

A documentação existente sobre Peter Francisco é muito vasta e variada.
Recomenda-se,entre outras fontes,a Biblioteca do Congresso Norte-Americano.

Em vários Estados o dia 15 de Março (Batalha de Guilford Courthouse) é oficialmente dedicado a Peter Francisco.
Existem também em vários Estados monumentos e parques em honra deste herói.
No ano de 2015 foi inaugurada em Porto Judeu/Ilha Terceira/Açores,uma estátua a Pedro Francisco representando-o como um jovem de cinco anos de idade que olha atentamente para o horizonte.
Nos anos cinquenta,descendentes de Peter Francisco encontraram na Ilha Terceira os documentos batismais de Pedro Francisco.
Faleceu em 1831 tendo sido sepultado com todas as honras militares no Shockoe Hill Cemetery em Richmond/Virginia.

Quando em recuperação de um ferimento em combate num hospital de campanha travou conhecimento com outro ferido célebre também ali em recuperação,o general francês Marquês de Lafayette que lutava como voluntário ao lado dos americanos.
Estabeleceu-se uma profunda amizade entre ambos.
Quando depois da guerra Lafayette voltou à América para receber as maiores honras e gratidão por parte dos antigos camaradas de armas,população e políticos,fez sempre questão em ter Peter Francisco junto a si em todas as cerimónias.
Foi Lafayette,quando ainda estavam no hospital, quem começou a denominar Peter Francisco como o “Luso”, denominação que a partir daí o acompanhou.

George Washington ofereceu-lhe uma promoção por distinção a um posto de Oficial.
Peter Francisco recusou apresentando como motivo o facto de ter consciência de não possuir educação,tanto formal como escolar para tais funções.

Um abraço
J.Belo

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Em boa verdade, foi aqui o princípio do fim do colonialismo...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Mas a revolução americana não foi totalmente inclusiva: ficaram de fora os "índios", os bisontes, os escravos negros e, em parte, as mulheres... Aliás, o esclavagismo intensificou-se no seculo XIX. Mas nasceu um grande país.

JB disse...

Aquando das comemorações do segundo centenário da independência norte-americana o serviço postal editou uma coleção de selos em que figuram os principais heróis da revolução.
No selo dedicado a Peter Francisco está escrito:
“Lutaram pela causa…..um lutador extraordinário”
(Acompanhado pela imagem do herói carregando ao ombro o famoso canhão referido no meu texto)

A casa de Peter Francisco na Virgínia foi totalmente recuperada pelos seus descendentes sendo hoje um museu dedicado à sua vida.

(Enviei tardiamente(!) estas fotos esperando a possibilidade da sua publicação junto ao texto por o completarem)

Um abraço do J.Belo

Valdemar Silva disse...

Os grandes heróis americanos são homens e mulheres que lutaram pela independência dos EUA frente às potências coloniais inglesa, francesa e espanhola e obviamente são todos de origem de antigos colonos e outros emigrantes europeus. Além deste Peter Francisco, também Francis(Francisco) Salvador, de origem portuguesa, se notabilisou na guerra da independência americana. Já no nosso tempo, na Guerra da Coreia, Leroy A. Mendonca, também de origem portuguesa, foi o mais jovem soldado de sempre a ser condecorado com a Medalha de Honra, a título póstumo.
Não conheço a História dos EUA, mas haverá com certeza muitos seus heróis conhecidos por acções na guerra da Independência e na conquista da América.
Os verdadeiros americanos, como Siting Bull, que se bateram contra a conquista das suas terras, não fazem parte destes heróis.

Abraço e saúde
Valdemar Queiroz

JB disse...

Caro Amigo e Camarada Valdemar Queiroz

Depois de consultar bibliografia numerosa fiquei verdadeiramente surpreendido com a História de Pedro Francisco.
Tenho que admitir,depois de uma longa e rica vida em acontecimentos histórico-políticos , já pouco haverá que ….surpreenda as gentes das nossas gerações.
Tudo na vida será (como bem escreveu célebre pensador)….política!
Mas este meu texto mais não é que o meu profundo sentimento de admiração pela coragem e caráter do homem fora de vulgar que foi o açoreano Pedro Xico.
Isto independentemente de ele ter lutado na guerra da independência americana,na Rússia dos Comissários ou,na China do Camarada Mão.
O resto serão….outros caminhos…em outros textos.

Um abraço
J.Belo

Anónimo disse...


Joseph Belo (by email)
29 nov 2021 13:28

Luís:

Grato pelo teu trabalho extra.

Mas o nosso açoreano Pedro Xico merece-o.

Depois de durante dias ter lido tudo o que de muito encontrei sobre este soldado muito fora do normal, não menos em estatura, alguns dos episódios seriam incríveis não tivessem sido referidos por figuras como George Washington e Lafayette.

Um dos infindáveis exemplos, para além dos já referidos, surge quando o seu comandante das tropas da Cavalaria,depois de o seu cavalo ter sido abatido pelo inimigo, se encontra só e rodeado por soldados ingleses.

Peter Francisco galopa ao seu encontro, desmonta, entrega-lhe o seu cavalo que lhe permite a fuga ,fica frente aos inimigos que acaba por eliminar sozinho.

O Xico merece toda a nossa admiração!

Um abraço. J. Belo

Valdemar Silva disse...

Está bem, caro amigo e camarada J. Belo.
O texto foi sobre o Pedro Xico, e o que ele fez foi do caraças. Tomara-mos nós ter por cá meia dúzia de Pedros Xicos e dava-mos uma coça aos franceses sem precisar dos amigos ingleses pra nada.
Eu já tinha ouvido fala de Peter Francisco, não sabia em pormenor das suas façanhas e as honrarias recebidas dos Americanos, apenas sabia do caso do canhão.
Estes ensinamentos/informações são sempre muito interessantes para ficarmos a saber 'estas coisas' a juntar com aquela consolação de realmente 'sermos os maiores'.
Veja-se a louvável atitude, do nosso camarada João Crisóstomo de tomar a peito uma séria de iniciativas nos EUA a respeito de Portugal e de Portugueses.

Abraço e saúde
Valdemar Queiroz

Fernando Ribeiro disse...

Venho meter a minha colherada para lembrar que, se de facto o Pedro Francisco era natural de Porto Judeu, na ilha Terceira, então era da terra em que se deu a batalha da Salga, em que os terceirenses, que eram partidários de D. António Prior do Crato, venceram os espanhóis enviados por Filipe II, atirando para cima destes uma manada de bois e vacas à desfilada... As pachorrentas vaquinhas dos Açores também foram uma temível arma de guerra! Os habitantes de Porto Judeu (que visitei há muitos anos e fica próximo de Angra do Heroísmo) têm muito orgulho desta vitória e do facto de a ilha Terceira ter sido a última parcela de terra portuguesa a ser submetida pelo poder espanhol. A Wikipedia tem um relato muito detalhado da cruel batalha da Salga em https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_da_Salga.

Anónimo disse...


Há 21 anos, fui com a família visitar a Ana a Richmond que trabalhava lá. Aproveitamos também para conhecer Washington e Nova Iorque. Gostei de Richmond . onde dei alguns passeios a pé e outros de carro. Visitámos o Capitólio e um museu, não recordo o nome, mas infelizmente não encontrei o herói luso-americano de que se fala. Apesar de ter sido bem tratado pelos americanos é sempre agradável encontrar portugueses por terras longínquas vivos ou mortos ilustres como o Peter Francisco. Eu sou Francisco, o meu professor de inglês no colégio de Mogadouro chamava-me Peter mas não sou familiar deste grande português, nem tenho qualquer semelhança com ele, tenho somente orgulho de saber da sua existência através das palavras sábias do amigo José Belo. Maior orgulho teria tido ainda se me encontra-se com a sua memória e a dos seus feitos na América.
Um grande abraço

Francisco Baptista

Anónimo disse...

Referindo-se ao bravo português escreve:

---Isto independentemente de ele ter lutado na guerra da independência americana,na Rússia dos Comissários ou na China de Mao---

Para os que só o conhecem "depois" esta frase dá uma imagem do Zé Belo que alguns de nós conheceram "antes" e que continua a dar-nos orgulho de ter por amigo nos bons e maus momentos.
E muito de ambos houve.

Uma saúde à tua!
Joaquim Campos

JB disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tabanca Grande Luís Graça disse...

HISTÓRIA DA VILA DE PORTO JUDEU, segundo o sítio da Junta de Freguesia da Vila de Porto Judeu

https://www.portojudeu.pt/historia-da-vila-de-porto-judeu/


Desconhece-se a data da criação da freguesia pois, segundo a tradição, foi no Porto Judeu (actual porto de pesca) que terão desembarcado os primeiros povoadores da Ilha (Terceira).

Jácome de Bruges, primeiro capitão donatário, aqui terá desembarcado, em 1 de Janeiro (de 1450?), devido ao facto de o tempo estar mau e por isso querer aproveitar a pequena enseada do porto. Como este não tinha grandes condições de abrigo e como naquele tempo chamavam “judeu” a tudo que fosse mau, assim o porto foi chamado de Porto Judeu.

Outra tradição, reza que conjuntamente com Jácome de Bruges vinha um Judeu, os quais terão travado o seguinte diálogo no momento do desembarque:

-Jácome Bruges: "Salta, judeu, senão salto eu".

-Judeu: "Salto e o porto será meu".

Desta conversa terá o porto ficado conhecido como Porto do Judeu. Contudo, na falta de documentos autênticos, fica-se apenas pela tradição. Sabe-se, contudo, ser freguesia do início do povoamento da ilha Terceira, sendo a igreja paroquial anterior a 1470.

O povoado iniciou-se sob a liderança do Senador João Coelho, filho de Pêro Coelho, implicado no assassínio de Inês de Castro e que acompanhava Jácome de Bruges na sua segunda viagem à Terceira. Existe, ainda, o lugar de “Ponta dos Coelhos”, desde o Pico do Refugo até à Salga.

O Porto Judeu foi elevado a Vila por carta régia de D. Manuel, de 12 de Fevereiro de 1502 sendo revogada no ano seguinte.

Porto Judeu torna-se novamente Vila de Porto Judeu novamente aquando a publicação no Diário da República o Decreto Legislativo Regional n.º 11/2016/A.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Originalmente, o local (e depois a povoação) chamava-se "Porto do Judeu"...

https://dre.pt/home/-/dre/74843514/details/maximized

Seria interessante saber em que época o topónimo passou a ser "Porto Judeu", poçliticamente (mais) correto. Mas sabemos os portugueses, cristão-novos, portanto de origem hebraica, tiveram um papel importante da "aventura das Descobertas" e na "colonização" de territórios como as ilhas atlânticas...

O próprio Jácome de Bruges não seria de origem judia ?

https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%A1come_de_Bruges

JB disse...
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