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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26650: (De)Caras (228): Homenagem ao leiriense Agostinho Gaspar (ex-1.º cabo mec auto, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), que hoje faz 75 anos, três quartos de século, e tem uma bela coleção de postais ilustrados da "nossa Guiné"




Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) > Vista aérea de Bissau. Ao centro, o Palácio do Governador e a Praça do Império. Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 118". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal, Imprimarte - Publicações e Artes Gráficas, SARL).

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >  Guarda de honra do palácio do Governador: desfile na Praça do Império >  Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 104". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL.)

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >  "Monumento ao Esforço da Raça (Bissau)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 131". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >  "Monumento ao Esforço da Raça (Bissau)". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 109". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL). 

Guiné > Bissau >  s/d (c. 1960/70) > "Praça Honório Barreto e Hotel Portugal".  Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 130". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) > Centro de Estudos da Guiné Portuguesa. Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 143". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL).


Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) > Avenida da República, ao fundo o Palácio do Governador. Bilhete Postal. Colecção "Guiné Portuguesa, 138. (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL). 

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) > Avenida da República (hoje, Av Amílcar Cabral)  ao fundo o Palácio do Governador. Do lado esquerrdo, a Cadsa Gouveia.  Bilhete Postal. (Edição Comer, Trav do Alecrim, 1, Lisboa).

Guiné > Bissau > s/d  (c. 1960/70) >  Palácio do Governador. Bilhete Postal. Colecção "Guiné Portuguesa, 139. (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL). 


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >    Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Bissau Bilhete Postal. Colecção "Guiné Portuguesa, 144. (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL)


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70) >  
Monumento a Diogo Gomes e Edifício das Alfândegas.  Bilhete Postal. Colecção "Guiné Portuguesa, 136. (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal. Imprimarte, SARL)


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70>  "Mesquita muçulmana". Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 145". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal.  Imprimarte, SARL)


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70>  
Vista aérea da Ponte Cais,  Bilhete Postal, Colecção "Guiné Portuguesa, 119". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal.  Imprimarte, SARL)

Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70>   Ponte-cais, do aldo da Fortela da Amura.  Em primeiro, vê-se o monumento a Diogo Cão. Ao fundo, o ilha de Rei. Bilhete Postal, colecção "Guiné Portuguesa, 110". (Edição Foto Serra, C.P. 239 Bissau. Impresso em Portugal,  Imprimarte, SARL).


Guiné > Bissau > s/d (c. 1960/70>   "Paisagem da Guiné" (sic)... Marginal, junto ao estuário0 do Geba. . Bilhete Postal. Edição exclusiva das Galerias Jota Éme para a "Casa Gouvêa".

Colecção: Agostinho Gaspar / Digitalizações, edição e legendagem: Luís Graça & Camaradas da Guiné (2010).



1. Agostinho Carreira Gaspar, Alqueidão, Boavista, 2420-378 Leiria. (Boavista, em Leiria, a terra de bom leitão...).  Mecânico na Mitsubish, como mecâncio e responsável de sector.  Reformado.  Ex-1º cabo mecâncio auto, 3ª C / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74


Faz hoje 75 anos (*). Três quartos de século. Merece um poste especial. Entrou para a Tabanca Grande em 27/2/2010... Tem 53 referências no nosso blogue. 

Acompanhava o nosso blogue, de há muito, mas até então ainda "não tinha tido jeito" de se inscrever formalmente. Usava até 2010 o mail da filha, mas ainda não lidava bem com estas novas tecnologias.

Hoje já tem página no Facebook, e já voltou à Guiné-Bissau, onde tem amigos.

Em 2010 já fazia (e continuava a fazer) parte da Tabanca do Centro. Conheci-o em 2009, se não erro. Esteve presente no nosso IV Encontro Nacional da Tabanca Grande, em 20 de Junho de 2009, Ortigosa, Monte Real. Voltei a encontrá-lo uns meses depois, em 26/2/2010, mas em Monte Real, por ocasião do convívio da Tabanca do Centro.

Disse-me que não tinha histórias de guerra para contar. Em contrapartida, trazia um saco de plástico onde guardava, como algo de precioso, a sua colecção de recordações da Guiné, constituída por vários álbuns: moedas, selos, notas e postas ilustrados...Insistiu em que levasse a sua colecção, para digitalizar e depois devolver. Trouxe apenas, a título de empréstimo, o seu álbum de postais ilustrados (cerca de 90).,

 Em dia de festa por ocasião do seu 75º aniversário natalício, quero desejar ao Agostinho boa continuação da caminhada pela picada da vida. Saúde, muita e boa, é a gente precisa agora, Agostinho. Um grande dia para ti e os teus. (**)

Mas deixem-me, caros leitores, fazer aqui hoje uma selcção dos melhores postais ilusttrados da coleção do Agostinho Gaspar, do seu álbum da Guiné. Eram, em 2010, quase uma centena (alguns dos postais, eram a poreto e branco). Devo ter selecionado e digitalizado um quarto ou um terço. 

Para ele hoje selecionei uns tantos, da cidade(zinha) de Bissau, que continua no nosso coração, como o resto daquela terra verde-rubra e do povo da Guiné-Bissau para quem desejamos omelhor do mundo. Muita coisa mudfou, a coneçar pela toponímia de Bissau (***). Mas estes postais da "época colonial" (e quase todas da  "Foto Serra") t`^em um grande valor iconogrãfico e documental.


2. Comentário do editor L.G.: 

A propósito desta coleção... Quem de nós não mandou à família e amigos um postalinho da Bissau colonial dos anos 60/70 ? Escrito à pressa, tranquilizador, a 4 mil quilõmetros de distâqncia de caas... "Nós por cá todos bem, como podem ver isto até é bonito, e calmo, e limpinho, há gente a passear nas ruas e avenidas novas"... 

Quem de nós não passou uns dias, desenfiado em Bissau, longe do Vietname, ou simplesmente em trânsito, e portanto quem não reconhece estes lugares ? Muitos dos nossos camaradas que não se podiam dar ao luxo de vir à Metrópole no gozo da licença de férias, escolheram Bissau como a solução menos dispendiosa...É certo que não havia muito para fazer e para ver em Bissau, mas sempre se saía dos Bura..kos em que vivíamos, no sul, no leste, no oeste...

A colecção de postais ilustrados "Guiné Portuguesa", editada pela Foto Serra (C.P. 239, Bissau), era provavelmente a mais conhecida e a de melhor qualidade fotográfica... Muitos destes postais (a colecção completa deverá ter deverá ter perto de 2 centenas) eram impressos em Portugal, na Imprimarte - Publicações e Artes Gráficas, SARL. 

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Notas do editor LG:

(*) Vd. poste de 4 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26649: Parabéns a você (2363): Agostinho Gaspar, ex-1.º Cabo Mecânico Auto da 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74)

(**) Último poste da série > 14 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26494: (De)Caras (227): A Cecílica Supico Pinto (2021-2011), que eu conheci, em Có, em visita do MNF, a 2 de maio de 1969 (Miguel Rocha, ex-alf mil inf, a exercer na altura as funções de cmdt, CCAÇ 2367, 1968/70)

(***) Vd. poste de 13 de novembro de 2019  > Guiné 61/74 - P20340: Memória dos lugares (400): Roteiro de Bissau, antes e depois de 1975: principais artérias e pontos de referência

Guiné 61/74 - P26649: Parabéns a você (2363): Agostinho Gaspar, ex-1.º Cabo Mecânico Auto da 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74)

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Nota do editor

Último post da série de 3 de Abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26645: Parabéns a você (2362): Álvaro Vasconcelos, ex-1.º Cabo TRMS/STM (Aldeia Formosa e Bissau, 1970/72)

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26648: Álbum fotográfico de João Moreira (ex-Fur Mil Cav da CCAV 2721 - Olossato e Nhacra, 1970/72) (22)


Foto 172 > Abril de 1971 > Olossato > João Moreira > Ponte sobre o rio Olossato


Foto 173 > Abril de 1971 > Olossato > João Moreira


Foto 174 > Abril de 1971 > Olossato > João Moreira


Foto 175 > Abril de 1971 > Olossato > João Moreira > Ponte do Rio Olossato


Foto 176 > Abril de 1971 > Olossato > João Moreira > Rio Olossato


Foto 177 > Abril de 1971 > Olossato > João Moreira > Bar e Messe Oficiais e Sargentos


Foto 178 > Abril de 1971 > Olossato > João Moreira


Foto 179 > Abril de 1971 > Olossato > João Moreira > Estrada Bissorã-Farim
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Nota do editor

Último post da série de 28 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26625: Álbum fotográfico de João Moreira (ex-Fur Mil Cav da CCAV 2721 - Olossato e Nhacra, 1970/72) (21)

Guiné 61/74 - P26647: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (37): A Praça de Elvas onde à noite eram fechadas as portas da cidade! (Fernando Ribeiro)









Elvas > 2 de março de 2014 >  Confesso que é claustrofóbica... mas fotogénica... Não gostaria de lá viver...  Tinha 30 mil habitantes em 1950, 22,2 mil em 1970, 20,7 mil em 2021.

Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e as suas Fortificações": um  conjunto histórico-cultural classificado como Património Mundial da UNESCO em 2012,  

O sítio classificado foi fortificado de forma extensiva entre os séculos XVII e XIX, e representa o maior sistema de fortificações abaluartadas do mundo. No interior das muralhas, a cidade inclui grandes casernas e outras construções militares bem como igrejas e mosteiros. Enquanto Elvas conserva vestígios que remontam ao século X, as suas fortificações datam da época da restauração da independência de Portugal em 1640. Várias das fortificações, desenhadas pelo padre jesuíta neerlandês João Piscásio, representam o mais bem conservado exemplo de fortificações do mundo com origem na escola militar holandesa.

O sítio classificado compreende: Centro histórico | Aqueduto da Amoreira, construído para permitir resistir a longos cercos |  Forte de Nossa Senhora da Graça | Forte de Santa Luzia | Fortim de São Mamede | Fortim de São Pedro | Fortim de São Domingos   (Fonte: Adapt. de  Wikipedia)



Fotos (e legenda): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]





Fernando de Sousa Ribeiro, ex-alf mil at inf, CCAÇ 3535 /
BCAÇ 3880 ( Zemba e Ponte do Zádi, Angola, 1972/74);
membro da Tabanca Grande desde 11 de novembro de 2018,
com o nº 780, tem 34 referências no nosso blogue.
Engenheiro, natural do Porto, é o administrador  
do blogue "A Matéria do Tempo", que mantém ativo
 desde janeiro de 2006 até hoje,
um caso notável de longevidade na Net.


1. Comentário de Fernando Ribeiro ao poste P26640 (*): 


Entre outubro e dezembro de 1971, dei uma recruta em Elvas, mais concretamente no Batalhão de Caçadores 8. 

Sobre a minha experiência pessoal não falarei, porque não quero passar por mentiroso.

A cidade de Elvas tinha naquele tempo mais militares do que civis. Era a chamada Praça de Elvas, que incluía o comando da Praça de Elvas, o Batalhão de Caçadores 8, o Regimento de Lanceiros 1, o CICA não-sei-quantos (não me lembro do número do CICA), o Forte da Graça (que embora já não estivesse dentro do perímetro da cidade, também fazia parte da Praça de Elvas) e até um hospital, aliás pequeno, que era o Hospital Militar da Praça de Elvas. 

Uma curiosidade com sabor medieval: à noite, eram fechadas as portas da cidade! A partir do momento em que as portas fossem fechadas, só se podia entrar e sair do centro histórico muralhado com autorização especial! Julgo que a autorização era muito fácil de obter por qualquer civil, mas ele tinha que a possuir...

O BC8 ficava num antigo convento, que tinha sido o Convento de S. Paulo, situado no ponto mais alto da cidade de Elvas, isto é, na vizinhança da capela de Nossa Senhora da Conceição. Na minha qualidade de aspirante, eu dormia num quarto que era uma antiga cela de frades, que dava diretamente para o claustro do convento. O claustro era muito aprazível e muito fresco (no inverno até era fresco demais), como são todos os claustros. Atualmente, funciona um hotel nas antigas instalações do BC8.

A recruta não era dada no antigo convento, mas sim num edifício histórico situado em frente, do outro lado da rua. Era neste edifício que ficavam as instalações da companhia de instrução e as casernas dos recrutas. A instrução era quase toda dada numa espécie de parada que havia atrás do edifício e se debruçava sobre a muralha da cidade. A companhia de instrução, portanto, ficava claramente separada do resto do BC8. Neste edifício histórico está agora um estabelecimento de ensino, pertencente ao Instituto Politécnico de Portalegre.

As condições de instrução no BC8 eram muito deficientes. A instrução de tática, então, tinha que ser dada nuns terrenos vizinhos do magnífico Aqueduto da Amoreira, enquanto os carros passavam ali mesmo ao lado, a caminho de Espanha ou de Campo Maior. Aquilo não tinha condições absolutamente nenhumas.

A roubalheira que havia no BC8 era escandalosa e como sempre feita à custa dos soldados. Fiz duas ou três vezes serviço de oficial de prevenção ao sábado, e observei, com estes que a terra há de comer, como eram desviados géneros alimentícios para as malas de carros que faziam bicha junto à porta das traseiras do edifício do convento, numa rua que desce para o Jardim das Laranjeiras.

 Não era por acaso que a comida no BC8 era péssima. A bela carne e o belo peixe eram desviados, enquanto os soldados roíam os ossos e as espinhas de bacalhau, que lhes eram servidos com manga-de-capote. E não conto mais nada, porque não quero ser tomado como mentiroso. (**)

2025 M04 2, Wed 18:24:05 GMT+1

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Notas do editor LG:

(*) Vd. poste de 2 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26640: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (35): Elvas... Oh!, Elvas, oh!, Elvas, Badajoz à vista! (Mário Fitas)

(**) Último poste da série > 3 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26646: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (36): Lamego, Amadora, Oeiras, Lisboa ... e depois Cufar ! (Mário Fitas)


Guiné 61/74 - P26646: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (36): Lamego, Amadora, Oeiras, Lisboa ... e depois Cufar ! (Mário Fitas)

Boina dos "rangers" de Portugal. Cortesia do blogue Coisas do MR
(do nosso camarada e coeditor Eduardo Magalhães Ribeiro)




CCAÇ 763, "Os Lassas" (Cufar, 1965/67)


Do Alentejo à Guiné: putos, gandulos e guerra > VI - Por Terras de Portugal: Tavira, Elvas, Lamego, Oeiras...> 

(iii) De Lamego... a Cufar  (pp. 30-33)

por Mário Vicente 


Em Lamego aprende muito e sofre mais. Leva pancada por ignorância, ao tentar responder nos percursos fantasmas, só depois de muito levar compreende que o melhor é não tentar responder. Passa fome, sede, e é ensinado a matar. Com a faca aprende o golpe de cigano e com todo o tipo de armas aprende a tudo destruir, escola perfeita.(*)

Instrutores acabados de chegar do curso nos EUA, o Cobrinha e outros vão construindo máquinas de guerra. Na serra do Marão onde o sol qual bola de fogo, se esconde por sobre montes de róseo algodão ou alvo espelho de neve, apenas desflorados pelo saliente píncaro do Alto do Muel no Mesão Frio, à noite ouvem-se os lobos uivar. Na das Meadas, sobranceira à cidade e onde as noites gelam, as neblinas matinais, chuva miudinha “molha parvos” se infiltra pela roupa deixando os já pouco resistentes rangers como pintos de penas coladas, a quem meteram em alguidar de água. Não só estas mas também a serra do Poio e outras são calcorreadas dia e noite, socalco a socalco, até os pés sangrarem.

O rio Douro, desde o Pinhão até à Régua, é reconhecido palmo a palmo. As rochas duras buriladas por água mole da corrente nos rápidos, são acarinhadas por barcos de borracha, berços flutu­antes que rodopiam e se esfregam nelas como anfíbios cacha­lotes em louco bailado de cio. Navegando, remada a remada, aqui se assiste à trágica manipulação dos homens ignorantes e medrosos. O barco rodopia e encalha num rápido, com catorze homens a bordo. Só três sabem nadar. Num segundo, o Resende entra em pânico, ajoelha no meio do barco e, numa cena trágico-marítima, grita para os céus:

– Senhor Jesus Cristo, valei-nos!...

– Salvai-nos, Senhor!...

– Assim perdeu meu pai a vida! ...

Chora como criança em plenos terrores nocturnos. Tarragona e Vagabundo saltam do barco com o Bracarense e, nadando, puxão para a esquerda, puxão para a direita, desencalham o bar­co e levam-no para a margem esquerda. Os não nadadores sal­tam todos e metem pernas ao caminho até à Régua. O barco não podia ser abandonado. Os três nadadores tomam o comando da enorme banheira de borracha. Maravilhoso! Parecem três putos, a quem deram desejado brinquedo.

As guerras académico-mi­licianas, entram no esquecimento, Bracarense e Tarragona inter­rompem as disputas de ginástica aplicada e forma-se a equipa. Bracarense à ré, faz de timoneiro, Vagabundo e Tarragona a meio do barco para melhor equilíbrio, vão remando quando necessário. Nos rápidos, ou quando a corrente é mais forte os três ficam mais próximos. O barco levanta a proa e atinge uma velocidade louca e estonteante que deixa os três rangers felizes. Divertindo-se, chegam à Régua como miúdos brincando com a loucura do rio.

Mais tarde, Tarragona será mostrado ao Mundo Portu­guês, recebendo a Torre e Espada no Terreiro do Paço. Oculta, ficou a estátua figura do capitão: pés decepados, gastrocnémios desfeitos por prostituta mina, erguendo-se sobre os sangrentos cotos ósseo-tibiais, e mesmo assim tentando continuar a coman­dar os seus soldados!

Nas escarpas do rio faz-se rapell e alpinismo. No rio Balsemão, volta-se a brincar para esquecer a dureza de Penude.

Há largadas em Resende, São João de Tarouca e noutros locais. A chegada a Penude não pode ser detectada. Por montes e vales, povoações, caminham só de noite e mesmo assim, o raio dos cães denunciando a malta. Salzedas, seis da madrugada. Abre-se uma porta, e uma mulher chama os três rangers que cautelosamente passavam pela rua.

– Os senhores são militares, não são?

– Sim, sim ... somos!

– São de Lamego?

– Sim!

– Deixai-me dar-vos um beijo e que a Senhora dos Remédios vos proteja, meus filhos. Entrem, comam qualquer coisa que vos aconchegue o estômago.

Abriu a porta e obrigou os três rapazes a sentarem-se a uma grande mesa de lavrador. Trouxe broa, presunto, salpicão e um jarro grande de vinho. A conversa da tropa começou, e ela foi dizendo que o seu António estava em Angola, escrevera havia dias e dizia estar muito bem, que faziam patrulhas como os de Lamego, e que tudo lhe corria maravilhosamente bem!

Como António, Vagabundo compreendeu mais tarde que também teria de mentir aos pais. O
presunto era maravilhoso e o vinho também. A senhora continuava a falar do filho mas os três rapazes tinham de partir. A senhora ficou à porta com as lágrimas caindo-lhe pelo rosto e pensando no seu filho António, enquanto os rangers alegres, contentes e de barriga cheia continuaram a caminhada. Vagabundo ainda pensou, quantos Antónios não darão a alegria do regresso a estas santas mães!?

À noite, em pleno jardim, das viaturas militares em anda­mento, saltam gandulos reguilas dando o seu grito de ran­ger. As miúdas deliram e os gandulos tornam-se uns heróis. Nos jardins e nas escadarias da Senhora dos Remédios, inebria­dos pelos odores das madressilvas e jasmins, eles embrenham-se entre etéreas promessas de amor incontidas, navegando em lon­gos beijos de aventura!...

Os esgotos da cidade tomam-se caminhos conhecidos pela matula, em noites de percursos fantasmas, com petardos de trotil pelo meio. Aqui existe outra mulher especial na vida do ranger que consegue incutir força para a resistência. Apesar dos seus dezoito anos, Maria de Deus explica ao jovem militar a razão das coisas, mas não consegue influenciá-lo a fugir das terras para Norte. 

No entanto aqui começou uma louca doação. Ao aquartelamento de Cufar na Guiné chegarão, mais tarde, montes de cartas e aerogra­mas, trocar-se-ão poemas, falar-se-á da vida, da guerra e da mor­te. Haveria que fazer qualquer coisa!... A jovem incute no militar a aventura da fuga para França durante as férias. O militar prepara-se para a loucura, mas… há os velhotes e, nas terras para os lados do Norte, Tânia essa estranha força mais forte que o vento, não deixa voar o pensamento acorrentado de Vagabundo. Tão forte na guerra e tão frágil pela imagem de uma mulher que nunca será sua!... Uma mulher, que possivelmente até a sua existência já desconhece.

Traição!... Como se sentiriam António e Francisca na sua terra com um filho traidor à Pátria? E seu avô? O velhote morreria de desgosto e vergonha. Fuga anulada! Vagabundo escolhe o cumprimento do dever jurado na parada de Tavira.

Como Niotetos, Maria de Deus insiste com Vagabundo. Ele é em espírito e corpo inteiro uma parte dela, nesta loucura entregou-se toda e tenta modificá-lo. Não dá, ele já é prisioneiro de si próprio e à sua volta criou uma barreira, um casulo de arame farpado.

Mais tarde, Maria de Deus, com apenas vinte e quatro anos, morre jovem na pujança da vida, brutal arrancar de botão de flor ainda não aberto. Obrigado, Mimê, por tudo o que por Vagabundo fizeste, mesmo pelas tontearias que tentastes e fizeste! Quem sou eu para não te aceitar como tu eras!? Que descanses em paz! Que Deus te tenha em bom lugar!

A vinte e três de setembro os rangers Vagabundo e Almeida, apresentam-se no RI1, na Amadora unidade mobilizadora, para fazerem parte de uma Companhia de Caçadores com destino à guerra no Ultramar. 

Após a concentração de todo o pessoal, é dada a instrução de especialidade durante sete semanas, às quais se seguem mais duas de aperfeiçoamento operacional na região da Serra da Lua, sagrada para os Lusitanos, a bela Sintra.

A 19 de dezembro a CCAÇ 763 é mobilizada para o CTIG Comando Territorial Independente da Guiné. De farda amarela, o furriel miliciano, segue de comboio para passar o Natal na sua aldeia. O casal espanhol, companheiro de viagem, é extraordinário. O homem andará pelos cinquenta e poucos anos e a senhorita aparentava ser um pouco mais nova. Nota-se que têm a noção do que é a guerra e abordam um pouco a política. Falam com algum conhecimento de Salazar e Franco, o militar estando muito cru nesse aspecto aprende algumas coisas. Na despedida, desejam:
 
– Buena sorte! La guerra es una monstruosidade!...

É o único passageiro a tomar a camioneta na velha estação da CP. Inverno, oito da manhã, faz um frio de rachar e sopra aquele vento leste que se entranha na roupa e trespassa os ossos. É reconhecido pelo revisor, velho resistente ainda dos tempos em que Vagabundo era estudante.

– Então também te calhou, rapaz?

– É verdade!

– Para onde?

– Guiné!

– Oh, pá!... Olha, boa sorte!

– Obrigado, ti Chico.

A camioneta pára em terras do lado Norte. Entram quatro pessoas desconhecidas. Passam pelo militar e olhan­do para a farda amarela, dão um bom dia de misericórdia como que a um pedinte em porta de igreja, ou, talvez interiormente desejem uma boa sorte como o Ti Chico, revisor. O militar olha pela janela tentando ver o impossível.

Natal sem sabor. O furriel tem de se apresentar no RAC (Regimento de Artilharia de Costa) em Oeiras, a dois de janeiro, onde aguardará embarque. A dezanove de janeiro, com toda a pompa militar, a CCAÇ 763 recebe o seu Guião com o lema «Nobres na Paz e na Guerra». À noite recorda-se que,  no dia seguinte, comemora-se o Santo Mártir Sebastião, padroeiro de arqueiros e soldados, venerado em terras de lados do Norte.

Recordando, pega no bloco e começa a escrever uma carta de amor contra o esquecimento. Quando o sofrimento ultrapassa o medo, a sub­missão dissipa-se e relança-nos, geralmente em força para a conquista ou reconquista. Escrevendo, verifica que é um hino à Natureza aquilo que escreve e sente-o como se uma carta de criança. Revolta-se, rasga a carta e sai para ir para Lisboa, decidindo passar a noite com uma prostituta. Quando sai tem vontade de bater em tudo, no entanto o ar da rua faz-lhe bem. Na estação encontra o Carretas,  de Almeirim,  que pertence à Companhia que também aguarda embarque na Parede.

– E, pá.  anda até ao Limo Verde, a malta vai lá juntar-se. 

Aceita o convite do colega e larga Lisboa e a puta, saltando mais esta vala de lama.

9 de fevereiro de 1965. Sobe a rua Morais Soares devagar, atravessa a Paiva Couceiro e entra na Mouzinho de Albuquer­que, onde se encontram os pais em casa de sua irmã mais velha. António está a convalescer de uma operação delicada. Eles não sabem que seu filho, no dia onze pela manhã, embarcará no navio “Timor” com destino à Guiné. Mas apercebem-se que há algo estranho.

Como vai ser? Vagabundo não delineou nenhuma estra­tégia, mas há que resolver a questão. Entra um pouco nervoso, consegue manter conversa evitando o assunto. Sabe que sua irmã estará no Cais, mas de seus pais tem de se despedir sem o dizer. No dia seguinte seguirão de comboio, para a sua aldeia e levarão Pedrito. Mais umas palavras de circunstância, e já é hora de partir.

– Amanhã estarei no comboio!

Mas a experiência de vivência feita, não engana os velhotes. Eles sabem que o filho não está a dizer a verdade. Aguentam-se todos sabendo que estão a fazer jogo viciado e a mentir uns aos outros. Com as lágrimas de Francisca não há problemas. Sempre assim foi, mesmo que partisse para perto. Com António não, raras vezes tinha visto as pérolas rolando naquele rosto.

– Combinado? Amanhã lá estarei em Santa Apolónia, as melhoras e adeus!

Aguenta-se e sai. Pede a Amália para se segurar. Já no elevador não resiste, sente os olhos húmidos. Vai encontrar-se com Picolo e solicita-lhe que vá ele à estação dizer que está de serviço, pelo que não pode comparecer. Picolo, como sempre fixe, aguenta a barra.

(Revisão / fixação de trexto, para efeitos de publicação deste poste no blogue: LG)




Capa do livro (inédito) "Do Alentejo à Guiné: putos, gandulos e guerra", da autoria de Mário Vicente [Fitas Ralhete], o nosso querido camarada Mário Fitas, ex-fur mil inf op esp, CCAÇ 763, "Os Lassas", Cufar, 1965/67, e cofundador e "homem grande" da Magnífica Tabanca da Linha, escritor, artesão, artista, além de nosso grã-tabanqueiro da primeira hora, alentejano de Vila Fernando, concelho de Elvas, reformado da TAP, pai de duas filhas e avô.

Esta edição é uma segunda versão, reformulada e melhorada, do livro "Putos, gandulos e guerra" (edição de autor, Estoril, Cascais, 2000, com apoio da Junta de Freguesia de Vila Fernando, 174 pp.,). 

A nova versão  (2010, 99 pp.) já foi reproduzida no nosso blogue. Tem prefácio do nosso camarada António Graça de Abreu.





47º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 16 de janeiro de 2020 > Da esquerda para a direita, Zé Carioca, Mário Fitas, dois "homens grandes" da Tabanca da Linha, com o nosso editor Luís Graça. (**)

Foto: © Manuel Resende (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


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Notas do editor LG:

(*) Postes anteriores da série:


(**) Vd. poste de 17 de janeiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20565: Convívios (913): A festa dos 10 anos da Magnífica Tabanca da Linha: gente feliz, sem lágrimas, mas com saudades dos que já partiram - Parte I (Fotos de Luís Graça e Manuel Resende)


Guiné 61/74 - P26645: Parabéns a você (2362): Álvaro Vasconcelos, ex-1.º Cabo TRMS/STM (Aldeia Formosa e Bissau, 1970/72)

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Nota do editor

Último post da série de 30 de Março de 2025 > Guiné 61/74 - P26629: Parabéns a você (2361): Abel Rei, ex-1.º Cabo At Art da CART 1661 (Fá Mandinga, Enxalé e Porto Gole, 1967/68); António Graça de Abreu, ex-Alf Mil Inf do CAOP 1 (Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74) e Rosa Serra, ex-Alf Enfermeira Paraquedista da BA 12 (Bissau, 1969)

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26644: A nossa guerra em números (28): Ainda a nossa 'adorável' ração de combate, nº 20...(que dava 3 refeições para um homem, por dia, no mato)


Caixa (em cartão) da Ração Individual de Combate nº 20, Tipo E, que era distribuída aos militares do Exército quando em operações no mato. Ainda não sabemos o significado da classificação "Tipo E" (seria  E de Especial ?).


1.  Temos ainda relativamente poucas referências à famosa "ração de combate", diabalolizada por uns, incensada por outros...  Merece mais algumas informações adicionais (*).

O Exército (que tinha muito pior alimentação que a Força Aérea e a Marinha) dispunha de três tipos de rações (**):

(i) a ração de combate propriamente dita (RC nº 20): era a que se usava em operações, fora do aquartelamento;

(ii)  a ração de substituição (RS nº 30), que tinha mais produtos e podia ser consumida no aquartelamento, quando não era confeccionada refeição quente;

(iii) havia havia ainda a Ração de Bolacha (140 gramas, por refeição e por homem, num total 420 gramas por dia): substituia o pão quando este não era distribuido com a RC nº 20 ou a RS nº 30.

2. Cada ração (RC nº 20 e RS nº 30) estava pensada, para um homem, para as 24h / três refeições.

(i) Pequeno almoço: leite condensado | queijo | pão ou bolacha (140 gramas);

(ii) Almoço: caldo de carne | conmserva de peixe | carne de vaca | nougat c/ amendoím | ccncreto de fruta | pão ou bolacha (140 gramas);

(iii) Jantar: canka de galinha c/ aletria | carne de porco assada | doce de fruta | marmeladfa | concreto de fruta | pão ou bolacha (140 gramas).





Conteúdo da Ração Individual de Combate (RC) nº 20 , Tipo E (Europeu) - Ementa 1 

Como complementos, a RC continha ainda: (i) papel higiénico9: (ii) caixa de fósforos; (iii) drageias toni-hidratantes ("sempre que se beba qualquer líguido, deve tomar-se uma ou mais drageias de preferência antes das refeições").

A bolacha (140 gr. por refeição) era uma alternativa ao apão, quando este não podia ser distribuído. 

Este impresso correspondia à RC nº 167 334.




A RC era fornecida pela Manutenção Alimentar: o seu reecheio variou com o tempo, mas no essencial seguia sempre a mesma tipologia: conservas de carne (porco, vaca), conservas de peixe (atum, sardinha), leite condensado, concreto de fruta, doce de fruta, bolachas...

Fonte: Adapt. de Albino Silva (20925) (**)


3. Em 1974, com a "crise do petrólero",  os preços dos produtos alimentares dispararam, o que se tornou um bico de obra para a Manutenção Militar (e para o Ministério das Finanças).  

Por outro lado, numa das duas listagens de existèncias de géneros em Nova Lamego, citadas pelo José Saúde, sabemos que havia uma grande diferença de  preço por unidade das rações:

  • Ração de combate nº 20: 43$00 por unidade  (havendo 680 unidades em stock no dia 18/7/74):
  • Ração de substituição nº 30: 14$54 por unidade (em stock (250).

Por norma e por razões de segurança, na Guiné tinha de haver uma reserva de:


(**) Vd. postes de:~


(****) Vd. poste de 8 de junho de  2016 > 
Guiné 63/74 - P16177: Memórias de Gabú (José Saúde) (63): O “ventre” de um espólio raramente conhecido. Passagem de bens alimentícios em armazém.


Guiné 61/74 - P26643: O Nosso Livro de Estilo (17): Comentar é fácil... à sombra do acolhedor e fraterno poilão da nossa Tabanca Grande




Os vizinhos (freguesia de Santa Leocádia, concelho de Baião, para lá da linha ferroviária do Douro) da Quinta de Candoz  (freguesia de Paredes de Viadores, concelho do Marco de Canaveses) > 31 de março de 2018 > Foram estes socalcos e muros de pedra seculares que ajudaram a tornar arável a floresta de castanheiro e carvalho do Norte.... Metaforicamente falando, podemos dizer que "na Tabanca Grande cabemos todos, com tudo o que nos une e até com aquilo que nos pode separar"...


Foto (e legenda): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




I. Comentar é fácil (1)... sob o acolhedor e fraterno poilão da Tabanca Grande...


1.As opiniões aqui expressas, sob a forma de postes ou de comentários, são da única e exclusiva responsabilidade dos seus autores, não podendo vincular o fundador, proprietário e editor do blogue, Luís Graça, bem como a sua equipa de coeditores e demais colaboradores permanentes.

2. Camarada, amigo, simples leitor, registado ou não na Tabanca Grande: podes escrever no final de cada poste um comentário, uma informação adicional, um reparo, uma crítica, uma pergunta, uma observação, uma sugestão... 

De preferência sem erros nem abreviaturas.. Evita também as frases em maiúsculas ou caixa alta...

Basta, para isso, apontares o ponteiro do rato para o link Comentários, que aparece no fim de cada texto (ou poste), a seguir à indicação de Postado por Fulano Tal [Editor] at [hora], e clicares...





3. Tens uma "caixa" (a que chamamos a a nossa "montra pequena ou  traseira") para escrever o teu comentário que será publicado, após apreciação de um dos editores,

Infelizmente, e ao fim de 20 anos, tivemos que reintroduzir, temporariamente, a moderação ou triagem... E uma decisão a rever, em breve, após consulta dos editores e colaboradores permanentes.



Se tiveres uma conta no Google (como é o nosso caso, Tabanca Grande Luís Graça) deves usar essa identificação. 

Em suma,. tem que se escolher um "perfil":

  • Conta no Google / Blogger
  • Anónimo
  • Nome / URL

Mas também podes entrar como "anónimo": é obrigatório no final da mensagem pôr o teu nome, e facultativamente a localidade onde vives; sendo ex-combatente do ultramar, podes indicar o Teatro de Operações onde estiveste, local ou locais, posto e unidade a que pertenceste. 

Se tens uma página an Net, indica o nome e a URL (o link).


Não são permitidas abreviaturas de nomes, siglas, acrónimos, pseudónimos; e muito menos "falsos perfis" (os camaradas da Guiné têm a ombridade de "dar a cara", não se escondendo atrás do bagabaga do anonimato e da cobardia...). 

Se voltares ao blogue, poderas não encontrar logo a mensagem que lá deixaste, precisa do OK do editor, nesta fase de transição (em que voltámos a fazre a moderação / triagem d0s comentário)... 

 Repete as operações acima descritas para visualizar o teu comentário.

4. Escreve com total liberdade e inteira responsabilidade, o que significa respeitar as boas regras de convívio que estão em vigor entre nós. Por exemplo,

(i) não nos insultamos uns aos outros;

(ii) não usamos, em público, a 'linguagem de caserna' (asneiras, calão, etc.);

(iii) somos capazes de conviver, civilizadamente, com as nossas diferenças (políticas, ideológicas, filosóficas, culturais, étnicas, éticas, religiosas, estéticas, etc.);

(iv) somos capazes de lidar e de resolver conflitos 'sem puxar da G3';

(v) todos os camaradas têm direito ao bom nome e à privacidade;

(vi) não trazemos a "atualidade" política, social, desportiva, etc., para o blogue, etc.

Os editores reservam-se, naturalmente, o direito de eliminar todo e qualquer comentário que violar as normas legais (incluindo as do nosso servidor, Blogger/Google), bem como as nossas regras de bom senso e bom gosto que devem vigorar entre pessoas adultas e responsáveis, a começar pelos comentários ANÓNIMOS (por favor, põe sempre o teu nome e apelido por baixo), incluindo mensagens com:


(i) conteúdo racista, xenófobo, sexista, homofóbico, pornográfico, etc.;

(ii) carácter difamatório;

(iii) tom intimidatório, provocatório, insultuoso:

(iv) acusações de natureza criminal;

(v) apelo à violência, física e/ou verbal;

(vi) linguagem inapropriada;

(vii)
publicidade comercial ou propaganda claramente político-ideológica (ou "!partidária");

(viii) comunicações do foro privado, sem autorização de uma das partes (nome completo, naturalidade, morada, nº de cidadão, nº de  telemóvel, etc.);

(ix) assédio sexual e moral ("ciberbullying");

(x) spam sob a forma de repetição em série de um mesmo comentário em diversos postes;

6. Alguns comentários poderão transformar-se em postes se houver interesse mútuo (do autor e dos editores).

7. Além dos editores (LG, CV, MR, VB e JA), há os colaboradores permanentes, membros seniores do nosso blogue, que recebem, automaticamente, na sua caixa de correio (e apreciam depois o conteúdo de) todos os comentários: Cherno Baldé, Hélder Sousa, Humberto Reis, José Martins, Mário Beja Santos,Patrício Ribeiro e, eventaulmente, outros colaboradores  que venham a ser escolhidos.

O seu papel é o de ajudar os editores a cumprir e a fazer cumprir as regras do nosso blogue. Alguns deles têm, aleatoriamente, poderes de administradores, podendo eliminar, de imediato, comentários que infrinjam as nossas regras editoriais, o que felizmente tem acontecido poucas vezes em mais de 106 mil comentários recebidos.

II. Comentar é fácil (2)... e é preciso

Amigos e camaradas:

Originalmente (até julho de 2012) o sistema de triagem dos comentários era pouco amigável, era muito apertado... A intenção (boa) era a de prevenir e combater o SPAM (correio indesejado, publicidade, etc.) automático... Alertado para os problemas que estava a causar aos leitores, desencorajando-os de participar, já fizemos as alterações que se impunham às nossas definições.

Vejam se agora funciona melhor: podem comentar com ou sem conta no Google, com ou sem foto... Como "anónimos", terão sempre que assinar (pôr o vosso nome) por baixo da mensagem...

Experimentem. Julgamos que o sistema agora está mais amigável e prático... Aos anónimos o sistema estava a exigir a cópia manual de um número e uma palavra, com letras pouco ou nada legíveis... Mas continua a exigir o teste anti-robô: identificação de imagens...

Continuem a alimentar o blogue com os vossos comentários. É a "seiva" do poilão da Tabanca Grande. Até agora, em 20 anos, recebemos mais de 106 mil  comentártios, livres de spam.

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Nota do editor:

Último poste da série > 16 de setembro de 2024 > Guiné 61/74 - P25949: O nosso livro de estilo (16): O blogue não foi feito para a gente se chatear.. Por isso, às vezes é preciso reintroduzir a moderação ou triagem de comentários