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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Guiné 61/74 - P26493: Para bom observador, meia palavra basta (7): O que têm em comum estas fotos do obus 10.5 ?... Haja um "professor de artilharia" que explique aos "infantes"...



Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Sector L1 > Xime > CART 2520 (1969/70) > 20º Pel Art / BAC 1 > O obus 10.5... Na imagem, o fur mil at inf Arlindo Roda, da CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71).

Foto: © Arlindo T. Roda (2010). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]





Guiné > Zona leste > Região de Bafatã _ Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo > CART 2339 (1968/69) > O alf mil Torcato Mendonça (1944-2021) junto ao obus 10,5


Foto: (e legenda): © Torcato Mendonça (2007). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Zona Oeste > Sector 05 (Teixeira Pinto) > Bachile > CCAÇ 16 > s/d (c. 1972/73) > O Zeca Romão junto a um obus 10,5, do 21º Pel Art

Fotos (e legendas): © José Romão (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > c. 1969/70 > 22º Pel Art e CCAV 2482 > Espaldão do obus 10.5. Foto do álbum de Domingos Robalo, ex-fur mil art, BAC 1 / GAC 7, Bissau, 1969/71; foi comandante do 22º Pel Art, em Fulacunda (1969/70)-

Foto (e legenda): © Domingos Robalo (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Quínara > Gampará > CCAÇ 4142 (1972/74) > O sold cozinheiro Joviano Teixeira junto ao obus 10.5...

Foto: © Joviano Teixeira (2015). Todos os direitos reservadoss. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Cacheu > Teixeira Pinto > Bachile > CCAÇ 16 > O 1º cabo António Branco, junto ao obus 10,5 com a mascote da companhia, um menino do "mato", Augusto Martins Caboiana, que todos os camaradas da CCAÇ 16 adoptaram e ajudaram a crescer...

Fotos: © António Branco (2010). Todos os direitos reservadoss. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª C/BART 6520/72, 1972/74) > Obus 10, 5 ( em 10/4/1974, 2 º Pel Art que guarnecia este aquartelamento)

Foto: © José Claudino da Silva (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guine]


1. O que têm estas fotos em comum ? São poses da malta junto ao obus 10.5 cm, de fabrico alemão, "restos de coleção", do tempo da II Guerra Mundial... 

Toda a gente gostava de mandar para casa uma foto destas, para tranquilizar a família: "Com este eu estou bem protegido, fiquem descansados, mas continuem a rezar por mim"... 

Para a namorada  e para os amigos também se mandavam umas chapas com este brinquedo...falocrático. 

No mato ou no quartel, a gente sentia-se, pelo menos psicologicamente, mais seguro, ao ouvir elas (as "bojardas", os "supositórios", as "ameixas"...) a passar por cima das nossasa cabeças... e a baterem as posições inimigas... 

Parece que há outras marcas ou modelos de obus 10.5... Por que razão é que no CTIG só se usava, este tipo de obus (dentro do calibibre 10.5)... (Nos últimos anos os Pel Art começaram a a ser equipados com o obus 14, de maior alcance, e o início da guerra, o que se usava era o 8.8).

 Haja um "professor de artilharia" que explique isso aos infantes...

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Nota do editor:

Último poste da série > 21 de novembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26175: Para bom observador, meia palavra basta (6): O fortim de Cabedu

7 comentários:

DRobalo disse...

Não como professor, mas apenas na qualidade de artilheiro. No final da guerra havia no CTIG 34 pelotões de artilharia espalhadas por todo o TO. Alguns destes pelotões eram constituídos apenas com duas bocas de fogo. A maioria constituída por obuses 10,5cm de origem alemã, o Krup, cerca de 67. Obuses 8,8 cm havia 7, obus 14 cm cerca de 50 e peça 11,4cm, 9. Em julho de 1969 foi quando se deu um grande reforço de artilharia para a província, com a chegada de “ muitos” obuses 10,5cm. Este envio de obuses vindos da metrópole, não foi acompanhado do respetivo reforço de quadros, sargentos e oficiais, pelo que houve a necessidade de os recrutar na partir dos pelotões de morteiros dando- lhes formação na BAC1, em Bissau. Tive a honra de ter sido o formador desses militares, que em conjunto receberam essa “adaptação “. Em setembro são constituídos novos pelotões e distribuídos pelo TO, cabendo-me a mim o comando do 22° PELART, com destino a Fulacunda onde chegamos e setembro de 1969. O número de pelotões e bocas de fogo atrás indicados estão confirmados no livro “os números da guerra de África “ cujo autor é o Tenente- Coronel de Artilharia, Pedro Marquês de Sousa. Quanto à fotos comento o seguinte: todos os militares gostavam de tirar uma foto junto aos obuses. Um pelotão de artilharia em apoio a qualquer companhia era sinónimo de “conforto “, quanto mais não fosse “ espiritual”. Era um elemento no reforço da defesa. Depois há a circunstância dos “espaldões” que na maioria dos pelotões revelavam pouca segurança para os artilheiros. Fazer fogo com o corpo quase à vista do IN era um risco maior, embora cada pelotão fosse um caso. Reparem no espaldão construído pelo pelo pelotão em Fulacunda. Permitia fazermos foco e estarmos “abrigados” do fogo direto do IN. Em um dos dois louvores que tive no TO, está referido como tendo “ organizado uma das melhores posições de artilharia do TO. Todos os dias se praticavam manobras de rodar as bocas de fogo com mestria sem as deixar sair do redondel onde estavam colocadas. De referir que os pelotões sediados a sul do TO foram sempre os mais sacrificados e de maiores exigências de todos os militares. A norte do TO, nem tanto. Abraço a todos os infantes, artilheiros, cavaleiros, fuzas, marinheiros e força aérea.

Anónimo disse...

Segundo opinião do nosso camarada cor art ref Morais Silva, enviaad por email de
quarta, 12/02/2025, 22:44, estas fotos serima todos de:

(i) obus K 10,5 dos anos 40 (Krupp ; rodas em aço com borracha para tracção motorizada);

(ii) havia também o obus R (Rheinmetall; rodas em aço sem revestimento para tracção animal);

(iii) os dois modelos equiparam Baterias e Pelotões de artilharia;

(iv) "julgo que na Guiné só havia Krupp"...

(v) "É tudo do pouco que ainda 'sugo' da memória." (....)

Abraço do MS

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Domingos, já em tempos, em 2019, te tinha dado os parabéns pelo "engenhoso espaldão" construiste em Fulacunda para o obus 10.5... E perguntava-te: "Não sei é se resistia às valentes chuvadas tropicais que se abatiam sobre a Guiné, no seu devido tempo (maio-outubro)"... Não deves ter lido o comentário na altura...

(Comentário ao poste P20398 | 2019 M11 30, Sat 19:51:22 GMT)

Anónimo disse...

Exasperado com a "santa ignorância dos infantes" em matéria de artilharia, o nosso leitor (e camarada, que comandou um Pel Art no final da guerra, em Gadamael), o C.Martins escreveu em tempos o seguinte comentário:

OHH...Infantes

"ca ganda confusão"

É um obus 10,5 de fabrico alemão da empresa "krupp".

As cargas eram colocadas em cartuchos que eram acoplados às granadas.

O conjunto de cartucho e granada era introduzido no tubo.

Após o disparo e ao abrir a culatra o cartucho era extraído.

As granadas pesavam 14 kg.

O alcance máximo era de 12 km.

Quanto à inscrição no tubo, às vezes era inscrito o nome de batalhas onde a artilharia se distinguiu por feitos valorosos ..ora tomem.

Não é cano ...é tubo..irra.

Na artilharia as bocas de fogo designam-se obuses ou peças sendo a distinção feita pela relação ..calibre versus comprimento do tubo..as peças têm o tubo mais comprido.

Perceberam..ou querem explicador.

O professor catedrático de artilharia com agregação em Gadamael.

C.Martins

sexta-feira, 28 de novembro de 2014 às 00:28:00 WET

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Pelo que eu já percebi, a alemã nazi tinha dois colossos no fabrico de obuses e outro arsenal de guerra, o senhor K e o senhor R...

Na Guiné, só haveria os K... Porquê ? Há um "estúpido" robô (que dizem que é inteligente), que me "esclareceu": o K era para a planície, a estepe, a savana... o R era para a montanha...

A verdade que é todos (ou quase todos) os infantes gostavam de posar ao lado deste "brinquedo de guerra... falocrático" para tirar uma chapa e mandar para a namorada, a noiva, a madrinha de guerra, a esposa ou simplesmente a amiga, a vizinha... Mesmo que nesse tempo não se celebrasse o "dia dos namorados" (nem convinha), como hoje...

DRobalo disse...

Olá Luís, espero que estejas bem assim como a tua prol. Realmente não me apercebi do teu comentário sobre o efeito das chuvas nos espaldões arquitetados. A foto não mostra, mas a o lado de fora do espaldão era muito espesso e em rampa. A terra era muito barrenta e foi sendo molhada durante a construção e muito compactada. Nunca ninguém se queixou mesmo quando saí para a sede da BAC1/Bissau. Ontem conheci o teu amigo/ aluno , com os inquéritos. Abraço

Anónimo disse...

Conheci todos os PELARTs no CTIG. Afirmo que todos os obuses 10,5cm tinham rodas de aço revestidas com borracha. Aliás, do mesmo género eram os 10,5cm que havia na EPA/Vendas Novas.