Foto nº 25A > O José Claudino da Silva, 1º cabo condutor auto, â entrada da vila de Fulacunda, ao volante de um Unimog 411
Foto nº 8B > Fulacunda > Parte do aquartelamento
Foto nº 4 > Fulacunda > Vista parcial da parada, foto tirada do fortim ou do depósito de água.
Foto nº 7A > Fulacunda > Capela
Foto nº 7B > Fulacunda > Caserna
Foto nº 11A > Fulacunda > Aquartelamento > Casernas, vista do alto do fortim do depósito de água.
Foto nº 8 >Fulacunda > Aquartelamento > Parada, vista do alto do fortim ou do depósito de água.
("O meu amigo fotógrafo andou comigo a tirar 'slides'. Ainda não sei bem o que é isso mas parece que são fotos de ver projectadas num lençol", escreveu ele em carta para a namorada).
Foto nº 10 > Fulacunda > Aquartelamento > Pau da bandeira, parada e caixote do lixo. Vê-se que é um quartel de construção recente, com aspeto impecável e recolha de lixo regular.
Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª C/BART 6520/72, 1972/74) > s/d > Fotos do álbum do José Claudino da Silva. Legendagem do editor, sujeita a revisão.
Fotos: © José Claudino da Silva (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guine]
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José Claudino da Silva, "chapeiro" em Amarante, agora escritor; é também o criador do Bosque dos Avós, na serra do Marão. |
1. Fotos de Fulacunda: seleção de um lote de 36 fotos extraídas de "slides", tirados pelo fotógrafo da companhia. Enviadas pelo José Claudino da Silva, em 18 de janeiro passado. Sem legendas.
O José Claudino da Silva ("Dino", para os amigos) tem cerca de 6 dezenas de referências no nosso blogue para o qual entrou em 10/10/2017
(i) natural de Penafiel, começou a trabalhar aos 11 anos de idade, na construção civil;
(ii) residente em Amarante;
(iii) bate-chapas, reformado;
(i) natural de Penafiel, começou a trabalhar aos 11 anos de idade, na construção civil;
(ii) residente em Amarante;
(iii) bate-chapas, reformado;
(iv) ex-1.º cabo cond auto, 3.ª CART /BART 6520 / 72, Fulacunda, 1972/74;
(v) "self made man" ou "homem que se fez a si próprio", concluiu em 2009 o 12º ano através das programa das "Novas Oportunidades";
(v) "self made man" ou "homem que se fez a si próprio", concluiu em 2009 o 12º ano através das programa das "Novas Oportunidades";
(vi) escritor, é autor de três livros, um de poesia (2007) e outro de ficção (2016), e mais recentemente um outro, de memórias da infância e adolescência ("O *uto de Senradelas", 2023);
(vii) membro nº 756 da nossa Tabanca Grande;
(viii) é autor da novável série "Ai, Dino, o que te fizeram!... Memórias de José Claudino da Silva".
(vii) membro nº 756 da nossa Tabanca Grande;
(viii) é autor da novável série "Ai, Dino, o que te fizeram!... Memórias de José Claudino da Silva".
(Seleção, edição e legendagem das fotos: LG)
________________Nota do editor:
Último poste da série > 10 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26479: As nossas geografias emocionais (41): Café Bento / 5ª Rep: excertos de postes e comentários - Parte I: E tudo o vento levou.... [ Luís Graça / Jaime Machado / Patrício Ribeiro / Oliveira Miranda / Hélder Sousa / Virgínio Briote / Manuel Luís Lomba / Virgílio Ferreira / José Pardete Ferreira (1941 - 2021) ]
Último poste da série > 10 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26479: As nossas geografias emocionais (41): Café Bento / 5ª Rep: excertos de postes e comentários - Parte I: E tudo o vento levou.... [ Luís Graça / Jaime Machado / Patrício Ribeiro / Oliveira Miranda / Hélder Sousa / Virgínio Briote / Manuel Luís Lomba / Virgílio Ferreira / José Pardete Ferreira (1941 - 2021) ]
14 comentários:
Já pedi ao "Dino" para completar e corrigir as legendas... Nunca fui a Fulacunda... Também gostava de saber quem foi o fotógrafo que tirou os "slides", o seu nome merece figurar no poste... O quartel parece um "brinquinho"... Já disse ao Dino que nos temos de conhecer pessoalmente. Temos amigos comuns, e, sendo ele de Penafiel e vivendo em Amarante, somos "vizinhos" quando eu estou no Norte, em Candoz...
Algumas fotos foram tiradas, do depósito de água, creio eu. Nomeadamente as que captam a entrada do quartel, secretaria, capela, mini-caserna dos operador-cripto, enfermaria, e, a grande caserna ao fundo.
Fulacunda não era sítio onde Cristo tenha parado... Nem a gente, a não ser os páras ou os comandos nalguma operação de envergadura, passava por lá... Era "chão biafada", não vinha no mapa do turismo da "Spinolândia"... Mas mesmo assim tinha quartel novo, construído pela engenharia militar... E tinha "brigada de limpeza"... Os "Serrotes" (3ª C/BART 6520/72, Facunda, 1972/74) tinham brio e orgulho no seu quartel...
Que bonito quartel!
Quem diria que Fulacunda fica na Guiné?
Boas fotos de slides, isso eu sei, e o seu fotografo está de parabéns.
Eu também já manifestei o interesse em ir conhecer o DINO e o seu espólio, em Penafiel, que bem conheço, e aqui tão perto.
Virgilio Teixeira
VT.
Virgílio, o nosso camarada que é natural de Penafiel, e viveu Amarante, "montou tenda" agora na Lixa, Felgueiras.
Virgílio, o nosso camarada que é natural de Penafiel, e viveu Amarante, "montou tenda" agora na Lixa, Felgueiras.
Tanto faz, eu conheço tudo isto, foi uma zona por mim percorrida, nos tempos dos dinheiros da CEE, e da UE,. em que muitas empresas , faziam os seus projectos técnicos e eu na parte de consultoria financeira, apresentava as candidaturas, em particular no IAPMEI, arranjava os dinheiros a fundo perdido para os Industriais, que em vez de máquinas novas, compravam casas, apartamentos, em toda esta orla marítima. Vila do Conde foi muitíssimo beneficiada com isto.
Toda a zona do Vale do Sousa, do vale do Cavado e do Vale do Ave, visitei e trabalhei por minha conta, nessa avalancha de dinheiros que vinham lá de fora, e que agora estamos a pagar e com juros...
Tenho uma lista de dezenas de empresas minhas clientes que se encheram bem de dinheiro de borla.
Agora é outra história que não pratico, com os fundos da chamada Bazuka.
Um tio meu, parecido com o meu pai, que não o aceitava como familiar, mas que todos nós gostávamos dele, foi marido da mãe da minha mãe, que devia chamar de avó, mas que por motivos pessoais nem isso lhe chamo, era má que nem uma cobra.
Essa ??avó?? foi casada com esse tio, em segundas núpcias, já que o pai da minha mãe, resolveu emigrar para o Brasil, e nunca mais ninguém soube dele! Chamava-se Domingos Sepúlveda! Isto cheira a gente rica, mas nunca recebe um tostão de heranças.
Vamos contar a história mas curta, pois isto encheu-me muitas páginas do meu livro.
E pouco sabemos dos nossos chamados avós, parece que o meu pai não gostava de falar deles, porque com certeza nem os conheceu também.
O meu tio Aníbal, era uma peça rara, usava óculos mas sem vidros, a minha irmã perguntou-lhe um dia porquê, ele disse que era para parecer intelectual, era fino que nem um rato.
Deste casamento nasceu a minha meia tia Judite e o meu meio tio Anibal, que era pugilista e jogava no Parque das Camélias, na Rua de Alexandre Herculano no Porto.
Era a ele a quem recorríamos, quando havia pegas com a malta da minha zona.
Quando cheguei a casa em 10agosto69, uma das primeiras coisas que fiz, foi comprar um carrito que estava na moda nessa altura, o Mini 1000, que foi para a sucata passado pouco mais de um ano.
continua
Ele que negociava em óleos para motas e carros, nas zonas de Paredes, Penafiel, Amarante, e por aí fora, disse-me um dia:
Virgilio, tens um carrinho e não andes a gastar dinheiro a passear, vamos fazer um negócio, eu tenho muitos clientes por aí fora, mas não tenho carro para levar as latas. Conclusão, em Setembro e Outubro de 69 passamos a negociar em óleos. Em 1 de Novembro de 69 já eu estava a dar inicio à fábrica dos Suecos, que pensava eram boas pessoas, mas só vinham para cá sugar o sangue dos nossos trabalhadores. Eu não tenho razão de queixa.
E assim passamos a ser sócios, enchíamos o Mini com as latas de 5 litros de óleos todos iguais, numa Loja de grosso, na rua ao lado do Palácio Cristal que desce para a Rua da Restauração.
Então Senhor Borges (era o meu tio Anibal) o que vai ser hoje?
E lá dava a lista dos óleos, com as designações que eu nem conhecia.
As latas eram todas iguais, mas as matrizes da qualidade eram diferentes, e pintavam as latas com essas aldrabices todas. E quem pagava era eu a dinheiro e antecipado.
E assim distribuíamos por essas oficinas em todo o lado, até acabar. Depois íamos almoçar nos tascos dessas aldeias e regressavamos, e dividíamos o 'Lucro' , depois de deduzidas as minhas despesas adiantadas, da compra e da gasolina, que era muito barata.
Depois da mulher dele morrer, fez uma grande festa em frente à casa onde estava a defunta, num tasco, comendo nós todos Pescada cozida com todos à grande, especialmente os vinhos.
O homem e para terminar a sua longa história, acabou por se casar (ou amantizar) com uma mulher de Minde -Penafiel, onde com os maus tratos, acabou por morrer como um cão no galinheiro dessa doida. Causa da morte, morreu de fome.
O meu pai e nós fomos ao seu funeral em Meinedo-Penafiel, e nunca mais lá voltamos, ele tinha entretanto a sua nova família .
Moral da História ????
Belas imagens de Fulacunda, ou melhor dizendo do Quartel de Fulacunda, como estão legendadas. Agora, não se percebe por estar escrito Vila de Fulacunda e casas tipo coloniais no Quartel se a tabanca da Vila, que não se distingue, estava dentro da área do Quartel. E também a imagem ‘Exterior do Quartel’ não dá a ideia de ser a tabanca. Valdemar Queiroz
Eh pá... não se veem valas nem abrigos, que paraíso.
Abílio Duarte - C.Art.11- Guiné 69/71.
Fotografias boas! Reconheço bem os prédios do quartel de Fulacunda, onde vivi 1980-1982.
Luís escreveu: "Era "chão biafada", não vinha no mapa do turismo da "Spinolândia" "
A palavra Spinolândia é nova para mim. Reconheço o nome do governador daquele tempo. Sou curioso saber qual é o significado interpretativo para os leitores deste blogue.
Henk Eggens
Belas fotografias do Quartel de Fulacunda. Começa pela imagem Vila de Fulacunda que não sabemos se é a entrada da tabanca ou do Quartel. Todos as imagens são no Quartel, que inclui as instalações militares e casas antigas tipo colonial, havendo uma imagem “fora das instalações” mas não se vê casas da tabanca. Pergunto e atendendo a Vila de Fulacunda : a tabanca era dentro da área do Quartel? Valdemar Queiroz. (este comeyé o segundo por o primeiro não ter sido publicado)
Henk, meu amigo neerlandês, como vai isso ? "Corpo di bó" ?... Já vi que não fizeste tropa, nem tinhas idade, felizmenmte, para ir parar à sangrenta guerra colonial nas vossas Índias Orientais...
Spinolândia era uma a designação (humorística) para a Guiné Bissau (na altura "Guiné Portuguesa), no tempo em que o controverso e carismático general Spínola foi governador e comandante-chefe do território...
Tinha um exército de mais de 40 mil homens, 15 mil dos quais guineenses (entre os quais os meus "fulas", da companhia de caçadores nº 12, sou um dos "pais-fundadores", estive lá entre julho de 1969 e março de 1971: todas as praças eram guineenses, só os graduados e alguns especialistas eram metropolitanos).
Spinolàndia quer dizer "reino, nação ou terra do Spínola": esteve lá cinco anios, de maio de 1968 a agosto de 1973... Contam-se inúmeras anedotas sobre o seu estilo, o seu comportamento, a sua coragem, a sua relação com os soldados, brancos e negros, e com a população africana (náo havia colonos, como em Angola ou Moçambique)...
Era "carinhosamente" conhecido com o Caco Baldé (entre outras alcunhas): "caco", pedaço de vidro (que ele usava como monóculo, desde os tempo da II Guerra Mundial, admirava a cavalaria do exército Alemanha nazi, esteve em Leninegrado em 1941 missãpo de observação portuguesa...) e Baldé, apelido muito frequente entre os fulas (tal como Silva em Portugal)...
Foi um homem poderoso, que percebeu a tempo que aquela guerra só se ganhava, não pela força das armas, mas pela "conquista das almas", ou seja, politicamente, através da acção psicológica, a propaganda e o desenvolvimento social e económico...
Ía tirando o tapete ao Amílcar Cabral com quem, de resto, quis negociar a paz, com a mediação do Leopoldo Senghor, do Senegal...(e que, como tal, não tem nada a ver com o assassinato do líder histórico do PAIGC: quando lhe deram a notícia, exclamou: "Ai, que me mataram o homem!", leia-se o meu intrerlocutor).
O Spínola tem mais de 500 referências no nosso blogue. O descritor ("tag") Spinolândia é mais recente, mas 15 referências:
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/Spinol%C3%A2ndia
São tudo anedotas, "humor de caserna"... Um bom resto de noite. Luis
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