quarta-feira, 6 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11200: Notas de leitura (462): Rosa no Pais das Flores da Luta, por Maria do Céu Mascarenhas (Francisco Henriques da Silva)

1. Mensagem do nosso camarada Francisco Henriques da Silva (ex-Alf Mil da CCAÇ 2402/BCAÇ 2851, Mansabá e Olossato, 1968/70), ex-embaixador na Guiné-Bissau nos anos de 1997 a 1999, com data de 24 de Fevereiro de 2013:

Meus caros amigos e ex-camaradas de armas,
Dado o seu interesse, junto vos envio uma recensão da obra "Rosa no País das Flores da Luta" de Maria do Céu Mascarenhas relativo à sua experiência como professora cooperante na Guiné-Bissau, poucos anos depois da independência.
O livro é interessante na medida em que se trata de uma versão do conhecido livro "Alice no País das Maravillhas" do escritor inglês Lewis Carroll adaptado à realidade africana, ou, mais especificamente, à realidade bissau-guineense.

Com os meus cumprimentos cordiais e amigos
Francisco Henriques da Silva
ex-Alf. Mil. de Infª. CCaç 2402,
ex-embaixador de Portugal em Bissau 1997-1999


UMA NOVA VERSÃO DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, NESTE CASO NA GUINÉ-BISSAU POUCO DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA

Francisco Henriques da Silva

Maria do Céu Mascarenhas publicou recentemente uma obra que estaria há muitos anos na forja e que por vicissitudes várias, que não importa adiantar, só agora viu a luz do dia. É um livro, a todos os títulos interessante, imaginativo, bem estruturado, num português escorreito e bem elaborado e que se refere a um período da história da Guiné-Bissau, logo após a emancipação plena, sobre o qual, infelizmente, muito pouco se escreveu, nem do lado português, nem do lado bissau-guineense. Torna-se, por estas razões, uma obra obrigatória para todos aqueles que se interessam pela Guiné-Bissau, o país onde tantos, de um e de outro lado, verteram o seu sangue; o país que marcou toda uma geração que por lá passou ou cujos familiares por lá deambularam de arma na mão e que prosseguiu, anos depois por caminhos erráticos senão ínvios. Estamos a falar de “Rosa no País das Flores da Luta” (Chiado Editora, Lisboa, 2012).

A autora segue muito de perto a estrutura da célebre obra de Lewis Carroll “Alice no País das Maravilhas”, adaptando-a ao cenário de um país africano tropical, neste caso a Guiné-Bissau, alterando o nome dos personagens, o desenvolvimento das cenas, com considerações sobre um sem número de aspectos da vida quotidiana e das suas próprias elucubrações e inserindo permanentemente um relato onírico ou semi-onírico (porque, a bem dizer, não se trata de um estado de devaneio permanente, nem tão-pouco desfasado do real) com uma narração factual. Para ilustrar bem estas diferenças, a autora opta pela utilização de duas tonalidades: negrito, para o estado de vigília e regular (ou normal) para os estados sonial ou para-sonial, que vai alternando ao longo de todo o texto. Finalmente, o livro é enriquecido com inúmeras fotografias a cores da autora.

Maria do Céu Mascarenhas apenas permaneceu na Guiné-Bissau um ano lectivo (1977-78), como professora cooperante, no antigo Liceu Honório Barreto, denominado Kwame N’Krumah, após a independência. É perceptível o seu grande amor pelas crianças e o próprio título assim o indica: as “Flores da Luta” seriam as crianças, numa frase que é comummente atribuída a Amílcar Cabral e que se repete, de boca em boca, assumindo-se que a autoria pertence ao ex-líder do PAIGC, sem que, todavia, exista, tanto quanto se sabe, qualquer referência explícita a tal expressão nos seus discursos ou na sua obra escrita.

Tal como no livro de Lewis Carroll, as incursões pelo “non sense”, pelo absurdo, são permanentes e a Guiné-Bissau, que hesitava ainda em dar os primeiros passos, já lá vão 35 anos, prestava-se, magnificamente, a isso mesmo. Neste particular, refira-se a obra do embaixador António Pinto da França, contemporâneo de Maria do Céu Mascarenhas, “Em tempos de inocência” que menciona precisamente e numa linguagem meramente factual (ou seja, sem recurso ao sonho), num livro de memórias, esses aspectos absurdos da vida quotidiana bissau-guineense.

Por outro lado, a autora, ao longo do livro, revela muita da sua experiência de vida, da sua formação académica e do seu pensamento: uma vida predominantemente urbana, uma educação forjada nas escolas portuguesas dos anos 50 e 60, o Portugal do salazarismo-marcelismo, o catolicismo mitigado pelo racionalismo, as ilusões, as esperanças e os mitos da sua infância e da sua juventude. Tudo isto diz muito às gentes da minha geração e constitui um ensinamento relevante às gerações que nos sucederam e que desconhecem, quase por inteiro o que foi aquela época.

Uma das imagens eventualmente chocantes para os leitores menos avisados, mas que infelizmente se inscreve no vale de lágrimas que é – e tem sido - a política cultural portuguesa em África. Má em tempos idos e não muito melhor, diga-se de passagem, nos dias que correm. A autora salienta que em 1977-78, “a única biblioteca digna desse nome em Bissau era a do Centro Cultural Francês uma demonstração de como a França sabia aproveitar uma área de influência cultural que Portugal, em tantos anos de administração, tinha negligenciado como se de um pormenor sem importância se tratasse.” (p. 90) e acrescenta que era o embaixador português, muito empenhado e dinâmico, quem já estava nesse momento a diligenciar no sentido da fundação de um Centro Cultural Português”. Tratava-se de Pinto da França que envidava esforços insanos para tal conseguir, acabando por lograr os seus intentos. Era o “minimum minimorum”, para um PALOP como a Guiné-Bissau.

Um dos capítulos, a meu ver mais impactantes e com maior vigor da obra, é o VII “Uma festa de loucos com nome de guerra”, ou seja na estrutura de Lewis Carroll ”A Mad Tea-Party”. Trata-se de uma deslocação a Mansabá que Maria do Céu Mascarenhas, olhando para um antigo abrigo dos militares portugueses, compreende, de algum modo, toda a tragédia da guerra de África, que está ali, naquele “bunker” abandonado: o isolamento, o desconforto, o sacrifício, o próprio temor da morte, o horror da guerra. Ouçamo-la, na descrição onírica: “Era um buraco inóspito. Qualquer condenado à morte dispõe de uma cela mais confortável, pensou Rosa, contraída, com um nó na garganta, e aquele aperto no estômago” (p. 95). E agora, descendo à realidade .”Ficara como que petrificada a imaginar os jovens que teriam encontrado recolhimento num tal covil, o tempo sem fim que teriam permanecido acampados na planura desesperante que se estendia em frente” (ib.). E em seguida, descreve o que se passava na “metrópole”, em que as pessoas cumpriam a agenda do seu dia-a-dia, num Portugal que paulatinamente ia prosperando, mas que ignorava, a “guerra distante e sem fim”. Nestas curtas pinceladas bem reais, Maria do Céu Mascarenhas dá-nos conta do que foi a guerra, a nossa guerra, o que passámos, o que sentimos e a indiferença a que fomos votados. Mais adiante, depois de se referir aos direitos das mulheres (atentos os padrões da sociedade da época) remata: “ Sim, igualdades, muito bem, mas na hora da verdade eram os homens que tinham de abandonar tudo aquilo de que gostavam, família, carreira, para irem para a guerra.”(p. 99). De facto, para quem visitasse os lugares da guerra, anos depois dos acontecimentos, era uma “Mad tea party”. Tudo aquilo não se quadrava, nem se podia quadrar, nos parâmetros do real.

Um outro capítulo particularmente interessante é o IX “A Lenda do Tocador de Corá”, em que a autora estabelece algumas distinções em termos de estruturas mentais e culturais entre bissau-guineenses e portugueses e entre duas épocas, a colonial e a actual, em que Rosa, a protagonista, diz: “Demo-vos um Deus em quem acreditar oferecemo-vos uma língua de civilização.” Ao que a sua interlocutora responde: “O tempo colonial felizmente já passou, não vamos discutir. O teu Deus, o Deus dos muçulmanos e os nossos irãs não se dão mal entre nós, e a língua portuguesa, mesmo quando por cá a falamos de outra forma serve-nos perfeitamente” (p. 133)...”Minhas amigas, fiquemos com a cultura portuguesa que, como se diz, o saber não ocupa lugar, alem de que inevitavelmente faz parte da nossa História, mas conheçamos também as nossas lendas, a história dos nossos povos antes da chegada dos europeus...” (ib.). A análise comparativa é interessante, mas, no meu entender, quase epidérmica, demasiado curta e parca de pormenores. Mereceria, quiçá, um tratamento um pouco mais aprofundado, talvez sob a forma de diálogo e optando por uma forma simplificada, mas o texto tal como está carece de mais explicações - coloco-me, bem entendido, na pele do leitor interessado que pretende ir mais além.

Reveste-se de manifesto interesse, a passagem de Rosa, por uma escola internacional em Inglaterra, uns anos antes, em que o facto de ser portuguesa dá origem a algumas brincadeiras e dichotes de gosto duvidoso por parte de colegas estrangeiros. No fundo, é o eterno problema do nosso Portugal estar sempre na berlinda pelas mais variadas razões e quase nunca as melhores. Ao falarem-lhe em colónias, Rosa, candidamente, talvez sem compreender muito bem o alcance das graçolas, passa mentalmente em revista as ideias-força do Portugal da década de 60 que integravam o nosso subconsciente colectivo: “Ela, até então, só tinha ouvido chamar-lhes províncias ultramarinas, e possuía duas fotografias enviadas por um familiar Oficial do Exército, que com patriótica fé comandava tropas no norte de Angola, onde não sabia que algum tempo mais tarde haveria de perecer, nelas se viam soldados portugueses tratando ferimentos de crianças indígenas e acamaradando com elas, no âmbito de acções psico-sociais.” (pp. 148-149). Eu, próprio, fui várias vezes alvo de situações semelhantes, noutros contextos, compreendo, pois, muito bem onde a autora quer chegar.

Maria do Céu Mascarenhas fala-nos do conceito de Pátria, o que era, que significado tinha: “Achas que os rapazes que estão lá fora na guerra, em terras tão distantes da terra e da família deles, têm consciência nacional?” (p. 151) São interrogações importantes que todos os que têm sensibilidade política e sentido de portugalidade formulam. Os conceitos, aparentemente simples, tornam-se complexos e de difícil solução, atentos os parâmetros da época. O mundo apontava noutra direcção. As respostas começavam a pecar pela ambiguidade. Existiam outras soluções, outros caminhos, outras vias. Está, aqui creio todo o drama da geração de Maria do Céu Mascarenhas que é também a minha.

As deambulações pela história, em especial pela história colonial, mereceriam explicações mais pormenorizadas. Refiro-me à cobiça dos outros; ao Portugal, elo mais fraco do mundo ocidental; aos poucos quilómetros quadrados que nos sobraram na costa ocidental de África, ao porquê da mudança da capital de Bolama, uma cidade então moribunda e hoje morta e muitos, muitos outros temas, mas existem naturais limitações para a escrita e a extensão das explicações, o que é compreensível.

A aparente ausência de complexos em relação ao colonizador e até o amor a Portugal e aos portugueses está bem patente na visita à cidade de Gabú (antiga Nova Lamego) no Leste da Guiné-Bissau, em que os visitantes são, saudados de forma algo bizarra por um homem que se equilibrava num cabaço, tocava um apito e fazia a continência. “ Rosa, comovida, sentia-se num País das Maravilhas onde as coisas mais insólitas se tornavam possíveis, milagres de convivência que não saberia explicar, porque não os podia ela mesma totalmente compreender.” (p. 172).

É uma obra que deve figurar em qualquer biblioteca, que se lê com muito agrado e que, numa suave linguagem feminina, nos fala de nós, da nossa geração e do nosso relacionamento com o Outro, neste caso o bissau-guineense. Infelizmente, os rumos da História foram outros, embora, certamente, já perceptíveis quando Maria do Céu Mascarenhas por lá peregrinou.
____________

Nota do editor:

Vd. último poste da série de 4 de Março de 2013 > Guiné 63/74 - P11190: Notas de leitura (461): Texto policopiado e publicado pelo Comissariado Nacional da Mocidade Portuguesa - Ultramar (2) (Mário Beja Santos)

4 comentários:

Luís Graça disse...

1. Camarada Francisco Henriques, obrigado pela tua importante, oportuna, elegante, competetentíssima e completíssima "recensão" do livro da nossa amiga M.C. Macarenhas...

Tudo o que diga respeito à Guiné e aos guineenses nos interessa... Vem tarde, mas ainda é útil. Para nós, para eles...

Recordo o tempo (miserável) em que íamos combater (e morrer) naquela terra, apenas com meia dúzia (?) de clíchés na cabeça...

O exército preparou-nos mal, não só técnica e militarmente falando, como sobretudo no plano psicossocial e cultural... Valeu-nos, a todos nós, desde os oficiais do quadro aos milicianos e aos soldados do contingente geral, um certo jeito, muito nosso, muito português, de estar na vida e no mundo em relação com os outros, que são diferentes de nós...

A mim e aos demais 49 quadros e especialistas metropolitanos da CCAÇ 2590 (, futra, CCAÇ 12,) deram-nos 100 recrutas, das mais diversas idades, de djubis a homnes grandes, fulas de Badora e do Cossé, que não diziam direito duas palavras seguidas de português... Fulas, a grande maioria, futa-fulas (menos de 20), 2 mnandingas, 1 macanhe de Bissau...

2. Infelizmente não pude ir ao lançamento do livro, mas recebi, na alturam, um agradecimento da autor, pela divulgação que fizemos no nosso blogue...

Espero que ela possa, oportunamente, dar-nos o privilégio de uma colaboração, mesmo que pontual, no nosso blogue. Aqui fica o último mail que trocámos:


"M.C.Mascarenhas
20 Jan 2013

Muito obrigada, Luis Graça!
Ignorava que esse meu comentário [, sobre as desventuras da edição do livro,] tinha chegado longe. Mas, repare, que apesar dessa desonestidade [, de um primeiro editor,] que tanto me prejudicou, quer financeiramente, quer em termos de saúde, e prejudicou também o meu livro, que sai já manifestamente fora de tempo - na altura, era quase totalmente original, o que hoje já não acontece - eu nunca mencionei o nome desse editor, que se pavoneia como se nada com ele fosse...Enfim: como bem diz, a honestidade - tal como outros valores morais - anda em mó de baixo. Os valores materias, o dinheiro, o vil metal, são os 'valores' que predominam na sociedade em que vivemos - e não se vê modo de isto melhorar.

De novo, muitíssimo obrigada pela sua ajuda e colaboração. Se puder, apareça! Ainda ando à procura do tal tocador de corá, que tornaria a sessão mais interessante, sobretudo porque um capítulo do livro chama-se 'A Lenda do Tocador de Corá' - uma lenda inventada por mim, com uma visão optimista para a Guiné, que também tarda em se concretizar.

Obrigada também pela disponibilização do blogue. Pode ser que calhe enviar alguma coisa, quando tiver tempo.

Os meus melhores cumprimentos.
Maria do Céu Mascarenhas".

Antº Rosinha disse...

"O exército preparou-nos mal, não só técnica e militarmente falando, como sobretudo no plano psicossocial e cultural..."

Mas que verdade estuporada estás a dizer, Luís Graça.

Só mesmo o desenrascanço como dizes.

Falo por mim que nunca me ensinaram a saber fazer a chamada para saltar o plinto.

Como é que o exército nos ia preparar se os oficiais estavam preparados apenas para desfiles?

Logo no início da guerra os oficiais e sargentos do quadro, devido à ferrugem de décadas, entregaram a guerra aos milicianos e praças.

Já me vou repetir, o melhor comandante que tive foi um 1º cabo.

Mas isto era Luanda e a guerra era outra.

O pior da nossa guerra ainda era puxarmos uns para cada lado...como acontece hoje!

Até chegamos a chamar liberdade àquilo que é irresponsabilidade.
Cumprimentos

Antº Rosinha disse...

"O exército preparou-nos mal, não só técnica e militarmente falando, como sobretudo no plano psicossocial e cultural..."

Mas que verdade estuporada estás a dizer, Luís Graça.

Só mesmo o desenrascanço como dizes.

Falo por mim que nunca me ensinaram a saber fazer a chamada para saltar o plinto.

Como é que o exército nos ia preparar se os oficiais estavam preparados apenas para desfiles?

Logo no início da guerra os oficiais e sargentos do quadro, devido à ferrugem de décadas, entregaram a guerra aos milicianos e praças.

Já me vou repetir, o melhor comandante que tive foi um 1º cabo.

Mas isto era Luanda e a guerra era outra.

O pior da nossa guerra ainda era puxarmos uns para cada lado...como acontece hoje!

Até chegamos a chamar liberdade àquilo que é irresponsabilidade.
Cumprimentos

Unknown disse...

Meu caro Luis Graça,
Desculpa a resposta tardia, mas estou fora, ausente no estrangeiro e nem sempre com acesso fácil à Internet. Agradeço as tuas palavras elogiosas e amigas que provavelmente não mereço.
A Guiné interessa-me no seu todo e não me concentro unicamente nos episódios de guerra, no companheirismo de então, nos avatares da nossa vida jovem perturbada com essa ida às "Áfricas." Vivi períodos distintos na Guiné e guerras diferentes. O passado, o presente e o futuro daquele país, a vida social, política, económica, religiosa, cultural interessam-me muito e, como sabes, sou muito crítico em relação ao que se está a passar naquele país, não no sentido de interferir com a vida do povo bissau-guineense (eles que decidam colectivamente o que querem fazer), mas de algum modo contribuir para tornar aquele "non state", estado "soft", frágil ou, mesmo, país falhado numa realidade mais benigna e optimista, ou seja num Estado viável, mas essa tarefa recai nos ombros dos bissau-guineenses e não nos nossos. Aliás, os verdadeiros amigos servem para que se digam palavras duras e chamadas de atenção e não apenas para pancadinhas no ombro e as hanituais "mantenhas". Vou procurar, na medida do possível, dar uma colaboração mais frequente ao blogue e tenho já várias coisas na calha.
Por outro lado, tu sublinhas um ponto fundamental: nós, nos anos 60-70, saídinhos do remanso das nossas vidas sem grande história, iguais a tantas outras, das nossas cidades, aldeias, campos e ilhas, não fazíamos ideia do que é que íamos encontrar, Que povos? Que história? Que clima? Que línguas falavam aqueles povos? Que dificuldades iríamos encontrar? Etc. Sim como dizes, com toda a razão: O exército preparou-nos mal, não só técnica e militarmente falando, como sobretudo no plano psicossocial e cultural... " Esta é uma verdade insofismável. Por aqui me fico.
Com um abraço cordial e amigo
do Francisco Henriques da Silva