Timor > c. 1936/40 > Álbum Fontoura, foto nº 17099 > Bacau ou "Vila Salazar > O governador maj inf Álvaro Fontoura (set 1936 - mai 1940) é conhecido pela sua "ação civilizadora e colonizadora", a par do "culto da personalidade de Salazar".
Álbum Fontoura : Fotos do Arquivo de História Social > Álbum Fontoura. Imagem do domínio público.
Em 1940, por exemplo, o território teria 463 996 habitantes (245 338 homens, e 218 658 mulheres) assim distribuidos:
- Brancos > 359
- Mistos > 689
- Negros, indianos e amarelos > 2844
- Indígenas negros e malaios > 460 104
As categorias de classificação usadas eram as da época...O conceito de "raça" (humana) hoje foi posto de parte.
Os "brancos" eram os funcionários, civis e militares (metropolitanos, indianos, macaenses e africanos).
Em 1927 havia 80 deportados que se integraram na vida da ilha, exercendo os mais diversos ofícios.
Em 1931 havia a distinção entre deportados "sociais" e "politicos". Os primeiros eram "criminosos de delito comum", os segundos eram responsáveis de ações violentas contra a República e, depois do 28 de maio de 1927, contra a "ditadura militar" Parte destes deportados eram acusados de pertencer a controversa "Legião Vermelha" (1919-1925).
A política do governador Teófilo Duarte, por volta de 1928, foi os do "integrar" na comunidade local.
Entre os deportados "sociais" havia também um pequeno grupo de chineses de Macau.
Em 1927 um levantamento demográfico apontava para 431 604 o número total de habitantes, dos quais 389 eram "brancos".
Em 1930, os "brancos" seriam apenas 368 num total de 472 221 habitantes (249 257 homens e 222 963 mulheres).
Convira referir que estes dados não são seguros. Há mudanças nas categorias de classificação comparações. Em 1911 os timorenses eram considerados "mestiços". A população, em 1911, seria a seguinte:
Em 1920 os "timorenses" já eram "malaios": 392 518. Os "brancos" não passavam dos 250. Total= 394 518.
Há uma quebra demográfica nos anos 30. Razões apontadas:
Nesta época ficou sem efeito a tentativa de fixar pelo menos 500 famílias, de origem metropolitano (com "direito a médico, professor e missionário", mais isenções fiscais durante 10 anos).
Durante a República não havia, em teoria, na lei, trabalho forçado... Na prática, as coisas eram em diferentes.
Convira referir que estes dados não são seguros. Há mudanças nas categorias de classificação comparações. Em 1911 os timorenses eram considerados "mestiços". A população, em 1911, seria a seguinte:
- Brancos > 230
- Pretos > 297
- Mestiços > 376 380
- Amarelos > 806
- Asiáticos > 102
Em 1920 os "timorenses" já eram "malaios": 392 518. Os "brancos" não passavam dos 250. Total= 394 518.
Há uma quebra demográfica nos anos 30. Razões apontadas:
- Surto de gripe (1932);
- Grandes temporais (1938);
- Outros factores (incluindo deficiente recolha de dados) (Figueiredo, 2003, pág. 555).
Nesta época ficou sem efeito a tentativa de fixar pelo menos 500 famílias, de origem metropolitano (com "direito a médico, professor e missionário", mais isenções fiscais durante 10 anos).
Durante a República não havia, em teoria, na lei, trabalho forçado... Na prática, as coisas eram em diferentes.
E destacar, entre os governadores desta época, além do ten Teófilo Duarte (1898-1958) (no período de set 1926 a dez 1928) , o major inf Álvaro Fontoura (1891-1075), no período de set1937 a mai 1940.
Fonte: Fernando Figueiredo, "Timor (1910-1955), in: "História dos Portugueses no Extremo Oriente", 4º volume: Macau e Timor no Período Republicano", dir. A. H. de Oliveira Marques, Lisboa: Fundação Oriente, 2003, pp. 521-575.
Fonte: Fernando Figueiredo, "Timor (1910-1955), in: "História dos Portugueses no Extremo Oriente", 4º volume: Macau e Timor no Período Republicano", dir. A. H. de Oliveira Marques, Lisboa: Fundação Oriente, 2003, pp. 521-575.
2. Depois da II Guerra Mundial, depois da invasão e ocupação japonesas do território,entre fevereiro de 1942 e setembro de 1945, em que terão morrido 40 mil a 70 mil timorenses (por todas as causas), a população terá regredido para os 416,7 mil (em 1951).
Segundo o censo de 2010, a população do novo país da CPLP ultrapassava já então o milhão de habitantes.
A maioria da população é de origem malaio-polinésia e papua, havendo minorias de chineses, árabes e europeus.Mais de 90% diz-se católica.
_____________
Nota do editor LG:
(*) Último poste da série > 18 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26507: Timor-Leste: passado e presente (30): Elementos para a compreensão da revolta de Manufai, ao tempo da República (1911/12)
1 comentário:
Dá que pensar: menos 50 mil habitantes num década no séc. XX (de 1940/50).
Enviar um comentário