Blogue Reserva Naval, do nosso camarada e amigo Manuel Lema Santos, criado e mantido desde meados de 2006... Magnífico, sóbrio elegante... Obrigatório para quem quiser saber tudo (ou quase tudo...) sobre o papel da nossa Marinha de Guerra no TO da Guiné (LG).
Blogues da nossa blogosfera... Barco à Vista > Informações sobre a Marinha Portuguesa... Blogue, criado em Junho de 2009, por alguém do "Porto, Norte, Portugal" , e que se apresenta como tendo "por escopo servir de acervo de documentação e permitir a consulta de dados de natureza técnica das principais unidades da Marinha de Guerra Portuguesa"... Devo acrescentar que os nossos marinheiros detestam a palavra "barco": para eles, a nossa Armada não tem "barcos", mas sim "navios"... Mas percebe-se o título do blogue, quando já havia um outro, Navios à Vista, de Rui Amaro, Foz do Douro, Porto, um blogue para "troca de impressões sobre navios e portos"... (LG)
1. Mensagem de Diogo Morais Duarte, leitor do nosso blogue, com data de 13 do corrente:
Assunto - Artigo sobre LDM
Caro camarada,
Sou um leitor assíduo do blogue. Como por via da regra têm pouca participação do pessoal da Marinha, deixo um pequeno contributo.
Indico-vos um blogue que tenho vindo acompanhar:
http://barcoavista.blogspot.com/ , que desta vez apresenta um artigo sobre as LDM - Lanchas de Desembarque Médias [, publicado em 13/10/2009].
Estou certo que terá interesse para todos, pois devem ser certamente poucos os camaradas que nelas não navegaram ou não as viram nos rios da Guiné. (**)
Cumprimentos,
Diogo Morais Duarte
_________
Notas de L.G.:
(*) Vd. último poste da série: 19 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5134: Blogues da Nossa Blogosfera (20): JEROALCOA.BLOGSPOT.COM, de José Eduardo Oliveira
(**) Alguns excertos do artigo e apontamentos de leitura:
(i) As LDM (da classe LDM 400) deslocavam cerca de 60 toneladas, mediam 17,8 x 5 x 1 metros, a sua velociadade máxima era de 9,2 nós (16 km), a sua autonomia não ultrapassava as 220 milhas (à velocidade de 8,2 nós), tinham um guarnição de 4 homens (m cabo - o famoso "patrão da lancha" - e 3 marinheiros)...
(ii) Outras características (classe LDM 400):
- Armamento > 1 Peça OERLIKON Mk2 de 20mm/65 (2 Km de alcance); 2 Metralhadoras MG-42 de 7,62mm.
- Capacidade de carga > 80 militares / 35 toneladas de carga / 1 viatura blindada até 32 toneladas / 1 camião de 6 toneladas / 2 viaturas ligeiras...
- Ano de construção: 1967/68
- Emprego operacional: Transporte e apoio logístico (mantimentos, munições, etc); Embarque e desembarque de tropas; Serviço público.
(iii) Distribuição das LDM pelos teatros opeacionais do Ultramar, durante a guerra colonial: Angola: 5; Guiné: 51; Moçambique (Lago Niassa): 4
(iv) As LDM "eram o principal meio de desembarque da Marinha no que respeita ao emprego de Fuzileiros, aquando da execução de operações militares com a totalidade dos efectivos de uma CF (140 militares) ou de um DFE (80 militares), originando o binómio LDM-Fuzileiros"...
(v) "Trata-se de um tipo de embarcação concebido para utilização temporária (máximo 48 horas), dado não dispor de meios de subsistência, não obstante a título de exemplo na Guiné-Bissau foram usadas em patrulhas de rios que chegavam em média às duas semanas, sendo de referir que tal situação ocorria em detrimento das condições de vida a bordo e sacrifício das suas guarnições".
(vi) (...) "No caso da Guiné-Bissau (multiplicidade de braços de mar e rios, grandes amplitudes de maré e rios muito sinuosos), [o emprego de LDM] atingia mais de 80%, percentagem esta que aumentou a partir de 25 de Março de 1973 com a diminuição de voos de carácter logístico da FAP, devido ao fogo anti-aéreo com recurso a mísseis terra-ar de fabrico soviético SA-7 Grail Strela por parte do PAIGC".
(vii) (...) Pelo facto de "serem dotadas de pouca velocidade, muitas foram alvo de ataques desencadeados a partir das margens pelo PAIGC na Guiné-Bissau, sendo o caso mais conhecido o da LDM 302, atacada e afundada três vezes; outras foram visadas pelo rebentamento de engenhos explosivos improvisados, submersos e de fabrico artesanal do PAIGC, em rios estreitos e pouco fundos, denominados por "minas aquáticas", em ambas as situações as respectivas guarnições tiveram algumas baixas (feridos e mortos), mas nunca deixaram de ripostar, honrando assim as dignas tradições da Marinha Portuguesa"
Fonte: Barco à Vista > 13/10/09 > Lanchas de Desembarque Médias (Com a devida vénia...)
Vd. também o magnífico, sóbrio e elegante Blogue Reserva Naval, criado e mantido, desde Abril de 2006, pelo nosso camarada e amigo Manuel Lema Santos (Lisboa), um homem que acalenta ainda a paixão do mar, dos rios da Guiné e do tempo que em foi oficial da nossa Armada... Trata-se de um "espaço aberto a antigos Oficiais da Reserva Naval na publicação de documentos, relatos, imagens e comentários. Um meio de comunicação e participação na divulgação do legado histórico da Reserva Naval da Marinha de Guerra"...
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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