Foto nº 1
Foto nº 2, 2A e 2B
Guiné-Bissau > Bissau > Canal do Geba, frente à Ilha de Rei > 7 de fevereiro de 2025 > c. 09h00 > A frota pesqueira estrangeira pronta para a faina do alto mar...
Fotos (e legenda): © Patrício Ribeiro (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem de enviada ontem pelo Patrício Ribeiro (o "embaixador em Bissau" da Tabanca Grande, ums dos nossos 111 históricos, nosso colaborador permanente para as questões do ambiente, economia e geografia da Guiné-Bissau, onde vive desde 1984, e onde é empresário, fundador e antigo diretor técnico da Impar Lda; tem c. de 185 referências no blogue; autor da série, entre outras, "Bom dia desde Bssau" (*):
Data - sexta, 7/02/2025, 10:20
Assunto - Mais uma viagem de Bissau a Bubaque
Luís,
Mais um comentário, para as tuas reportagens sobre Bissau desta semana.
Estou a enviar as minhas fotos de dentro do barco de transporte que a cooperação portuguesa ofereceu conforme postes anteriores (**). E a quem a população chama o nome do atual presidente.
Luís,
Mais um comentário, para as tuas reportagens sobre Bissau desta semana.
Estou a enviar as minhas fotos de dentro do barco de transporte que a cooperação portuguesa ofereceu conforme postes anteriores (**). E a quem a população chama o nome do atual presidente.
São 9h da manhã, o céu cheio de neblinas e areia do Sarah.
Nas primeiras fotos que envio, podemos â ver saída de Bissau, 25 navios de pesca industrial junto à ilha do Rei e mais 5 junto à ilha dos Pássaros. Fora as centenas de canoas, de grande capacidade, que estão no porto de pesca, que também podem pescar no alto mar.
O arquipélago dos Bijagós com as 88 ilhas e ilhéus ainda é um bom refúgio para desova das diversas espécies de pescado.
Por este motivo vêm pescadores de cana de todo o mundo para os diversos hoteis na ilhas, para tentarem bater recorde mundiais de algumas espécies.
Nas primeiras fotos que envio, podemos â ver saída de Bissau, 25 navios de pesca industrial junto à ilha do Rei e mais 5 junto à ilha dos Pássaros. Fora as centenas de canoas, de grande capacidade, que estão no porto de pesca, que também podem pescar no alto mar.
O arquipélago dos Bijagós com as 88 ilhas e ilhéus ainda é um bom refúgio para desova das diversas espécies de pescado.
Por este motivo vêm pescadores de cana de todo o mundo para os diversos hoteis na ilhas, para tentarem bater recorde mundiais de algumas espécies.
O meu lamento... Só que com tanta pesca industrial, já poucos peixes chegam às minhas canas em Varela e os que chegam, são muito pequenos.
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Notas do editor LG:
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Notas do editor LG:
5 comentários:
Patrício, dizem que "não almoços grátis"... Acho que é a legenda apropriada às tuas fotos... A "cooperaçáo" não é de borla...
Em Portugal a frase era atribuída ao prof Cavaco Silva que, antes de ser primeiro ministro, foi professor de economia... Mas o seu a seu dono: o aforismo passa por ser do Milton Friedman (1912 - 2006), prémio Nobel de Economia (1996), autor da "There's No Such Thing as a Free Lunch" (1975). Foi um dos gurus da economia monetarista, um economista muito controverso mas extremamente influente...
Em boa verdade, é mais fácil chamar o "ferryboat" pelo nome do atual presidente da república, Umaro Sissoco Embaló, do que "Centenário de Amílcar Cabral"...
Que raio é isso de "centenário" ? Um palavrão para muitos dos guineenses que, além disso, atribuem o "milagre" (de ir de Bissau até Bubaque num navio todo catita e seguro) a um vivo, não a um defunto...
Os portugueses são uns líricos!... Até parece que são os tolos dos suecos... Têm obrigação de conhecer a África, chegaram lá muito antes dos viquingues...
Milton Friedman (1912 - 2006), prémio Nobel de Economia
Muito bem Luiz, estás um perfeito Economista. Parabens pelas tuas múltiplas facetas.
Estudei este Prémio Nobel da Economia, mas não sabia que a frase atribuída ao Cavaco, já tinha sido escrita pelo Friedman!
Mas na realidade não há almoços grátis!
Lembro-me da Cooperação na Guiné dos anos 84/85, com os sabedores de Leste, que eram contra a nossa cooperação.
A Suécia, não sendo do Leste, era um dos principais cooperantes e financiadores dos sucessivos Governos da Nova Guiné (vou passar a usar este termo, em vez de Guiné-Bissau) .
As suas ajudas já vinham dos tempos da guerra aberta contra os colonialistas portugueses, que afinal eles ainda os queriam por lá, hoje mesmo.
A Suécia acordou quando se apercebeu que as imensas ajudas , não só financeiras, mas materiais, com dezenas de contentores no porto, nunca foram abertos, porque eram fábricas inteiras para montar, e os seus governos não estavam para aí virados, e assim começou a razia nos mares da Nova Guiné, com as imensas frotas russas a limpar o pescado todo, isto porque eu vi com os meus olhos.
E por tudo isto não gosto nada dos (não delas) suecos, e a pior coisa que me aconteceu foi ir trabalhar directamente quando cheguei com os ditos suecos, e foram 13 anos.
Diga-se que era um projeto muito interessante, e onde aprendi muito, uma vez que como já disse e repito, eles em 1969 estavam 50 anos à nossa frente.
VT.
Virgílio, também estudei economia... Os sociólogos também têm que saber de economia... O antigo ministro da saúde, socialista. António Correia de Campos, meu antigo colega da Escola Nacional de Saúde Pública (e que chegará a ser meu "patrão", ao chefiar o Grupo de Disciplinas de Ciências Sociais em Saúde), publicou em 1983 o livro "Saúde: O custo de um valor sem preço")...E não era propriamente um seguidor de Milton Friedman, o lider da Escola de Chicago...
A saúde, a paz, a qualidade de vida, o ar que a gente respira, a liberdade, a demcoracria, etc. são tudo "valores sem preço"... que têm um custo (direto, indireto e oculto)...Não sÃO "mercadorias", mas têm um custo... A democracia não é de borla, e só damos conta disso quando a perdemos... Tal como a saúde.
Segundo as nossas regras editoriais, não podemos (ou não devemos) imiscuimo-nos na "política interna" da Guiné-Bissau (nem do nosso país)... O nosso foco é período em que estivemos na guerra, no TO da Guiné, entre 1961 e 1974... Claro que é impossível não romper essa barreira temporal: afinal, como em tudo, há um antes, um durante e um depois...
É impossível perceber o texto sem o contexto...E continuamos a "amar" (sem "possuir"...) aquela terra e aquele povo, para quem desejamos o melhor do mundo...
Já vimos esse filme da depredação dos recursos naturais...Temos tantos maus exemplos, por esse mundo fora, a começar pelo nosso... A estupidez (e a cupidez) não têm pátria...
É do interesse dos guineenses e de todos nós (só há um planeta, a nossa casa comum...) que haja maternidades de peixes, de vida marítima, zonas de reserva, de proteção, épocas de defeso, estudos e avaliações dos stocks, regulamentação e fiscalização, etc., para que não só o Patrício RIbeiro continue a poder pescar o seu peixinho para o almoço (quando lá vai à sua "datcha" em Varela) mas também para que os habitantes de Bissau, de Bigagós e do resto da Guiné-Bissau possam continuar a pescar (ou comprar peixe nos mercados)... Se matarem a "galinha dos ovos de ouro", o turismo dos Bijagós também desaparece de um dia para o outro...
Que Deus, Alá e os bons irãs iluminem os nossos governantes. Mantenhas. Luis
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