Foto nº 1 e 1A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > "Cerimónia fúnebre" (possivelmente a missa de sufrágio que o Padre Zé Neves rezou em Mansabá, no dia 11 de outubro de 1970, em memória do malogrado Alf Mil Art MA Armando Couto, da CART 2732, vítima de uma mina IN cinco dias antes, como nos informa o Carlos Vinhal). O edifício parece ser o do posto administrativo.
Foto nº 2 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Cerimónia fúnebre em homenagem ao Alf Mil Art MA Armando Couto: a presença dos Homens Grandes de Mansabá
Foto nº 3 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Em segundo plano, à esquerda, a casa do chefe de posto; a messe de oficiais ficava em frente ao posto, junto ao edifício do Comando e Secretaria" (segundo a informação do Carlos Vinhal)
Foto nº 4 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Putos
Foto nº 5 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Putos que estavam a guardar o gado: vendo a coluna passar...
Foto nº 6 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Entrada, vindo de Bafatá...Ao fundo o quartel, com destaque para o inevitável depósito de água, como nos restantes quartéis (excelente referência para a artilharia do IN)
Foto nº 6A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > O aquartelamento visto da entrada (de quem vinha de Bafatá, a sudeste)
Foto nº 7 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Um poilão centenário, gigante, que morreu de pé (1): vítima de um temporal, acabou por ser cortado mais tarde pela engenharia militar...
Foto nº 7A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Um poilão centenário, gigante, que morreu de pé (2)...
Foto nº 8 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Futura avenida
Foto nº 8A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Moranças
Foto nº 9 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Espaldáo do morteiro 81
Foto nº 9A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Pormenor do espaldão do morteiro 81 e, ao fundo, à esquerda, o "castelo"
Foto nº 10 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Chegada do mato: um bazuqueiro...
Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > 1970> Fotos do álbum do Padre José Torres Neves.
Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem do Ernestino Caniço (zeloso e diligente guardião do álbum fotográfico da Guiné, do padre missionário José Torres Neves):
Data - 01/02/2025, 20:10
Assunto - Fotos do Álbum Padre Zé Neves
Caros amigos, boa noite;
Que a saúde esteja no alto, nosso bem mais precioso.
Anexo mais fotos de Mansabá, do álbum do Padre Neves.
Sobre Mansabá existem mais 20 fotografias que serão enviadas oportunamente.
Grande abraço,
Ernestino Caniço
Anexo mais fotos de Mansabá, do álbum do Padre Neves.
Sobre Mansabá existem mais 20 fotografias que serão enviadas oportunamente.
Grande abraço,
Ernestino Caniço
2. Nota do editor LG:
Continuação da publicação das fotos relativas a Mansabá, do álbum da Guiné do nosso camarada José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) (*).
Membro da nossa Tabanca Grande, nº 859, desde 2 de março de 2022, é missionário da Consolata, tendo sido um dos 113 padres católicos que prestaram serviço no TO da Guiné como capelães. No seu caso, desde o dia 7 de maio de 1969 a 3 de março de 1971. Veio recentemente de África, vive agora em Lisboa com a boniuta idade de oitenta e muitos.
Por Mansabá passaram diversos camaradas nossos, que fazem parte da Tabanca Grande, o Carlos Vinhal e tantos outros: Francisco Baptista, José Carvalho, Vitor Junqueira, Ernesto Duarte, António Pimentel, António J. Pereira da Costa, Ernestino Caniço, Carlos Pinto, Jorge Picado, Manuel Joaquim, José Rodrigues, etc. (são apenas alguns dos nomes que nos vêm à cabeça)...
Sobre Mansabá temos cerca de 340 referências no nosso blogue. Em 11 de novembro de 1970, foi criado ou reativado o COP 6, com sede em Mansabá, abrangenmdo os subsetores de Mansabá e Olossato. O objetivo era assegurar a continuação e o bom andamento da construção da estrada Mansabá-Farim.
Sobre Mansabá temos cerca de 340 referências no nosso blogue. Em 11 de novembro de 1970, foi criado ou reativado o COP 6, com sede em Mansabá, abrangenmdo os subsetores de Mansabá e Olossato. O objetivo era assegurar a continuação e o bom andamento da construção da estrada Mansabá-Farim.
3. Comentários dos nossos camaradas que andaram por estas bandas :
(i) Césdar Dias:
Luis, o Padre Neves visitava todos os destacamentos do sector de Mansoa, os mais próximos era visita de médico, nos outros ficava alguns dias, como Mansabá fez parte do sector de Mansoa ele não deixaria de se preocupar com a guarnição, mas não fomos contemporaneos pois eu estive em Mansabá de novembro de 70 a fevereiro de 71, e não me recordo do Padre Neves ter lá ido nessa data.
Mas o Padre Neves provavelmente esteve em Mansabá antes do sector passar para o COP6.
Na foto n.º 9 (*) aparece ao fundo, na estrada de acesso a Mansabá, um gigantesco oiláo, muito velhinho, que um temporal derrubou. Foi preciso vir a Engenharia para o remover. Enquanto lá permaneceu causou imensos transtornos ao tráfego local, principalmente nas horas de ponta.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025 às 15:49:00 WET
(ii) Carlos Vinhal:
Caro César Dias: O Pe. Neves rezou em Mansabá, que me lembre, uma Missa de sufrágio, no dia 11 de outubro de 1970, em memória do malogrado Alf Mil Art MA Armando Couto, da CART 2732, vítima de uma mina IN 5 dias antes.
Como bem referes, Mansabá passou a sede do COP6 em meados de Novembro, deixando a CART 2732 de estar adstrita ao BCAÇ 2885.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025 às 17:22:00 WET
(iii) Carlos Vinhal:
(,,,) Na estrada Mansoa-Mansabá, só em 1973 morreram 18 camaradas, entre metropolitanos e guineenses. Em Janeiro de 1972 morreram 2 camaradas da minha CART 2732.
(ii) Carlos Vinhal:
Caro César Dias: O Pe. Neves rezou em Mansabá, que me lembre, uma Missa de sufrágio, no dia 11 de outubro de 1970, em memória do malogrado Alf Mil Art MA Armando Couto, da CART 2732, vítima de uma mina IN 5 dias antes.
Como bem referes, Mansabá passou a sede do COP6 em meados de Novembro, deixando a CART 2732 de estar adstrita ao BCAÇ 2885.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025 às 17:22:00 WET
(iii) Carlos Vinhal:
(,,,) Na estrada Mansoa-Mansabá, só em 1973 morreram 18 camaradas, entre metropolitanos e guineenses. Em Janeiro de 1972 morreram 2 camaradas da minha CART 2732.
No meu tempo, entre Mansabá e Farim, rebentou em julho de 1971 uma mina no Bironque, aparecendo outra em dezembro, no mesmo local, detectada pelos meus camaradas da 2732 e levantada por mim.
Fazer colunas entre Mansoa e Farim nunca foi pacífico. (...)
Fazer colunas entre Mansoa e Farim nunca foi pacífico. (...)
(iv) Carlos Vinhal:
Nas fotos 12 e 12A parece-me reconhecer o abrigo da Mancarra. Posso estar enganado.
O Castelo era um ponto muito importante na defesa de Mansabá, estava integrado na povoação. Situado na estrada Mansoa-Farim, onde havia uma bifurcação para a alameda de acesso à Porta de Armas do quartel. Estava equipado com um Breda que cobria uma área muito abrangente. Confesso que não me lembro do nome dos nossos militares que lá viviam em permanência.
(v) Ernestino Caniço:
Não era infrequente a deslocação do Padre Neves aos aquartelamentos do setor de Mansoa, nomeadamente a Mansabá.
Pelo menos uma vez, quando eu estava em Mansoa, acompanhei-o a Mansabá tendo-nos deslocado em avioneta Dornier (já relatei esse episódio neste blogue). Terá deixado de ir a Mansabá quando esta passou a ser a sede do COP 6, como referem os amigos César Dias e Carlos Vinhal.
Como diz o Carlos Vinhal, fazer colunas entre Mansoa e Farim nunca foi pacífico. Eram frequentes as emboscadas entre Cutia e Mansabá na zona da serração (normalmente as colunas eram “protegidas” por uma Daimler do meu pelotão, até não ter peças para a sua manutenção). Por essa razão o pelotão acabou por ser desativado, apesar das minhas tentativas de aquisição das indispensáveis peças.
Durante o alcatroamento da estrada Bironque – Farim (K3) os ataques eram praticamente diários. A estrada Mansabá - Bironque já estava alcatroada.
A estrada Bissau Mansoa era apelidada a linha de Sintra (segundo um capitão meu amigo e ex colega de liceu, já falecido, quando fui comandar a coluna que o escoltou de Bissau a Mansoa, para integrar o BCAL 2885). (mais tarde penso que houve um ataque entre Mansoa e Nhacra).
sábado, 11 de janeiro de 2025 às 16:18:00 WET
(*) Último poste da série > 10 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26370: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXI: Mansabá, a "avenida", "o castelo"... (legendas precisam-se)
sábado, 11 de janeiro de 2025 às 16:18:00 WET
(Revisão/ fixação de texto, legendagem complementar, edição e numeraçáo das fotos: LG)
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Nota do editor:
(*) Último poste da série > 10 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26370: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXI: Mansabá, a "avenida", "o castelo"... (legendas precisam-se)
9 comentários:
Na foto 3, o edifício em segundo plano parece ser a casa onde morava o chefe de posto. A messe de oficiais ficava em frente ao Posto, junto ao edifício do Comando e Secretaria.
Carlos Vinhal
Árvore espectacular, assim como a cerimônia de homenagem ao falecido Alferes com todos impecavelmente fardados. Valdemar Queiroz
Caro Valdemar, estávamos na Guiné há 6 meses pelo que as fardas ainda estavam em bom estado. Neste dia só vestiu camuflado o pelotão que estava de serviço, o meu.
Abraço. Espero que estejas a melhorar.
Carlos Vinhal
Caro amigo Vinhal, realmente parecem uns periquitos de farda de saída. Eu estou de cama sem poder deslocar em casa por estar ligado a uma máscara de oxigênio. É uma merda estar nestas condições da doença e magro só pele e osso. No mês vou ao hospital, conseguir !!!, com os bombeiros, para ser visto o pacemaker. Obrigado pelo teu cuidado, abraço e saúde da boa. Valdemar Queiroz
Em Nov de1970 a C.Caç.2753 foi destacada para o destacamento do Bironque, com a missão de segurança das máquinas e dos trabalhos de construção da estrada Mansabá -Farim. O Bironque já estava ligado a Mansabá por estrada asfaltada. Dois meses depois a companhia transferiu-se para Madina Fula. Em Fev de 71, o IN na zona do Morés tinha um efectivo estimado de 5 bigrupos e 4 grupos, com enquadramento de elementos cubanos.
Os dias 14 e 15 de Fevereiro foram dramáticos registando-se a morte de 2 Furrieis Sapadores e um ferido grave da C. Caç 2753.( História da C.Caç 2753 )
José Carvalho
Caríssimo José Carvalho, deixa-me só esclarecer que os dois furriéis sapadores eram do Batalhão de Mansoa, que estavam destacados em Mansabá. Mal os conheci porque vim de férias em Fevereiro de 1971, dias antes do triste acontecimento. Nunca soube exactamente as circunstâncias das suas mortes, porque me parece que foram vítimas das suas próprias armadilhas.
Abraço
Carlos Vinhal
Meu caro Carlos Vinhal, conforme o que foi escrito na História da Unidade da C. Caç. 2753, (pela minha pessoa) havia uma Equipa de Sapadores e uma Esq. mort. médios (?)que faziam parte do Sub- Agrupamento B, conjuntamente com a C. Caç.2753. A mesma fonte refere que morte dos Furriéis, foi devida ao acionamento de armadilha colocada pelo IN, na zona de onde desencadearam um forte ataque ao destacamento de Madina Fula, na véspera.
Abraço,
José Carvalho
Caro José Carvalho, nobre Barão do K3,
O livro da CECA refere que o Fur Mil Sapador Alho, da CCS/BCAÇ 3832, faleceu em Madina Fula, no dia 14FEV71, vítima de ferimentos em combate. Ainda que o Fur Mil Atirador (engano, será também Sapador) Fernandes da CCS/BCAÇ 3832, faleceu no dia 15FEV71 no HM 241, vítima de ferimentos em combate.
Esta terminologia aplica-se quando os ferimentos/morte são provocados por armas ou armadilhas do IN.
Estás portanto melhor informado do que eu, o que não admira.
Abraço
Carlos Vinhal
É uma foto rara, a da cerimónia religiosa por morte de um combatente, em plena guerra, no CTIG.
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