Foto nº 1 > Bissau > Fortaleza da Amura > Área envolvente dos mausoléus
Foto nº 2 > Bissau > Fortaleza da Amura > Parada do antigo QG/CCFAG (Quartel General do Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné).. Dos lados esquerdo e direito, eram as famosas 4 Rep (Repartições)...
Foto nº 3 > Bissau > Fortaleza da Amura > Ao fundo, e sob os centenários poilões, os mausoléus dos heróis da liberdade da Pátria...
Foto nº 4 > Bissau > Fortaleza da Amura > Trecho de muralha exterior, um velho canhão e um poilão
Foto nº 5 > Bissau > Fortaleza da Amura > Mausoléu de Amílcar Cabral (1924-1973)
Foto nº 6 > Bissau > Fortaleza da Amura > Placa alusiva à inauguração, depois de reabilitada, da "nova" Fortaleza da Amura, sede atual do EMGFA.
Guiné-Bissau > Bissau > Fortaleza da Amura > Maio de 2025
(i) é profissional de seguros, vive em Alquerubim, Albergaria-a-Velha;
(ii) viaja regularmente, desde 2017, para a Guiné-Bissau, em "turismo de saudade e de solidariedade" (em que distribui material pelas escolas de Cumbijã, e apoia também, mais recentemente, o clube de futebol local);
(iii) regressou, há pouco mais de 3 meses, da sua viagem deste ano de 2025;
(iv) tem página no Facebook (João Reis Melo);
(vi) tem mais de duas dezenas e meia de referências no nosso blogue para o qual entrou em 1 de março de 2009.
1. Na sua viagem, em maio passado, de Bissau a Cumbijã, no sul, na região de Tombali, o nosso grão-tabanqueiro João Melo, passou por várias das nossas geografias emocionais... E fotografou esses lugares (Bissau, Quinhamel, Bula, Susana, Cacheu, Bambadinca, Saltinho, Buba, Mampatá, Cumbijã...).
Temos procurado, com a sua autorização, fazer uma seleção das suas melhores imagens. Ele tornou-se um grande conhecedor e um excelente cicerone da atual Guiné-Bissau.
Uma das visitas (demoradas) que fez, foi à Fortaleza de São José da Amura
2. Excerto da página do Facebook do João Reis Melo, postagem de 18 de agosto de 2025, 13:14 (*):
(i) Origens e construção inicial
No final do século XVII, a presença francesa na Guine (hoje Guiné-Bissau) intensificou-se com a Companhia do Senegal, especializada no tráfico de escravos. Face á ameaça, o capitão-mor do Cacheu, António de Barros Bezerra, informou o rei português, em 1687, sobre as pretensões francesas de erguer uma fortificação em Bissau. Com apoio local, conseguiu impedir esse avanço.
2. Excerto da página do Facebook do João Reis Melo, postagem de 18 de agosto de 2025, 13:14 (*):
"Retalhos de uma passagem pela Guiné.
Ainda, e sempre, a bela Fortaleza de São José de Amura em Bissau (**). Hoje, Museu Militar da Luta de Libertação Nacional e também sede do Quartel General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
Esta minha última visita em Maio passado, ficou registada com mais de duas centenas de fotos e vídeos.
Ainda, e sempre, a bela Fortaleza de São José de Amura em Bissau (**). Hoje, Museu Militar da Luta de Libertação Nacional e também sede do Quartel General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
Esta minha última visita em Maio passado, ficou registada com mais de duas centenas de fotos e vídeos.
Hoje, destaco a parte envolvente aos mausoléus que veneram os seus heróis nacionais da luta de libertação que têm como seu primeiro representante Amílcar Cabral."
(*) Último poste da série > 7 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27098: Facebook...ando (92): João de Melo, ex-1º cabo op cripto, CCAV 8351 (1972/74): um "Tigre de Cumbijã", de corpo e alma - Parte IX: Praça Che Guevara (antiga Praça Honório Barreto)
(**) Sinopse da história da fortaleza da Amura:
(Revisão / fixação de texto: LG)
____________
Notas do editor LG:
No final do século XVII, a presença francesa na Guine (hoje Guiné-Bissau) intensificou-se com a Companhia do Senegal, especializada no tráfico de escravos. Face á ameaça, o capitão-mor do Cacheu, António de Barros Bezerra, informou o rei português, em 1687, sobre as pretensões francesas de erguer uma fortificação em Bissau. Com apoio local, conseguiu impedir esse avanço.
Em 1696, sob comando do capitão-mor José Pinheiro, começou-se a erguer uma fortificação portuguesa. O projeto encontrava-se em dificuldades, pelo que teve de negociar com o rei local para assegurar o terreno.
No entanto, após a não renovação do contrato da Companhia de Cabo Verde e Cacheu em 1703, a capitania foi abandonada em 1707 e a fortificação anterior acabou por ser foi destruída.
(ii) Reconstruções e remodelações
A fortaleza atual foi reconstruída em novembro de 1753, baseada num projeto de Frei Manuel de Vinhais Sarmento.
A fortaleza atual foi reconstruída em novembro de 1753, baseada num projeto de Frei Manuel de Vinhais Sarmento.
Posteriormente, em 1766, o Coronel Manuel Germano da Mota introduziu alterações no traçado.
Entre 1858 e 1860, houve novos reparos sob a liderança do capitão e engenheiro militar Januário Correia de Almeida .
No século XX, a partir da década de 1970, foi restaurada pelo arquiteto Luís Benavente; a estrutura que vemos hoje é fruto dessa intervenção.
(iii) Funções atuais e valor simbólico
A fortaleza possui planta quadrangular em estilo Vauban, com baluartes pentagonais e 38 aberturas para canhões.
A fortaleza possui planta quadrangular em estilo Vauban, com baluartes pentagonais e 38 aberturas para canhões.
Internamente, albergava a Casa de Comando, quartéis e armazéns; além disso, havia uma paliçada que ligava a fortaleza a um pequeno forte costeiro com duas peças de artilharia.
Após a independência, em 1974, a Fortaleza passou a ser sede das forças armadas guineenses. Acolhe, além disso, o Museu Militar da Luta de Libertação Nacional e o Mausoléu de Amílcar Cabral.
Diversos heróis da independência nacional estão lá sepultados incluindo Amílcar Cabral (1975), Francisco Mendes, Osvaldo Vieira, Titina Silá, entre outros.
A DW também confirma que ali se encontram os restos mortais de nomes emblemáticos como Amílcar Cabral, Francisco Mendes, Osvaldo Vieira e Titina Silá.
(iv) Em resumo:
Ontem (ou seja, em termos históricos): a fortaleza foi edificada como defesa contra potências coloniais rivais (principalmente francesas), reconstruída várias vezes ao longo dos séculos XVIII a XX, desempenhando um papel militar e estratégico desde as origens da colonização portuguesa.
Ontem (ou seja, em termos históricos): a fortaleza foi edificada como defesa contra potências coloniais rivais (principalmente francesas), reconstruída várias vezes ao longo dos séculos XVIII a XX, desempenhando um papel militar e estratégico desde as origens da colonização portuguesa.
Hoje, já na Guiné-Bissau independente: a fortificação está em boas condições e aberta ao público.
Serve como símbolo nacional tanto na preservação da memória militar quanto na homenagem aos fundadores da independência, através do museu e do mausoléu.
Além do caráter memorial, é uma ponte com o passado colonial português e um marco patrimonial a ser preservado.
Fontes:
Ang | commons.m.wikimedia.org | Deutsche Welle | TripGrab | Wikipedia (en) | Wikipedia (es) | Wikipédia (pt) |
(Pesquisa: LG | Assistente de IA / ChatGPT)
(Revisão / fixação de texto: LG)
3 comentários:
Se bem me lembro, na foto 2 ficava à direita a Repartição de Assuntos Civis e Acção Psicológica ( à data 1971 chefiada pelo Ten.- Coronel Lemos Pires) ao fundo a Repartição de Comandos, à esquerda as Repartições de Informações (chefiada pelo Major Fabião) e Operações (chefiada pelo Major Firmino Miguel). Ainda à esquerda (não visível) ficava a Polícia Militar.
Abraço,
Ernestino Caniço
O meu BCav 705 esteve aquartelado na Amura entre Agosto de 1965 e Maio de 1966. No lado direito da segunda foto reconheço o edifício de empena ovalizada, era a caserna da minha Companhia, e o edifício seguinte era a caserna da Companhia da PM, na qual se distinguia o então alferes Mário Tomé.
Aquele abraço!
Mário Tomé que em 1970 (?) estava como capitão a comandar uma companhia em Nhacra, com o qual bebia um Whisky quando me deslocava de Mansoa a Bissau na procura de peças para as "minhas" Daimler.
Abraço,
Ernestino Caniço
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