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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Guiné 61/74 - P27202: Facebook...ando (93): João de Melo, ex-1º cabo op cripto, CCAV 8351 (1972/74): um "Tigre de Cumbijã", de corpo e alma - Parte X: Fortaleza da Amura, hoje Museu Militar da Luta de Libertação Nacional e sede do Quartel General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.



Foto nº 1 > Bissau >  Fortaleza da Amura > Área envolvente dos mausoléus


Foto nº 2 > Bissau > Fortaleza da Amura > Parada do antigo QG/CCFAG (Quartel General do Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné).. Dos lados esquerdo e direito, eram as famosas 4 Rep (Repartições)...


Foto nº 3 > Bissau > Fortaleza da Amura > Ao fundo, e sob os centenários poilões, os mausoléus dos heróis da liberdade da Pátria...


Foto nº 4 > Bissau > Fortaleza da Amura > Trecho de muralha exterior, um velho canhão e um poilão


Foto nº 5 > Bissau > Fortaleza da Amura > Mausoléu de Amílcar Cabral (1924-1973)


Foto nº 6 > Bissau > Fortaleza da Amura > Placa alusiva à inauguração, depois de reabilitada, da "nova" Fortaleza da Amura, sede atual  do EMGFA.


Guiné-Bissau > Bissau > Fortaleza da Amura >  Maio de 2025

Fotos (e legendas): © João de Melo (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




João Melo (ou João Reis de Melo), ex-1º cabo op cripto, CCAV 8351, "Os Tigres do Cumbijã" (Cumbijã, 1972/74):

(i) é profissional de seguros, vive em Alquerubim, Albergaria-a-Velha;

(ii) viaja regularmente, desde 2017, para a Guiné-Bissau, em "turismo de saudade e de solidariedade" (em que distribui material pelas escolas de Cumbijã, e apoia também, mais recentemente, o clube de futebol local);

(iii) regressou, há pouco mais de 3 meses,  da sua viagem deste ano de 2025;

(iv) tem página no Facebook (João Reis Melo);

(vi) tem mais de duas dezenas e meia de referências no nosso blogue para o qual entrou em 1 de março de 2009.

1. Na sua viagem, em maio passado, de Bissau a Cumbijã, no sul, na região de Tombali, o nosso grão-tabanqueiro João Melo, passou por várias das nossas geografias emocionais... E fotografou esses lugares (Bissau, Quinhamel, Bula, Susana, Cacheu, Bambadinca, Saltinho, Buba, Mampatá, Cumbijã...).

Temos procurado, com a sua autorização, fazer uma seleção das suas melhores imagens. Ele tornou-se um grande conhecedor e um excelente cicerone da atual Guiné-Bissau.

Uma das visitas (demoradas) que fez,  foi  à Fortaleza de São José da Amura  


2. Excerto da página do Facebook do João Reis Melo, postagem de 18 de agosto de 2025, 13:14 (*):

"Retalhos de uma passagem pela Guiné.

Ainda, e sempre, a bela Fortaleza de São José de Amura em Bissau  (**). Hoje, Museu Militar da Luta de Libertação Nacional e também sede do Quartel General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

Esta minha última visita em Maio passado, ficou registada com mais de duas centenas de fotos e vídeos. 

Hoje, destaco a parte envolvente aos mausoléus que veneram os seus heróis nacionais da luta de libertação que têm como seu primeiro representante Amílcar Cabral."

(Revisão / fixação de texto: LG)

____________

Notas do editor LG:

(*) Último poste da série > 7 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27098: Facebook...ando (92): João de Melo, ex-1º cabo op cripto, CCAV 8351 (1972/74): um "Tigre de Cumbijã", de corpo e alma - Parte IX: Praça Che Guevara (antiga Praça Honório Barreto)

 (**)  Sinopse da história da fortaleza da Amura:


(i) Origens e construção inicial

No final do século XVII, a presença francesa na Guine (hoje Guiné-Bissau)  intensificou-se com a Companhia do Senegal, especializada no tráfico de escravos. Face á ameaça, o capitão-mor do Cacheu, António de Barros Bezerra, informou o rei português, em 1687, sobre as pretensões francesas de erguer uma fortificação em Bissau. Com apoio local, conseguiu impedir esse avanço.

Em 1696, sob comando do capitão-mor José Pinheiro, começou-se a erguer uma fortificação portuguesa. O projeto encontrava-se em dificuldades, pelo que teve de negociar com o rei local para assegurar o terreno.

No entanto, após a não renovação do contrato da Companhia de Cabo Verde e Cacheu em 1703, a capitania foi abandonada em 1707 e a fortificação anterior acabou por ser foi destruída. 

(ii) Reconstruções e remodelações

A fortaleza atual foi reconstruída em novembro de 1753, baseada num projeto de Frei Manuel de Vinhais Sarmento. 

Posteriormente, em 1766, o Coronel Manuel Germano da Mota introduziu alterações no traçado.

Entre 1858 e 1860, houve novos reparos sob a liderança do capitão e engenheiro militar Januário Correia de Almeida .

No século XX, a partir da década de 1970, foi restaurada pelo arquiteto Luís Benavente; a estrutura que vemos hoje é fruto dessa intervenção.
 
(iii) Funções atuais e valor simbólico

A fortaleza possui planta quadrangular em estilo Vauban, com baluartes pentagonais e 38 aberturas para canhões.

 Internamente, albergava a Casa de Comando, quartéis e armazéns;  além disso, havia uma paliçada que ligava a fortaleza a um pequeno forte costeiro com duas peças de artilharia.

Após a independência, em 1974, a Fortaleza passou a ser sede das forças armadas guineenses. Acolhe, além disso,  o Museu Militar da Luta de Libertação Nacional e o Mausoléu de Amílcar Cabral.
 
Diversos heróis da independência nacional estão lá sepultados incluindo Amílcar Cabral (1975), Francisco Mendes, Osvaldo Vieira, Titina Silá, entre outros.

A DW também confirma que ali se encontram os restos mortais de nomes emblemáticos como Amílcar Cabral, Francisco Mendes, Osvaldo Vieira e Titina Silá.
  
(iv) Em resumo:
 
Ontem (ou seja, em termos históricos): a fortaleza foi edificada como defesa contra potências coloniais rivais (principalmente francesas), reconstruída várias vezes ao longo dos séculos XVIII a XX, desempenhando um papel militar e estratégico desde as origens da colonização portuguesa.

Hoje, já na Guiné-Bissau independente: a  fortificação está em boas condições e aberta ao público.
 
Serve como símbolo nacional tanto na preservação da memória militar quanto na homenagem aos fundadores da independência, através do museu e do mausoléu.

Além do caráter memorial, é uma ponte com o passado colonial português e um marco patrimonial a ser preservado.

Fontes: 
Ang |  commons.m.wikimedia.org | Deutsche Welle | TripGrab | Wikipedia (en) | Wikipedia (es) |  Wikipédia  (pt) | 

(Pesquisa: LG | Assistente de IA / ChatGPT)

(Revisão / fixação de texto: LG)

3 comentários:

Anónimo disse...

Se bem me lembro, na foto 2 ficava à direita a Repartição de Assuntos Civis e Acção Psicológica ( à data 1971 chefiada pelo Ten.- Coronel Lemos Pires) ao fundo a Repartição de Comandos, à esquerda as Repartições de Informações (chefiada pelo Major Fabião) e Operações (chefiada pelo Major Firmino Miguel). Ainda à esquerda (não visível) ficava a Polícia Militar.
Abraço,
Ernestino Caniço

ManuelLluís Lomba disse...

O meu BCav 705 esteve aquartelado na Amura entre Agosto de 1965 e Maio de 1966. No lado direito da segunda foto reconheço o edifício de empena ovalizada, era a caserna da minha Companhia, e o edifício seguinte era a caserna da Companhia da PM, na qual se distinguia o então alferes Mário Tomé.
Aquele abraço!

Anónimo disse...

Mário Tomé que em 1970 (?) estava como capitão a comandar uma companhia em Nhacra, com o qual bebia um Whisky quando me deslocava de Mansoa a Bissau na procura de peças para as "minhas" Daimler.
Abraço,
Ernestino Caniço