domingo, 13 de julho de 2008

Guiné 63/74 - P3058: Simpósio Internacional de Guileje: Comunicação de Nuno Rubim (4): Slides (de 10 a 18): Dos Strellas à Op Amílcar Cabral


"Dispositivo do Sector Sul em Abril de 1973, pouco antes do ataque do PAIGC a Guileje. O COP 5 tinha sido activado em 22 de Janeiro de 1973, comandando as unidades instaladas em Guileje, Gadamael e Cacine. A vermelho, as zonas de intervenção do Com-Chefe " (NR).


Imagens : © Nuno Rubim (2008) . Direitos reservados.


1. Fim da apresentação dos slides referentes à comunicação do Cor Art na situação de reforma, Nuno Rubim > Guiné-Bissau > Bissau > Hotel Palace > Simpósio Internacional de Guileje (1 a 7 de Março de 2008) > Dia 5 de Março ded 2008 > Painel 3 > O pós-Guiledje: efeitos, consequências e implicações político-militares do assalto ao aquartelamento. Moderador: Mamadú Djau (Director do INEP) > Comunicação de Nuno Rubim, português, Cor Art Ref > 17h30 – 18h00 > "A batalha de Guiledje: uma tentativa de reconstituição histórica em dioramas" (*)



Documento secreto, directiva nº20/73, de 27 de Maio de 1973:

"3. Procedimentos de voo de carácter geral: São estabelecidos os seguintes procedimentos de voo, aplicáveis a todas as aeronaves e em todos os tipos de missões:

"a. Altitudes de voo - acima dos 6 mil pés [cerca de 2000 metros] e abaixo de 200 pés.

"b. Entre aquelas altitudes, todas as aeronaves manobram constantemente (mudanças bruscas de rumo e de altitude).

"c. Todas as subidas e descidas sobre as pistas do interior do TO são executadas em espiral, cpm in versões ferquentes de sentido.

"d. As rotas são variadas de a que as areonaves, sempre que possível, nã sobrevoem sempre os mesmos pontos, pelo menos dentro de períodos curtos de tempo.

"e. Todas as areonaves actuam, no mínimo, em parelha".

"O Míssil anti-aéreo SA-7 Strela. Um dos factores mais decisivos na guerra da Guiné" (NR).


"A reunião de Comandos em 15 de Maio de 1973 ( oito dias antes do início do ataque a Guileje). Se não existissem mais evidências, esta reunião deixou perfeitamente claro que os altos comandos na Guiné já não acreditavam numa solução militar e os pedidos de reforços colocados, irrealistas e absurdos no contexto internacional de então, constituíram um “recado” claro ao governo português"(NR).









As exigências da Marinha...





As reivindicações da Força Aérea...

Comentário de L.G.: A hierarquia militar portuguesa tem perfeita consciência da inferioridade das NT (Exército, Marinha e Força Aérea) , em termos de material bélico. Esta estimativa do equipamento em falta é sintomática... Ou tratava-se de fazer chantagem contra o poder político, sediado lá longe, em Lisboa ?





"Cópia e resumo dos originais autógrafos de Amílcar Cabral do planeamento do ataque a Guileje, operação “Maimuna-A”. Arquivo Amílcar Cabral/ Fundação Mário Soares"(NR)







"Ataque a Guileje, a partir de 22 de Mai 73. O dispositivo do PAIGC ... Só para ti, Luís, julgo eu... Este dispositivo constituíu a única parte da minha intervenção que sofreu uma confirmação já na Guiné. Como deves saber eu fui para lá em 8 de Fevereiro. No interim tive oportunidade de conversar, na AD, com o hoje Maj Gen Watna Na Lai, um dos Cmdts da Art do PAIGC no ataque a Guileje ( conjuntamente com o Gen Veríssimo Seabra, que foi CEMFA, assassinado em Out de 2004 ). Ora quando lhe mostrei a minha 'teoria' sobre a implantação das posições da Artilharia do PAIGC durante o ataque ele ficou surpreendido e disse-me que tinha sido tal e qual !!!

"O que eu fiz foi simplesmente, sabendo do alcance máximo dos materiais utilizados, marcar na nossa carta 1:50000 esses alcances com círculos e depois ver onde eles interceptavam as possíveis vias de comunicação ( caminhos ) que vinham da Guiné-Conacri, por onde o material forçosamente teria de ser deslocado com alguma facilidade. Aí seriam as prováveis bases de fogos ! A nossa carta era de facto extraordinária !

“Bingo” … eram mesmo ! …, segundo ele confirmou! ( vê no CD o esquema que eu tinha idealizado): “Artilharia do PAIGC- Ataque a Guileje”) (NR) .

O PAIGC toma posse do aquartelamento de Guileje, em 25 de Maio de 1973, três depois da retirada das NT. Foto do Arquivo Amílcar Cabral / Fundação Mário Soares.

Raio de acção do armamento do PAIGC, que cercava Guileje: Morteiro 120 (4 km); Grad (6 km); peça de 130 mm (12 km)... Reconstituição de Nuno Rubim.





Comentário de L.G.: Agradeço ao Nuno Rubim as notas que me cedeu e que acompanharam os seus slides, enviados em CD-Rom. A sua comunicação, em Bissau, foi oral.

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Nota de L.G.:

(*) Vd.postes anteriores:

13 de Julho de 2008 >
Guiné 63/74 - P3054: Simpósio Internacional de Guileje: Comunicação de Nuno Rubim (1): Como dar a volta aos Strella ?

13 de Julho de 2008 >
Guiné 63/74 - P3055: Simpósio Internacional de Guileje: Comunicação de Nuno Rubim (2): Slides (1 a 4): O sector sul

13 de Julho de 2008 >
Guiné 63/74 - P3056: Simpósio Internacional de Guileje: Comunicação de Nuno Rubim (3): Slides (de 5 a 9): Comparando os armamentos

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