Alfragide, Amadora > Estado-Maior da Força Aérea (EMFA) > 13 de novembro de 2018 > O ten gen pilav ref António Martins de Matos, membro da nossa Tabanca Grande, a autografar o seu livro "Voando Sobre um Ninho de Strelas"... Não temos fotos da mesa que foi presidida pelo Chefe do EMFA, gen Manuel Teixeira Rolo, sendo a obra apresentada pelo maj gen Campos Almeida, que foi colega de curso na Academia Militar, do autor (tal como outros colegas ilustres, o Virgílio Varela, do 16 de Março, e o Salgueiro Maia, do 25 de Abril, sem esquecer o 'strelado' Miguel Pessoa).
Foto (e legenda): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guié]
Capa do livro de António Martins de Matos
Ficha técnica do livro
Nota curricular do autor
Dedicatória manuscrita ao editor do nosso blogue
Índice do livro
Nova Lamego, 1 de fevereiro de 1974. Ao autor no cockpit do Fiat G-91 (pag. 245)
Imagens reproduzidas do livro, com a devida vénia ao autor e ao editor
Presidiu à mesa o Chefe do EMFA, gen Manuel Teixeira Rolo, sendo a obra apresentada pelo maj gen Campos Almeida, que foi colega de curso na Academia Militar, do autor. Houve três intervenções, por esta ordem: i) Chefe do EMFA; (ii) apresentador; e (iii) autor.
O auditório estava muito composto, atendendo à hora da sessão (17h00), a maioria dos participantes eram pares e/ou amigos e familiares do autor, com destaques para os militares, no ativo ou na reforma, da Força Aérea. Havia igualmente representantes do Exército e da Marinha. O nosso blogue marcou presença, através do editor Luís Graça e do casal Miguel e Giselda Pessoa. (O Miguel, como se sabe, é o editor do blogue da Tabanca do Centro e da sua revista digital "Karas".)
O Chefe do EMFA abriu a sessão, começando por dar os parabéns ao autor pelo seu livro, um "história na primeira pessoa", e ao mesmo tempo pelo seu 73.º aniversário, ocorrido há dias, a 3 de novembro. Considerou igualmente este livro de memórias como uma homenagem a todos os militares, em geral, e aos da FAP, em particular que se bateram na guerra de África, de 1961 a 1975.
Por sua vez, o maj gen Campos Almeida fez um brilhante e longo improviso, com uma apresentação detalhada da obra, que ele enquadrou na literatura da guerra do ultramar. onde a FAP também tem os seus, não muitos, representantes. E mencionou, entre outros, o nosso amigo e camarada cor pilv ref Miguel Pessoa, que tem escritos (, incluindo no nosso blogue,) sobre a sua experiência sob os céus da Guiné: como se sabe, ele foi o primeiro piloto da FAP que viu o seu Fiat G-91 ser abatido por um Strela, em 25 de março de 1973, sendo o AMM o seu asa... Felizmente foi recuperado, com vida, no dia seguinte e, depois de umas "férias forçadas" no Hospital Militar Principal, voltou para o seu posto de combate (Vd. AMM, cap. 23 . O míssil Strela, pp. 145-158).
O apresentador não deixou de chamar a atenção para o título, deveras sugestivo, do livro do AMM, parodiado deliberadamente do aclamado filme de Milos Forman, "Voando sobre um Ninho de Cucos" (1975).
Procedeu depois a uma análise pormenorizada da obra, balizando as memórias do AMM, em termos de espaço e tempo: (i) a situação no TO da Guiné, e na BA 12 (1972/74); (ii) as questões técnicas do "aair power"; e (iii) as interrogações a nível político-militar... Para cada uma destas áreas, o autor soube utilizar linguagem diferente mais apropriada; por exemplo, o jargão militar, quando fala da adaptação à Guiné e ao quotidiano da BA 12; a linguagem mais técnica quando discorre sobre o "air power" e as missões operacionais; e por fim, uma abordagem mais interrogativa e crítica no que respeita ao 25 de Abril e o fim da guerra.
O Chefe do EMFA abriu a sessão, começando por dar os parabéns ao autor pelo seu livro, um "história na primeira pessoa", e ao mesmo tempo pelo seu 73.º aniversário, ocorrido há dias, a 3 de novembro. Considerou igualmente este livro de memórias como uma homenagem a todos os militares, em geral, e aos da FAP, em particular que se bateram na guerra de África, de 1961 a 1975.
Por sua vez, o maj gen Campos Almeida fez um brilhante e longo improviso, com uma apresentação detalhada da obra, que ele enquadrou na literatura da guerra do ultramar. onde a FAP também tem os seus, não muitos, representantes. E mencionou, entre outros, o nosso amigo e camarada cor pilv ref Miguel Pessoa, que tem escritos (, incluindo no nosso blogue,) sobre a sua experiência sob os céus da Guiné: como se sabe, ele foi o primeiro piloto da FAP que viu o seu Fiat G-91 ser abatido por um Strela, em 25 de março de 1973, sendo o AMM o seu asa... Felizmente foi recuperado, com vida, no dia seguinte e, depois de umas "férias forçadas" no Hospital Militar Principal, voltou para o seu posto de combate (Vd. AMM, cap. 23 . O míssil Strela, pp. 145-158).
O apresentador não deixou de chamar a atenção para o título, deveras sugestivo, do livro do AMM, parodiado deliberadamente do aclamado filme de Milos Forman, "Voando sobre um Ninho de Cucos" (1975).
Procedeu depois a uma análise pormenorizada da obra, balizando as memórias do AMM, em termos de espaço e tempo: (i) a situação no TO da Guiné, e na BA 12 (1972/74); (ii) as questões técnicas do "aair power"; e (iii) as interrogações a nível político-militar... Para cada uma destas áreas, o autor soube utilizar linguagem diferente mais apropriada; por exemplo, o jargão militar, quando fala da adaptação à Guiné e ao quotidiano da BA 12; a linguagem mais técnica quando discorre sobre o "air power" e as missões operacionais; e por fim, uma abordagem mais interrogativa e crítica no que respeita ao 25 de Abril e o fim da guerra.
É um livro onde se apanha, com humor, os "flagrantes da vida real", em situações de guerra que eram muito menos conhecidas dos portugueses da metrópole do que a das guerra do Vietname. O regime de então, socorrendo-se da censura à imprensa, procurava dar uma "visão idealizada da Guiné". Mas a pressão interna e a escalada da guerra obrigam a algumas cedências: por exemplo, a fotografia do ten cor pilav José de Almeida Brito, comandante da esquadra de Fiat G-91, atingido mortalmente por um Strela, em 28 de março de 1973, aparece na primeira página dos jornais... Infelizmente, os seus restos mortais só foram encontrados, identificados e recuperados 15 anos depois (!), em 1988 (pp. 149/151).
O apresentador faz ainda referência às mais de 60 páginas de anexos ao livro e, em nota final, não quis deixar de valorizar a contribuição da filha do autor, a drª Teresa Matos, psicóloga clínica, com a sua abordagem sobre o problema do medo e do stresse em combate (vd. cap 42. O sabor do medo, pp. 277-285). Não se esqueceu também o apresentador de destacar um tema que é caro ao AMM, justamente "os esquecidos", os ex-combatentes, os que sobreviveram e os militares que morreram, com ênfase para os da FAP (mais de 4 dezenas, entre 14 de outubro de 1961 e 20 de julho de 1975: 12 em Angola; 12 na Guiné; 19 em Moçambique).
Esse tema vai ser recuperado pelo autor, o AMM, quando encerrou a sessão, com a sua intervenção... Começou por dizer que se sentia um homem plenamente realizado, a partir de agora, porque, parafraseando o Eça de Queiroz, já tinha plantado 2 árvores, contribuído para o nascimento de 2 filhos e acabava de escrever um livro (com outro já na forja, se bem percebi).
Seguiu-se a tradicional e sempre calorosa e gratificante sessão de autógrafos. Obrigado ao AMM, pelo exemplar do livro que nos ofereceu com uma tocante dedicatória: não somos os "responsáveis morais"... do crime de ele ter passado a escrito um bom pedaço dos seus 73 anos de vida... Seguramente que outros, a começar pela família, merecem mais esta dedicatória e este epíteto. Pela nossa parte, ficamos felizes por passar a haver mais um título na nossa coleção... "Tabanca Grande"... E já são tantos, os títulos, que eu lhes perdi a conta. (LG)
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Vd. também pste de 30 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19149: Agenda cultural (655): lançamento oficial do livro do ten gen ref António Martins de Matos, Voando sobre um Ninho de 'Strelas' , no dia 13 de novembro de 2018, terça-feira, às 17h00, no Estado Maior da Força Aérea, Alfragide... Membro da nossa Tabanca Grande, o autor foi ten pilav, BA12, Bissalanca, 1972/74, tem mais de 80 referências no nosso blogue. Uma sessão de apresentação da obra, aberta ao público em geral, e aos amigos e camaradas da Guiné, em particular, será realizada em Lisboa, em data a anunciar, no princípio de dezembro próximo.
O apresentador faz ainda referência às mais de 60 páginas de anexos ao livro e, em nota final, não quis deixar de valorizar a contribuição da filha do autor, a drª Teresa Matos, psicóloga clínica, com a sua abordagem sobre o problema do medo e do stresse em combate (vd. cap 42. O sabor do medo, pp. 277-285). Não se esqueceu também o apresentador de destacar um tema que é caro ao AMM, justamente "os esquecidos", os ex-combatentes, os que sobreviveram e os militares que morreram, com ênfase para os da FAP (mais de 4 dezenas, entre 14 de outubro de 1961 e 20 de julho de 1975: 12 em Angola; 12 na Guiné; 19 em Moçambique).
Esse tema vai ser recuperado pelo autor, o AMM, quando encerrou a sessão, com a sua intervenção... Começou por dizer que se sentia um homem plenamente realizado, a partir de agora, porque, parafraseando o Eça de Queiroz, já tinha plantado 2 árvores, contribuído para o nascimento de 2 filhos e acabava de escrever um livro (com outro já na forja, se bem percebi).
Seguiu-se a tradicional e sempre calorosa e gratificante sessão de autógrafos. Obrigado ao AMM, pelo exemplar do livro que nos ofereceu com uma tocante dedicatória: não somos os "responsáveis morais"... do crime de ele ter passado a escrito um bom pedaço dos seus 73 anos de vida... Seguramente que outros, a começar pela família, merecem mais esta dedicatória e este epíteto. Pela nossa parte, ficamos felizes por passar a haver mais um título na nossa coleção... "Tabanca Grande"... E já são tantos, os títulos, que eu lhes perdi a conta. (LG)
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Nota do editor:
Último poste da série > 14 de novembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19193: Agenda cultural (658): sessão de apresentação, ao público, em geral, e aos ex-camaradas do CTIG, em particular, do livro do ten gen ref António Martins de Matos, "Voando sobre um Ninho de Strelas", no dia 11 de dezembro de 2018, terça-feira, às 18h00, no Hotel Travel Park Lisboa, Av. Almirante Reis 64.
Último poste da série > 14 de novembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19193: Agenda cultural (658): sessão de apresentação, ao público, em geral, e aos ex-camaradas do CTIG, em particular, do livro do ten gen ref António Martins de Matos, "Voando sobre um Ninho de Strelas", no dia 11 de dezembro de 2018, terça-feira, às 18h00, no Hotel Travel Park Lisboa, Av. Almirante Reis 64.
4 comentários:
Parabéns, António.
Muito bem, meu caro António Martins de Matos. Quero um livrinho, na primeira oportunidade.
Parabéns e abraço,
António Graça de Abreu
Parabéns au autor de uma obra literária destas. Vou querer também um exemplar, já que nunca acabo o meu livro, que vai a caminho de 3000 - três mil - páginas.
Para o Luís também os parabéns, porque foi o autor moral desta obra.
Bem merece este elogio, sem peneiras, pois só, e/ou acompanhado, construiu aqui um Blogue à escala planetária!
Abraço, Virgilio Teixeira
Vi agora uma foto do nosso General Ref António Martins de Matos, no cockpit de um Fiat - G91, em 1 de fevereiro de 1974, em NOVA LAMEGO!
Os Fiats nessa data tinha pista para aterrar_
Em 1 de Fevereiro de 1968, não havia, só tinham DO, Heli, e T6, alem dos Dakota.
Obrigado por uma informação.
Virgilio Teixeira
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