sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Guiné 61/74 - P19201: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LI: Sentado à sombra do grande poilão...


Foto nº  1 > Arredores de Nova Lamego >  Janeiro/fevereiro de 1968. Um gigantesco poilão. Eu mais outros camaradas.


Foto nº 2  > Nova Lamego >  Janeiro/fevereiro de 196 > .Um grupo de camaradas, em dia de descanso, domingo, à civil, já em cima do poilão. 


Foto nº 7 > Nova Lamego > Outubro de 1967 > Um poilão ou outra grande árvore, com o camarada Furriel Rocha, o Algarvio.


Fpoto nº 6 > Nova Lamego > Outubro de 1967 > Dormindo a sesta, num ramo de uma grande árvore, protegendo-me do sol ameaçador.  


Foto nº 10 > Nova Lamego > Outubro de 1967 > Junto com pessoal administrativo e intendência. Da esquerda para a direita: Alferes Carneiro, eu (alferes Teixeira), o Furriel Riquito, o Furriel Paiva Matos (Vagomestre), o Cabo Seixas.  


Foto nº 8 > Nova Lamego > Novembro de 1967 > Dois meses depois de ter chegado... Eu e outros camaradas, numa mata próxima, numa tentativa de caça com lanças, como fazia a população local. Não se apanhou nada.  


Foto nº 4 > Nova Lamego > Na sombra de um arvoredo, protegendo-me do sol, em hora de sesta, na companhia do camarada Alferes (aqui ainda aspirante) Mesquita,  das Transmissões.


Foto nº 5 > Nova Lamego > Outubro de 1967 > Protegendo-me do sol, sozinho, num arvoredo dos arredores, em hora de sesta. Tínhamos chegado há pouco.


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Virgílio Teixeira, natural do Porto,
a viver em Vila do Conde
1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) (*)


CTIG - Guiné 1967/69 - Álbum de Temas: 


NOS TEMPOS EM QUE AINDA NÃO SABIA QUE PASSADOS MAIS DE 50 ANOS, IRIA SENTAR-ME (VIRTUALMENTE) À SOMBRA DO GRANDE POILÃO DA NOSSA TABANCA GRANDE…


T066 – À SOMBRA DO GRANDE POILÃO 



I - Anotações e Introdução ao tema:


Esta peça faz parte de um conjunto de mais de 200 fotografias – todas a preto e branco – dos tempos em que passei no leste da Guiné – Sector L3, Gabu - Nova Lamego.

Cheguei a esta zona em 23 de Setembro de 1967, e saí juntamente com o meu batalhão, no dia 26 de Fevereiro de 1968. Fomos render o BCAV 1915, e fomos substituídos pelo BCAÇ 2835.

Tentei passar todas estas fotos para um ou dois Postes, mas eram tantas as fotos, que nunca foi editado, e ainda bem que não.

Organizei esta fase da minha estadia, isto é, as fotos, em 10 Temas mais pequenos, que estão já numerados e legendados desde o T060 a T069.

Escolhi este para dar a conhecer o que era a cidade de Nova Lamego, conhecida também como Gabu, ou Gabu-Sara, nome do dialeto Fula.

Vão ter temas sobre os arredores de NL, os passatempos, as várias colunas para diversos outros aquartelamentos, na maior zona do Leste da Guiné, o que existia para conviver, os muitos petiscos e aniversários com festas, o Natal e Ano Novo de 1967, e tantas outras variadas coisas, como esta, por exemplo que escolhi para este arranque, sob a designação que arranjei oportuna, face à primeira foto, de “À Sombra do Grande Poilão”.

Depois são outras fotos e as legendas de cada uma, alguns comentários, para quem estiver interessado, pois há vários camaradas que me pedem para mandar fotos de Nova Lamego, sitio que, par quem lá esteve, nunca vai esquecer. É preciso ter em conta, para não cair no ridículo, que são as primeiras fotos de militares periquitos, acabados de chegar a um mundo que lhes era totalmente estranho, e com o tempo a ‘endurance’ foi aparecendo.

Espero que sejam apreciadas e que lembrem a alguns as suas memórias de 50 anos. No total não irei colocar mais de 150 fotos, pois não há espaço no Blogue para mais.



II – Legendagem das fotos:



F01 – Um grande poilão e vários militares, entre eles o autor, parecendo quase formigas, face ao tamanho desta grande árvore, simbolicamente chamada de Poilão. Foto captada em Nova Lamego – arredores, entre Janeiro e Fevereiro de 1968.

F02 – Um grupo de camaradas, em dia de descanso, Domingo, à civil, já em cima do poilão. Foto captada em Nova Lamego – arredores, entre Janeiro e Fevereiro de 1968.

F03 – Sentado na sombra do arvoredo, possivelmente na hora da sesta quando a temperatura está muito alta. Ao meu lado o Furriel Rocha. Foto captada em Nova Lamego, em Outubro de 67, poucos dias depois de lá chegar.

F04 – Na sombra de um arvoredo, protegendo-me do sol, em hora de sesta, na companhia do camarada Alferes (aqui ainda aspirante) Mesquita das Transmissões.

F05 – Protegendo-me do sol, sozinho, num arvoredo dos arredores, em hora de sesta. Foto captada em Nova Lamego, em Outubro de 67, poucos dias depois de lá chegar.

F06 – Dormindo a sesta, num ramo de uma grande árvore, protegendo-me do sol ameaçador. Foto captada em Nova Lamego, em Outubro de 67, poucos dias depois de ter chegado àquelas paragens. 

F07 – Subindo a um poilão ou outra grande árvore, com o camarada Furriel Rocha, o Algarvio.
Foto captada em Nova Lamego, em Outubro de 67, poucos dias depois de ter chegado àquelas paragens. 

F08 – Junto de um grupo de soldados e camaradas, numa mata próxima, numa tentativa de caça com lanças, como fazia a população local. Não se apanhou nada. Foto captada em Nova Lamego, em Novembro de 67, dois meses depois de ter chegado àquelas paragens. 

F09 – [Não enviada.] Estou subindo uma árvore, mas só vejo a minha mão, eram as primeiras fotos que estavam a ser feitas, sem experiência, quer minha, quer do outro camarada que a tirou. Foto captada em Nova Lamego, no dia 28 de Janeiro de 1968, na véspera do meu aniversário de 25 anos. 

F10 - Junto com pessoal administrativo e intendência. Da esquerda para a direita: Alferes Carneiro, Eu (alferes Teixeira), o Furriel Riquito, o Furriel Paiva Matos (Vagomestre), o Cabo Seixas.  Foto captada em Nova Lamego, em Outubro de 67, poucos dias depois de ter chegado àquelas paragens. 

F11 – [ Não enviada.] Foto no meio de um bananal, já com uma nova carecada, e provavelmente das últimas fotos obtidas em Nova Lamego. Foto captada em Nova Lamego, em finais de Fevereiro de 1968, poucos dias antes de deixar aquelas paragens. 

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».

NOTA FINAL DO AUTOR:

# As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir. Nada mais. #

Acabadas de legendar, hoje,

Em, 2018-11-12

Virgílio Teixeira

___________

6 comentários:

Valdemar Silva disse...

Virgílio.
A Foto nº.1, o gigantesco poilão é expectacular.
Estive em Nova Lamego mas não me lembro de ter visto esta árvore extraordinária.
Venham mais fotos de lá.
Ab.
Valdemar Queiroz

Luís Graça disse...

Notável foto, Virgílio... Mas já aqui publicámos mais fotos de poilões gigantes... Estou-me a lembrar, por exemplo, do célebre poilão secular de Maqué, no Olosssato, região do Oio... Um monumento vivo!...

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2016/10/guine-6374-p16622-memoria-dos-lugares.html

Luís Graça disse...

Esclarece o nosso camarada Virgílio Teixeira que as fotos nºs 9 e 11, não foram enviadas por falta de qualidade... LG

Cherno AB disse...

Caro amigo Virgilio,

Na foto n.2 o vosso grupo subiu em cima dos ramos de um Mangueiro (arvore de mangas) e não de Poilão como diz na legenda. As folhas, o colorido e dimensão dos ramos assim o mostram.

Subir para os ramos de um Poilão não é para qualquer um e muito menos para "Tugas" ainda piriquitos, pois o Poilão para além de ter o corpo protegido de picos, pelo extenso corpo da base, os seus ramos estão, normalmente, estão situados a uma respeitosa altura de 15 a 20 metros de altura.

Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

Hélder Valério disse...

Virgílio

As fotos que têm sido colocadas são, sem sombra de dúvida, um valioso contributo para o nosso avivar da memória e também para se poder mostrar, a quem quiser, como era a flora, neste caso.

Todas são interessantes mas a primeira foto é de uma eloquência sem par para se poder ver a grandiosidade dessa imponente árvore.

Abraço
Hélder Sousa

Anónimo disse...

Caro amigo Cherno Baldé,

Obrigado pelo esclarecimento, realmente devia ter visto que a foto nº 2 não era um Poilão, mas foi aquilo que me veio de momento à cabeça.
Os Mangueiros - manga deles - conheço muito bem, mas em cima da árvore, errei.
Um poilão só para abraçá-lo diz-se que eram precisos meia dúzia de homens, certo?
E subir 15 a 20 metros daquela largura, não é pera doce. Na minha infância, subia a grandes arvores num jardim da minha zona, mas tinha onde me agarrar e era miúdo e muito ágil, outros tempos.
Abraço amigo, Virgilio
Em, 2018-11-24