sábado, 10 de novembro de 2018

Guiné 61/74 - P19180: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte L: Viagens pelo rio Cacheu em sintex: abril de 1968 e janeiro de 1969


Foto nº 55 > Viagem de sintex, no rio Cacheu, janeiro de 1969 > O piloto, e à esquerda o Alferes Gatinho, da CART 1744 que estava em São Domingos.


Foto nº 53 > O barco deixando um rasto para trás de água remexida, o nosso Cabo Piloto (não sei o nome dele, mesmo viajando várias vezes com ele).  


Foto nº 54 > Fomos Rio Cacheu abaixo até à sua Foz.


Foto nº 52 > Eu, Virgílio Teixeira, bebendo uma cerveja Sagres, possivelmente bem quente.


Foto nº 51 A > Vista parcial da cidade de Cacheu


Foto nº 51 B > Vista parcial da cidade de Cacheu


Foto nº 51 C > Vista parcial da cidade de Cacheu


Foto nº 51 > Vistas do Cacheu na saída da cidade, é visível que já tem algumas infra-estruturas, como o cais acostável para barcos de pequeno e médio porte, equipado com guindastes e armazéns.


Foto nº 4 > Continuando a viagem e numa posição de eventual fogo...Viagem de sintex de São Domingos - Cacheu, abril de 1968.


Foto nº 6 > Outra perspectiva do rio mais largo, mas ao fundo vai afunilar.


Foto nº 5 > Uma vista do rio que vai entrar numa faixa muito estreita.


Foto nº 2 > O piloto do sintex a descobrir as passagens dos rios. Eu, em primeiro plano, fumando um cigarro.


Foto nº 1 > O sintex  a caminho do Cacheu. Eu, no meio, entre dois soldados operacionais.


Foto nº 3 > Eu, sentado na beira do barco, já de calções de banho.


Foto nº 7 > Aproximação cais da cidade do Cacheu

Foto nº 7A > Aproximação cais da cidade do Cacheu


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) (*)


CTIG - Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:

VIAGENS PELO RIO NOS PEQUENOS BARCOS SINTEX

T803 – DE SÃO DOMINGOS AO CACHEU NO SINTEX



ADVERTÊNCIA:

Foi editado neste Blogue, em Janeiro de 2018, um tema controverso, e também dúbio para mim, sob a designação: “Perdidos no Rio”. (**)

Havia algo que não batia certo, comparando as fotos, umas a preto e branco e outras que eram slides a cores, bem como as pessoas envolvidas, as datas, pelo que procurei nas minhas escrituras o que se passava, falei com outros camaradas, e a estória estava mal contada, com uma grande baralhada.

Por isso chamo a atenção que algumas das fotos aqui presentes, podem já ter sido editadas no Poste original, por isso as minhas desculpas pela repetição, mas agora o Tema já está organizado.

Fiz um trabalho de reorganização de todas as fotos e slides, pois afinal tinha fotos de viagens ao Cacheu, uma viagem a Varela e outra viagem a Susana, que foi nesta última que nos perdemos dois dias nos rios, braços de rios, e aldeias perdidas no cú de judas.

Vou reproduzir neste Tema – Viagens pelo rio, nos pequenos barcos Sintex - duas de várias viagens efectuadas ao “Aquartelamento” do Cacheu, sendo uma em Abril de 68 e outra em Janeiro de 1969.

O conjunto total dos 3 Temas é:

T801 – De São Domingos a Varela no Sintex

T802 – De São Domingos a Susana no Sintex

T803 – De São Domingos ao Quartel do Cacheu no Sintex


I - Anotações e Introdução ao tema:

Estas viagens eram autorizadas sempre pelo 1º Comandante do Batalhão, quando a iniciativa partia da minha parte, para tratar de assuntos relativos à minha especialidade.

Outras vezes, era nomeado pelo Comando, para comandar a operação, muitas vezes era apenas levantar mantimentos aos outros aquartelamentos, que nos faltavam devido às chuvas, ou ao atraso sistemático dos barcos de reabastecimentos. Era sempre uma operação de ‘Potencial’ risco, e tinha de levar sempre um graduado – normalmente um alferes miliciano.

O barco-banheira, fornecido pela Engenharia denominado Sintex, era em fibra, talvez de vidro, nunca soube, em forma de uma banheira doméstica, em ponto grande, 4 a 5 vezes maior. Era equipada com 2 motores fora de borda, de 50 cavalos cada, funcionando a gasolina.

Não tendo quase equipamentos nenhuns, era de um grande desconforto, tinha umas tábuas de lado a lado para o pessoal se sentar, e que raramente era usado, pois os utentes ou se sentavam na borda do barco, ou deitavam-se no fundo do mesmo, do casco interior, em cima de nada, e dormitando quando era possível. O responsável pelo barco era um Piloto, 1º Cabo de Engenharia, e penso que existiam à volta de 3 a 4 elementos desta especialidade, apesar e só haver um único barco Sintex, que eu me lembre.

Depois tinha de se levar, além de todo o equipamento individual e normal de uma operação, as armas, G3 e carregadores, bem como algumas coisas pessoais, pois podia levar 1,2 e 3 dias ou mais. Fazia parte da guarnição um soldado ou cabo atirador de infantaria, que carregava normalmente uma arma de carregamento de fita, uma MG 60 por exemplo, mais um outro operacional, soldado ou cabo, no total era normalmente uma expedição com 4 homens. Por norma nunca vi qualquer meio de comunicação ou de transmissões, o que era uma chatice quando o piloto se perdia, o que aconteceu pelo menos uma vez comigo.

Os ocupantes levavam a respectiva ração de combate, como era usual nas saídas.

Depois ficava o resto do espaço livre do barco, para carregar os mantimentos e afins, nos regressos da expedição.

Os rios e braços de rio eram muitos, altamente perigosos por natureza, não só devido à Fauna existente nos seus leitos, mas também pelos circuitos de braços de rio facilmente de perder de vista, além do normal perigo de aparecimento de elementos do Inimigo, as suas margens muitas vezes ao alcance de uma granada de mão, e em caso de necessidade de encostar o barco, não era possível, o ‘tarrafo’ das margens não davam possibilidade para desembarcar, só mesmo nos locais já abertos e preparados para esse efeito.

Eram momentos fantásticos, de paisagens e vistas de perder o fôlego, em particular o inesquecível ‘estuário do Rio Cacheu’ ao entrar dentro do Oceano Atlântico. Muito mais largo e imponente do que o existente, o estuário do Tejo em Lisboa.


II – Legendagem das fotos:

A – Viagem feita em Abril de 1968, não tendo possibilidades de saber o dia certo. Este conjunto de fotos foi feito no mesmo dia “Em Abril de 1968, sem data precisa”.

Era uma missão que me agradava imenso, pois ia mudar de ares, conhecer mais e melhor os rios e terreno, os aquartelamentos, os camaradas, as condições de vida da nossa tropa, era um dia entre muitos, diferente dos restantes.

Muitas vezes regressava já de noite, pois às 18 horas era noite cerrada.

As fotos F01 a F07, dizem respeito a uma, de várias vezes, que fiz viagens ao aquartelamento do Cacheu, sendo necessárias julgo que duas horas, para cada sentido.

F01 – Depois de preparado, o barco já está a caminho do Cacheu. Estou no meio de dois homens, soldados operacionais, e todos descontraídos.

F02 – O piloto do barco a descobrir as passagens dos rios. Com algum tempo de viagem, já dá para deitar e fumar um cigarro.

F03 – Sentado na beira do barco, já de calções de banho. Esta era uma situação recorrente, para apanhar sol no corpo todo, fazia-se esta asneira, pois o sol queimava a pele, que o diga o Furriel Pinto, que lhe saiu a pele toda do corpo, porque era muito sensível, com pele muito branca.

F04 – Continuando a viagem e numa posição de eventual fogo. Isto são fotos só para guardar de recordação, pois nenhum perigo se avistava.

F05 – Uma vista do rio que vai entrar numa faixa muito estreita. Pode ver-se nitidamente que vamos entrar em zona já de algum perigo eventual.

F06 – Outra perspectiva de um rio mais largo, mas ao fundo vai afunilar. As imagens são praticamente iguais, mas sempre diferentes a cada curva do rio.

F07 – Finalmente o barco chega ao cais da cidade do Cacheu. É uma cidade do interior já de algum luxo e conforto, comparada com outras bem piores. A cidade do Cacheu é uma das mais importantes da Guiné, tem uma fortificação com alguns canhões apenas para decoração, já não funcionam. Aqui era a sede de agrupamento.

B – Viagem feita em finais de Janeiro de 1969, não tendo possibilidades de saber o dia certo.

Este conjunto de fotos foi feito no mesmo dia “Em finais de Janeiro de 1969, sem data precisa”.

As fotos F51 a F55 respeitam a uma das minhas últimas viagens ao Cacheu, pelo meu ainda algum conhecimento, é a viagem já de regresso, de Cacheu para São Domingos.

F51 – Vistas do Cacheu na saída da cidade, é visível que já tem algumas infra-estruturas, como o cais acostável para barcos de pequeno e médio porte, equipado com guindastes e armazéns.

F52 – O autor, Virgílio Teixeira, bebendo uma cerveja Sagres, possivelmente bem quente.

F53 – O barco deixando um rasto para trás de água remexida, o nosso Cabo Piloto (não sei o nome dele, mesmo viajando várias vezes com ele).

A paisagem é um misto de ‘beleza e o desconhecido’ nunca se sabe quando pode aparecer fogo de um lado ou outro, ou ser levantado por um enorme Hipopótamo ou levar uma pancada da cauda de um enorme crocodilo.

F54 – Fomos Rio Cacheu abaixo até à sua Foz, foi o melhor cruzeiro da minha vida, pois por um lado já apanhávamos o ‘clima’ Atlântico, e depois um enorme Estuário que não foi possível ‘meter’ nesta foto, ver as suas margens de um lado ao outro, inesquecível e impressionante.

O Piloto deve ter tirado a foto, e quem vai a conduzir o barco é outro elemento da guarnição. O estuário já está para trás, já demos a volta e vamos a caminho de São Domingos.

F55 – A última foto da viagem, está o Piloto a pilotar, e o Alferes Gatinho, da CART 1744 que estava em São Domingos. Acabou de dormir uma sesta, e agora apareceu. Fiz algumas viagens com ele, segundo se consta, era o menino bonito do nosso Comandante Saraiva, que nesta data já não estava connosco. Jogavam muito à Lerpa à noite.

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BCAÇ1933 / RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».

NOTA FINAL DO AUTOR:

# As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir. Nada mais. #

Acabadas de legendar, hoje,

Em, 2018-11-06
Virgílio Teixeira
_______________

Notas do editor:



6 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18180: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte VII: Perdidos no rio Cacheu, em maio de 1968 (2)

7 comentários:

Antº Rosinha disse...

Essas viagens de sintex devia ser em certas circunstâncias, de perder o fôlego.

Isto para amadores, porque sendo fuzileiros ou marinheiros seria rotina, penso eu.

Ao anoitecer e com maré baixa em passagens estreitas, em tempo de guerra, só mesmo a adrenalina e a "consciência tranquila" da juventude, é que podia vencer o medo do imprevisto.

Em paz , ainda aportei em Cacine, Cadique, Caboxanque e noutros pontos que já não me lembro.

Compreendo a sensação das memórias de Virgílio Teixeira.

Deve ter sido...do caraças!

Anónimo disse...

Erro do editor:
Na primeira foto nº 55, e todas as de cores, em rolo de slides, a data é de Janeiro de 69 e não Janeiro 68, que ainda não havia rolos a cores.
As de preto e branco, são de Abril de 68.
Virgilio Teixeira

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, já está o ano corrigido... Isto é o que faz o editor fazer horas extraordinárias, à luz do candeeiro e de borla...

E a propósito, ainda há dias vi uma peça de teatro (ou cineteatro...) no cais de Gaia, no Armazém 22, do grupo de teatro Palmilha Dentada: "Mais vale de borla do que mal pago"...

Recomendo vivivamenet: gente fira, jovem, talentosa, irreverente, crítica.

De quinta a sábado até 17 de Novembro às 21h46... 5 aéreos de entrada.

https://www.facebook.com/palmilhadentada/

Anónimo disse...

O problema como expliquei no texto, é que são muitos meses (18) dentro duma área de meia dúzia de quilómetros quadrados, e saídas por estrada não havia, como nos 5 meses de Nova Lamego. Só de avião e foram muitas saídas, ou o rio, sempre o rio...
S. Domingos não tinha fuzileiros, ainda cheguei a dar umas voltas nas suas lanchas quando apareciam, falhou-me o nome agora dos barcos, mas só fazer passeios a grande velocidade e apenas uns poucos quilómetros ali à volta.
O Sintex (uma banheira grande) era a solução de saída para meia dúzia de pessoas, não era operacional, só para visitar os restantes aquartelamentos que pertenciam ao nosso sector, como Barro, Ingoré, Antoninha, etc, mas não tenho fotos dessas viagens.
Eu aprovo sem reticencias as conclusões do Antº Rosinha, talvez seriam de perder o fôlego, mas não me lembro disso.
Apenas numa das viagens a Susana, onde no regresso nos perdemos, e andamos 2 dias à deriva por entre rios e mato e selva e felupes e aldeias que ninguém sabia onde os nomes nem onde ficavam, aí sim, senti um pouco de aperto, mas essas viagens vão para um próximo poste, já devidamente corrigidas.
Era sim a juntar ao trauma do isolamento, a adrenalina, e sobretudo a 'inconsciência' da juventude, claro que eu já tinha 25 anos ou mais, não seria só consciência tranquila.
O que me admira agora, é que como já disse, ou era 'nomeado pelo comando' para ir fazer esses serviços, ou, na maioria era eu próprio que me oferecia, mas os comandos do batalhão, homens de guerra com mais experiência, nunca deviam permitir isto, eu era o responsável por aquela grupo, e se acontece alguma coisa não sei o que faria, como quando nos perdemos, sem transmissões e a gasolina a acabar, eu limitei-me a esperar que mandassem um Heli e assim nos encaminharam.
Para aquela zona do Cacheu, não havia história que tenha corrido alguma coisa mal, mas quanto a andar de noite, ao Luar, e maré baixa, isso sim já não me chegava só a lanterna de mão!

Mas a maioria dos chamados 'não operacionais' e devíamos ter mais de 150, não me lembro de ninguém andar metido nisto, e especialmente 'a comandar a operação'.
Ficavam a jogar Lerpa, a dormir, ou nos copos.

Não vou dizer 'medo' mas não queriam arriscar se não fossem mandados, acho eu!

Por isso estas memórias não as perco, nunca.

Porto(Vila do Conde), 2018-11-10
Virgilio Teixeira




Anónimo disse...

Lembrei-me agora que os barcos dos fuzos eram os 'Zebras', aliás toda a gente sabe disso.
Aproveito para terminar o meu raciocínio, que apesar de tudo, do bom e do mau, não estou absolutamente nada arrependido daquilo que fiz, se não fizesse isto, eu não conhecia tanta coisa, não tinha tido sensações indescritíveis, o Estuário do Cacheu é uma coisa impressionante, e nós ali numa casca de nós.
Hoje, nas mesmas circunstâncias, faria o mesmo e muito mais, com aquela idade claro, nesta idade, já nem consigo entrar num cruzeiro.

Assim posso dizer que conheço, e muito, do que é o mato, aquele bicho de que os operacionais gostam de falar, não andei aos tiros, mas muitos também nunca deram um tiro.
Reconheço o sacrifício monstruoso, do que deve ser participar numa operação a sério, e penso muitas vezes nestes homens que somos nós afinal.


Porto (Vila do Conde), 2018-11-10
Virgilio Teixeira





Anónimo disse...

Luís Graça disse:

Virgílio, já está o ano corrigido... Isto é o que faz o editor fazer horas extraordinárias, à luz do candeeiro e de borla...

Não é uma critica, claro, foi apenas para não atrapalhar a mente das pessoas, senão não compreendiam como em janeiro de 68 havia já fotos a cores, nada mais.
Obrigado pela correcção, e pela borla...

Quanto ao Teatro, lamento, mas não é o meu forte, haverá outros que aproveitam.
E para amanhã, quem apreciar o dia de S. Martinho e os Magustos, vão a Penafiel, a terra disso. Eu fico-me cá por casa com a família - está muito frio e chuva para andar nessas fainas, tenho inveja de já não ter motivações -, a comer castanhas assadas no forno ou cozidas, o meu filho sabe fazer isso bem, e come todos os dias e vejo uma sessão 'desportiva na TV'.

Ainda ontem à noite lá fomos todos ao jantar das sextas feiras, num restaurante entre Vila do Conde e Caxinas, prato único Picanha na Pedra.
Aquilo ficava ali mesmo em frente ao mar, à praia, às 11 horas da noite, quando chegamos à porta, havia chuva e vento por todo o lado. Tinha o carro afastado uns 100 metros, e para lá chegar apanhei chuva e vento de todos os lados, com o chapéu enfiado na cabeça, nem via por onde andava. Trouxe o carro para a minha mulher entrar mais perto, os outros fizeram o mesmo. Mas fiquei a pingar, já não me lembrava de apanhar assim chuva e vento, em 'open space', o meu blusão especial forrado a 'GORETEX' não deixou entrar água para dentro. São os novos materiais utilizados pelas nossas tropas actuais.

Ab, Virgilio






Anónimo disse...

Luís, na foto nº 55 deste Poste, ainda está lá a data de Janeiro de 68, quando deve ser Janeiro de 1969.

Disseste que já tinhas alterado, mas continua na mesma.

Obrigado pela correcção.

E amanhã 11 de Novembro, dia de S. Martinho, com muitas castanhas e muito vinho.

E não vem nada a propósito, mas amanhã faz anos - 57 anos - que se deu a abertura dos primeiros cafés do Porto, neste caso, o ícone da cidade, arredores, não baixa, o Café Cenáculo, no Campo Lindo, Paranhos, Porto.

Foi nesse espaço que durante muitos anos, foi palco da minha sala de estudos, que frequentava diariamente até às 2 horas da manhã, onde fiz a minha arrancada brutal com vista à entrada e frequência da Faculdade de Economia do Porto. Local de grandes recordações, muitas boas e muitas menos boas.
Grandes amizades se fizeram ali, que se perderam depois com a minha ida para a tropa e Guiné, e depois com o casamento e mudança definitiva para Vila do Conde, em 1973, com 30 anos, e nunca mais formei novos amigos, e os outros caíram no esquecimento da ausência.

Bom São Martinho, pois está aí o Bom Tempo.

Ab, Virgilio