sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Guiné 61/74 - P23494: Consultório Militar do José Martins (74): Nas Forças Armadas Portuguesas nunca existiram capelães milicianos, desde o início da República que os capelães são graduados em alferes

1. Oportuno comentário do nosso amigo e camarada José Marcelino Martins  (ex-fur mil trms,  CCAÇ 5, "Gatos Pretos",  Canjadude, 1968/70), ao poste P23488 (*), e que vamos inserir na sua série "Consultório Militar do José Martins" (**):

Que o administrador e editores, me permitam uma pequena corrigenda.

Nas Forças Armadas Portuguesas, nunca existiram Capelães Milicianos.

Os padres que assumem as funções de capelães das FFAA, são graduados nos postos que lhes são conferidos. Desde o inicio da República que os capelães são graduados em Alferes, pelo que a designação correta é: Alferes Graduado.

Caso contrário, teríamos, pelo menos, um Major-General Miliciano. É o caso do Bispo da Diocese das Forças Armadas e de Segurança que, ao assumir as funções, é graduado no posto mínimo que lhe está reservado - Major-General, uma vez que o posto de Brigadeiro-General é mais recente.

4 de agosto de 2022 às 09:27


2. Comentário do editor LG:

Meu caro Zé: Qem sabe, sabe... Obrigado pela tua sempre oportuna, generosa e ponderada intervenção no nosso blogue. O Padre José Torres Neves não foi alferes miliciano capelão mas sim alferes graduado capelão (tal como os demais capelães que serviram na Guiné, alguns dos quais membros da nossa Tabanca Grande). 

Felizmente, o Padre José Torres Neves ainda está vivo, a caminhos dos 86 anos, e a missionar num dos nossos PALOP,  podendo confirmar,  por intermédio do seu amigo, o dr. Ernestino Caniço, com quem está em contacto, a tua abalizada e douta opinião... 

Esta passará a ser "doutrina" no nosso blogue. Vamos corrigir, pois,  a designação desta série que passa a ser Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alferes graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71). E de futuro vamos... devidamente "graduar" todos os demais capelães que aqui forem referidos... Não é uma questão de somenos importância, é uma questão terminológica, uma questão de rigor.

Temos o descritor "capelães" (com 89 referências) e o descritor "os nossos capelães" (com 62 referências). E até temos (neste blogue não falta nada, pode às vezes é sobrar...)  uma foto, rara, de um alferes graduado capelão, açoriano, a dizer missa, em pleno mato, tendo como ajudante um furriel miliciano de transmissões (***)...


Guiné > Região de Gabu > Sector de Nova Lamego) > Canjadude > CCAÇ 5, "Gatos Pretos" > 1969 > O alferes graduado  capelão Libório Tavares (1933-2020),  dizendo missa, num altar improvisado. Ajudante, o José Martins, fur mil trnms, CCAÇ 5 (Canjadude, 1968/70).

(***) Vd. poste de 25 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16638: Os nossos capelães (6): Libório [Jacinto Cunha] Tavares, o meu Capelini, capelão dos "Gatos Negros", açoriano de São Miguel, vive hoje, reformado, em Brampton, AM Toronto, província de Ontario, Canadá (José Martins, ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70)

1 comentário:

José Marcelino Martins disse...


Links do texto sobre os capelães militares:


14 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20239: Consultório militar do José Martins (45): Das leis do Reino e da República, às leis da Igreja, com influência nas Forças Armadas (1)

15 de Outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20242: Consultório militar do José Martins (46): Das leis do Reino e da República, às leis da Igreja, com influência nas Forças Armadas (2)

16 de Outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20244: Consultório militar do José Martins (47): Das leis do Reino e da República, às leis da Igreja, com influência nas Forças Armadas (3)

17 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20247: Consultório militar do José Martins (48): Das leis do Reino e da República, às leis da Igreja, com influência nas Forças Armadas (4)

Guiné 61/74 - P20253: Consultório militar do José Martins (49): Das leis do Reino e da República, às leis da Igreja, com influência nas Forças Armadas (5)