Foto nº 1A > Guiné Região do Oio > Bissá > c. 1970 > Celeiros para a bianda... O capelão é o primeiro, de perfil, à direita (1): manifesta curiosidade e boa disposição olhando para o Periquito-massarongo [, nome científico Poicephalus senegalus], quje o alferes,comandante do destacamento,ostenta ao ombro.
Foto nº 1 > Guiné Região do Oio > Bissá > c. 1970 > Celeiros para a bianda... O capelão é o primeiro, de perfil, à direita (2)... Encostado a um dos potes de barro (onde se guardava o arroz), está o alferes mil, comandante do destacamento, cujo nome ignoramos (deveria pertener à CCAÇ 2587 ou à CART 2411, dependendo da data em que a foto foi tirada, antes ou depois de 5/3/1970, altura em que a CCAÇ 2587 rendeu a CART 2411).
Foto nº 2A > Guiné > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > c. 1970 > Edifício da escola > Entrada de alunos (1)
Foto nº 2 > Guiné > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > c. 1970 > Edifício da escola > Entrada de alunos (2)
Foto nº 3 > Guiné > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > c. 1970 > A tabanca vista de helicóptero, AL III
Foto nº 4 > Guiné > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > c. 1970 > O chefe da tabanca e família
Foto nº 5 > Guiné > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > c. 1970 > Há festa na aldeia...
Foto nº 5 > Guiné > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > c. 1970 > Há festa na aldeia ... e "cabeças grandes" (em consequência do excesso de "vinho de palma")...
Foto nº 6 > Guiné > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > c. 1970 > Bajuda construindo roncos
Foto nº 7 > Guiné > Região do Oio > Sector de Mansoa > Bissá > c. 1970 > Bajuda no pilão...
Guiné > Região do Oio > Sector 4 (Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > s/ d > c. 1970 > Tabanca e destacamento de Bissá.
Os militares que se vêem nas fotos possivelmente pertenciam à CCAÇ 2587 / BCAÇ 2885, que em 5mar70, rendendo a CArt 2411, assumiu a responsabilidade do subsector de Porto Gole, com um destacamento em Bissá.
Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71).
Organização e a seleção feitas pelo seu amigo e nosso camarada Ernestino Caniço, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208 (Mansabá e Mansoa) e Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, (Bissau) (Fev 1970/Dez 1971) (médico, foi diretor do Hospital de Tomar, 6 anos, de 1990 a 1996, e diretor clínico cumulativamente 3 anos, de 1994 a 1996, vivendo então em Abrantes; hoje vive em Tomar).
O José Torres Neves é missionário da Consolata, ainda no ativo. Vai fazer 86 anos. Vive num PALOP. Esteve no CTIG, como capelão de 7/5/1969 a 3/3/1971, sendo alferes graduado.
As fotos (de um álbum com cerca de 200 imagens) estão a ser enviadas, não por ordem cronológica, mas por localidade, aquartelamentos ou destacamentos do sector de Mansoa. Sobre Bissá, temos cerca de 3 dezenas de referências no nosso blogue. A tabanca (e o destacamento) de Bissá ficava a oste de Porto Gole.
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Nota do editor:
Último poste da série > 20 de junho de 2022 > Guiné 61/74 - P23369: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte III: tabanca balanta e destacamento de Bissá, c. 1970
8 comentários:
Excelentes fotografias, e a novidade dos grandes recipiente de barro para guardar arroz.
No Alentejo também temos destas, ou parecidas, talhas para guardar "arroz" do tinto.
Saúde da boa
Valdemar Queiroz
Lembro-me bem do padre Neves, capelão do nosso batalhão, estivemos sedeados em Mansoa, mas o padre Neves terá visitado todos os destacamentos do sector. Homem afável depressa grangeou de amizade de todos, sempre solicito em ajudar. Foi para mim um privilégio ter partilhado aqueles dois anos com ele que começaram em Santa Margarida.Desejo-lhe que a sua saúde se recomponha.
Estes postes de barro (que nunca vi na Guiné. em tabancas balantas como esta de Bissá) fazem-me lembrar algumas tascas e adegas do Baixo Alentejo que preservam a cultura milenar do vinho de talha... Há fãs...
http://vinhodetalha.vinhosdoalentejo.pt/
A foto nº 5 é "ambígua": Há festa na aldeia ... e "cabeças grandes" (em consequência do excesso de "vinho de palma")...
A legenda original, do nosso capelão, era/é mais lacónica: "cabeças grandes", no plural... E o leitor pode perguntar: "cabeças grandes" deles, os rapazes, talvez milícias ou militares (um deles, pelo menos, enverga uma camisa camuflada do exército...), ou deles e dela ?
Não sei se as bajudas balantas bebiam também vinho de palma... Eram, em matéria de costumes, aparentemente mais "livres" do que as fulas, muçulmanas... ou pelo menos viviam em comunidades mais igualitárias, segundo o Amílcar Cabral que adorava os balantas, comunitaristas, e detestava os fulas, semifeudais...
Trocado por miúdos, a mulher balanta, "de jure et de facto", teria "mais direitos, liberdades e garantias" do que a mulher fula, no nosso tempo... (Segundo os usos e costumes jurídicos de cada etnia.).
Mas o nosso assessor, amigo e irmãozinho Cherno Baldé (que parece estar de férias...) logo dirá o que bem lhe aprouver... sobre este assunto sempre algo melindroso (quando mete as "filhas de Eva" e os "filhos do Adão")...
Que o administrador e editores, me permitam uma pequena corrigenda.
Nas Forças Armadas Portuguesas, nunca existiram Capelães Milicianos.
Os padres que assumem as funções de capelães das FFAA, são graduados nos postos que lhes são conferidos. Desde o inicio da republica que os capelães são graduados em Alferes, pelo que a designação correta é: Alferes Graduado.
Caso contrário, teríamos, pelo menos, um Major-General Miliciano. É o caso do Bispo da Diocese das Forças Armadas e de Segurança que, ao assumir as funções, é graduado no posto mínimo que lhe está reservado - Major-General, uma vez que o posto de Brigadeiro-General é mais recente.
Belo conjunto de fotos.
Parabens ao seu autor.
Nada mais a acrescentar, está tudo dito.
Virgilio Teixeira
Caro amigo Luis Graça,
Em Africa nao existiam sociedades igualitarias, este conceito so pode ter surgido na cabeça de pessoas como Acabral que nao conheciam bem a Africa profunda, porque em todos os casos a mulher sempre se encontrava em baixo na escala das hierarquias sociais e politicas, a semelhança do que acontecia pelo mundo fora até meados do século XX, incluindo nos paises do ocidente.
Direitos, liberdades e garantias, o tema é vasto e impossivel de apreciar cabalmente num simples comentario, abarcando a tradiçao, a religiao e as influencias internas/externas sobre as praticas culturais de diferentes grupos étnicos ao longo de um percurso historico recente ou antigo. Depois precisariamos fazer uma analise por faixas etarias, pois o usufruto de direitos, liberdades e garantias em Africa no sentido tradicional nao é a mesma dependendo da idade dos grupos etarios em presença e da mulher em particular. Assim, na minha opiniao, o comportamento das Bajudas (meninas) e das noivas (mulheres da idade de procriar) entre os Balantas parece ser, relativamente, mais livre nas suas atitiudes e escolhas sexuais, mas a partir de uma certa idade (maiores de 49/50 anos) ja os estatutos sociais em termos de direitos, liberdades e garantias sao identicas, no geral, pois é nesta fase que começa a decadencia masculina e a ascençao, de facto, do poder feminino tanto a nivel do agregado como da comunidade, mas sempre mantendo as devidas aparéncias do respeito pelo marido, pelo mais velho, pelas regras da tradiçao vs religiao e diversos tabus que servem de base ao funcionamento da comunidade.
Resumindo, podemos dizer que, de forma geral, a mulher africana era muita controlada e limitada em termos de direitos sociais, designadamente da herança; direitos patrimoniais, nomeadamente a posse de terra assim como as garantias de seu usufruto fora do quadro familiar. Embora tudo isso fosse mais do dominio teorico do que real, porque actuando na sombra dos homens, as mulheres sempre conseguiram atingir os seus objectivos a revelia dos tabus discriminatorios, das tradiçoes patriarcais, dos dogmas religiosos e dos critérios socialmente estabelecidos para privilegiar o homem em detrimento da mulher, isto porque, a mulher africana sempre soube ser inteligente, perseverante e o pilar principal na construçao e sobrevivencia do agregado familiar e das comunidades rurais africanas sem, todavia, procurar humilhar ou ferir o orgulho masculino, conscientes de que sem os homens também nao pode existir uma sociedade socialmente harmoniosa e equilibrada. O contrario de tudo o que o ocidente esta a promover hoje em dia nos paises africanos e no mundo. A minha humilde opiniao.
Tudo o resto tem a ver com teorias e conspiraçoes mal justificadas.
Com um abraço amigo,
Cherno Baldé
Zé Martins, transformei o teu comentário em poste... Obrigado pela correção. LG
5 DE AGOSTO DE 2022
Guiné 61/74 - P23494: Consultório Militar do José Martins (74): Nas Forças Armadas Portuguesas nunca existiram capelães milicianos, desde o início da República que os capelães são graduados em alferes
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2022/08/guine-6174-p23494-consultorio-militar.html
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