quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Guiné 61/74 - P23490: Agenda cultural (818): apresentação, às 17 horas, em Ferrel (dia 8) e no Baleal (dia 15), de dois novos livros de Joaquim Jorge (ex-alf mil at inf, CCAÇ 616, Empada, 1964/66): (i) Versos ao Acaso; (ii) Baleal: Beleza, Encanto, Fascínio!


Joaquim Jorge, Ferrel, Peniche.
Foto: Luís Graça (2015)
1. Mensagem nosso amigo e camarada Joaquim Jorge, de Ferrel, Peniche, que comandou, na maior parte do tempo, a CCAÇ 616/BCAÇ 619 (Empada e Ualada, 1964/66), Catió, na qualidade de alf mil at inf; 
tem 22 referências no nosso blogue; 
é bancário reformado, foi autarca e tem-se dedicado à escrita nos últimos anos; 
autor de "Ferrel através dos tempos" 
(edição de autor, 2019, 388 pp.):

Data - Quinta, 14/07/2022, 19:46
Assunto - Apresentação de dois livros

Boa tarde, Luís.

Vou fazer a apresentação de dois livros, "Versos  ao Acaso" e "Baleal - Beleza... Encanto... Fascínio!..."
que se realizará:

(i)  em Ferrel no dia 8 de Agosto, 2.ª  feira,  às 17 horas, no salão de festas do Jardim Infantil de Ferrel. 

(ii) e no dia 15 de Agosto, 2.ª feira, às 17 horas, na Associação dos Amigos do Baleal - Arre Burro, no Baleal.

Agradeço a tua presença e demais amigos e camaradas. 
Agradeço também que partilhes o convite no nosso blogue.

Um grande abraço.
Joaquim da Silva Jorge
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Nota do editor:

2 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Para o bem ou para o mal, Raul Brandão, escreveu, em agosto de 1919, este excerto de antologia sobre o Baleal (que descobriu antes de ir às Berlengas) (negritos nossos):

(...) Vou primeiro ao Baleal, que é a mais linda praia da terra portuguesa. Não passa
duma grande rocha desligada da costa e fundeada a trezentos metros – mas esta rocha é
uma ossada, e talvez o último vestígio da Atlântida, saindo do mar azul a escorrer azul,
e presa à terra por um fio de areia que nas marés mais vivas chega a desaparecer. Deste
ancoradouro, com uma baía ao sul formada pelo Carvoeiro, e com outro côncavo ao
norte entre a rocha e a costa, vê-se o esplêndido panorama da terra, do mar e do céu.
Vive-se extasiado e embebido em azul, no meio do mar azul, no meio do mar verde, no
meio do mar dramático. Voga-se em toda a luz do céu e em toda a cor do mar. Dum
lado o areal em circo e aquele grande morro estendido pelo mar dentro; do outro, e até
onde a vista alcança, todos os tons da costa, desde as labaredas das terras sulfurosas e as
chapadas negras dos rochedos, com riscos de vermelho, até ao biombo que vai passando
e desmaiando, primeiro roxo com aldeias ao sol e fundos verdes de pinheiros, depois
transparente até atingir o indistinto e o diáfano numa última palpitação de claridade
nublosa. E tudo isto muda de cor e se transforma segundo as horas que passam. Há
momentos em que é doirado, de manhã ou à hora do poente. Há outros em que me sinto
abismado em azul e atascado em azul. O movimento das ondas esmorece e acalma. À
volta só luz e cor. A costa some-se. Uma apoteose de ouro e verde lá no fundo. Do
horizonte à praia corre e cintila a esplêndida estrada do sol. E agora – reparem!
reparem! – o mar é verde e o céu perdeu a cor. (...)

Fonte: Raul Brandão - "Os Pescadores", 1ª ed. Paris: Livrarias Aillaud e Bertrand, 1923, 332 pp. ! Vd. tambémo sítio Comservas de Portugal - Museu Digital da Indústria Conserveria, onde a obra pode descarregada, em pdf.

https://conservasdeportugal.com/os-pescadores-de-raul-brandao-1923/

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Raul Brandão ainda teve o privilégio de conhecer o "mar português", a nossa costa bruta e selvagem, os grandes cordões de dunas intactos, os pescadores de antanho, as suas embarcações e as suas artes, as miseráveis casas de madeira, os seus costumes, o seu liguajar, a suas família... Se cá voltasse, ficaria horrorizado com a ocupação desenfreada e desordenada do nosso litoral... E infelizmente o Baleal também seguu o mesmo caminho...

E tudo começou há pouco mais de 100 anos... Não somos capazes de amar (a natureza) sem nos apropriarmos (dela), domesticando-a, destruindo-a...