1. A história do impaludado da CART 1689 / BART 1913, contada pelo Alberto Branquinho no seu livro de 2013, "Cambança final", e reproduzida no poste P26377 (*), teve um "fim feliz".
Os nossos leitores (os leitores do Branquinho) têm direito a saber qual foi então esse "desfecho". É um outro microconto, este inédito. Chegou-nos no próprio dia 11, pelo correio eletrónico. Ficamos a saber que o alferes Abreu da história é um "alter ego" do autor. E que o impaludado que queria mandar a notícia da sua morte à mulher, aproveitando a ida de férias do alferes à metrópole, se chamava Zé P...na [ P...ena ? P...estana ? P...atarrana ? ... Para o caso não interessa, o Alberto Branquinho quer protegê-lo, e o Zé tem direito ao anonimato].
Aproveitou o nosso escritor (e ilustre camarada) para esclarece que, desde 2005 saíram 11 títulos sus ( e não oito, como tinhamos informado) (*), mais uma 2ª edição (do "Por Século e meio" - romance com acção principal entre Barca d'Alva e Porto/Foz).
Desses onze, há três sobre a Guiné:
- "Cambança" (2005 e 2009),
- "Cambança Final" (2013) e
- "Deixem a guerra em paz" (2019).
"O mê Zé disse isso ?!"... O epílogo engraçado da história do impaludado
por Alberto Branquinho
A situação (*) teve um epílogo engraçado muitos anos depois.
O impaludado do texto que o blogue publicou, e que, afinal, se chama Zé, apareceu pela primeira vez (e com a mulher) num encontro da Companhia.
Meio a choramingar, dirigiu-se-me de braços abertos:
− Ó meu alferes!
O impaludado do texto que o blogue publicou, e que, afinal, se chama Zé, apareceu pela primeira vez (e com a mulher) num encontro da Companhia.
Meio a choramingar, dirigiu-se-me de braços abertos:
− Ó meu alferes!
E abraçámo-nos.
A mulher dele observava-nos deliciada e sorridente. Então dirigi-me a ela:
− A senhora não esteja a rir. Olhe que aqui o seu marido estava muito doente quando eu vim cá de férias e pediu-me para lhe telefonar a dizer-lhe que morreu a pensar em si.
− O mê Zé disse isso?
Imediatamente, se agarrou a ele e a mim. E não parava de chorar:
− Ele disse isso? Disse?
Aí o Zé (também a choramingar), soltou-se do abraço e desatou a bater na mulher (controladamente...), que continuava abraçada a mim sem parar de chorar,,, E ele repetia, repetia:
− Ó mulher, pára lá com isso! Ora não querem lá ver esta!
Juntou-se à nossa volta um grupo dos que estavam a chegar, que olhavam espantados sem perceber porque o Zé batia na sua própria mulher (que continuava abraçar-me e a chorar).
Era assim o Zé P....na. (**)
Alberto Branquinho, Lisboa, 11 jan 2025 18:44
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 11 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26377: Humor de caserna (94): "Ó meu alferes, telefone à minha mulher e diga-lhe que morri a pensar nela!" ... Ou para o que davam as sezões!... (Alberto Branquinho, "Cambança Final", 2013)
(**) Último poste da série > 13 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26386: Humor de caserna (95): Os meus Natais de 66 e 67 no HM 241, em Bissau (António Reis)
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