Foto nº 6
Foto nº 3
Foto nº 2

Foto nº 5
Foto nº 1
Foto mº 7
Fotos (e legenda): © Virgílio Teixeira (2025). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guine]
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Virgílio Teixeira |
Fot0s do álbum do Virgílio Teixeira: membro da Tabanca Grande desde 19/12/2017. Tem cerca de 200 referências no nosso blogue. Natural do Porto, vive em Vila do Conde. É economista e gestor reformado.
A Bissau do meu tempo (Virgílio Teixeira,ex-alf mil SAM, CCS/BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)
- Parte I
1. Nota de introdução.
Isto não são fotos de guerra, são de... passatempos, tempos de lazer.
Nunca tive objetivo nenhum com estas minhas fotos. Apenas instantâneos, momentos, fragmentos... para agora relembrar. Faltam muitas outras que desapareceram em acidente doméstico, Só com as fotos posso falar dos cenários e das centenas de cartas que desapareceram queimadas.
A pedido do nosso editor, aqui vou começar a publicar, ordenadamente, parte do meu Álbum, agora dedicado a Bissau: "A Bissau do Meu Tempo".
Seguem depois mais, e relacionadas com outros temas iu subtemas:
- Café Bento,
- Paradas militares,
- Clube de Oficiais do QG,
- Amura,
- Brá,
- Bissalanca,
- Bandim,
- Pilão,
- Safim, Nhacra e outros lugares na ilha de Bissau
Relembro que se trata de álbum resguardado, por fazer parte daquilo a que chamei "As minhas loucuras na Guiné", "As minhas férias na Guiné*
Os temas poderão não ser bem do agrado de todos, mas pode ajudar um pouco aos muitos milhares que estiveram na Guiné, e nunca tiveram a oportunidade e o privilégio de conhecer a cidade de Bissau, os seus encantos e mistérios:
- uma ida ao Pilão,
- o mercado de Bandim,
- ir comer ou comprar ostras a Quinhamel, acabadas de chegar,
- comer marisco a Safim,
- ir à piscina a Nhacra,
- visitar o Porto Barcaça de Landim, no Rio Mansoa,
- conhecer bem toda a estrutura do aeroporto, da Base Aérea (BA 12), em Bissalanca,
- do Quartel dos Adidos
- Brá, e demais aquartelamentos na estrada de Bissau a Bissalanca, incluindo o HM241 (que só o conheceram os infortunados que por lá passaram ou quem lá esteve internado).
E duma forma geral toda a cidade, quer a Bissau Velha, mas também a Nova já com vivendas tipo Ocidental, que era pouco concorrida no tempo que por lá andei (de 21set67 a 4Ago69).
A minha função )presidente do Conselho Administrativo do meu batalhão) obrigava-me a ir todos os meses a Bissau, onde poderia chegar a estar uma semana ou menos. Estive com o meu BCAÇ 1933 em Brá desde 26 de março a finais de abril de 1968.
Depois no final da minha comissão e da minha função no Conselho Administrativo, a partir de abril até 4 de agosto de 1969, sempre em Bissau, noutras funções, a aguardar embarque.
Daí que não tendo sido colocado sempre em Bissau, conheci no âmbito das inúmeras deslocações que fiz, e para isso utilizando o meu transporte independente, a minha motoreta, sem ninguém a mandar em mim.
Vila do Conde, 27 de março de 2025.
2. Fotos e legendas:
Foto1
Jantar no restaurante Nazareno, antes do Natal de 1967. Lado esquerdo o Furriel Riquito, amanuense do meu BCac 1933 ; do lado direito, o alf mil SAM, meu homólogo do BCac 1932, de Farim.
Foto1
Jantar no restaurante Nazareno, antes do Natal de 1967. Lado esquerdo o Furriel Riquito, amanuense do meu BCac 1933 ; do lado direito, o alf mil SAM, meu homólogo do BCac 1932, de Farim.
Vinho Casal Aveleda, garrafa tipo garrafão. Restaurante na Bissau Nova, que pertencia a alguém ligado à Casa Pintosinho (sem confirmação), que eu frequentava assiduamente.
Foto 2
Na varanda do Nazareno à sombra, nota se ser uma zona mais nobre. Foi neste espaço que uma noite num jantar tinha levado a minha Konica Auto S2, mais o tripé e flash para fazer as tais tipo selfies.
O empregado tropeçou no fio de disparo à distância, mandou com tudo ao chão, e a lente partiu.
Fiquei sem máquina. Fui à casa onde a comprei para arranjar. Teve de ir para o Japão e levou meses a chegar. Como já não prescindia daquele aparelho, comprei nova câmara igual. Acho que custou 2500 escudos.
Quando veio a outra fiquei com duas. Uma passou a ser de fotografia a preto e a cores, e a nova só com rolos de slides, diapositivos, tudo a cores. Tirei mais de meio milhar delas e como só foram reveladas quando vinha de férias, eram ainda reveladas em França, nunca ninguém as viu, de todos os meus companheiros de fotos.
Foto 3
Selfie. Penso que é junto aos armazéns de pescado, perto do Porto de Pijiguiti. Um amigo está a bater a chapa para mim e eu para ele, ambas com a minhas câmeras Konica
Bissau em Dezembro de 1967.
Foto 4
Uma noite no Pub-Bar"A Meta".
Junto de alguns amigos e outros apenas militares como eu. Da esquerda para a direita: os 3 primeiros são conhecidos do meu batalhão, mas não me lembro dos nomes. Depois, todos do meu CA, o 4º o cbo escriturário Horta, a seguir sou eu, ex-alf mil Teixeira, Chefe do CA do BCAÇ 1933; e o último da direita o fur mil Riquito, amanuense.
Bissau Março de 1968, no mês em que estivemos em Bissau em Brá.
Curiosidade que não passa despercebida, todos de meia branca! Hoje teriam de ouvir umas bocas se aparecerem em público. Eu ainda usei meia branca, pelo menos até ao casamento.
Foto 5
Vista exterior do Restaurante "O Nazareno", na zona nova de Bissau.
Possivelmente já em Maio de 1969 a esperar embarque. Eu e a minha Bikla, com calça civil, sapato preto e meia branca.
Foto 6
Foto 2
Na varanda do Nazareno à sombra, nota se ser uma zona mais nobre. Foi neste espaço que uma noite num jantar tinha levado a minha Konica Auto S2, mais o tripé e flash para fazer as tais tipo selfies.
O empregado tropeçou no fio de disparo à distância, mandou com tudo ao chão, e a lente partiu.
Fiquei sem máquina. Fui à casa onde a comprei para arranjar. Teve de ir para o Japão e levou meses a chegar. Como já não prescindia daquele aparelho, comprei nova câmara igual. Acho que custou 2500 escudos.
Quando veio a outra fiquei com duas. Uma passou a ser de fotografia a preto e a cores, e a nova só com rolos de slides, diapositivos, tudo a cores. Tirei mais de meio milhar delas e como só foram reveladas quando vinha de férias, eram ainda reveladas em França, nunca ninguém as viu, de todos os meus companheiros de fotos.
Foto 3
Selfie. Penso que é junto aos armazéns de pescado, perto do Porto de Pijiguiti. Um amigo está a bater a chapa para mim e eu para ele, ambas com a minhas câmeras Konica
Bissau em Dezembro de 1967.
Foto 4
Uma noite no Pub-Bar"A Meta".
Junto de alguns amigos e outros apenas militares como eu. Da esquerda para a direita: os 3 primeiros são conhecidos do meu batalhão, mas não me lembro dos nomes. Depois, todos do meu CA, o 4º o cbo escriturário Horta, a seguir sou eu, ex-alf mil Teixeira, Chefe do CA do BCAÇ 1933; e o último da direita o fur mil Riquito, amanuense.
Bissau Março de 1968, no mês em que estivemos em Bissau em Brá.
Curiosidade que não passa despercebida, todos de meia branca! Hoje teriam de ouvir umas bocas se aparecerem em público. Eu ainda usei meia branca, pelo menos até ao casamento.
Foto 5
Vista exterior do Restaurante "O Nazareno", na zona nova de Bissau.
Possivelmente já em Maio de 1969 a esperar embarque. Eu e a minha Bikla, com calça civil, sapato preto e meia branca.
Foto 6
Junto à estação dos CTT em Bissau
Na Avenida da República, chegou um novo aparelho. As balanças automáticas, uma novidade que arrastava a população para ver aquele estranho objeto, do qual saía uma senha com o peso e não sei se altura!
Na Avenida da República, chegou um novo aparelho. As balanças automáticas, uma novidade que arrastava a população para ver aquele estranho objeto, do qual saía uma senha com o peso e não sei se altura!
Estou eu a pesar-me, uns 47-50 kg se tanto, e o meu homólogo do CA do BCaç 1932, alf mil Soutinho Verde, Bissau entre março ou abril de 1968.
Foto 7
Na Pensão Dona Berta.
Era um Ícone da cidade de Bissau e da Guiné. A Dona Berta era uma pessoa muito afável e a sua pensão mesmo em cima da avenida principal era um local de convívio, mais para casais, e tinha nas redondezas, o Bento, a Gelataria, o Stand de automóveis e gás, acima a bomba de gasolina da Sacor. Em frente a Casa Gouveia ("Armazéns do Povo", depois da independência).
Mais para baixo, para o rio (o estuário do Geba), situa-se a Catedral de Bissau.
Foi captada entre muitas outras em dezembro de 1967, cerca de 3 meses, depois de ter desembarcado.
Ali me encontrei com um amigo de café, do Café Cenáculo do Vale Formoso, Porto.
O homem da Cheret que, antes de embarcar, casou pelo civil com a sua namorada, sem a família de ambos saber, e depois fez a viagem na TAP e foi passar a Lua de Mel à Pensão Dona Berta, onde o encontrei.
Remetendo para as conversas de caserna, no final, esta é uma incrível história real.
Foto 7
Na Pensão Dona Berta.
Era um Ícone da cidade de Bissau e da Guiné. A Dona Berta era uma pessoa muito afável e a sua pensão mesmo em cima da avenida principal era um local de convívio, mais para casais, e tinha nas redondezas, o Bento, a Gelataria, o Stand de automóveis e gás, acima a bomba de gasolina da Sacor. Em frente a Casa Gouveia ("Armazéns do Povo", depois da independência).
Mais para baixo, para o rio (o estuário do Geba), situa-se a Catedral de Bissau.
Foi captada entre muitas outras em dezembro de 1967, cerca de 3 meses, depois de ter desembarcado.
Ali me encontrei com um amigo de café, do Café Cenáculo do Vale Formoso, Porto.
O homem da Cheret que, antes de embarcar, casou pelo civil com a sua namorada, sem a família de ambos saber, e depois fez a viagem na TAP e foi passar a Lua de Mel à Pensão Dona Berta, onde o encontrei.
Remetendo para as conversas de caserna, no final, esta é uma incrível história real.
(Continua)
19 comentários:
Interessante a tua foto nº 6: a novidade que a curiosidade despertava entre os bissalenses e a perfeita inutilidade, para eles, da maquineta de pesar...
Foto nº 1: Interrogo-me sempre sobre o significado da expressão "votos sinceros"... de pesar, de parabéns, de boas festas... Será que estamos sempre de pé a atrás em relação ao outro ? Será que a nossa sociabilidade é pautada pela hipocrisia e o cinismo ? É preciso estar a sempre reforçar o nosso gesto de solidariedade, de amizade, de gentileza ?... "Olhe que é com a toda sinceridade que desejo o melhor para si e os seus"...
Virgílio, temos de reconhecer que a maior de nós, militares, de passagem por (ou "desenfiados" em) Bissau, não conhecia a maior parte dos sítios por ti referidos nesta Parte I :
o restaurante Nazareno (onde também se cantava o fado...);
o bar "A Meta" (que, ao que parece, também pistas de corridias de minicarros);
a pensão Dona Berta (onde também se comia bem...).
Além disso, a "carteira" não chegava para tanto... E, a propósito, onde guardavas a motoreta ?
Obrigado pela partilha. Luis
Virgílio Teixeira (by email)
9 abr 2025 10:
Bom dia Luis e um bom retorno às terras que deram o nome a Portugal.
E, antes de mais, uma feliz Pascoa para toda a tua familia e bons amigos.E digo isto (sinceramente) !
Realmente escrevemos sinceramente que é uma redundância, quando desejamos algo a alguém é mesmo sinceramente, mesmo que seja um desejo dos piores!
Vamos eliminar do nosso léxico esta palavra, e digo-o sinceramente.
Como já disse antes, vou a comentar e sempre diz que há um erro!
Há qualquer coisa que possa fazer?
Para já vou-me servindo email. Embora não seja solução e teria de estar sempre a chatear os outros.
Mas vou começar com um pequeno reparo, dizes o Presidente do CA!
Não. Foi uma troca que eu fiz ou fizemos.
Engraçado, uma vida repleta que tive, e nunca fui Presidente de nada.
Minto, há muitos anos numa assembleia de condóminos, fui nomeado para presidente!
Não aceitei, mas insistiram, não sei o que aconteceu mas nunca mais apareci.
Num almoço do batalhão, acho eu em Viseu, o gajo mais antigo e graduado era eu, e o pessoal vamos dizer nomeou-me para presidir ao corte do bolo e mandar faladura. Disse uma coisas e avisei que nunca mais me convidem para isto, não sou de falar em publico, sou de escrever e mesmo assim às vezes exagero, como agora por exemplo.
Por isso em vez de Presidente, era o Chefe do CA, como aliás depois de pode ler.
. A segunda questão é pertinente, eu próprio nem sei como responder.
- Tinha uma em Nova Lamego e depois para S. Domingos.
- Mas outra em Bissau, e ficava por lá pelo menos um mês.
Ou encostava em qualquer parte, ninguém roubava, ou tinha lá um tipo armazém, não sei como se chama , onde havia um Sargento que fazia a ligação com o batalhão e guardava as coisas, mas sem certeza.
No QG ficava lá encostada e nas ruas a mesma coisa.
Quando regressei definitivamente a Bissau, fiquei com duas.
No final, nem eu me lembro o que foi feito delas,
devo ter deixado encostadas â bomba de gasolina, pois já não tínhamos armazém, e não me lembro de as vender.
Sinceramente (salvo seja) não sei responder
Virgilio
Virgílio, pede apoio na loja do teu fornecedor de rede (NOS, MEO, Vodafone...). Se comentares no teu PC, não tens problema... Mas podes continuar a mandar par o meu email...Eu também tenho dificuldade, muitas vezes, a comentar do meu telemóvel (que é da rede NOS). Boa Páscoa. Luis
OK, Chefe e não Presidente do Conselho Administrativo do BCAÇ 1933...(Nada de subverter a hierarquia da tropa!)...
E já agora, tu pertencias ao Comando do Batalhão ou à CCS - Companhia de Comando e Serviço ? O pessoal do Comando era muito mais reduzido...
Ora bem, caro Virgílio, estas fotos são muito interessantes.
Por vezes há quem considere que haverá muito narcisismo pelo facto de se aparecer em muitas fotos.
Isso é, para mim, absolutamente natural. Afinal havia, para além do mais, retratar a nossa vivência para mostrar aos familiares e amigos que se estava vivo e de boa disposição (os que estavam....).
E sim, Luís, a Meta, no "meu tempo", quando lá cheguei no início de Novembro de 1970, tinha uma zona de refeições, principalmente de "combinados" (era uma espécie de moda, naqueles tempos) e uma enorme pista de mini carros, de que dei logo conta na primeira noite do primeiro dia de chegada e de que relatei aqui no Blogue.
Abraços
Boa questão,Hélder, a do "narcisismo" do antigo combatente...O Virgílio, eu, e todos nós...Todas as nossas fotos eram "narcisistas"... Seriam ?
Eu tenho poucas, mas apareço em todas, eram as que mandava, por carta, para os meus pais e manas (mais novas) a tranquilizá-las: "como veem, queridos pais, queridas manas, está tudo bem!"...
Estava tudo bem, uma ova!... Queríamos poupar a família, namorada, amigos..., em relação à dura realidade que enfrentávamos...
_______________
Mas será mesmo "narcisismo" ?
narcisismo
(nar·ci·sis·mo)
nome masculino
Qualidade de quem gosta de ou admira exageradamente a sua própria imagem.
etimologiaOrigem etimológica: narciso + -ismo.
"narcisismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/narcisismo.
Virgilio Teixeira (by email)
9 abr 2025 21:37
Cá vai comentário outro via email:
Da CCS fazia parte todo o pessoal - incluindo os comandos - mas eu estava ligado apenas ao Comandante, mesmo havendo o segundo comandante que era então o Presidente, mas que nada fazia, nem dava bitaites, apenas assinava o que lhe colocavam à frente.
Nunca estive subordinado a nenhum Comandante de Companhia, nem sei se falei com eles. Primeiro era um do quadro , já falecido, e depois foi para o QG para outras funções, e veio o nosso Capitão Cardoso, novinho, com a sua dama, acabados de casar e passar a sua lua de mel em S. Domingos.
Obrigado Helder Valério pelo apoio, pois já uma vez quando exportava aos montes de fotos, eu apareço em muitas, mas depois deram a entender que devia diminuir essas e colocar outras.
Mas o que resta deste meu álbum secreto, são mesmo quase todas, fotos a solo.
Tivemos o nosso almoço (de camaradas da Guiné) carregado de energias positivas, até a companhia de duas enfermeiras do Hospital de S. João.
Eu vou mandar pelo Telemovel, pois aqui não sei no PC.
Virgilio Teixeira
Na foto 7 (Pensão D.Berta) tenho uma dúvida. Apenas entrei e almocei na D.Berta,uma única vez,em 2008 quando do Simpósio de Guiledje.
Escreve o Virg´lio "Mais para baixo,para o rio fica Catedral" está aqui a minha dúvida.Tenho Ideia que a Catedral fica para cima,perto da casa "nunes & irmão" mas posso estar baralhado
Abraços
Tens razão, Paulo, para quem está de costas para o rio, do lado direito e no sentido ascendente, ficava: (i) a Pensão Dona Berta (hoje uma "universidade privada", BiMantecs); (ii) depois a "catedral" (iii) e depois o Nunes & Irmão (agora Hotel Coimbra, na posse da família)...
Vejam Bissau no Goople Maps e a página do Facebook do grupo público Pensão Dona Berta Bissau"... Nunca lã estive, o meu filho João, sim, em dezembro de 2009.
Aa href=" https://www.facebook.com/groups/80911446060/">Dona Berta continua a ser lembrada, ainda hoje, com muito carinho e saudade... Tem 16 referências nosso blogue...
É mesmo ficou na memória
Vt
Virgílio Teixeira (by email)
Da CCS fazia parte todo o pessoal - incluindo os comandos - mas eu estava ligado apenas ao Comandante de batalhão, mesmo havendo o segundo comandante que era então o Presidente do CA, mas que nada fazia, nem dava bitaites, apenas assinava o que lhe colocavam à frente.
Nunca estive subordinado a nenhum Comandante de Companhia, nem sei se falei com eles. Primeiro era um do quadro , já falecido, e depois foi para o QG para outras funções, e veio o nosso Capitão Cardoso, novinho, com a sua dama, acabados de casar e passar a sua lua de mel em S. Domingos.
Obrigado Helder Valério pelo apoio, pois já uma vez quando exportava aos montes de fotos, eu apareço em muitas, mas depois deram a entender que devia diminuir essas e colocar outras.
Mas o que resta deste meu álbum secreto, são mesmo quase todas, fotos a solo.
Virgilio Teixeira
Virgilio Teixeira (by email)
10 abr 2025 16:23
Comentário ao Poste 26667
Paulo Santiago.
E eu também posso não estar certo, mas a Catedral de Bissau, que tenho fotos tiradas da rua, acho que era abaixo do Bento!
Mas pode ser acima. Vou ver melhor.
Em 67-69 estive lá umas vezes, até num Domingo depois da missa à saída.
Quando fui em 84 e 85, passei por lá, estava no mesmo sitio, mas em estado deplorável de conservação, como aliás tudo estava, já nem o Bento existia...
Fui desvairado à Casa Gouveia - nessa altura nacionalizada, eram já "Os Armazéns do Povo" - ver se conseguia arranjar algo para comer ou beber fresco.
As prateleiras estavam literalmente vazias, já aqui o disse mais de uma vez, o que encontrei apenas, uma imagem que nunca se esquece, mesmo sem a fotografia, no fundo de uma prateleira vazia, foram duas embalagens de Compal, acho eu, das de cartão, com aspecto de não se pegar nelas, quentes como o inferno, e não comprei nada.
Assim o que me salvou de uma desidratação, foram os "djubis" com o cântaro às costas de água do Geba, com sumo de limão, e não estava quente, nem fria.
Serviam por copos - isto é latas velhas de sumos - sem lavar e foi assim.
Sentei-me no passeio na Av da Liberdade (antiga Av da República, e depois Amílcar Cabral), pois não havia um único café ou esplanada, e apareceu um miúdo, com as minhas inolvidáveis dozes de mancarra torrada, ainda com o gosto das antigas. Que grande petisco.
Vou lá voltar para ver se ainda as há hoje!!!
Quanto à Catedral, prometo que vou analisar as minhas fotos novamente.
E assim se vai falando de coisas que nada têm a ver com as perguntas.
Um abraço
Virgilio Teixeira
Estou no PC, vou agora carregar em Publicar, e vai dizer que há um erro.
Então tenho de copiar para uma folha de Word, e novamente dar trabalho ao Luis para as publicar.
Pelo telemovel não comento quase nada, pois são letras muito pequenas, já enxergo mal.
Como disse, ocorreu um erro.
Ps: fiz agora um pequeno comentário de teste no telemovel e foi para publicação.
Portanto o problema está no meu PC
VT.
Na Residencial Coimbra,hoje Hotel,fiquei lá,com o meu filho em 2005,nos dias que passei em Bissau.Em 2008,fiquei em casa de um meu colega da Escola Agrícola.Na última noite,em Bissau jantei no Restaurante do Hotel Coimbra,não existia na anterior estadia.
Nas imediações,existia um estabelecimento comercial pertencente ao Presidente da República (interino ?)substituto do Kumba Yala, que tinha sido FurMil no Pel Art de Aldeia Formosa (Kebo).Lembrei-me agora deste caso,mas não me lembro do nome desse ex-camarada dos obusos 14. Luís vê se descobres.
Abraços
Virgílio Teixeira (by email)
10 abr 2025, 17:41
P26667
Tema:
Mas será mesmo "narcisismo" ?
narcisismo
(nar·ci·sis·mo)
nome masculino
Qualidade de quem gosta de ou admira exageradamente a sua própria imagem.
etimologia Origem etimológica: narciso + -ismo.
"narcisismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/narcisismo.
Bonito tema para as próximas fotos... São quase todas narcisismo, segundo o dicionário.
Para mim, não, como o Hélder disse, as fotos a solo (atenção que já vi postes com imensas fotos só do mesmo caras,m e mais nada...) como eu as fazia, era para mandar tudo para a família,em especial para a Manuela, minha namorada e agora mulher.
E para mim, porque cada uma tem o seu significado, que o comum dos mortais não sabe, mas eu sei o significado e contexto de cada uma. Guardei a maioria, para não cansar a malta, pois comporeendo, tal como eu, que quero ver bos imagens da nossa guerra, das colunas, das emboscadas, dos relatos de tanta gente que aqui escreve e de fazer arrepiar um morto.
Não tinha visto o seu significado, no dicionário, mas era esta a ideia que ficava,
P26667
Narcisista = Narciso.
Vamos aqui meter mais uma colherada das minhas, tenho muito anos de vida e de trabalho nem se fala, por isso eu já escrevi 3000 páginas e não acabei ainda, nem acabo.
Este tema vai dar origem a uma historia verdadeira, que fica para mais tarde.
Vale a pena ler, mesmo que nada interesse.
Vt
Telefonou-me o Paulo Santiago a lembrar-nos que em 2005, quando regressou a Bissau (pela primeira vez depois da "peluda", com o seu filho João Santiago) ficou na residencial Coimbra que ficava depois da Pensão da Dona Berta e da Catedral (do lado direito de quem sobe a av Amílcal Cabral)... Ainda se chamava residencial, passou depois a hotel (fica no antigo edifício do Nunes & Irmão)...
Nas imediações da catedral havia uma loja da mulher de um antigo camarada nosso, infelizmente já falecido...E que foi presidente da Repúlica da Guiné-Bissau (interino, de 28 de setembro de 2003 a1 de outubro de 2005)... Falamos do Henrique Pereira Rosa (1946-2013)... É justo relembrá-lo aqui.. O Paulo diz que ele pertencia a um Pel Art que esteve em Aldeia Formosa, mas a informação que temos é que ele foi fur mil inf, Op Esp., CCAÇ 2614 / BCAÇ 2892 (Nhala e Aldeia Formosa, 1969/71),
Recorde-se aqui o que escreveu um amigo, o Francisco Barroqueiro:
(...) "O Henrique Rosa, falecido no dia 15 de maio de 2013, no Hospital de S. João, no Porto, era um cidadão guineense, de origem portuguesa.
Foi Furriel Miliciano de Infantaria, com a especialidade de Operações Especiais, da CCAÇ 2614 / BCAÇ 2892 (Nhala e Quebo, 1969/71).
Conheci-o em Évora, antes do embarque [do batalhão]. E aí começamos a construir uma relação de amizade, que se manteve ao longo de toda a comissão de serviço."
Era um jovem desportista, com uma cultura política e social muito acima da média, no nosso escalão etário. Gerador de consensos, coisa tão necessária, naquele tempo, tal como hoje. " (...)
Vd. poste de 16 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11578: In Memoriam (150): Henrique Rosa (1946-2013), ex-fur mil inf, Op Esp., CCAÇ 2614 / BCAÇ 2892 (Nhala e Qubeo, 1969/71), e ex-presidente da República da Guiné-Bissau, interino (2003/05) (Francisco Barroqueiro / Manuel Amaro)
Paulo aqui tens uma nota biográfica do Henrique Pereira Rosa (1946-2013):
Internet Archive Wayback Machine
https://web.archive.org/web/20131106170503/http://www.didinho.org/biografia_de_henrique_pereira_rosa.htm
(...) HENRIQUE ROSA PARA PRESIDENTE
O Comité militar que liderou o golpe de Estado de 14 de Setembro de 2003, criou um comité "Ad-hoc" entre personalidades civis e militares que indicasse um nome para ocupar o cargo de Presidente da República de Transição até à realização de eleições Presidenciais, sugeridas, em princípio, para Março de 2005.
Coube ao Bispo de Bissau, D. José Câmnate Na Bissign, liderar este comité que, escolheu e propôs o nome de Henrique Pereira Rosa para o cargo solicitado.
A escolha de Henrique Pereira Rosa foi consensual no seio do Comité Militar bem como na sociedade civil guineense, tendo tomado posse como Presidente da República de Transição a 28 de Setembro de 2003.
Biografia apresentada no acto dO anúncio público da candidatura
Henrique Pereira Rosa nasceu a 18 de Janeiro de 1946, em Bafatá, leste da Guiné-Bissau, é casado com a Senhora Eng.ª Agrónoma Maria Rosa Robalo e pai de 5 (cinco) filhos. Concluiu o 3º ciclo do ensino liceal (antigo 7º ano dos liceus) em Bissau, com elevadas classificações.
Domina a Língua Portuguesa, exprime-se fluentemente em Francês e razoavelmente em Inglês.
Começou a trabalhar muito cedo e foi na vida activa que foi consolidando a sua formação profissional. Foi Funcionário Público - Serviços de Fazenda de 1965 a 1971.
É empresário do sector de seguros marítimos (agente das seguradoras: Lloyd’s of London da Grã-Bretanha e Cesam da França), comércio internacional e agropecuária.
Para além de frequentar diversas formações e estágios em matéria de gestão e de comércio internacional, tem uma larga e diversificada experiência política, empresarial, desportiva e social.
Foi Presidente da República de Transição de 28 de Setembro de 2003 a 01 de Outubro de 2005;
É Presidente do Conselho da Aliança para a Refundação da Governação em África – 2006;
É Presidente da Assembleia-Geral da Associação Empresarial da Zona Industrial de Brá - AEZIBRA;
É Presidente da Assembleia-Geral da Companhia Guineense de Seguros (Guinebis), desde 2000;
É Presidente da Assembleia-Geral do Sport Bissau e Benfica;
É Membro Fundador do Fórum dos Antigos Chefes de Estado e Governos Africanos (Fórum África)
É Membro Fundador da Rotary Club de Bissau, sendo Paul Harris Fellow e Past President;
É Membro Honorário da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau;
É Membro do Conselho de Administração da Caritas Guiné-Bissau;
Foi Presidente do Conselho de Administração da FUNDEI (Fundação Sueca e Guineense para o Desenvolvimento Industrial) de 1995 a 2003;
É Cônsul Honorário da República da Costa do Marfim
Foi Presidente da Direcção do Sport Bissau e Benfica de 1986 a 1997;
Foi Vice-Presidente da Associação Industrial da Guiné-Bissau (AIGB);
Foi Cônsul Honorário da Bélgica de 1980 a 1992;
Foi Director Executivo da Comissão Nacional de Eleições, nas primeiras eleições presidenciais e legislativas realizadas no país em 1994;
Foi Coordenador, a partir de Outubro de 1998, do CAPAZ (Comité Ad-hoc da Sociedade Civil para a Paz), o primeiro Movimento da Sociedade Civil guineense encarregado de restabelecer a paz na Guiné-Bissau em consequência da crise político-militar que atingiu o país de 1997 a 1998;
Foi um dos Governadores da Fundação Rural da África Ocidental (FRAO), com sede em Dacar, Senegal;
Foi Membro do Conselho Inter-Diocesano de Projectos;
Foi Membro do Conselho dos Assuntos Económicos da Diocese de Bissau;
Foi distinguido pela República da Costa do Marfim com as Insígnias de Comendador da Ordem Nacional da Costa do Marfim;
Foi distinguido pela República da França com as Insígnias da Legião de Honra.
Fonte: HENRIQUE ROSA PARA PRESIDENTE
http://www.bissau.net/index.php?option=com_content&view=article&id=48&Itemid=66
(link descontinuado)
Luís
Enorme currículo,faltando,junto das condecorações da Costa do Marfim e da França,uma de Portugal...
O camarada Barroqueiro teve conhecimento directo com o Henrique Rosa,eu só ouvi falar dele em 2005. Aldeia Formosa,lembrei uma noite em que tive apoio de fogo dos obuses e daí,talvez a causa de ligar o FurMil Rosa ao PelArt.
ABraços
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