Há já alguns meses que se esperava a vinda do Marcelino da Mata à Tabanca do Centro.
Infelizmente, por razões da sua saúde, não tinha sido possível até este 17º Encontro a sua presença para comer connosco o “cozido á portuguesa”.
Mas o Miguel Pessoa, que desde o início se empenhava pela vinda do Marcelino, não desistiu, e, finalmente foi possível neste encontro estarmos com este nosso camarada de armas.
Confesso que tinha muito interesse em estar com este homem, de quem tanto tinha ouvido falar na Guiné, e que nunca tinha tido a oportunidade de conhecer.
Foi um encontro fácil e empático, pois o Marcelino é um homem directo, franco e bem disposto.
Logo se enquadrou na nossa Tabanca do Centro, e sentindo-se um como nós, confraternizou, ouviu histórias e contou histórias, e ficou-lhe sem dúvida a vontade de voltar.
Devemos a eles combatentes guineenses, e a ele Marcelino, muito provavelmente a vida de alguns de nós, e por isso mesmo, e por tantas coisas mais, serão sempre bem vindos à Tabanca do Centro, para juntos festejarmos a camarigagem que nos une.
Retenho do Marcelino neste encontro, o que me disse à despedida:
Tendo sabido que eu estive no Mato Cão mais ou menos nove meses, disse-me que aquilo era um buraco sem sentido, e que para ele, que só lá tinha estado um dia e uma noite, (antes de mim), era sítio onde nunca quereria estar, pelas condições de vida, obviamente.
Um abraço para todos os “atabancados ao centro”, desejando do coração que no 18º Encontro já possamos contar com a presença do nosso “Almirante” Vasco da Gama, cuja ausência se faz tão notada.
Joaquim Mexia Alves
____________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 4 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8372: Os nossos camaradas guineenses (33): O Zé Carlos regressou ao seu mundo, à sua tabanca, à sua morança... (Luís Graça)
Sem comentários:
Enviar um comentário