Luís Graça, Quinta de Candoz (2011)
Gâmbia > Bathurst > 1953 > Comemorações da entronização da Rainha Isabel II, de Inglaterra (n. 1926) > Foto da seleção de futebol da Província Portuguesa da Guiné:
(i) De pé, da esquerda para a direita, Antero Bubu (Sport Bissau e Benfica; capitão), Douglas (Sport Bissau e Benfica), Armando Lopes (assinalado a vermelho, pai do nosso amigo Nelson Herbert) (UDIB), Theca (Sport Bissau e Benfica), Epifânio (UDIB) e Nanduco (UDIB);
(ii) de joelhos, também da esquerda para a direita: Mário Silva (Sport Bissau e Benfica), Miguel Pérola (Sporting Club de Bissau), Júlio Almeida (UDIB), Emílio Sinais (Sport Bissau e Benfica, Joãozinho Burgo ( Sport Bissau e Benfica) e João Coronel (Sport Bissau e Benfica).
No 1º jogo, a seleção da Guiné ganhou à seleção da Gâmbia por 2-0, com golos de Joãozinho Burgo (falecido há 6 anos em Portugal 22/1/2019); no 2º jogo, as duas seleções empataram 2-2 (com golos, pela Guiné, de Mário Silva e Joãozinho Burgo). Antiga colónia inglesa, a Gâmbia acederá à independência em 1965.
Legenda de João Burgo Correia Tavares: vd. livro Norberto Tavares de Carvalho - "De campo a campo: conversas com o comandante Bobo Keita", Porto, edição de autor, 2011, p. 4
O Armando Lopes (também conhecido como o "Búfalo Bill") fez o seu serviço militar no Mindelo, São Vicente, Cabo Verde, em 1943, na altura em que também lá estava, como expedicionário, o meu pai, meu velho e meu camarada, Luís Henriques; ambos nasceram em 1920 e, naturalmenmte, já faleceram os dois, o meu, em 2012, o pai do Nelson Herbert, em 2018. Ambos tinham igualmente uma paixão pelo futebol...
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > Ângelo Ferreira de Sousa (1921-2001), pai do nosso camarada Hélder Sousa, natural de Vale da Pinta, Cartaxo, ex-1º Cabo n.º 816/42/5, da 4ª Companhia do 1º Batalhão de Infantaria do RI. 23... Tem a data de 18 de Outubro de 1943 e na legenda refere ser "recordação de S. Vicente" Foto (e legenda): © Hélder Sousa (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto: © Armando Lopes / Nelson Herbert (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
Foto (e legenda): © Hélder Sousa (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > Ângelo Ferreira de Sousa (1921-2001), pai do nosso camarada Hélder Sousa, natural de Vale da Pinta, Cartaxo, ex-1º Cabo n.º 816/42/5, da 4ª Companhia do 1º Batalhão de Infantaria do RI. 23... Tem a data de 18 de Outubro de 1943 e na legenda refere ser "recordação de S. Vicente" Foto (e legenda): © Hélder Sousa (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Cabo Verde > Ilha do Sal > Pedra de Lume > 1º Batalhão Expedicionário do RI 11 (Setúbal) > 1ª
Companhia > 1942 >
1º cabo Feliciano Delfim Santos
pai do nosso camarada Augusto Silva Santos.
Foto (e legenda): © Augusto Silva Santos (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas daGuiné]
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > 1942 > "No dia em que fiz 22 anos, em S. Vicente, C. Verde. 19/8/1942. Luís Henriques " [, 1º cabo inf, 3º Companhia, 1º Batalhão, RI 5, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde, 1941/43, entretanto integrado no RI 23]. Nasceu (1920) e morreu (2012) na Lourinhã.
Foto (e legenda): © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas daGuiné]
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > RI 23 > c. 1941/44 > RI 23 > O sold aux enf, Porfírio Dias (1919-1988), 1º Batalhão Expedicionário do Regimento de Infantaria nº 5, que partiu para Cabo Verde no T/T Mouzinho em 18/7/1941, juntamente com o Luís Henriques (ambos eram do mesmo regimento e batalhão). Esteve lá dois anos anos e dez meses.
Foto (e legenda): © Luís Dias (2012). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Lembremo-nos deles... Tal como os nossos filhos se lembram de nós, agora tratando-nos por tu:
"Obrigado, pai, por tudo o que me tens dado (...). Gosto muito de ti e quero-te cá por muitos mais anos. A tua inteligência, empatia e jogo de cintura, quero levá-los sempre comigo" (...).
Escreveu o meu filho no dia de hoje. Espero que vocês, camaradas, também tenham recebido palavras bonitas como estas... Nêm têm que ser verdadeiras, apenas bonitas. E sobretudo reveladoras da gratidão filial. Para eles, seremos sempre os melhores pais do mundo... Eu gosto que eles me tratem por tu... Desde sempre.
Depois desta receção da Tabanca Grande,
ela deve ter ficado confusa, quiçá perturbada e até intimidada,
ao pensar que os camaradas da Guiné,
Há algum mal nisso,
Tuteio ou tratamento por tu
por Luís Graça
Aos nossos pais, nossos velhos, nossos camaradas...
Fiquei com pena da fräulein Tina Kramer, antropóloga,
entretanto entronizada como nossa tabanqueira,
a quem, chegada da austera e luterana Germânia,
lhe impuseram o tratamento por tu,
como se fora uma praxe de gangue.
entretanto entronizada como nossa tabanqueira,
a quem, chegada da austera e luterana Germânia,
lhe impuseram o tratamento por tu,
como se fora uma praxe de gangue.
Depois desta receção da Tabanca Grande,
ela deve ter ficado confusa, quiçá perturbada e até intimidada,
ao pensar que os camaradas da Guiné,
antigos combatentes,
são todos uma cambada de velhos malucos
a quem saltou a caixa dos pirolitos...
a quem saltou a caixa dos pirolitos...
"Portugueses, pocos, pero locos"
(diria ela se fosse uma altiva castelhana,
daquelas que vinham casar com príncipes portugueses,
(diria ela se fosse uma altiva castelhana,
daquelas que vinham casar com príncipes portugueses,
futuros donos de Portugal, dos Algarves e de além-mar em África,
na mira de acertar em cheio no jackpot)...
na mira de acertar em cheio no jackpot)...
Tu próprio detestavas a palavra fräulein,
nunca trataste nenhuma colega ou amiga alemã por fräulein...
Podes a estar a ser injusto, mas tem, para ti,
nunca trataste nenhuma colega ou amiga alemã por fräulein...
Podes a estar a ser injusto, mas tem, para ti,
uma conotação pejorativa, prussiana, militarista...
Como teria se tu a tratasses por menina Tina Kramer,
como nos bons velhos tempos do Portugal dos nossos pais e avós
Ao menos, tratemo-la, não por miss (cheira-te a babydoll)
mas por bajuda,
que é mais doce, mais crioulo, mais luso-tropical…
E tu Zé Belo, luso-lapão, agora "amaricano",
Como teria se tu a tratasses por menina Tina Kramer,
como nos bons velhos tempos do Portugal dos nossos pais e avós
Ao menos, tratemo-la, não por miss (cheira-te a babydoll)
mas por bajuda,
que é mais doce, mais crioulo, mais luso-tropical…
E tu Zé Belo, luso-lapão, agora "amaricano",
sujeito a ser deportado pelo Tio Sam,
tuga da diáspora outrora na terra
tuga da diáspora outrora na terra
onde o cidadão tratava o cidadão por tu....
bem sabes que não foi preciso fazermos uma revolução
à moda dos sovietes de Petrogrado,
nem do Grande Irmão Urso Sueco,
nem dos Camaradas (salvo seja!) do PAIGC, do MPLA ou da FRELIMO...
(Lembram-se das milhares de anedotas
que se contavam do camarada, salvo seja!, Machel,
e da sua mania de reeducar e recuperar o diabo branco colonialista
com o trabalho manual na machamba?!)...
Com o 25 de Abril,
a distância social e afetiva,
a começar na família, entre pais e filhos,
foi encurtada,
e o tratamento por tu impôs-se sem ser por decreto...
bem sabes que não foi preciso fazermos uma revolução
à moda dos sovietes de Petrogrado,
nem do Grande Irmão Urso Sueco,
nem dos Camaradas (salvo seja!) do PAIGC, do MPLA ou da FRELIMO...
(Lembram-se das milhares de anedotas
que se contavam do camarada, salvo seja!, Machel,
e da sua mania de reeducar e recuperar o diabo branco colonialista
com o trabalho manual na machamba?!)...
Com o 25 de Abril,
a distância social e afetiva,
a começar na família, entre pais e filhos,
foi encurtada,
e o tratamento por tu impôs-se sem ser por decreto...
Com tanta naturalidade (ou só aparente ?)
que a gente nem sequer se questiona hoje
sobre o quando, o como e o porquê...
(Alguns questionam-se, e têm toda a liberdade para o fazer,
que a gente nem sequer se questiona hoje
sobre o quando, o como e o porquê...
(Alguns questionam-se, e têm toda a liberdade para o fazer,
viva a liberdade que só pode ser livre.)
Em contrapartida, foi retomado
(ou nem sequer foi interrompido)
o tratamento, tradicional,
aparentemente mais distante e formal, de você,
de pais para filhos,
de esposa para esposo,
em certas famílias,
em certos meios sociais
(que tu não vais adjectivar,
porque não gostas de adjetivar os outros,
e fazes um esforço por respeitar todas as diferenças,
(ou nem sequer foi interrompido)
o tratamento, tradicional,
aparentemente mais distante e formal, de você,
de pais para filhos,
de esposa para esposo,
em certas famílias,
em certos meios sociais
(que tu não vais adjectivar,
porque não gostas de adjetivar os outros,
e fazes um esforço por respeitar todas as diferenças,
mesmo as mais difíceis de engolir).
O tecido social é isso mesmo,
é um pano, de trapos, de linho, de algodão, de serapilheira, de seda,
que se puxa conforme o frio, as pernas e as mãos,
as chagas, as misérias e as grandezas de cada um…
Os nossos filhos, pelo menos os teus, tratam-nos por tu,
mas tu tratavas os teus pais à moda antiga...
é um pano, de trapos, de linho, de algodão, de serapilheira, de seda,
que se puxa conforme o frio, as pernas e as mãos,
as chagas, as misérias e as grandezas de cada um…
Os nossos filhos, pelo menos os teus, tratam-nos por tu,
mas tu tratavas os teus pais à moda antiga...
quando eles ainda eram vivos.
Ainda eras do tempo do respeitinho-que-era-muito-bonito!
Há algum mal nisso,
nessa coisa dos filhos tratarem agora os pais por tu ?
São apenas mudanças de paradigma
na convivialidade sociofamiliar,
diria o sociólogo de serviço, que já não há,
descartado pela mãe de todas as crises...
São apenas mudanças de paradigma
na convivialidade sociofamiliar,
diria o sociólogo de serviço, que já não há,
descartado pela mãe de todas as crises...
Tu, o Hélder Sousa, o Nelson Herbert,
o Luís Días, o Augusto Silva Santos,
foram capazes de tratar os vossos velhos,
o Luís Henriques (1920-2012),
o Ângelo Ferreira de Sousa (1921-2001),
o Armando Lopes (1920-2018),
o Armando Lopes (1920-2018),
o Porfírio Dias (1919-1988),
o Feliciano Delfim Santos (1922-1989),
veteranos da II Guerra Mundial,
expedicionários em Cabo Verde,
com a ternura da expressão
“Meu pai, meu velho, meu camarada”…
Liberdades ou libertinagens bloguísticas,
veteranos da II Guerra Mundial,
expedicionários em Cabo Verde,
com a ternura da expressão
“Meu pai, meu velho, meu camarada”…
Liberdades ou libertinagens bloguísticas,
dirão os sisudos dos críticos…
Daqui a uns anos
(esperas bem que não, cruzes canhoto!...)
voltaremos a tratar-nos com distância e reverência,
quiçá por Vossa Senhoria,
meu fidalgo, meu amo,
como no tempo da(s) outra(s) senhora(s)…
Daqui a uns anos
(esperas bem que não, cruzes canhoto!...)
voltaremos a tratar-nos com distância e reverência,
quiçá por Vossa Senhoria,
meu fidalgo, meu amo,
como no tempo da(s) outra(s) senhora(s)…
Tu sabes que o tratamento por tu,
republicano, económico, frugal, com duas letrinhas apenas,
o tratamento à romana na Tabanca Grande,
nem sempre era fácil nem natural, em 2004/2005,
republicano, económico, frugal, com duas letrinhas apenas,
o tratamento à romana na Tabanca Grande,
nem sempre era fácil nem natural, em 2004/2005,
quando começámos a blogar
para mais num país, ainda bastante estratificado,
em que se continuava a usar e a abusar dos títulos,
nomeadamente no Estado, nas empresas e demais organizações,
onde o trabalho era pouco e a distância grande,
tão grande como a rede clientelar:
senhor presidente, senhor doutor, senhor engenheiro, senhor prior...
Nunca foi nem o é ainda hoje:
tiveste a prova disso, há uns anos atrás,
em que se continuava a usar e a abusar dos títulos,
nomeadamente no Estado, nas empresas e demais organizações,
onde o trabalho era pouco e a distância grande,
tão grande como a rede clientelar:
senhor presidente, senhor doutor, senhor engenheiro, senhor prior...
Nunca foi nem o é ainda hoje:
tiveste a prova disso, há uns anos atrás,
numa das memoráveis quartas feiras
do almoço semanal da Tabanca de Matosinhos,
do almoço semanal da Tabanca de Matosinhos,
quando cumprimentaste um a um a meia centena de convivas...
Boa parte, já teus velhos conhecidos e amigos...
mas ainda havia gente que se retraía,
invocando a educação que tiveram,
o desconhecimento do outro,
a falta de intimidade e de convívio,
a distância física (sempre são 300 km entre Lisboa,
a capital do reino,
onde o Paço tem Terreiro,
e o Porto é a capital do trabalho,
onde o povo tem o São João e o alho porro)...
Quando impuseste (passe o termo...)
o tratamento por tu no blogue,
entre camaradas da Guiné,
quiseste deliberadamente fazer o curto-circuito
entre as distâncias militares, hierárquicas, do passado
e as eventuais distâncias sociais e profissionais, do presente...
Hoje consideras uma honra poder ser tratado por tu
por um camarada da Guiné,
independentemente do antigo posto,
da idade, da naturalidade, da nacionalidade, da cor da pele,
ou da atual posição na sociedade portuguesa...
E vice versa:
consideras um privilégio poder tratar por tu
um homem ou uma mulher
que aceitam os valores e as regras do jogo do nosso blogue...
Há sobretudo uma cumplicidade (saudável) entre nós,
que não seria possível se aqui, no blogue
e nos convívios da Tabanca Grande,
e das demais tabancas que entretanto foram aparecendo,
se a gente continuasse a tratar-se
Boa parte, já teus velhos conhecidos e amigos...
mas ainda havia gente que se retraía,
invocando a educação que tiveram,
o desconhecimento do outro,
a falta de intimidade e de convívio,
a distância física (sempre são 300 km entre Lisboa,
a capital do reino,
onde o Paço tem Terreiro,
e o Porto é a capital do trabalho,
onde o povo tem o São João e o alho porro)...
Quando impuseste (passe o termo...)
o tratamento por tu no blogue,
entre camaradas da Guiné,
quiseste deliberadamente fazer o curto-circuito
entre as distâncias militares, hierárquicas, do passado
e as eventuais distâncias sociais e profissionais, do presente...
Hoje consideras uma honra poder ser tratado por tu
por um camarada da Guiné,
independentemente do antigo posto,
da idade, da naturalidade, da nacionalidade, da cor da pele,
ou da atual posição na sociedade portuguesa...
E vice versa:
consideras um privilégio poder tratar por tu
um homem ou uma mulher
que aceitam os valores e as regras do jogo do nosso blogue...
Há sobretudo uma cumplicidade (saudável) entre nós,
que não seria possível se aqui, no blogue
e nos convívios da Tabanca Grande,
e das demais tabancas que entretanto foram aparecendo,
se a gente continuasse a tratar-se
como em casa, na escola, na tropa, no parlamento:
"Sua benção, meu pai, meu amo...
"Dá-me licença, vossa senhoria, meu capitão ?...
"Como vai, senhor Doutor ?...
"Vossa Excelência, senhor engenheiro,
permite-me que eu discorde da sua douta opinião ?
"O meu furriel é que sabe,
mas o vagomestre é que dormia com a mulher… do Baldé
quando o Baldé ia para a Ponte do Rio Udunduma...
"E, você, nosso instruendo, ó sua besta quadrada,
não sabe que a Pátria é hermafrodita,
é pai e mãe ?
"Ó meu tenente,
"Como vai, senhor Doutor ?...
"Vossa Excelência, senhor engenheiro,
permite-me que eu discorde da sua douta opinião ?
"O meu furriel é que sabe,
mas o vagomestre é que dormia com a mulher… do Baldé
quando o Baldé ia para a Ponte do Rio Udunduma...
"E, você, nosso instruendo, ó sua besta quadrada,
não sabe que a Pátria é hermafrodita,
é pai e mãe ?
"Ó meu tenente,
é mais do que isso, é Pátria, é Mátria, é Frátia!"...
Para que o tu continue a escrever-se com duas letrinhas apenas,
o tu de pai, de tuga, portuga, irmão, cidadão…
Para que o tu continue a escrever-se com duas letrinhas apenas,
o tu de pai, de tuga, portuga, irmão, cidadão…
o tu de companheiro, camarada, amigo,
O tu do abraço, do alfabravo, do quebra-costelas,
o tu de Tango Uniform...
e não se torne o tu
de intumescência, da tumefacção,
O tu do abraço, do alfabravo, do quebra-costelas,
o tu de Tango Uniform...
e não se torne o tu
de intumescência, da tumefacção,
da turbulência, da estupidez, da intolerância…
nestes dias de Charlie Romeo India Sierra Echo,
da CRISE que continua dentro de momentos...
© Luís Graça (2012). (**)
nestes dias de Charlie Romeo India Sierra Echo,
da CRISE que continua dentro de momentos...
© Luís Graça (2012). (**)
Revisto em 19/3/2025, dia do Pai...
___________Notas do editor LG:
(*) Último poste da série > 2 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26542: Manuscrito(s) (Luís Graça) (266): Olhó Robô!...Concurso: um soneto escrito pela IA, a pedido do avô...em homenagem à Rosinha
(**) Vd. poste de quarta-feira, 21 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9632: Blogpoesia (184): O tuteio ou o tratamento por tu, entre os camaradas da Guiné... (No Dia Mundial da Poesia... e da Água) (Luís Graça)
(*) Último poste da série > 2 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26542: Manuscrito(s) (Luís Graça) (266): Olhó Robô!...Concurso: um soneto escrito pela IA, a pedido do avô...em homenagem à Rosinha
(**) Vd. poste de quarta-feira, 21 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9632: Blogpoesia (184): O tuteio ou o tratamento por tu, entre os camaradas da Guiné... (No Dia Mundial da Poesia... e da Água) (Luís Graça)
3 comentários:
Tu, você, a senhora...que os ingleses reduzem num simples you. Enquanto catraio aprendi, na minha aldeia, a tratar os mais velhos por você. Mais tarde ensinaram-me uma forma mais respeitosa para tratar os mais velhos ou mais credores de respeito, na terceira pessoa: o senhor ou a senhora isto e aquilo... Abençoado o nosso blog que achou por bem (e muito bem) usar uma única forma de tratamento, ideia entretanto perfilhada por outras tabancas mais pequena: o tu, límpido, sem a afectação das diferenças de ontem e de hoje. Afinal somos todos gente.
Um grande abraço
Carvalho de Mampatá
Luis Dias (by email)
19 mar 2025 21:21
Também nunca tratei o meu pai por tu. Ao contrário da minha mãe. O respeito era muito bonito. Outros tempos. Grande abraço. LD
Antes de mais, estou farto de rir até chorar, sem exageros.
A tua lenga lenga, salvo seja, é do melhor que há, claro que temos de ultrapassar alguns aspectos mais ou menos polémicos.
Eu queria dizer muita coisa, mas estou a trabalhar do primeiro capitulo de ´A minha guerra e férias na Guiné´ que não mais acabo, e queria acabar hoje.
Mas interrompo porque não posso deixar isto para trás, sob pena de ficar ultrapassado.
Partilho, para não voltar a escrever o mesmo, das opiniões do Luís Dias e do Carvalho (de Mampatá )
Na sede do meu Batalhão, até sair de casa para a tropa, havia o respeitinho de casa de militares. Nunca se tratou nenhum pai ou familiar por tu!
Sempre falei em respeito e outras faladuras, mas acho que havia um certo medo, que é diferente de respeito, embora este não podia faltar.
E foi assim até ambos morrerem ; Meu pai (1917-1995), minha mãe (1920-2005).
COM TODAS AS PESSOAS CONHECIDAS, MAIS OU MENOS VELHAS DO QUE EU, E MEUS IRMÃOS, ERA SEMPRE POR VOCÊ, MAS MAIS POR SENHOR OU SENHORA.
Nunca passou pela nossa cabeça outro tipo de tratamento.
Acho que o meu irmão mais novo, 12 anos, depois do pai morrer, tratava a mãe por tu, mas era um peça rara!
Com os meus filhos e netos, sempre nos tratamos por tu, em ambos os sentidos. Ficam de fora os meus dois genros, nunca os tratei por tu, nem eles a mim. Sr. Virgílio e chega.
A minha mulher tratava a mãe por tu, por força de viverem sozinhas desde os 10 anos de idade, até ela morrer (1917-1996). Morreu com a mesma idade do meu pai.
A minha sogra, e ainda muito antes de o ser, tratava-me com extrema deferência, ao ponto de eu me sentir incomodado, mas era a educação dela. Quando me formei, nunca mais me deixou de tratar por Senhor Doutor, ainda piorou mais mas era uma santa mulher e mãe. Não conheci o meu sogro, pois quando conheci a filha ela já era órfã dos 10 aos 15 anos, data em que começamos a namorar, mas sem lhe tocar nem nas mãos, pois ela dizia que não era higiénico ,mas passou-lhe...
Dede que iniciamos o namoro ela com 15 eu com 20, sempre me tratou por você, antes da tropa, durante a tropa (temos as cartas a confirmar) e depois da tropa já depois de ficar noiva, tudo isto contra as criticas de todas as amigas e familiares.
No dia do casamento, já na igreja, uma senhora vizinha dela e como se fosse uma segunda mãe disse-lhe à minha frente: Manuela, tens de tratar o Virgílio por tu, até é uma vergonha isso de tratar por você. E foi aí em 25 de Maio de 1970, às 13 horas que iniciou o novo dialogo. Eu já estava tão habituado que não ligava.
Porque, não é caso de comparação, tirando os amigos de infância, colégio de freiras, escola comercial, Instituto Comercial e Faculdade de Economia nunca tratei ninguém por tu, a não ser os meus camaradas de Companhia em Mafra e seguintes.
Passado a Oficial miliciano nunca tratei um soldado que seja por tu, nem dava ordens, pedia por favor, daí a minha extrema dificuldade em entrar neste blogue, por essa razão, e ainda bem que assim é.
Quanto a esse poema, no dia Internacional da Poesia, hoje, que estou a ler, é simplesmente fabuloso para mim, porque só sei escrever assim, não sei inventar, Perdão!
Embora por vezes tenho laivos de transcendência e loucura, quer em aniversários e outras efemérides, e escrevo umas coisas, que todos acham fabuloso, porque não sabem fazer melhor que eu.
Acho que vou ficar por aqui, tenho de escrever o Bissau Parte I.
Sou muito chato a escrever, nunca mais paro (com acento no a, ou sem acento?)
Virgílio Teixeira
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