1. Mensagem do nosso camarada António Rosinha (foto à esquerda, em Pombal, 2007, por ocasião do II Encontro Nacional da Tabanca Grande; foi fur mil, ainda do tempo da farada "amarela", em Angola, 1961/62; topógrafo em Angola, para onde foi adolescente, africanista de alma e coração, regressou a Portugal em novembro de 1974, emigrou para o Brasil da ditadura militar (que vigorou de 1964 a 1985), e mais tarde para a Guiné-Bissau do partido único, onde trabalhou, de 1978 a 1993, na empresa TECNIL, ao tempo do Luís Cabral e do 'Nino' Vieira, "camaradas", "heróis da liberdade da pátria", que ele conheceu bem no poder; entrou para o nosso blogue, em 29/11/2006, é um histórico da Tabanca Grande; é autor da série "Caderno de Notas de Um Mais Velho"; tem cerca de 150 referências no blogue).
Data - 16 mar 2925, 00:39
Assunto - 15 de Março de 1961
Faz nesta data, 64 anos, aquele massacre do norte de Angola com que a UPA (União dos Povos de Angola) tribalmente iniciou o chamado terrorismo, termo absolutamente correto, e que deu início à chamada guerra do Ultramar.
Hoje essa guerra tem muitos nomes.
A partir desta data o mundo ficou todo contra Portugal e contra Salazar, em particular.
Na ONU, essa coisa, hoje mais ou menos desrespeitada, votou contra Nós, Portugal nas colónias africanas, entre todos os "amigos" de África, EUA e URSS, e abstiveram-se Inglaterra e França.
Estes dois já sentiam alguma vergonha, escondida, dos briosos golpistas que iam impondo nas suas ex-colónias, e que iam protegendo à base de conselheiros mercenários.
Mas Portugal e Salazar tinham um grande amigo que disfarçadamente, sem a URSS se aperceber, mandou o seu embaixador oferecer os seus préstimos a Salazar e este agradeceu: «Ouvi-o atentamente e agradeço-lhe a sua visita. Muitos cumprimentos ao Presidente Kennedy. Muito boas tardes, senhor embaixador.» (Franco Nogueira)
Passados 13 anos a URSS levou a melhor, viu-se, pelo menos pareceu.
Quem ficou na pior, previsivelmente, foram mesmo duas ou três gerações de angolanos.
E a Europa ficou com inúmeros países vizinhos que criou, a pedir "explicações".
O Salazar não queria este fim para a Europa e para África.
Cumprimentos, Antº Rosinha.
PS - Mas a Europa já nessa altura, já não podia com uma gata pelo rabo!
______________
Faz nesta data, 64 anos, aquele massacre do norte de Angola com que a UPA (União dos Povos de Angola) tribalmente iniciou o chamado terrorismo, termo absolutamente correto, e que deu início à chamada guerra do Ultramar.
Hoje essa guerra tem muitos nomes.
A partir desta data o mundo ficou todo contra Portugal e contra Salazar, em particular.
Na ONU, essa coisa, hoje mais ou menos desrespeitada, votou contra Nós, Portugal nas colónias africanas, entre todos os "amigos" de África, EUA e URSS, e abstiveram-se Inglaterra e França.
Estes dois já sentiam alguma vergonha, escondida, dos briosos golpistas que iam impondo nas suas ex-colónias, e que iam protegendo à base de conselheiros mercenários.
Mas Portugal e Salazar tinham um grande amigo que disfarçadamente, sem a URSS se aperceber, mandou o seu embaixador oferecer os seus préstimos a Salazar e este agradeceu: «Ouvi-o atentamente e agradeço-lhe a sua visita. Muitos cumprimentos ao Presidente Kennedy. Muito boas tardes, senhor embaixador.» (Franco Nogueira)
Passados 13 anos a URSS levou a melhor, viu-se, pelo menos pareceu.
Quem ficou na pior, previsivelmente, foram mesmo duas ou três gerações de angolanos.
E a Europa ficou com inúmeros países vizinhos que criou, a pedir "explicações".
O Salazar não queria este fim para a Europa e para África.
Cumprimentos, Antº Rosinha.
PS - Mas a Europa já nessa altura, já não podia com uma gata pelo rabo!
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Nota do editor:
Último poste da série > 22 de dezembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26300: Caderno de notas de um mais velho (Antº Rosinha) (56): Os capitães de março de 1961 que eu conheci em Angola...
Último poste da série > 22 de dezembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26300: Caderno de notas de um mais velho (Antº Rosinha) (56): Os capitães de março de 1961 que eu conheci em Angola...
4 comentários:
Bom-dia.
Podiam, ao menos, ter corrigido/normalizado tão fraquinho texto, adequando-o á ortografia, mas, lógicamente, mantendo o sentido/pretenção do mesmo.
É a minha opinião.
Sessenta e quatro abraços!
Ramiro Jesus
Congratulo o veterano António Rosinha pelo assisado recordatório e atinada síntese.
Lendo-se com a atenção que sempre merece surge referência a Salazar.
Salazar que deveria ter tido a dignidade de abandonar o poder aquando os resultados da sua política internacional se terem concretizado na ocupação de Goa pela União Indiana.
Total fracasso por muitos convenientemente esquecido.
Política internacional aparece baseada nos alicerces do então parque Portugal dos Pequeninos, com os recursos humanos,económicos, e logicamente militares,com a mesma escala.
Os anos de 1960/1961 foram evidente “separação de águas” quanto a eficiências políticas do ditador a nível internacional.
Curiosamente,as sugestões que lhe foram apresentadas por países mais ou menos “aliados”,Inglaterra,França e América do Norte,apontavam alternativas aparentemente viáveis e,economicamente vantajosas tanto para a metrópole como para o ultramar.
A tão irredutível frase “Portugal não está à venda”,bonita na sua essência mas infelizmente menos viável perante os tais “vendavais da historia” que o genial ditador deveria ter sabido……navegar!
Hoje,uma realidade internacional que em tudo ultrapassa os mais imaginativos devaneios,torna pelo menos absurdo este….”memorial”.
Um abraço do J.Belo
Os portugueses nunca fizeram o "luto imperial"...E quem viveu, como o Rosinha, em África (foi para Angola adolescente, deixando a miséria da sua aldeia nas Beiras) e perdeu tudo (ou quase tudo) com a descolonização (possível ? ideológica ? exemplar ? trágica ?, a adjetivação interrogativa é do historiador Rui Ramos) devia "poder e saber fazer o luto"...
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