Planta da Praça de São José de Bissau. Desenho de Travassos Valdez. Fonte: "África Oocidental" (1864).
Planta da Praça de São José de Bissau. Desenho de Travassos Valdez. Fonte: "África Oocidental" (1864) (Detalhes). Tinha (tem) 4 baluartes: Bandeira, Puana (ou Poama), Onça e Balança.
Guiné > Bissau > c. 1870 > A Rua de S. José, considerada como a artéria mais importante. Ia do portão da Amura, que estava aberto das 8 às 21h00, ao baluart da Bandeira.
Após o 5 de outubro de 1910, passou a designar-se como Rua do Advento da República; depois, Rua Dr. Oliveira Salazar e, após a independência, mudou em 21 janeiro de 1975, paa Rua Guerra Mendes, um dos combatentes da liberdade da Pátria, mortos em combate.
Fonte: António Estácio - "Nha Bijagó: respeitada personalidade da sociedade guineense (1871-1959)" (edição de autor, 2011, 159 pp., il,).
Guiné > Bissaau > Av República > Postal ilustrado > c. 1960/70 > : Av da República (Hoje, Av Amílcar Cabral) > Ao fundo, o Palácio do Governador, e a Praça do Império; do lado direito, a Catedral de Bissau... Sob o arvoredo, do lado direito, a esplanada do Café Bento (O postal era uma Edição Comer, Trav do Alecrim, 1 - Telef. 329775, Lisboa).
Foto (e legenda): © José Claudino da Silva (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Fonte: António Estácio - "Nha Bijagó: respeitada personalidade da sociedade guineense (1871-1959)" (edição de autor, 2011, 159 pp., il,).
Guiné > Bissaau > Av República > Postal ilustrado > c. 1960/70 > : Av da República (Hoje, Av Amílcar Cabral) > Ao fundo, o Palácio do Governador, e a Praça do Império; do lado direito, a Catedral de Bissau... Sob o arvoredo, do lado direito, a esplanada do Café Bento (O postal era uma Edição Comer, Trav do Alecrim, 1 - Telef. 329775, Lisboa).
Foto (e legenda): © José Claudino da Silva (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
António Estácio (Bissau, Chão de Papel, 1947 - Sintra, Algueirão 2022), V Encontro Nacional da Tabanca Grande, Monte Real, 2010. Foto: Luís Graça (2010) |
A propósito das mudanças de toponímia de Bissau logo no início de 1975 (*), fomos revisitar o livrinho "Nha Bijagó: respeitada personalidade da sociedade guineense (1871-1959)"
(edição de autor, 2011, 159 pp., il,). (**)
Do prefácio, escrito por Eduardo Ferreira, respigamos entretanto os seguntes excertos (**):
Do prefácio, escrito por Eduardo Ferreira, respigamos entretanto os seguntes excertos (**):
(...) Ao ler este livro não podemos deixar de pensar nas grandes figuras femininas, que foram as “sinharas” e que tanta
influência tiveram na costa ocidental
africana, em particular nos Rios da Guiné,
entre o século XVI e finais do século XIX.
Essas mulheres que eram na sua maioria crioulas, geriam com enorme maestria os negócios dos seus maridos europeus ou eurodescendentes, resolvendo conflitos, realizando pactos com as autoridades locais, de modo a que as actividades comerciais decorressem sem delongas e fossem coroadas de êxito.
A sua condição de crioula, dava à “sinhara” uma capacidade negocial ímpar, pois sendo detentora de uma dupla identidade cultural, era com facilidade que fazia a ponte entre as populações locais e os alógenos, nomeadamente os europeus.
Ficaram famosas na Guiné algumas dessas “sinharas” como:
- a Bibiana Vaz,
- a Aurélia Correia conhecida por “mamé Aurélia”,
- a Júlia Silva Cardoso também conhecida como “mamé Júlia”
- e a Rosa Carvalho Alvarenga, mãe de Honório Pereira Barreto,
entre muitas outras.
Leopoldina Ferreira, vulgo “Nha Bijagó”, é em meu entender uma das últimas grandes “sinharas” da Guiné, pois o seu perfil enquadra-se na perfeição no papel desempenhado por essas influentes mulheres africanas, referenciadas por diversos autores como foi o caso de:
- André Álvares d’ Almada na sua obra “Tratado Breve dos Rios de Guiné do Cabo Verde” de 1594
- ou de George E. Brooks com “Eurafricans in Western Africa” publicado em 2004
- ou ainda Philip J. Havik com “Trade in the Guinea-Bissau Region: the role of african and luso-african women in the trade networks from early 16th to the mid 19th century” publicado em 1994,
(...) Um aspecto particularmente interessante nesta obra de A. J. Estácio, é a ligação cronológica que o mesmo faz, entre importantes acontecimentos políticos, administrativos e militares, que tiveram lugar na então Guiné Portuguesa, e as diversas fases etárias da biografada, ainda que esses factos não tenham qualquer ligação directa com a personagem tratada neste livro!
O autor quis desse modo, dar-nos a conhecer alguns factos da história da então colónia/província da Guiné, que tiveram lugar entre 1870 e 1959, período que abarca a vida de “Nha Bijagó” (...)
O autor quis desse modo, dar-nos a conhecer alguns factos da história da então colónia/província da Guiné, que tiveram lugar entre 1870 e 1959, período que abarca a vida de “Nha Bijagó” (...)
(...) Com esta publicação, António Júlio Estácio, revela-nos mais uma vez, o seu grande apego e dedicação às coisas e às gentes da terra que o viu nascer. (...)
Eduardo J. R. Fernandes, "Prefácio" (**)
[O Eduardo Fernandes foi amigo e condiscípulo do autor no Liceu Honório Barreto, em Bissau, e na alutra, em 2011, era comentador da RDP África].
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Leopoldina Ferreira, Nha Bijagó (1871-1959) |
Aproveitando a vasta e valiosa pesquisa historiográfica do António Estácio, uma homem de várias pátrias (Guiné-Bissau, Portugal, Angola, Macau...) vamos aqui recolher e sintetizar algumas datas marcantes do desenvolvimento urbano de Bissau, correspondente ao período em que viveu a "Nha Bijagó" (1871-1959), acrescentando mais algumas de outras fontes:
(i) Leopoldina Ferreira (Pontes, pelo primeiro casamento...) nasceu em Bissau em 4 de novembro de 1871
(ii) era filha ("ilegítima", segundo a terminologia do Código Civil em vigor na época, o de 1866) de João Ferreira Crato (natural do Crato, Alto Alentejo, comerciante na Guiné);
(iii) morreu aos 87 anos, em 26 de maio de 1959;
(iv) o nominho Nha Bijagó deve tê-lo recebido da mãe, Gertrudes da Cruz (de etnia bijagó, natural de Bissau);
(v) pouco antes de ela nascer, em 1871, o 18º Presidente dos Estados Unidos da América, Ulysses Simpson Grant , proferiu a sentença referente à posse da ilha de Bolama, pertencente ao, então, distrito da Guiné, favorável a Portugal o que pôs termo ao conflito se arrastava com os ingleses;
(v) nessa altura Bissau era uma povoação encravada entre a fortaleza de S. José e um muro, com 4 metros de altura;
(vi) a igreja e o cemitério ficavam no interior da Amura;
(vii) de entre as poucas ruas e ruelas, extra-muros, a Rua de S. José era considerada como a artéria mais importante: a do portão da Amura, que estava aberto das 8 às 21h00, ao baluarte da Bandeira; após o 5 de outubro de 1910, passou ser a Rua do Advento da República; depois, a Rua Dr. Oliveira Salazar e, após a independência e a 21 janeiro de 1975 a Rua Guerra Mendes; funcionaca como "passeio público" e tinha casas de sobrado
(viii) em 1872, tinha ela cerca de um ano "quando as ruas de Bissau começaram a ser iluminadas a petróleo" mas ainda eram "poucos os candeeiros";
(x) a 1877, foi criado o concelho de Bissau, sendo de 573 habitantes a população na área murada, composta por :
- 391 nativos,
- 166 oriundos de Cabo Verde
- e, apenas, 16 europeus.
(xi) em 1879, ainda a Nha Bijagó não tinha completado os oito anos, foi “a sede do Governo transferida para Bolama";
(xii) no dia 3 de agosto do mesmo ano, assinou-se o tratado de cessão a Portugal do território de Jufunco, ocupado pelos Felupes;
(xiii) pouco antes de Leopoldina completar os 12 anos de idade, 1883, foi publicado o decreto que dividiu a província da Guiné em quatro circunscriçõess, criando-se assim os concelhos de Bolama, Bissau, Cacheu e Bolola.
(xiv) tinha ela 14 anos quando Portugal e a França celebraram [ em Paris, em 1886] a convenção referente à delimitação das possessões dos 2 países na África Ocidental e que correspondem às atuais Repúblicas do Senegal, Guiné-Conacri e Guiné-Bissau;
.
(xv) as más condições climatéricas, agravadas pela insalubridade da região, dizimavam a população de tal modo que, em 1886, Bissau era o menos povoado de todos os aglomerados urbanos da Guiné;
(xvi) tinha Nha Bijagó já 18 anos quando foi, então, lançada, em 1889, a primeira pedra para a tão almejada ponte-cais; (foi designada por ponte Correia e Lança, em homenagem a Joaquim da Graça Correia Lança Governador da Guiné., de 1888 a 1890)
(xvii) ano e meio depois, em fevereiro de 1891, o chefe dos Serviços de Saúde defendia que a capital deveria regressar à ilha de Bissau, ainda que para local ligeiramente diferente, isto é, puxando-a para a zona de Bandim que se situava “em terreno suficientemente elevado e com vertentes para a praia arenosa.”, o que, em termos de drenagem e salubridade, era, indubitavelmente, vantajoso;
(xviii) à beira de completar 22 anos, registaram-se, no interior da fortaleza, dois incidentes graves, em 1893:
- o incêndio da enfermaria militar (13 de janeiro) (vd. planta, 3);
- uma explosão (em 9 de maio);
(xvix) a 7/12/1893, a vila sofreu um grande cerco, movido por elementos da etnia Papel a que se juntaram os Balantas de Nhacra;
(xx) em 1894, é demolida uma parte do muro de 4 metros de altura que ia do Fortim Nozolini ao Baluarte da Balança (vd. planta, 11, 13), com o objetivo de se construir uma igreja católica;
(xxi) por volta dos seus 25 anos, dada a elevada densidade populacional intramuros, o governador Pedro Inácio Gouveia autorizou “o aforamento de, terrenos no ilhéu do Rei”, tendo, em 1900, ali, chegado a ser instalado um lazareto;
(xxii) a implantação da República em Portugal levou à mudança do Governador e, em 1912/13, o primeiro-tenente Carlos de Almeida Pereira manda demolir o muro que constrangia a expansão urbana;
(xxiii) Com a República há mudanças na toponímia:
- Rua de S. José > Rua do Advento da República
- Rua do Baluarte da Bandeira > Rua Almirante Reis
- Travessa Larga > Travessa do Dr. Miguel Bombarda
- Travessa da Botica > Travessa 5 d’ Outubro
- Travessa da Ferraria > Travessa Honório Barreto;
(xxiv) depois da "campanha de pacificação" do cap João Teixeira Pinto (1913/15), Bissau é finalmente objeto dum plano de urbanização que lhe permitiu crescer de forma disciplinada e segundo malha ortogonal bem definida;
(xxv) a autoria do plano é do tenente-coronel engenheiro José Guedes Viegas Quinhones de Matos Cabral que, no início da década de vinte, seria o director das Obras Públicas na Guiné;
(xxvi) para além do Mercado Municipal e do Cemitério, por detrás do Hospital, etc., procedeu-se ao aterro e à regularização do molhe da rua marginal (Rua Agostinho Coelho, numa evocação do primeiro governador da Guiné) e à construção do edifício-sede da Alfândega;
(xxvii) ao completar Nha Bijagó os seus 62 anos, teve lugar, em 1933, a transferência da sede da comarca judicial da Guiné, que passou de Bolama para Bissau;
(xxviii) em 1934, procedeu-se ao lançamento da primeira pedra para a construção do monumento ao Esforço da Raça, da autoria do Arq Ponce de Castro; as pedras foram enviadas do Porto e o monumento foi inaugurado em 1941; o único monumento colonial que resistiu ao camartelo revolucionário;
(xxvi) para além do Mercado Municipal e do Cemitério, por detrás do Hospital, etc., procedeu-se ao aterro e à regularização do molhe da rua marginal (Rua Agostinho Coelho, numa evocação do primeiro governador da Guiné) e à construção do edifício-sede da Alfândega;
(xxvii) ao completar Nha Bijagó os seus 62 anos, teve lugar, em 1933, a transferência da sede da comarca judicial da Guiné, que passou de Bolama para Bissau;
(xxviii) em 1934, procedeu-se ao lançamento da primeira pedra para a construção do monumento ao Esforço da Raça, da autoria do Arq Ponce de Castro; as pedras foram enviadas do Porto e o monumento foi inaugurado em 1941; o único monumento colonial que resistiu ao camartelo revolucionário;
Fortaleza da Amura. Foto de Manuel Coelho (c. 1966/68)
(xxix) em 1936, a Associação Comercial e Industrial da Guiné cedeu ao Estado o terreno que lhe fora concedido, o qual se destinava à sua sede e ficava em frente ao edifício do Banco Nacional Ultramarino, para no local se construir um grande edifício onde, a par do Tribunal, foram instalados os Serviços de Administração Civil, assim como os Serviços de Fazenda;
(xxx) em 1939 foi a Fortaleza de S. José, vulgo Amura, classificada como Monumento Nacional
(xxxi) em finais da década de 30 foi celebrado o contrato para a realização dos estudos de abastecimento de água, melhoramento que só se viria a concretizar na segunda metade da década de 40;
(xxxii) transferência da capital de Bolama para Bissau, em 19 de dezembro de 1941;
(xxxiii) em 1945 toma posse o novo governador, Sarmeno Rodrigues. (***)
(xxxiv) em meados dos anos 40:
(xxxiv) em meados dos anos 40:
- efetua-se um novo projecto de urbanização;
- mudam de nome as vilas de Canchungo (Teixeira Pinto) e Gabú (Nova Lamego)
- procede-se à construção do depósito de água no Alto de Intim
- assim como do Palácio do Governador;
- constroem-se moradias no “Bairro Portugal”
- surge o Bairro de Santa Luzia;
- deu-se início à edificação da Catedral, do Museu e Biblioteca, etc.
(xxxv) procedeu-se à colocação de estátuas como a do navegador Nuno Tristão, a de Teixeira Pinto, a do grande guineense Honório Pereira Barreto, etc.
(xxxvi) a Rua Honório Barreto foi, na Guiné, a primeira a ser asfaltada e reabriu em 6/4/1953;
(xxxvii) de tudo isto e a muito mais Nha Bijagó foi contemporânea, como de:
- a conclusão da nova ponte-cais, inaugurada em 18/5/1953 pelo Subsecretário de Estado Raul Ventura,
- a construção do aeroporto em Brá e à sua transferência para Bissalanca;
- a visita do Presidente da República Craveiro Lopes;
- a inauguração do edifício situado na, então, Praça do Império, onde ficou a sede da Associação Comercial e Industrial da Guiné, etc. (****)
Fonte: Adapt. livre de António Estácio - "Nha Bijagó: respeitada personalidade da sociedade guineense (1871-1959)" (edição de autor, 2011, 159 pp., il,).
[Selecão / revisão / fixação de texto para efeitos de edição no blogue: LG]
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Notas do editor LG:
4 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20311: Memória dos lugares (395): Roteiro de Bissau Velha: ruas antigas e ruas atuais, onde se localizavam algumas casas comerciais do nosso tempo: café Bento, Zé da Amura, Pintosinho, Pinto Grande / Henrique Carvalho, Taufik Saad, António Augusto Esteves, Farmácia Moderna...
27 de março de 2008 > Guiné 63/74 - P2691: Memórias dos Lugares (6): A Bissau dos anos 50, que eu conheci (Mário Dias)
(**) Vd. poste de 3 de outubro de 2011 > Guiné 63/74 - P8849: Notas de leitura (281): Nha Bijagó, de António Estácio. Prefácio de Eduardo J. R. Fernandes
(***) Vd. também > 18 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17877: Historiografia da presença portuguesa em África (98): Bissau, em 1947, ao tempo de Sarmento Rodrigues, revisitada por Norberto Lopes, o grande repórter da "terra ardente"
(****) Último poste da série > 19 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26598: Historiografia da presença portuguesa em África (470): A Província da Guiné Portuguesa - Boletim Official do Governo da Província da Guiné Portuguesa, 1908 (27) (Mário Beja Santos)
(****) Último poste da série > 19 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26598: Historiografia da presença portuguesa em África (470): A Província da Guiné Portuguesa - Boletim Official do Governo da Província da Guiné Portuguesa, 1908 (27) (Mário Beja Santos)
3 comentários:
Até às "campanhas de pacificação" do Teixeira Pinto (1913/15), a fortaleza da Amura era uma verdadeira cidadela... Só depois se derrubaram os muros ou paliçada exterior... Isto dá uma ideia de quão "amigos" eram todos uns dos outros... Os tugas, os grumetes, os papéis...
Sinhara é crioulo da GB ou português do Brasil ? ... Quem sabe responder ?
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sinhara
(si·nha·ra)
nome feminino
[Brasil, Informal] Senhora. = SÁ, SIÁ, SINHA, SINHÁ
etimologiaOrigem etimológica: alteração de senhora.
"sinhara", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/sinhara.
Aquela foto da Fortaleza da Amura, parece minha. Eu tenho várias em ângulos diferentes, mas esse local tenho uma aí no Blogue, mas julgo estar em cima da motoreta.
De qualquer forma boa foto para a nossa historiografia- (estou a aprender estas palavras novas que ´nunca antes navegadas´, pelo comum dos mortais, como eu próprio.
Virgílio Teixeira
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