quinta-feira, 5 de março de 2009

Guiné 63/74 - P3987: Recortes de Imprensa (14): Soldados mortos na guerra colonial terão memorial no Porto, JN de 5/3/2009 (Jorge Teixeira)

1. Mensagem de Jorge Teixeira com data de 5 de Março de 2009:

Caros amigos
Leiam esta notícia. Pelo menos a minha cidade vai ter um Memorial recordando os nossos mortos.

Ao Carlos Vinhal, se achar por bem, pode colocar lá na Tabanca Grande um poste.
Na nossa de Matosinhos já lá está.

Um abraço de amizade para todos.


2. Com a devida vénia, transcrevemos uma notícia inserida no Jornal de Notícias de hoje, 5 de Março de 2009




Porto

Soldados mortos na guerra colonial terão memorial no Porto.
Os 167 militares do Porto que morreram em combate nas ex-províncias ultramarinas portuguesas vão ser recordados num Memorial que será construído nas imediações do Castelo de S. João da Foz, revelou Miguel Lencastre, um dos promotores da iniciativa.

"Na cidade do Porto não há nenhum memorial que recorde os combatentes que nasceram neste concelho", frisou Miguel Lencastre, acrescentando que "alguns camaradas de armas desses combatentes não se conformaram com a situação e propuseram-se a reparar a omissão",

Nesse sentido, em meados de 2008, foi criada a Associação para o Monumento de Homenagem aos Militares do Porto que Combateram no Ultramar, cujo único objectivo é a construção do Memorial.

O projecto deste monumento, da autoria do arquitecto Rodrigo Brito, vai ser apresentado publicamente a 12 de Março, numa cerimónia que terá lugar no Castelo de S. João da Foz.

"O monumento não será majestático nem sumptuoso, mas será digno", salientou Miguel Lencastre, da direcção da associação promotora da iniciativa.

O Memorial, basicamente constituído por placas de bronze onde serão gravados os nomes dos militares portuenses que morreram em combate nas antigas colónias portuguesas, será instalado num local situado no exterior das muralhas daquele castelo, situado junto à Foz do Douro.

Segundo dados oficiais do Estado-Maior General das Forças Armadas, são 167 os militares naturais do Porto que perderam a vida na guerra colonial.

Miguel Lencastre salientou que a associação não recebeu qualquer promessa de apoio das entidades oficiais que contactou, pelo que vai contar com a solidariedade dos portuenses para reunir os fundos necessários para a construção do monumento.

"Acreditamos que será uma questão de honra para os portuenses contribuir para este memorial, que pretende homenagear os que se sacrificaram pela Pátria", afirmou.

A Associação para o Monumento de Homenagem aos Militares do Porto que Combateram no Ultramar conta como membros dos órgãos sociais, entre outros, o coronel António Feijó de Andrade Gomes, que é o presidente da direcção, e o tenente-general Carlos de Azeredo, que preside à mesa da assembleia-geral.


3. Comentário de CV

Ainda bem que o concelho do Porto vai perpetuar a memória dos seus ex-combatentes da guerra do ultramar.

Esperamos (espero) que este exemplo se multiplique pelos concelhos do País onde ainda não existe um memorial lembrando o esforço da nossa geração.

Espero que os autarcas do Concelho de Matosinhos resolvam a curto prazo homenagear os seus munícipes ex-combatentes, enquanto ainda vivos, porque já são volvidos 35 anos após o fim da guerra e nós não duraremos muitos mais.
__________

Nota de CV:

Vd. último poste de 14 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3738: Recortes de Imprensa (13): A minha Guerra - José Paulo Pestana, Correio da Manhã, de 4/1/ 2009 (José Martins)

1 comentário:

Anónimo disse...

Honremos os nossos mortos,
já que os vivos são mal tratados
e pior que isso, despresados.

cumprim/jteix
veterano de guerra
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