1. Mensagem de Mário Beja Santos, ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70, com data de 15 de Abril de 2009:
Meu prezado Carlos, Não consegui abrir o documento que diz Guerra Colonial. Vê se tem interesse, por favor.
Um abraço do Mário
2. Conteúdo da mensagem (e seus anexos) referida por Beja Santos:
Exmo. Senhor,
No seguimento da nossa conversa telefónica, junto envio um resumo das sessões do ciclo de conferencias, conforme o que me solicitou. Envio também os materiais de divulgação para a sua sessão.
Cumprimentos
Ana Sousa
CICLO DE ENCONTROS GUERRA COLONIAL: REALIDADE E FICÇÃO
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ALVERCA DO RIBATEJO
Cartaz que anuncia a intervenção do nosso prezado camarada Mário Beja Santos, na 7.ª Sessão do Ciclo de Encontros, a ter lugar no dia 23 de Maio próximo, na Biblioteca Municipal de Alverca do Ribatejo.
“Guerra Colonial: Realidade e ficção”
1ª Sessão - 8 de Março, pelas 15.30h, com o Professor Doutor Rui de Azevedo Teixeira, na Biblioteca Municipal da Quinta da Piedade.
Biografia do autor convidado:
Alferes dos Comandos em Angola (1973-75);
Licenciatura e Mestrado em Filologia Germânica ;
Doutor em Letras (Aachen / Alemanha);
Docente Universitário em Angola e Moçambique;
Professor na Universidade de Colónia e na Universidade Aberta (desde 1998);
Autor dos livros “A Guerra Colonial e o Romance Português: agonia e catarse”, “A Guerra e a Literatura”, “O Fim do Império e a Novelística Feminina”, “O Leitor Hedonista: Sobre o Romance Português e Outros Textos” e “Uma Proposta de Cânone”;
Presidente da Comissão Organizadora e organizador dos volumes de textos das Actas dos I e II Congressos “A Guerra Colonial: Realidade e Ficção”;
Consultor do documentário “Anos de Guerra. Guiné 1963-1974” (RTP 1);
Autor do documentário “A Guerra Colonial: Realidade e Ficção” (UA / RTP 2).
2ª Sessão - 31 de Maio, pelas 16.30h, com o escritor Carlos Vale Ferraz, na Biblioteca Municipal de Alverca.
Notas biográficas do autor convidado:
Carlos Vale Ferraz (pseudónimo literário de Carlos Matos Gomes), foi oficial do exército. Cumpriu comissões durante a Guerra Colonial em Angola, Moçambique e Guiné nas tropas especiais “Comandos”.
Publicou os romances Nó Cego, ASP – de Passo Trocado, Os Lobos Não Usam Coleira, O Livro das Maravilhas, Flamingos Dourados e a novela Soldadó.
Colaborou com Maria de Medeiros no argumento do filme Capitães de Abril. É autor do guião da série de televisão “Regresso a Sizalinda”, com base no romance Fala-me de África.
Autor e Co-autor de várias obras sobre a história da guerra colonial: Guerra Colonial, Moçambique 1970: Operação Nó Gordio e Guerra Colonial: um Repórter em Angola.
3ª Sessão - 19 de Junho, às 21.30h, com as Dr.as Lídia Jorge e Carina Santos, na Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira,
Bibliografia da escritora Lídia Jorge:
Romance:
O Dia dos Prodígios (1960)
O Cais das Merendas (1982 – Prémio Município de Lisboa)
Notícias da Cidade Silvestre (1984 – Prémio Literário Município de Lisboa)
A Costa dos Murmúrios (1988)
A Última Dona (1992)
O Jardim sem Limites (1995 - Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa)
O Vale da Paixão (1998 – Prémio Bordallo da Literatura da Casa da Imprensa; Prémio D.Diniz da Fundação da Casa de Mateus; Prémio PEN Clube Português de Ficção; Prémio Máxima de Literatura; Prix Jean Monnet de Literatura Européenne, European Writer of the year)
O Vento Assobiando nas Gruas (2002 – Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, 2003 – Prémio Correntes d’Escritas/Casino da Póvoa, 2004)
Combateremos a Sombra (2007)
Contos:
A Instrumentalina (1992)
Marido e outros Contos (1997)
O Belo Adormecido (2004)
Teatro:
A Maçon (1997)
Infantil:
O Grande Voo do Pardal (2007)
Bibliografia de Carina Santos, Mestre Interdisciplinar em Estudos Portugueses:
Ensaio:
“A escrita feminina e a guerra colonial”, Editora Vega, 2003. Este trabalho inovador analisa o global da escrita feminina sobre o período da guerra colonial e, assim, o entendimento feminino de uma guerra de homens, pelas mulheres apenas sentida.
4ª Sessão – 27 de Setembro, às 15.30h, com o jornalista Joaquim Furtado, na Biblioteca Municipal de Alverca.
Jornalista de rádio e televisão, Joaquim Furtado foi o locutor que, na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, leu o primeiro comunicado do MFA no Rádio Clube Português.
Sendo, autor de diversos programas, destacam-se “Os anos do Século” e mais recentemente, a série “A guerra”, galardoada com o Grande Prémio Gazeta, atribuída pelo Clube de Jornalistas. Com este programa televisivo, dedicado à guerra em que os portugueses se viram envolvidos em África, estamos perante uma investigação baseada numa cuidadosa e criteriosa pesquisa de arquivo, mas cuja construção narrativa, ao cruzar géneros jornalísticos diferenciados, possibilitou uma reconstituição de grande significado documental que, simultaneamente, permite uma melhor compreensão e abre novas perspectivas de abordagem sobre um período e acontecimentos de importância fundamental na nossa História recente.
5ª Sessão – 29 de Novembro, às 15.30h, com o escritor e ex-combatente, António Brito, na Biblioteca Municipal da Quinta da Piedade.
António Brito
Nasceu em Coimbra e é licenciado em Direito.
Antigo combatente da Guerra Colonial, aos 18 anos alistou-se nas Tropas Pára-quedistas, sendo mobilizado para Moçambique onde combateu nalgumas das mais importantes operações militares contra os guerrilheiros nacionalistas.
Colaborou em jornais de Moçambique e Portugal, trabalhou em multinacionais e escreveu argumentos e guiões para televisão. O romance “Olhos de caçador”, embora sendo uma obra de ficção, é baseado nas vivências africanas do autor na guerra de guerrilhas no antigo território português do Índico.
“Olhos de Caçador” – Sinopse
“Olhos de caçador conta-nos a história de Zé Fraga, soldado mobilizado para a guerra colonial em Moçambique. Contrabandista e passador de emigrantes, vivia de expedientes e pequenos golpes nas serranias das Beiras e na fronteira com Espanha, até ao dia em que é preso, alistado e mobilizado compulsivamente para África. O passado rústico na fronteira vai fazer dele o soldado mais adaptado à dureza do mato africano, tornando-o uma referência de coragem e liderança para os soldados da Companhia. O seu comportamento ousado e provocador fá-lo confrontar-se com o comandante, mas é admirado pelos colegas do pelotão e temido pelo inimigo.
6ª Sessão - 28 de Março, às 15.30h, com a presença de dois autores do nosso concelho, Cristina Silva e Carlos Coutinho, na Biblioteca Municipal da Quinta da Piedade.
Biografia de Cristina Silva
Cristina Silva nasceu em 1964. É docente universitária, leccionando as cadeiras de Psicologia da Comunicação e da Linguagem e Seminário de Estágio no Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
Doutorada em Psicologia da Educação, especializou-se na área de aprendizagem da leitura e da escrita, desenvolvendo investigação neste domínio com obra científica publicada em Portugal e no estrangeiro.
Em 2002 efectuou as primeiras incursões no domínio da literatura, tendo publicado até ao momento os romances: Mariana, todas as cartas (2002), Bela (2005), À meia-luz (2006) e As fogueiras da inquisição (2008)
Biografia de Carlos Coutinho
Carlos Alberto da Silva Coutinho nasceu em 1943. Mobilizado para a guerra colonial, passou dois anos em Moçambique como enfermeiro militar de Neuropsiquiatria.
Muito empenhado na agitação política, participou num movimento espontâneo e nunca articulado de criadores de cantigas de protesto que esteve na origem do “Cancioneiro do Niassa”. Regressado a Lisboa em 1969, enveredou pelo jornalismo e integrou-se mais profundamente na luta política contra o regime e a guerra colonial, vindo a ser preso em Fevereiro de 1973. Foi libertado em 26 de Abril de 1974, com a Revolução dos Cravos, tendo retomado a sua carreira jornalística em paralelo com uma actividade literária diversificada, de onde se destacam as novelas “Uma noite na guerra” e “O que agora me inquieta”, para além de diversas peças de teatro e de textos na área do jornalismo.
7ª Sessão - 23 de Maio, às 15.30h, com o Dr. Mário Beja Santos, na Biblioteca Municipal de Alverca.
“Era uma vez um menino alferes que chegou à Guiné e foi lançado no regulado do Cuor, no Leste, em 1968. A sua missão principal era proteger o rio Geba, garantindo a sua navegação, indispensável para a continuação da guerra. O alferes comandava dois aquartelamentos e alguns dos soldados mais valentes do mundo: caçadores nativos e milícias, gente que vivia no Cuor, em Missirá e em Finete. Mas havia outras missões, para além de proteger o rio: emboscar, patrulhar, minar, atacar e defender, garantir um professor para as crianças, reconstruir os quartéis flagelados, levar os doentes ao médico, praticar com o régulo, um destemido Soncó, neto de Infali Soncó que derrotara Teixeira Pinto no dealbar do século XX. Era uma vez um alferes que aprendeu a trabalhar com um morteiro 81, a emboscar na calada da noite, a enterrar os mortos e a levar os moribundos às costas. Era uma vez um alferes que se deslumbrou com as terras dos Soncó e que resolveu escrever um diário para se manter vivo e lembrar aos entes queridos que se estava a fazer um homem. A partir daquela guerra, Cuor e os Soncó viveram para sempre no coração do alferes. Era uma vez…”
Documentos de Divulgação em anexo.
8ª Sessão – 18 de Junho, às 21.30h, com Dalila Cabrita Mateus, na Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira.
Esta sessão, com o título específico “Sobre a Guerra Colonial”, será apresentada por Dalila Cabrita Mateus, Doutora em História Moderna e Contemporânea e Investigadora do Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa (ISCTE).
Obras publicadas sobre a temática da Guerra Colonial:
Memórias do colonialismo e da guerra / Edições Asa, 2004
A Pide/DGS na Guerra colonial: 1961-1974 / Terramar Editores 2004
A luta pela independência / Editorial Inquérito, 1999
Outras sessões previstas sem convidado definido:
26 de Setembro
29 de Outubro
28 de Novembro
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 24 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4244: Agenda Cultural (10): Ciclo Temático "Portugal e a Memória, Guerra Colonial", 24 de Abril a 9 de Maio de 2009, em Torres Vedras
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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1 comentário:
Se todos fossemos como o Beja Santos! Comandante de cuor e Finete . Proteger o rio Geba construir Quarteis embuscar enterrar mortos transportar moribundos garantir um professor as crianças!!!Grande Homem este nosso Amigo Alferes Doutor etc etc.
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