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Fotos (e legendas): © Mário Fitas (2009). Direitos reservados.
1. Mensagem de Branco Alves, com data de 27 de Abril:
Meus Caros Luís Graça & Camaradas da Guiné
Há alguns meses ao procurar a palavra GUINÉ, deparei casualmente com algo que desconhecia, ou seja, este admirável PONTO DE ENCONTRO dos ex-militares que de passagem por aquela TERRA se transformaram de adolescentes em homens numa rápida, dificil e desconhecida transição.
Tenho saboreado, por um lado com alguma tristeza mas por outro com um pouco de orgulho escondido, a generosidade da juventude daquele tempo que se entregou, dando a própria vida em muitos casos, e o esforço e dedicação em tudo o mais que lhe era exigido, com um esgar de esforço num momento breve para no seguinte irradiar a satisfação do sorriso no cumprimento da obrigação.
Algumas vezes viajo acompanhando os excelentes contadores de histórias no deambular das suas narrativas que tão sabiamente transmitem a sua vivência daquele tempo. OBRIGADO A TODOS ... e que apareçam muitos mais.
Tenho adquirido, sempre que possível, alguma literatura respeitante ao tema da GUINÉ BISSAU e acompanho com bastante preocupação o desenrolar sinuoso da vida daquele país; há algum tempo algumas publicações, referidas no blogue, chamaram a minha atenção, vou encontrando uma por outra, mas há uma delas que por mais voltas que tenha dado em livrarias que não consigo encontrá-la: Trata-se de Pami Na Dono, a Guerrilheira, de Mário Vicente Fitas.
Será possível encaminharem-me no sentido de obter essa publicação ? Agradeço e fico a aguardar a vossa informação, se assim o entenderem.
Bem, meus caros, certamente que perguntarão, e com bons motivos, quem é este pendura; pois estive na GUINÉ entre Fevereiro de 1970 a Janeiro de 1972 em EMPADA, BUBA e BISSAU, integrado na CART 2673, LEÕES DE EMPADA, como Alferes Miliciano e o meu nome é Branco Alves.
Um grande abraço para todos, Branco Alves.
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Caro Branco Alves,
É com imenso o gosto que te ofereço o livro Pami na Dondo, a Guerrilheira, basta dizeres para onde queres que o envie.
Antecipadamente chamo a atenção que o livro não é uma grande obra literária, mas sim um documento de grande valor para análise do que foi a Guerra na Guiné.
Fui Fur Mil de operações especiais, da CCAÇ 763, companhia em quadricula no sector de Cufar, um pouco abaixo de Empada.
A CCAÇ 763 fez a sua comissão toda em Cufar. Actuando desde Cufar a Cobumba e passando para o outro lado do Cumbijã: Camaiupa, Cachaque, Cabolol, Cobumba, Flaque Injã, Caboxanque, Cadique, Darsalame, cruzamento de Salancaur/Mejo, etc...as suas bolanhas, matas, pântanos e rios, foram itinerários das férias deste BANDO em terras da Guiné, por isso com alguma experiência (vivida).
Como o rio Cumbijã é bastante longo, envio um abraço do seu tamanho.
Mário Fitas
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Autor: Mário Vicente [Mário Fitas]
Prefácio: Carlos da Costa Campos, Cor
Capa: Filipa Barradas
Edição de autor
Impressão: Cercica, Estoril, 2005
Patrocínio da Junta de Freguesia do Estoril
Nº de páginas: 112
Advertência: Trata-se de uma obra de ficção, embora inspirada em factos reais, em especial na actuação da CCAÇ 763, os Lassas, que estiveram e viveram em Cufar, no sul da Guiné, nos anos de 1965 e 1966.
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Nota do Editor:
Vd. último poste da série de 24 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4074: O Nosso Livro de Visitas (58): Carlos Ventura, ex-combatente da Guiné da CCAV 3406/BCAV 3854 (Nova Lamego, 1972/74)
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