Foto nº 1 > Guiné > Bafatá > 28 de outubro de 2024 > A casa onde terá nascido o Amílcar Cabraçl (1924 -. 1973), hoje convertida em museu. ;Mural numa das paredes com a efígie do líder histórico do PAIGC,filho de mãe guineense e pai cabpo-verdiano
Foto nº 2A > Guiné > Bafatá > 28 de outubro de 2024 > Casa-museu de Amílcar Cabral: uma citação famosa (em crioulo):
"Nô sta na luta pa prugresu di nô tera, nô ten ku fasi sakrifisu pa nô konsigui kumpu nô tera.
"Nô ten ku kaba ku tudu injustisa, ku tudu koitadesa i sufrimentu.
"Nô ten garanti pa kada mininu ku na padidu na nô tera aôs ô amanha, tene certeza di kuma nin un mura ô paredi ka pudi tadjal"
(Amílcar Cabral)
Tradução do crioulo (LG / VQ): "Estamos a lutar pelo progresso da nossa terra. Temos que fazer sacrifício para conseguir desenvolver a nossa terra. Temos que acabar com todas as injustiças, a pobreza e o sofrimento. Temos de garantir que cada menino que nasce na nossa terra, hoje ou amanhã, possa ter a certeza de que nenhum um muro ou parede o vai deter". (Amílcar Cabral)
Foto nº 2 > Guiné > Bafatá > 28 de outubro de 2024 > Casa-museu de Amílcar Cabral > Mural
Foto nº 3 > Guiné > Bafatá > 28 de outubro de 2024 > Casa-Museu Amílcar Cabral > Parede exterior com mural... Fica junto à casa da nossa amiga Célia.
Foto mº 4 > Bafatá > 28 de outubro de 2024 > A rua que desce até a casa do Amílcar. Agora é uma valeta onde corre água das chuvas.
Guiné > Foto nº 5 > Bafatá > 28 de outubro de 2024 >Rua junto a casa onde podemos ver o Sporting... (à esquerda, a seguir)
Guiné > Foto nº 5A > Bafatá > 28 de outubro de 2024 > O edifício do Sporting (e antigo cinema), em segundo plano... Com o telhado já em ruína.
Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem do nosso amigo e camarada Patrício Ribeiro:
Data - segunda, 29 out 2024 00:36 Assunto . Viagem ao Leste no final da chuvas 2024.
Luís, publica se entenderes.
Estas outras fotos de Bafatá, foram tiradas hoje, segunda feira, às 6.30h ainda com pouca luz...antes do meu regresso, mais logo, a Bissau. (Do Gabu, já te mandei também algumas fotos.)
Estas de Bafatá são tiradas junto à casa da Célia (onde vive há 53 anos) e à casa onde dizem que o Amílcar nasceu. É a última rua paralela ao rio.
É uma zona onde moram poucos europeus, luso-guineenses e libaneses. Uma zona da cidade sem vida. Onde existem algumas repartições publicas.
Ab, Patrício.
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Nota do editor:
Último poste da série > 28 de outubro de 2024 > Guiné 61/74 - P26086: Bom dia desde Bissau (Patrício Ribeiro) (37): Bafatá e a Célia Dinis, que merecia uma estátua e não uma medalha...
11 comentários:
Cherno, meu irmãozinho: dá uma vista de olhos à minha tradução do AC, do crioulo para português. Tive mais dificuldade com a parte final...Mas gosto do crioulo, e lá vou aprendendo aos poucos...
Cabral e a sua imagem já pontificam em manif's na Avenida da Liberdade.
Lindas reportagens fotográficas, estas do Patrício.
Que desilusão, quem conheceu a bela Bafatá e agora vê estas fotografias.
É uma cidade abandonada, nem sequer foi ocupada pela população, talvez por serem as casas dos portugueses.
Amílcar Cabral escreve em crioulo aportuguesado "amanhã em vez de amaña".
Luís, julgo que a tradução no final é "...muro ou parede não pode barrar", mas o nosso amigo Cherno Baldé é que sabe.
Obrigado Patrício e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Caro Valdemar, quem dera que tivesses, naquela altura da tropa, o nivel de conhecimento do Crioulo que tens hoje, certamente terias nao 2, mas muitas bajudas de mama firme em Gabu. A tua traducao da parte final eh a mais correta, eh no sentido de que nao havera mais "barreiras".
Eu ja nao leio nem escuto os discursos inflamados dos revolucionarios como o ACabral, ja nao tenho mais ilusoes e o estado (em que isso chegou) no nosso pais e as suas cidades como Bafata, Gabu, Bolama, Canchungo etc... nao permitem continuar a sonhar nem a dormir.
Cherno AB
Tadjal=barrar, deter, impedir...Valdemar, se calhar faz mais sentido... Obrigado pelo teu contributo.
Vê a aqui a resposta do Gemini Googlea>:
Tradução do Crioulo da Guiné-Bissau para Português de Portugal
Frase origina/bl
Nô sta na luta pa prugresu di nô tera, nô ten ku fasi sakrifisu pa nô konsigui kumpu nô tera. Nô ten ku kaba ku tudu injustisa, ku tudu koitadesa i sufrimentu. Nô ten garanti pa kada mininu ku na padidu na nô tera aôs ô amanha, tene certeza di kuma nin un mura ô paredi ka pudi tadjal.
Tradução:
Estamos na luta pelo progresso da nossa terra, temos que fazer sacrifícios para conseguirmos construir a nossa terra. Temos que acabar com toda a injustiça, com toda a pobreza e sofrimento. Temos que garantir que cada criança que nasce na nossa terra, amanhã, tenha a certeza de que nada, como uma muralha ou parede, poderá detê-la.
Tradução mais livre, preservando o espírito da frase:
Lutamos para que a nossa terra avance, estamos dispostos a qualquer sacrifício para construir um futuro melhor para ela. Queremos acabar com todas as injustiças, a pobreza e o sofrimento. Queremos garantir que todas as crianças que nascem aqui tenham um futuro promissor, sem limites.
Análise da Frase
A frase original em crioulo expressa um forte sentimento de luta e esperança por um futuro melhor para a Guiné-Bissau. Ela fala sobre a necessidade de união, sacrifício e justiça para construir um país onde todas as crianças tenham oportunidades.
Alguns pontos importantes:
Luta pelo progresso: A frase enfatiza a importância da luta contínua para o desenvolvimento do país.
Sacrifícios: Reconhece que alcançar os objetivos requer esforço e renúncia.
Justiça social: Expressa a necessidade de acabar com as desigualdades e o sofrimento.
Futuro das crianças: Destaca a importância de garantir um futuro promissor para as próximas gerações.
Metáfora da muralha: Utiliza uma imagem poderosa para simbolizar a superação de obstáculos e a conquista de objetivos.
Observações
A tradução busca manter o sentido original da frase, mas adapta a linguagem para o português de Portugal. Algumas expressões podem ter nuances diferentes nas duas línguas, e a tradução pode não capturar completamente todas as nuances da frase original. O crioulo da Guiné-Bissau é uma língua rica e diversa, com muitas variações regionais. A tradução pode variar dependendo do dialeto específico.
Isso mesmo Luís, e que bom avalista foste arranjar.
Gemini Googlea IA até sabe o que é ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO
Ah! aquelas fotografias de Bafatá.
Abraço
Valdemar Queiroz
Caro Luis e Valdemar, nao sei se sabem, mas tanto o Amilcar como o seu irmao Luis Cabral so falavam o Crioulo Caboverdiano de Santiago, muito corrido, mas a diferenca era pouca e os guineenses nao tinham problemas de maior em perceber, salvo uma outra palavra. O Crioulo das ilhas eh mais proximo do portugues, como notou o Valdemar.
Cherno AB
Caro Cherno Baldé, aqueles é que foram bons tempos um encostãozinho e um beliscão.
Depois acabou o batuque e eu ' n'misti bai te kasa di bo ' e só paramos longe da luz eléctrica da cidade, que regressei por volta das 7 da manhã.
Valdemar Queiroz
Mensagem do Virgílio Teixeira (by email)
terça, 29/10/2024, 01:40
Olá a todos os companheiros.
Tentei inserir um comentário mas parece que não entrou. Vamos ver amanhã no computador.
Vou enviar algumas fotos desses tempos inesquecíveis.
Fui lá mais 4 vezes, numa paragem na nova estrada Bissau-Pirada, um vendedor de uma peça de gado pendurada numa árvore, triste pela vida que levava comentou em bom português : "Quando é que acaba essa coisa da independência...?!"
Tá tudo dito e hoje está cada vez mais actual.
Ao amigo Patricio umas fotos dos pontos principais de Bafata e da Nova Lamego que nunca esquecerei.
Afinal fizemos falta aquele povo de quem gostamos.
Por motivos da minha doença já não volto mais.
Votos para aquele povo que ainda é infeliz.
Abraço e saúde [da boa como dizia o Valdemar]
Virgílio Teixeira
Bem aparecido Virgílio.
E logo com aquela lembrança de 1985, com o homem com uma vaca pendurada numa árvore, a falar bem português e já farto da Independência.
A saúde é uma chatice, eu também já não saio de casa por causa da DPOC, a merda dos cigarros foi o que deu.
Atira-nos com mais umas fotografias do teu grande espólio daqueles tempos das terras vermelhas da Guiné.
Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz
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