1. Mensagem de António Rosinha, ex-colon, ex-retornado de Angola, ex-emigrante no "Brasiu", ex-cooperante na Guiné-Bissau do Luís Cabral e do 'Nino' Vieira, beirão, portuguès dos sete costados, grão-tabanqueiro de pedra e cal (comn 154 referências no blogue)... Mesmo tendo sido expulso do paraíso em 1974, não perde o bom humor...
Data - segunda, 11/08/2025, 18:22
Assunto - CPLP a transformar-se em CPLB?
E se, quando ao telefone, ouvimos uma voz feminina de um call center a comunicar-nos em paulista, ou carioca ou baiano, nos fizessemos desentendidos aqui em Portugal, que não entendemos aquele sotaque, como no Brasil dizem que não entendem os portugueses?
Será que pelo menos elas se esforçariam para dobrar um pouquinho mais a língua?
Gosto de ouvir o Lula ou o tal Bolsonaro,quando em Nova York na ONU, se exprimem num português perfeitamente paulista ou carioca.
Ao contrário de todos os nossos políticos, que falam em qualquer língua , conforme seja o ouvinte para quem falam nem que seja da Cochinchinha. Mas em português nunca...
Quem me inspirou esta ideia de não abdicarmos do português de Portugal, foi um treinador de futebol. Já tinha ouvido um treinador com sotaque do norte em São Paulo a mandar vir com jornalistas brasileiros. Mas com sotaque da Camacha bem fechadinho, foi um madeirense , aos microfones num jogo do brasileirão e os jornalistas entenderam tudinho, pelo menos não pediram para repetir.
Se, com doutores, são acordos atrás de acordos ortográficos, transformando um idioma ao sabor não se sabe de quem, quando há falantes de português em angolano, em cabo-verdeano, em África são 5, e ainda lá longe, Timor, e no próprio Brasil tem gauchos, nordestinos, baianos...e muitos mais, cada um com seu jeito, porque não manter a ortografia toda como está?
E entreguem o problema ao pontapé na bola, que como todo o Brasil, terra do Rei Pélé, já verificou, com este processo, "nois sintendi".
E a uniformização e globalização serão menos complicadas não mexendo na matriz, que já se mexeu demais. E os doutores,e os políticos que metam a viola no saco de uma vez por todas.
A matriz devia ser sempre respeitada.
Mas é muito difícil para todas as origens de brasileiros, entender "como é que se chegou aqui".
Há sempre o argumento que a razão está do lado da maioria, o que não faltará quem imagine um dia transformar a CPLP em CPLB.
Não estariamos com estes problemas de acordos ortográficos, se os ventos não tivessem desviado aquela "regata" de Cabral
Se, com doutores, são acordos atrás de acordos ortográficos, transformando um idioma ao sabor não se sabe de quem, quando há falantes de português em angolano, em cabo-verdeano, em África são 5, e ainda lá longe, Timor, e no próprio Brasil tem gauchos, nordestinos, baianos...e muitos mais, cada um com seu jeito, porque não manter a ortografia toda como está?
E entreguem o problema ao pontapé na bola, que como todo o Brasil, terra do Rei Pélé, já verificou, com este processo, "nois sintendi".
E a uniformização e globalização serão menos complicadas não mexendo na matriz, que já se mexeu demais. E os doutores,e os políticos que metam a viola no saco de uma vez por todas.
A matriz devia ser sempre respeitada.
Mas é muito difícil para todas as origens de brasileiros, entender "como é que se chegou aqui".
Há sempre o argumento que a razão está do lado da maioria, o que não faltará quem imagine um dia transformar a CPLP em CPLB.
Não estariamos com estes problemas de acordos ortográficos, se os ventos não tivessem desviado aquela "regata" de Cabral
que ia a caminho da Índia, e foi parar às terras de Vera Cruz.
Mas com ou sem acordo, os brasileiros lá vão escrevendo a sua história, mas em português, por enquanto.
Cumprimentos, Antº Rosinha
2. A expressão "nois sintendi" é uma forma coloquial de dizer "nós entendemos" no português falado do Brasil.
Ela combina dois desvios da norma culta: (i) "nois" → forma popular de "nós" (comum em fala informal de algumas regiões); (ii) "sintendi" → variação fonética de "entendemos" ou "entendi", provavelmente influenciada pelo som nasal e pela troca de vogais.
O uso dessa expressão costuma ser intencional para criar um efeito humorístico, caricato ou para imitar a fala de determinadas regiões ou grupos, especialmente em memes e redes sociais.
A expressão "nois sintendi" ficou popular principalmente por causa de memes brasileiros que exageram erros gramaticais e fonéticos para criar humor.
(a) Origem e contexto:
(b) Função caricatural / humorística:
Essas expressões aparecem muito em memes, bordões de humoristas e piadas de internet, e geralmente a graça está em “fingir” que se fala errado. Para o falante do portuguès de Portugal, é uma... "algarviada" do camandro... E a gente a pensar que em bom português "nois sintendi"...
Mas com ou sem acordo, os brasileiros lá vão escrevendo a sua história, mas em português, por enquanto.
Cumprimentos, Antº Rosinha
2. A expressão "nois sintendi" é uma forma coloquial de dizer "nós entendemos" no português falado do Brasil.
Ela combina dois desvios da norma culta: (i) "nois" → forma popular de "nós" (comum em fala informal de algumas regiões); (ii) "sintendi" → variação fonética de "entendemos" ou "entendi", provavelmente influenciada pelo som nasal e pela troca de vogais.
O uso dessa expressão costuma ser intencional para criar um efeito humorístico, caricato ou para imitar a fala de determinadas regiões ou grupos, especialmente em memes e redes sociais.
A expressão "nois sintendi" ficou popular principalmente por causa de memes brasileiros que exageram erros gramaticais e fonéticos para criar humor.
(a) Origem e contexto:
- surgiu de uma mistura de estereótipos linguísticos de fala rural, sertaneja ou dio interior com erro intemcional de conjugação verbal.
- começou a aparecer em fóruns, páginas de humor no Facebook e depois no Twitter e TikTok por volta de 2018–2019;
- é usada para ironizar uma compreensão óbvia ou reforçar que algo foi entendido de forma exagerada.
(b) Função caricatural / humorística:
- não é só um erro de português, é uma marca de personagem, o tal “brasileiro simples e direto” (sic) que não liga p'rá gramática e fala do jeito que acha mais fácil;
- assim como "pobrema" (problema) ou "menas" (menos), vira um meme linguístico que circula mesmo entre quem fala corretamente
- outras expressões de português deturpado muito comuns no Brasil, em linquagem coloquial: "Prástico" → plástico. | "As criança" → as crianças. | "A gente vamos" → a gente vai. | "Pruquê" → por que. | "Dibre" → drible (famoso por causa do jogador Denílson). | "Almoçei" → almocei, mas dito com “l” bem marcado. | "É memo?" → é mesmo? | "Nois vai" → nós vamos)
Essas expressões aparecem muito em memes, bordões de humoristas e piadas de internet, e geralmente a graça está em “fingir” que se fala errado. Para o falante do portuguès de Portugal, é uma... "algarviada" do camandro... E a gente a pensar que em bom português "nois sintendi"...
(Pesquisa: IA / ChatGPT + LG | Revisão / fixação de texto, negritos, título, links: LG)
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Nota do editor:
Último poste da série > 11 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27111: Felizmente ainda há verão em 2025 (14): e sentados à mesa redonda ou oval somos todos iguais...os do Norte e os do Sul... (Luís Graça)
Nota do editor:
Último poste da série > 11 de agosto de 2025 > Guiné 61/74 - P27111: Felizmente ainda há verão em 2025 (14): e sentados à mesa redonda ou oval somos todos iguais...os do Norte e os do Sul... (Luís Graça)
2 comentários:
Mais de 50% dos brasileiros são de origem afro-brasileira... O português de lá é muito "acrioulado"...
"Brasiu" é uma forma de escrever e falar a palavra "Brasil", de um jeito muito informal e com aquele toque de humor e carinho, bem típico das conversas mais descontraídas nas terras de Vera Cruz e agora também nas redes sociais...
A origem dessa grafia vem da própria pronúncia do brasileiro. Em muitas regiões do país, a letra "l" no final de palavras, como em "Brasil", tem um som de "u". Ao pronunciar "Brasil" de forma rápida e natural, o som que sai muitas vezes é parecido com "Brasiu" (com o ditongo "iu" arrastado...).
"Brasiu" é muito frequente vir grafado em memes e redes sociais, em legendas de fotos, comentários e piadas "online"... Muito comum também nas conversas informais... Enfim, é um forma leve, descontraída, coloquial, de se referir ao país, às vezes com orgulho e carinho, outras vezes com ironia...
Afinal, o Brasil é único, do tamanho de um continente... E depois a vida são dois dias e o carnaval do Brasiu... são três!
Vamos lá a ver se a gente "sintendi"... Há o português padrão, o que aprendemos na escola, nos dicionários, nas gramáticas, nos livros dos escritores... O papel dos dicionários é registar o léxico da norma padrão, seguindo a ortografia em vigor... Infelizmente tendem a descurar / desprezar as variantes dialectais e populares, que ainda fazem parte do falar de certas comunidades ou surgem em textos literários.
Ocorrem-me algumas palavras que ainda se ouvem (ou ouviam) na minha terra: açucre, pregunta, charro, arraia, febra, auguenta, áuga, saluço, mrenda, comprativa, fevrêro...
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