- um fur enf;
- três 1ºs cabos aux enf.
- os soldados maqueiros só existiam nas CCS.
4. Outro batalhão, a que esteve adida a CCAÇ 12, o BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) tinha, a CCS: 
- 2 alferes médicos (mas eu, em meados de 1970, só conheci um) (trazia também um capelão, o nosso amigo Arsénio Puim);
- 1 fur mil enf;
- 1 cabo aux enf;
- 4 soldados maqueiros;
- 1 cabo analista de águas.
As CART 2714 (Mansambo)  e 2715 (Xime)  tinham,  cada um delas:
- 1 fur mil enf;
- 3 cabos aux enf.
A CART 2716 (Xitole) só dispunha originalmente de 1 fur mil enf + 2 cabos aux enf.
5. Descendo ao nível de uma subunidade, como a CCAÇ 12, companhia de recrutamento local, que foi subunidade de intervenção ao serviço do BCAÇ 2852  (Bambadinca, 1969/70) e depois do BART 2917 (Bambadinca, 1970/71)...
Em comentário à publicação do álbum de Fernando Andrade Sousa que foi 1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, entre maio de 1969 e março de 1971), e mora na Trofa, já escrevemos aqui me tempo o seguinte:
É inacreditável como é que a CCAÇ 12, uma subunidade de intervenção, só tinha dois enfermeiros operacionais para alinhar no mato, aliás, dois 1ºs cabos aux enf, o Fernando Sousa e o Carlos Alberto Rentes dos Santos.
E este último só por pouco tempo, já que foi trabalhar como carpinteiro (!) no reordenamento de Nhabijões!... 
O 1º cabo aux enf José Maria S. Faleiro foi cedo evacuado para a metrópole, por doença infetocontagiosa (hepatite, segundo creio) e só muito mais tarde foi substituído pelo 1º cabo aux enf Fernando B. Gonçalves [de quem já nem me lembro a cara].
Os alf mil medicos e os furrieis mil enfermeiros (como era o caso do nosso João Carreiro Martins, de resto já enfermeiro na vida civil ) não alinhavam no mato (!), sendo cada vez mais absorvidos pelas tarefas de prestação de cuidados de saúde às populações civis!... E não tinham mãos a medir!
Spínola parecia confiar apenas no HM 241, nos helicópteros da FAP e nas enfermeiras paraquedistas que vinham fazer as evacuações Ypsilon!... 
Mas é legítimo perguntar-se: quantos camaradas nossos não terão morrido por falta de primeiros socorros e reanimação no mato?!... 
A vida ali contava-se ao segundo... 
E nenhum de nós, graduados, capitão, alferes, furriéis ou cabos, tinha aprendido na academia militar, ou recruta e na especialidade (tratando-se de milicianos ou praças do cointingente geral) a fazer um simples garrote para estancar um ferimento de bala numa perna ou num braço!... Muito menos administrar um soro... Ou dar uma injeção de morfina!... É que os enfermeiros também eram alvos a abater, no caso de uma emboscada no mato...
Nunca vi ninguém protestar por esta insólita situação. Aliás, protestava-se pouco. A nossa geração nasceu já com a canga em cima! A malta comia e calava...
A política "Por uma Guiné Melhor" levou Spínola a "canibalizar", literalmente,  o seu próprio exército: alguns dos nossos melhores operacionais eram afetados a missões civis, como os reordenamentos, os postes militares escolares e os serviços de saúde! ... E mais: os nossos melhores operacionais (alferes e furrieis) iam para as "africanas"...
Spínola tinha pressa em "roubar" as populações ao PAIGC... Spínola sempre quis superar o Amílcar Cabral... Ficar na história da Guiné. E até de África. Não o deixaram, os capitães do MFA, fazer o referendo que ele tanto secretamente ambicionava. 
Não temos dúvidas que, taco a taco, ele ganharia ao Amílcar Cabral em 1972, antes de este ser assassinado. Miseravelmente, pelas suas próprias criaturas. 
Tinha os fulas e os manjacos e os felupes, a seu lado, e um parte dos balantas e mandingas e dos papéis. E a pouco e pouco reconquistaria o coração dos "guinéus". Era só uma questão de tempo... Mas ele tinha o tempo contra si!... O tempo histórico.  E depois do 25 de Abril de 1974, já era tarde... demais. 
Sim, Spínola queria conquistar os guinéus. Não pela força das armas mas pela força da razão e do coração. Ouvi este trocadilho por diversas vezes. 
Com a melhor das intenções, seguramente, mas a verdade é que Spínola e os spinolistas acabaram por desfalcar as companhias que andavam na "porrada"... 
Enfim, não sabemos  o que se passava com as tropas especiais,que tinham outro estatuto e poder reivindicativo... Seria interessante saber como estavam organizados os serviços de saúde nos destacamentos de fuzileiros especiais, nas companhias de comandos, no BCP 12...
Mais: a CCAÇ 12 é obrigada a participar diretamente no "projecto de recuperação psicológica e promoção social da população dos Nhabijões", ao tempo do BCAÇ 2852 (e depois do BART 2917), fornecendo uma equipa de reordenamentos e autodefesa, constituída pelos operacionais:
- alf mil António Carlão (cmdt do 2º Gr Comb, transmontano, oriundo do CSM,  já falecido);
- fur mil at inf Joaquim M. A. Fernandes (cmdt da 1ª seção do 4º Gr Comb; será ferido numa mina /AC à porta do reordenamento, em 1371/1971);
- 1º cabo at inf Virgílio Encarnação (cmdt da 3ª seção do 4º Gr Comb);
- sold arv at int Alfa Baldé;
- (e adicionalmente) sold cond auto Manuel Costa Soares (morreu  na mesma mina A/C a 13/1/71 em Nhabijões; nunca conheceu a filha pequena que deixou na terra).
Foram tirar o respectivo estágio a Bissau, de 6 a 12 de Outubro de 1969, os quatro primeiros, estava  a CCAÇ 12 há três meses em Bambadinca, às ordens dos "veteranos" do  BCAÇ 2852...
Foram ainda requisitados à CCAÇ 12 dois carpinteiros, um  1º cab at inf (cujo nome ainda consegui saber) e próprio 1º cabo aux enf Carlos Albertos Rentes dos Santos.
A CCAÇ 12 tinham 24 operacionais (graduados e 1ºs cabos atiradores), metropolitanos ( os restantes eram especialistas), e uma centena de praças do recrutamento local, praticamente todos fulas,  distribuídos por 4 grupos de combate.
 Os especialistas, metropolitanos (condutores auto,  mecânicos, transmissões, cripto, enfermagem,  etc..) eram  menos de 4 dezenas elementos ( viemos todos, uns 60, no T/T Niassa em 24/5/ 1969; pertencia os á CCAÇ 2590).
Os 4 elementos operacionais brancos que são retirados à companhia (futura CCAÇ 12), representavam... um 1/6 do total!
Na prática, e durante muitos meses, o pobre do 1º cabo aux enf Fernando Andrade Sousa era o único a "alinhar no mato", dos 4 elementos iniciais da equipa de saúde!... (A CCAÇ 12 não tinha, de resto, soldados maqueiros, que só existiam nas CCS;  é possível que, por vezes, tenha alinhado o pessoal sanitário da CCS em operações a nível de batalhão.)
E o Fernando também tinha, além disso, de integrar as equipas de "ação psicossocial" (!), por exemplo, as visitas às tabancas, vacinação, etc....
E mais: ia todos os dias para o posto de saúde quando estava em Bambadinca!... E ainda foi destacado, dois ou três meses, no princípio de 1970, para o Xime da CART 2520, que estava sem enfermeiro!...
Em conclusão foram homens como o Fernando Andrade Sousa, "marca car*lho...",, como se diz no Norte, que seguraram as pontas desta "p*ta... de guerra"!... 
Julgo que levou, no fim, um louvor, averbado na caderneta militar, como seria, de resto, da mais elementar justiça!... Era o mínimo que  o capitão lhe podia dar!
O Sousa vive na Trofa. E infelizmente não está  bem de saúde. Já não me reconhece quando lhe telefono. Era o campeão dos convívios anuais. Até há uns anos atrás não faltava a nenhum. É uma dor de alma, amigos e camaradas!
________________
Nota do editor LG:
Último poste da série > 15 de outubro de 2025 > Guiné 61/74 - P27321: A nossa guerra em números (40): em 1967, no CTIG, existiam 76 tabancas em autodefesa, 350 com armamento distribuído, e 20 mil "mausers" (c. 12 mil em mãos de civis)