sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12034: Os nossos seres, saberes e lazeres (56): De comboio, até ao Pocinho, e visita ao Museu do Côa, com os grã-tabanqueiros Margarida e Joaquim Peixoto (Luís Graça / Alice Carneiro)


Marco de Canaveses, Paredes de Viadores, Candoz, Tabanca de Candoz > 3 de setembro de 2013 > Nascer do sol, do lado do concelho de Baião, em frente. O rio Douro corre ao fundo vale, do lado direito. Serra de Montemuro (e Cinfães, não visível), também do lado direito,



Baião > Mosteirô > Linha do Douro > Estação de Mosteirô > 3 de setembro de 2013 > É aqui apanhamos comboio para o Pocinho, nós, os da tabanca de Candoz (eu, a Alice e os meus cunhados Gusto e Nitas), que fica a 10/15 minutos, de carro, da estação de Mosteirô. Aguardamos aqui os nossos amigos Laura, do Porto, e o casal Peixoto, Joaquim e Margarida, de Penafiel.


Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro de 2013 > Os "novos" comboios da REFER, comprados aos espanhois em segunda mão, num negócio discutível... Têm ar condicionado, as janelas não se podem abrir, os vidros andam sujos, para desespero dos amantes da fotografia.... Cartão vermelho para a CP.





Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro  de 2013 > Alice e Marharida, em primeiro plano.


Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro  de 2013 > O "Doruo Azul" navegando no Rio Douro, paralelo ao comboio.


Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro  de 2013 > Paragem no Tua. Em primeiro plano, o Joaquim Peixoto.



Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro  de 2013 > Um trecho fabuloso do Rio Douro...  A seguir ao Cachão da Valeira, não posso precisar onde.


Vila Nova de Foz Coa > Pocinho > 3 de setembro de 2013 > A empresa "Douro Total" leva-nos, de jipe (9 lugares), ao museu de Foz Coa.



Vila Nova de Foz Coa > Restaurante do Museu do Côa >  3 de setembro de 2013 > Almoço: excelente menu, excelente carta de vinhos, serviço profissional... O menu turístico são 11 euros... Mais garrafas de vinho "Tons de Duorum Doc Douro Tinto 2011" (magnífico!), pagamos menos de 15 euros cada um... Vista soberba sobre o rio e as suas margens... Durante a refeição, o nome de alguns camaradas da Guiné vieram à baila, por várias razões: o Zé Manel Lopes, produtor de vinhos Douro Doc; o João Crisóstomo, que ajudou, com a sua campanha internacional, a salvar as gravuras de Foa Coa mas também toda esta fantástica região, incluindo a famosa Quinta da Erva Moira (onde já foi recebido principescamente, segundo ele próprio me contou)...


Vila Nova de Foz Coa > Museu  do Côa > 3 de setembro de 2013 >  Da direita para a esquerda, Laura Fonseca, Margarida Peixota e Ana Soares (Nitas).


Vila Nova de Foz Coa >  Museu  do Côa > 3 de setembro de 2013 > Alguns dos conteúdos (1)


Vila Nova de Foz Coa > Museu  do Côa  > 3 de setembro de 2013 > Alguns dos conteúdos (2)


Vila Nova de Foz Coa > Pocinho > 3 de setembro de 2013 > Alguns dos conteúdos (3)


Vila Nova de Foz Coa > Museu  do Côa  > 3 de setembro de 2013 > Alguns dos conteúdos (4)


Vila Nova de Foz Coa > Museu  do Côa  3 de setembro de 2013 > Saída exterior do edifício (que é da autoria de jovens arquitetos da escola do Porto, Tiago Pimentel e Camilo Rebelo). Regresso a casa no comboio das 17 e picos... 

É um dos passeios mais bonitos e emocionantes (e mais baratos) que o pobre do tuga pode ainda hoje fazer na sua terra (que, para muitos, está por descobrir)... É a 3ª vez que vou ao Pocinho, de comboio... Mas o plano original era ir de barco (da empresa Douro Total) até Barca de Alva. Estvámos  a pensar em convidar vários casais. Uma avaria de última hora, no braco (que leva até 16 pessoas),  estragou-nos os planos. Fica para a próxima. A solução de recurso também não foi pior, na opinião dos meus amigos e companheiros de viagem. Todavia, a Alice achou, desta vez,  o Douro "mais descuidado"... Há muita gente a mandar ou a querer mandar. Ou se calhar há aqui um problema de autoridade... E as populações locais, por seu turno,  pouco ou nada ganham com os cruzeiros do Douro Azul & quejandos... Por favor, tugas, não matem a galinha dos ovos de ouro, como fizeram com o Algarve e se preparam para fazer com a costa vicentina alentejana... Neste país, parece que  não se sabe amar sem violar,,, (LG).

Fotos (e legendas): © Luís Graça  (2013). Todos os direitos reservados

1. Mensagem dos nossos tabanqueiros Margarida e do Joaquim Peixoto, de 7 do corrente:

Aos meus amigos Alice e Luís Graça quero agradecer o maravilhoso passeio de comboio que nos proporcionaram, até ao Pocinho, seguindo de carro até Foz Côa, onde degustámos no restaurante do Museu um delicioso almoço confeccionado com carne da região acompanhado por um delicioso vinho.

A viagem de comboio foi cheia de emoções e alegria, não só pela maravilhosa paisagem que o nosso olhar abrange ao longo do inigualável rio Douro, ora correndo em estreito leito ladeado por escarpas, rochas com efeitos fabulosos, ora deslizando num largo e aprazível leito, onde a encosta desenhada com as famosas vinhas do Douro, ( onde se destacam aqui e ali as majestosas casas e quintas dos produtores vinhateiros, que levam o seu néctar a outros mundos), refletem nas águas do rio as suas belas folhagens.

A paisagem é deslumbrante, a costa muda constantemente de aspeto conforme o comboio vai serpenteando a linha férrea ou a luz do sol pinta de cores diferentes a vegetação, contrastando o azul do céu com as águas calmas do rio, onde a paisagem e a cor do azul celestial se confundem com o verde caudal, transportando-nos a quais telas pintadas por famosos pintores que traduzem para quadros valiosos o que a Natureza se encarrega de embelezar no mundo em que vivemos..

Foi um dia repleto de boas sensações, de esquecimento do quotidiano, de bem estar, não só, como já referi, pelo magnífico panorama que desfrutámos, mas também,  e ainda mais importante, pela companhia que tivemos.

Obrigados,  Nitas e marido, Gusto,  pela vossa amizade e camaradagem.

Obrigados,  Laura,  pela simpatia e naturalidade em nos integrar nas suas amizades.

Bem hajam, Alice e Luís,  por, mais uma vez, mostrarem a vossa amizade, camaradagem e solidariedade compartilhando as vossas amizades connosco.

Da nossa parte retribuímos com todo o carinho a nossa amizade e sensibilidade.

A todos vós, em especial a ti, Alice, e ao Luís,  um forte e carinhoso abraço dos amigos,

Margarida e Joaquim Peixoto.

7 comentários:

Luís Graça disse...

Da visita a belíssima (e escaldante!)região do vale do Côa (onde já tinah ido nos anos 90), pude, com mais dados, reconstituir ou a vida (duríssima) dos nossos antepassados do Paleolítico Superior...

Durante a viagem de regresso, glosei o tema: "O homem de Mazouco, andava muito e comia pouco. E onde almoçava, não jantava!"... Lemberi-me da nossa condição na Guiné, enquanto operacionais da tropa-macaca...

Foz Côa deve ser, juntamente com a Amareleja, no Alentejo o sítio mais tórrido de Portugal... Disseram-me (o nosso guia-condutor Mário Costa, da Douro Total) que este ano tiveram temperaturas, no sítio do Fariseu, superiores a 50 graus...

Um abraço para o Mário pela sua gentileza e disponibilidade.

Anónimo disse...

Luis

Bem ido à minha Vila (cidade!).
Só duas ou três cousas:
1 - Do Museu vês o Douro mas também vês o Côa, mas mal(!) porque as salas do lado oeste do Museu em vez de janelas têm frestas, que mal deixam entrever o Côa e o exacto lugar em que ele desagua no Douro (Foz-Côa), passando por debaixo da ponte férrea meia destruída (devido ao abandono/fecho da linha do c.f.). Só do lado de fora do Museu (cobertura), que, estupidamente, não tem uma antepara (murete) para se pode ter uma vista total.
Descendo à foz do Côa a pé ou de carro (trajecto digno de rally) é que se tem a perspectiva do Museu/bunker (visto de cota inferior).
2 - Foz-Côa tem um clima tórrido no Verão, mas de Inverno enregelas.
3 - É óbvio que os cruzeiros no Douro (como estão desenhados) NADA interessam às zonas e populações ribeirinhas. Ainda é pior que os cruzeiros que passam pelo Algarve, porque aí os passageiros desembarcam pelo seu pé e, durante as poucas horas que permanecem no porto, podem, pelo menos almoçar e fazer umas compritas...

De qualquer modo, gostei que tivesses gostado.
Abraço
Alberto Branquinho

Hélder Valério disse...

Tenho um familiar que nasceu por essas bandas, mais propriamente em Mós, Freixo de Numão.
Quase todos os anos dizemos: "para o ano é que vamos conhecer a tua terra". E isto em anos sucessivos...

Enquanto não acontece vamos vendo estas reportagens. Já não é mau!

Abraço
Hélder S.

Luís Graça disse...

Branquinho:

Imaginava-te alto beirão da Covilhã. não sei porquê... Associação de ideias, já que o teu mano vive lá...

Quanto ao museu, e às suas vistas (sobre o Douro e o Côa), obrigado pelas tuas dicas. A minha visita foi uma em grupo, logo menos apurada e detalhada, sem guia, e ainda por cima, um pouco em contrarrelógio... Tive apenas uma... hora, já que o repasto foi prolongado!

O projeto arquitetónico, esse, pareceu-me interessante (para um museu de sítio), mas o edifício é capaz de ser "excessivO", em termos volumétricos, o que não deixa de estar a causar problemas de gestão...

O Estado retirou os apoios à Fundação, e dizem que não há dinheiro para algumas despesas correntes, como o ar condicionado, etc. Mas gosto do edifício: sinto-me numa caverna do paleolítico, quando ainda havia glaciares nesta região... e os nossos antepassados, recoletores-caçadores e artistas rupestres faziam longas marchas entre o Coâ e Siega Verde (, hoje em Espanha: vd.http://www.siegaverde.es/)...

Esteticamente, adoro aquelas paisagens e recomendo vivamente ao Hélder que vá lá fazer um visita (extensiva a Freixo de Numão, Freixo de Espada à Cinta e ao Douro Internacional...)... É obrigatório a um cristão antes de morrer. E sobretudo de lhe dar a maldita doença do alemão...

São paisagens de cortar a respiração. Ah!, no verão leva uma meia dúzia de cantis de água. Aquilo é pior que a Guiné. A um dos núcleos museológicos, o mais espetacular, o Fariseu, só aconselham a ir de noite. Em agosto, em noite de luar, parece-me que é a melhor altura para ver as gravuras... Fui lá logo a seguir à criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa, há 17 anos... Não conhecia o museu, que é recente...

Hélder, do Porto até ao Pocinho, de comboio, é uma viagem lindissima e barata... E quando lá fores, passas por duas pontes em pedra, antes de Porto Antigo (albufeira da barragem do Carrapatelo) e de Mosteiró. Da primeira vês a Quinta de Candoz. Se algum dia quiseres lá ir, apita-me. Pode ser que esteja e te faça companhia... Do Porto, vem de preferência no comboio das 7 da manhã. Antes e depois das vindimas, são boas alturas para se ir ao Pocinho. Da Régua para a frente é um deslumbramento. Também sou fã do Douro Internacional, a seguir a Barca d'Alva.

Luís Graça disse...

Ver aqui uma divertida reportagem dos nossos camaradas, sempre bem dispostos, de O Bando do Café Progresso... Quem puxou a carroça (neste caso, o comboio) foi o Jorge Teixeira, mais conhecido como o Portojo, o maior fotógrafo da Imbiqueta... Os turistas também se queixaram da limpeza dos vidros das janelas...


http://bando-do-cafe-progresso.blogspot.pt/2013/08/117-operacao-almoco-no-pocinho.html

http://bando-do-cafe-progresso.blogspot.pt/2013/08/p118-operacao-almoco-no-pocinho-2.html

Unknown disse...

Há tempos perguntaram-me porque tinha deixado a frequência do blogue. Respondi que não tinha mais histórias. Os grandes historiadores também raramente publicam. Lembrei ao correr do teclado do Branquinho, do Vasco da Gama, sem desprimor para quem esqueço.
Também disse que o blogue já não segue a linha para que foi criado. No meu entender.
Bom, acabo de confirmar isso mesmo com esta postagem.
Curiosamente, hoje muito comentada num meio guineense. Quere-se dizer, de ex-combatentes da Guiné.

A. Vilela disse...

Amigo Jorge: Como apareço aqui!!Para fazer o seguinte comentário. Independentemente de seguir ou não o caminho traçado ao Blog., isso eu não sei, quero dizer-te que não fui à Guiné como sabes , fui a Angola, no entanto, tenho-me servido do trabalho excepcional do Blog.para ter descoberto muito do que se passou com um irmão que esteve em XE-XE em 1968, e por aí adiante.Quanto ao espectacular comentário sobre o passieo ( Porto, Pocinho )também gosto. Quem não devia ter gostado muito da opinião sobre Foz Côa é o meu amigo e ex-camarada de Bat. de Angola António Gouveia ex-Presidente da camara. De qualquer forma só pelo almoço lá valeu a pena .Mas não baixem os braços, porque todos nós gostamos disto. Temos cá dentro o bixinho.Ainda no Domingo passado estive no Porto - Antigo , é lindissimo e recomendo.Uma vez mais um abraço. A.Vilela.