Guiné > Região de Tombali > Ilha do Como > 1964 > Croquis da Op Tridente (de 14 de Janeiro a 24 de Março de 1964) .... "A designada Ilha do Como é, na realidade, constituída por 3 ilhas: Caiar, Como e Catunco mas que formam na prática um todo, já que a separação entre elas é feita por canais relativamente estreitos e apenas na maré-cheia essa separação é notória" (...). O Mário Dias desenhou este croquis com base na carta da província da Guiné (1961).
Infogravura: © Mário Dias (2005). Direitos reservados.
O Palmeirim de Catió é o Joaquim Luís Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Os Palmeirins (Catió, 1964/66). Publicamos hoje a quarte parte das suas crónicas (1),em que se relata a viagem da sua unidade, colocada na Ilha do Como, em Outubro de 1964, sete meses despois da Op Tridente, em que participou o nosso camarada Mário Dias, cujo testemunho, inédito, tivemos o privilégio de inserir no nosso blogue (2).
Marcha para a Ilha do Como
Em dia certo de Outubro [de 1964], a Companhia 728 fez as malas e teve de avançar para o sul da Guiné.
A companhia 726 já tinha seguido para Guileje, de má fama (3). Seria lá que tudo iria ser jogado. O nervosismo inicial, de quando se conheceu o destino, foi abrandando e o desejo geral era de que, quanto mais depressa, melhor.
A secção de espólio, comandada pelo alferes Barros dos Santos, com o 1º sargento Santos e o sargento Gaspar, já tinha feito a recepção do material, no próprio quartel, na ilha do Como. As suas impressões não eram tão más como isso.
A companhia que íamos render (4) já tivera o grande trabalho de construir, de raiz, as instalações mínimas que havia e, segundo disseram, limitava-se a marcar presença no terreno. Nunca fora atacada, depois de terminar a grande operação que a deixou lá [, a Op Tridente] (2).
À parte as privações derivadas do isolamento total e a dependência do abastecimento de água potável e mantimentos, feito a partir de Catió, a maior dificuldade estava em manter o pessoal activo e disciplinado, enquanto o tempo passava lentamente.
Por isso, o moral que reinava era positivo e, até, dominado por uma certa curiosidade pelo desconhecido.
De novo, o Geba foi a nossa rampa de lançamento. Toda a Companhia foi transportada em Unimogues até ao cais buliçoso de Bissau.
Uma grande barcaça de aço acinzentado, da marinha de guerra, com uma secção de fuzileiros, parecia uma grande banheira, de linhas nada aquático-dinâmicas, ali estava espalmada sobre as águas baças do gigantesco rio tropical.
Apenas uma pequena torre de comando, com duas metralhadoras pesadas, colocadas em sítio dominante e um vasto terreiro, de chapa singela, totalmente vago, assente sobre as águas.
Depressa engoliu toda a Companhia, algum material de apoio e ainda sobrou espaço para o grupo de gente nativa, de homens, mulheres e crianças interessados na boleia até Catió e, mais, o cão vadio, que ia ser a mascote da companhia com o posto de sete vinte e oito.
O pessoal, já armado de G-3 individual, mais 3 bazucas e 3 morteiros, tinha o encargo da autodefesa, durante a viagem. Esta ia ser feita em dois troços, sempre em águas de rio.
O primeiro, no estuário, quase oceânico, do Geba, até Bolama, a 2ª cidade da Guiné e sede das forças de Marinha. O segundo, até Catió, pelo rio Corubal (5). Dois dias. No 2º, havia que contar com as marés do Corubal (4) que lhe triplicavam a gorda superfície caudalosa..
A zona atravessada era pacífica, segundo se dizia. Por isso, um certo espírito de turismo dominou toda a expedição…
O deslumbramento do arvoredo farto que pendia sobre ambas as margens, o esvoaçar constante dos gigantescos jagudis, multicolores, de bico rubicundo, o bando de gaivotas a rodopiar à nossa volta para se deleitarem com os restos, uma granada de mão ofensiva que, de vez em quando, se desprendia de mão anónima, sobre o seio das águas turvas do rio, logo tapadas por uma manta prateada de peixes atingidos pelo estampido mortal, para gáudio das gaivotas persistentes; um tiro, furtivo, de algum soldado mais atrevido, sobre a carapaça do bando de crocodilos pachorrentos, que emergiam das águas salobras, tudo ia tornando aquela viagem numa aventura saborosa, bem ao jeito da nossa idade juvenil.
A bravura castrense do nosso, agora, capitão já dava sinais de amolecimento. Já se tinha abeirado da ralé, surpreendente, ajudando à festa, com um bem timbrado desfiar de fados de Coimbra e do hino da sua terra natal
- Oh Castelo Branco, Castelo Branco…
O vigoroso Sasso, com a voz rouca, crestada pelo cigarro, em fornalha permanente, acompanhava-se à viola, nos fados alfacinhas; as desgarradas brejeiras do furriel Brás, embrulhadas, também, na sua viola inseparável; o corpulento sargento Gaspar exibia, pela centésima vez, as suas habilidades circenses, em mais um flic-flac; o espírito, até aí, oprimido dos soldados começava a despontar, natural e as distâncias artificiais da parada do quartel dissipavam-se, lentamente, sem detrimento do entranhado respeito pelos superiores.
Sentia-se que um espírito de grande família, amiga, estava a despertar, decidida, sobretudo, a defender a vida de todos e de cada um dos seus elementos, onde quer que fosse, nos próximos dois anos.
Entretanto, o cheirinho da bifalhada que vinha da cozinha dos marujos, das batadas fritas e ovos estrelados, obrigava-nos a recorrer à ração de combate, de 1ª categoria, com que foramos prendados. A cerveja fazia o resto.
Pela tardinha, a LDM, escoltada à distância pela temida corveta da marinha, aportava à calma cidade de Bolama. Uma recepção festiva dos camaradas marinheiros e um jantar caseiro melhorado deram-nos uma noite inesquecível nas casernas prontamente partilhadas.
Um mergulho na piscina, no dia seguinte, deu-nos alento para mais uma etapa, a última daquela façanha que, em vão, se afigurara temível. Agora o rio Corubal (5) ficava mais estreito e sinuoso. A zona que atravessava era território dominado pelos turras. Ficavam por ali perto, dentro das matas impenetráveis, grandes acampamentos, até então, inexpugnáveis. Fula Kunda Ur, Bedanda, Cantanhês, Dar Es Salam… Eram as casas mansas dos turras ( aquartelamentos simples) donde partiam com as operações estudadas, contra nós, logo abandonadas, assim que sentiam uma pressão insustentável. Por isso, todo o cuidado era pouco. Uma emboscada, numa curva do rio, na zona mais estreita, era bem possível.
Daí até à Ilha do Como não demorou muito, aproveitando-se a maré-cheia. Deu para descarregar tudo e seguir a pé até ao aquartelamento, a partir do cais tosco construído pela nossa tropa.
Estávamos na época seca. Não houve problema em percorrer os 800 metros de terra batida, assente em toros de palmeira estendidos, transversalmente, de modo a dar para os rodados de um unimogue pequeno. O terreno era baixo e todo ele roubado à bolanha.
Subindo para o interior da ilha fomos dar logo com o quartel que iria ser o nosso castelo, nos próximos meses. Era do tamanho da cerca de dois campos de futebol, em forma de quadrilátero. As paredes eram feitas de troncos de palmeira cravados na terra e justapostos, com a altura de uns 2 metros e picos.
À sua volta, em reforço, uma barreira em bidões de chapa, cheios de terra, encastelados. Na paliçada de toros de palmeira, justapostos ao alto, havia seteiras para se divisar ao longe e fazer fogo, em caso de ataque.
Ao meio de cada lado, perpendicular à estrada, duas portas de armas largas, para passagem de viaturas. Por uma entrada oblíqua, para evitar o devassamento interior.
Um fortim reforçado e sobreelevado, em cada um dos cantos e ao meio de cada um dos lados. Ali permaneciam as sentinelas, dia e noite, cumprindo a vigilância, de uma importância e responsabilidade total…
Dois grandes embondeiros, ao centro do quartel, davam sombra e abrigo sobre uma parte substancial de toda a parada. Ali debaixo, ficava a cozinha tosca, a mesa corrida dos oficiais e sargentos, a enfermaria, a casa das transmissões e a secretaria do 1º sargento. Em frente, era o bar feito das tábuas dos barris vazios. As casernas dos três pelotões estavam distribuidas pelo espaço interior, de modo a evitar a concentração de pessoas.
Em lugares estratégicos, ficavam as armas pesadas. Morteiros, metralhadoras. Um forte gerador de corrente funcionava a tempo inteiro, dia e noite, para manter, sobretudo, acesos todos os altos postes avançados de iluminação exterior ao quartel, uns 40 ou 50 metros e todos os serviços de transmissões.
A palmeira, o bidão e a tábua dos barris eram a matéria prima vital. O estado de conservação era mau e desconfortável. Antes da época das chuvas, todos os melhoramentos tinham de ser realizados.
A companhia que saía, esvaída, já não tinha élan vital. Estava acomodada àquele desconforto total e ninguém conseguiria exigir à tropa cansada qualquer esforço que pudesse significar permanência. Se não chegássemos naquela altura, eles teriam debandado…pela floresta, com o desespero.
O aspecto geral era verdadeiramente dantesco. Na tropa, já não se reconhecia a cor original dos farrapos que ainda restavam a tapar o corpo. Cabelos e barbas compridas, troncos nus, calções esfarrapados, ninguém se atrevia a identificar as tão cultuadas classes da tropa originária: soldados, sargentos e oficiais. Uma centena e meia de homens e ano e meio de encarceramento, dentro do arame farpado.
À distância de uns 500 metros, descampados, começava a mata cerrada que ia dar ao território dos turras, a parte restante (melhor, a totalidade) da ilha... Os outros lados eram campos de arroz abandonados, orlados por braços de afluentes do Corubal (5).
Ao lado nascente, a companhia 556 tinha conseguido implantar uma pista tosca para a festa da avioneta, do correio e dos mantimentos frescos, durante a época seca. A época da chuva encarregava-se de a desfazer. Foi para ela que os olhos se voltaram quando nos vimos sózinhos. Havia que capinar todo o terreno ainda coberto de ervas rasteiras para que a Dornier pudesse visitar-nos, pelo menos de 15 em 15 dias.
Os primeiros dias foram intensos, sob a batuta astuta do capitão, para fixar o plano de vida e definir tarefas. A distribuição dos pelotões no espaço do quartel, ficou a mesma que a companhia 556 tinha fixado e bem. O critério era o do maior perigo. Dois pelotões do lado da mata, o do Sasso e o meu; do lado do cais, ficou o 3º, do Gonçalves.
Todos os dias a companhia formava e era apresentada, em sentido, ao capitão. Este nem parecia o mesmo durão de Évora… Lia-se-lhe no rosto uma certa preocupação e nervosismo. Criar todas as condições de segurança e amenizar o grande esforço que nos esperava era a grande prioridade. Não falava de ideais, como antes e nunca se lhe ouviu mais uma palavra que fosse a justificar a nossa presença ali. Autodefesa e a melhor subsistência possível eram a únicas razões básicas que se desprendiam da sua boca, nas prédicas de formatura, à mesa ou nos muitos momentos de laser.
Ninguém deveria afastar-se do quartel, muito menos sózinho; o serviço de sentinela, dia e noite, seria o mais exigente, como todos reconheciam. Guerra ao sono dos sentinelas, apesar do café que era distribuido, de tempos a tempos, por todas as guaritas. Dela dependia a segurança de todos, especialmente, durante as noites de cacimbo, banhadas de breu ou de jorros luminosos de luar.
Havia que exigir a maior limpeza e o asseio possíveis; ocupação permanente para os soldados e uma cuidada rotação das tarefas definidas.
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Notas de L.G.
(1) Vd. post de 20 Novembro 2006 > Guiné 63/74 - P1297: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (3): Do navio Timor ao Quartel de Santa Luzia
(...) "De Évora, pela madrugada calada de uma noite tórrida de Agosto, saíu o comboio especial, com todo o cortejo militar que perfazia o numeroso batalhão, dado pronto para a luta. Duas das companhias, a 726 e 728, iriam para a Guiné, outra para Angola e , creio, uma CCS, para Moçambique. O sorteio.
"Uma noite de viagem ronceira, desde Évora a Lisboa, cais de Alcântara. Só 130 Km, de linha secundária e sem qualquer prioridade. A longa paragem de Casa Branca ficou na memória: esgotaram as bifanas de porco no pequeno bar da estação, mas não a cerveja… O resto da viagem, até de manhã, correu às mil maravilhas.
"O imponente paquete Timor, amarelado, mais alto e corpulento do que a enorme estação fluvial, ali estava, calmo, à nossa espera, poisado nas águas paradas do Tejo. Várias escadas, longas, ligavam o cais ao bojo barrigudo mas elegante, do paquiderme, de proa arrebitada e pendão festivo, à solta.Não demorou muito e toda a gente estava a bordo, distribuida pelos muitos pisos, docilmente transformados em quartel" (...).
(2) Vd. posts do Mário Dias, sargento comando (Brá, 1963/66):
15 de Dezembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCLXXII: Op Tridente (Ilha do Como, 1964): Parte I (Mário Dias)
(...) "Ao princípio da noite de 14 de Janeiro de 1964, a fragata Nuno Tristão deixava para trás o Ilhéu dos Pássaros e, dirigindo-se para a Ponta Oeste da Ilha de Bolama, rumou a Sul. A bordo, instalados como era possível, os elementos que formavam o Grupo de Comandos (20 homens) escutavam atentamente as indicações (poucas) que o alferes Saraiva, comandante do grupo, ia debitando. Ninguém sabia o que nos poderia esperar no Como mas a boa disposição reinava e a confiança nas nossas capacidades era grande.
(...) "Sabíamos apenas que íamos desembarcar na Ilha do Como para a sua reocupação. Nem ao menos nos foi dito por quanto tempo se estenderia esta missão pelo que não levávamos connosco o indispensável para uma longa permanência, como acabou por acontecer (...).
(...) "Era em Cauane, disserem, onde se encontrava a CCAV 488 e o 8º Dest Fuz na tabanca que era o posto mais avançado e próximo do IN e que viria a ser o local de maior resistência à nossa penetração na mata. Era para lá que iríamos. Enquanto na base logística, junto ao mar, se montavam as tendas de campanha que serviriam de posto de primeiros socorros, sala de operações, instalações para o comando e outras, se cavavam abrigos à volta do perímetro defensivo, se instalavam postos de vigia, se abriam as indispensáveis latrinas, iniciámos a marcha para Cauane" (...).
16 de Dezembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCLXXV: Op Tridente (Ilha do Como, 1964): II Parte (Mário Dias)
(...) "O PAIGC estava a opor grande resistência. Foi necessária a ajuda da aviação e artilharia para que aos poucos se fosse tornando possível a nossa progressão para o interior do Como. Recordo algumas noites em que nos era recomendado não acender fogueiras, nem sequer cigarros, pois os P2V5 vinham (à socapa pois eram da NATO) bombardear a mata. As explosões eram tão fortes que o chão onde estávamos deitados estremecia.Durante o dia actuavam os F86 e T6 bombardeando e metralhando todos os movimentos que detectassem.
17 de Dezembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCCLXXX: Op Tridente (Ilha do Como, 1964): III Parte (Mário Dias)
15 de Janeiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDLI: Falsificação da história: a batalha da Ilha do Como (Mário Dias)
(...) "Com a operação a chegar ao fim previsto, o Comandante das Forças Terrestres, Ten Cor Cavaleiro, saiu com o grupo de comandos e o pelotão de paraquedistas às 23H30 do dia 20 de Março, atravessando a mata de Cauane, Cassaca e Cachil com a finalidade de verificar pessoalmente a capacidade de combate do IN. Passagem e pequena paragem na tabanca de Cauane, troca de informações com o comandante da CCAV 488, dono da casa, e iniciámos a penetração na mata à 1 hora do dia 21, partindo da casa Brandão. Reacção do IN?...nenhuma. Progredimos até Cassaca que foi alcançada às 02H30. Feita uma batida cuidadosa à região, encontraram-se a Norte algumas casas de mato quase destruídas e há muito abandonadas.
(...) "No dia 22 de Março, o grupo de comandos regressou a Bissau, aproveitando a boleia da Dornier e alguns hélis que em diversas vagas nos transportaram. O Grupo de Comandos não teve baixas, nem feridos, nem nenhum elemento evacuado por doença, fazendo juz ao nosso lema: Audaces fortuna juvat" (...).
(3) Vd. post de 11 de Junho de
2006 > Guiné 63/74 - P864: Unidades aquarteladas em Guileje até 1973 (Carlos Schwarz / Nuno Rubim)
Lista das unidades que passaram por Guileje:
CCAÇ 495 (Fev 1964/Jan 1965)
CCAÇ 726 (Out 1964/Jul 1966) (contactos: Teco e Nuno Rubim)
CAÇ 1424 (Jan 1966/Dez 1966)
CCAÇ 1477 (Dez 1966/Jul 1967) (contacto: Cap Rino)
CART 1613 (Jun 1967/Mai 1968) (contacto: Cap Neto)
CCAÇ 2316 (Mai 1968/Jun 1969) (contacto: Cap Vasconcelos)
CART 2410 (Jun 1969/Mar 1970) (contacto: Armindo Batata)
CCAÇ 2617 ( Mar 1970/Fev 1971) > Os Magriços (contacto: Abílio)
CCAÇ 3325 (Jan 1971/Dez 1971) (contacto: Parracho)
CCAÇ 3477 (Nov 1971 / Dez 1972) > Os Gringos de Guileje (açorianos) (contacto: Amaro Munhoz Samúdio, 1º cabo enfermeiro)
CCAV 8350 (Dez 1972/Mai 1973) > Os Piratas de Guileje (contacto: José Casimiro Carvalho)
(4) Seria a CCAV 488, que na Op Tridente ocupou em Cauane e pertencia ao BCAV 490 ? Vd. depoimento de Joaquim Ganhão, 1º cano da CCAV 489, que participou, tal como o Mário Dias, na batalha do Como > Post de 17 de Novembro 2005 > Guiné 63/74 - CCXXVI: Antologia (25): Depoimento sobre a batalha da Ilha do Como
(5) Lapso do autor, que queria dizer possivelmente Rio Grande de Buba ou Rio Cumbijã e não Rio Corubal... O que separa a Ilha de Bolama do Continente é o canal de Bolama ou Canal do Porto ... A Ilha do Como, por sua vez, é banhada a sul, pelo Oceano Atlântico, e a leste pelo Rio Cumbijã (Vd. carta geral da província; vd. carta de Catió e carta de Caiar).