Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sábado, 15 de novembro de 2014
Guiné 63/74 - P13894: Parabéns a você (816): António Inverno, ex-Alf Mil Op Esp do BART 6522 e Pel Caç Nat 60 (Guiné, 1972/74); Orlando Pinela, ex-1.º Cabo Reab Mat da CART 1614 (Guiné, 1966/68) e Pacífico dos Reis, Coronel Cav Ref, ex-Cap Cav CMDT da CCAÇ 5 (Guiné, 1968/70)
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Nota do editor
Último poste da série de 14 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13888: Parabéns a você (815): César Dias, ex-Fur Mil Sap Inf do BCAÇ 2885 (Guiné, 1969/71); Jacinto Cristina, ex-Soldado At Inf da CCAÇ 3546 e Maria Arminda Santos, ex-Tenente Enf.ª Paraquedista (1961/70)
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Guiné 63/74 - P13893: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXVI: O finório e o 1º sargento (José Luís Sousa, ex-fur mil, 1º pelotão)
1º encontro do pessoal da CCAÇ 2533, depois do regresso da Guiné... Foi em 1986... Foto da página do Facebook do Agostinho Gomes Evangelista, um rapaz que eu já convidei para integrar a Tabanca Grande: (i) andou na escola Escola Industrial e Comercial de Viana do Castelo; (ii) vive em Viana do Castelo; (iii) é natural da Ponte da Barca; e (iv) é Casado.
O cap Sidónio (hoje coronel reformado) é o terceiro da primeira fila, ladeado à sua direita pelos alferes mil Mota e Neto. O Evangelista é o último da penúltima fila, a contar da direita. O Nascimento não aparece na foto. Nem ele nem o Lessa.
(Foto reproduzida com a devida vénia; identificação dos camaradas feita pelo Luís Nacimento; edição: LN/LG).
1. Mensagem da Jéssica Nascimento com data de 8 do corrente:
Boa tarde Sr. Luís Graça,
Junto envio em anexo o que solicitou ao meu avô [, foto acima].
Agradeço a sua simpatia em publicar a minha fotografia e os seus comentários.
Gostei muito :)
Um alfa bravo do meu avô Luis Nascimento e um beijo desta Tabanqueira Jéssica Nascimento.
2. Continuação da publicação das "histórias da CCAÇ 2533", a partir do documento editado pelo ex-1º cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas, de fotografias). (*)
Hoje a histáoria é contada pelo ex-fur mil José Luís Simões (também do 1º pelotão): é a propósito de um pobre "finório" que seguiu o conselho da tropa, que mandava desenrascar (pp. 88/89)... Mas quem não conheceu finórios, na tropa e na guerra ?!... Havia-os de todos os tamanhos e feitios... Este, coitado, era um finório da arraia miúda. (LG)
Boa tarde Sr. Luís Graça,
Junto envio em anexo o que solicitou ao meu avô [, foto acima].
Agradeço a sua simpatia em publicar a minha fotografia e os seus comentários.
Gostei muito :)
Um alfa bravo do meu avô Luis Nascimento e um beijo desta Tabanqueira Jéssica Nascimento.
Foto de Canjambari
2. Continuação da publicação das "histórias da CCAÇ 2533", a partir do documento editado pelo ex-1º cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas, de fotografias). (*)
Hoje a histáoria é contada pelo ex-fur mil José Luís Simões (também do 1º pelotão): é a propósito de um pobre "finório" que seguiu o conselho da tropa, que mandava desenrascar (pp. 88/89)... Mas quem não conheceu finórios, na tropa e na guerra ?!... Havia-os de todos os tamanhos e feitios... Este, coitado, era um finório da arraia miúda. (LG)
1
Cartão de Boas Festas, com a foto do Luís Nascimento
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Nota do editor:
Último poste da série > 6 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13854: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXV: (i) o final da comissão em Farim, com os últimos mortos e feridos na zona de Lamel;: (ii) humilhados e ofendidos: regressados á Pátria, somos obrigados a ir a Chaves, num comboio ronceiro, entregar meia dúzia de trapos desfeitos, os restos das nossas fardas ! (Agostinho Evangelista, 1º pelotão)
Último poste da série > 6 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13854: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XXV: (i) o final da comissão em Farim, com os últimos mortos e feridos na zona de Lamel;: (ii) humilhados e ofendidos: regressados á Pátria, somos obrigados a ir a Chaves, num comboio ronceiro, entregar meia dúzia de trapos desfeitos, os restos das nossas fardas ! (Agostinho Evangelista, 1º pelotão)
Guiné 63/74 - P13892: (Ex)citações (247): A propósito das ajudas (suecas e outras) ao desenvolvimento... Os elefantes brancos da Guiné-Bissau (Beja Santos)
Guiné > Região de Bafatá > Xime > Um "elefante branco": um silo de mancarra (que seria depois transportada de barco, pelo Rio Geba, até ao Cumeré, onde pelo menos já em 1991 o Beja uma fábrica de descasque )... Não sabemos a proveniência do financiamento [O Rosinha diz que era gaulês...]
Foto: © Mário Beja Santos (2011). Todos os direitos reservados
1. Excerto de um texto de reportagem do Mário Beja Santos, de visita ao Xime, em finais de 2010 (*):
(...) Ninguém ignora que há elefantes brancos na Guiné, construções grandiosas e sem préstimo, projectos faraónicos que serviram para sacar financiamentos e que não trouxeram um grama de desenvolvimento.
O que se está a ver, e segundo informaram o Tangomau, é um majestoso silo da mancarra que seria descascada no Cumeré onde o Tangomau em 1991 viu uma construção gigantesca que depois terá sido vendida para a Índia, a preço de saldo.
(...) Ninguém ignora que há elefantes brancos na Guiné, construções grandiosas e sem préstimo, projectos faraónicos que serviram para sacar financiamentos e que não trouxeram um grama de desenvolvimento.
O que se está a ver, e segundo informaram o Tangomau, é um majestoso silo da mancarra que seria descascada no Cumeré onde o Tangomau em 1991 viu uma construção gigantesca que depois terá sido vendida para a Índia, a preço de saldo.
São muitos os autores que se interrogam sobre os projectos que não levam a ponto nenhum. Em Bissau, o Tangomau comprou no INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa um livro sobre a intervenção rural onde uma autoridade, Flavien Fafali Koudawo, escreve coisas como esta:
“Ao tomarem as rédeas da Guiné-Bissau independente, as novas autoridades assumiram-se portadoras de um modelo de desenvolvimento. Na ausência de uma visão clara deste modelo, e dado a inexistência de um quadro de articulação coerente das vias e meios para alcançar metas bem planeadas, o referido modelo ficou apenas um objectivo vislumbrado. Nem as orientações do terceiro congresso do PAIGC que pretenderam traçar em 1977 o quadro da reconstrução nacional, nem o primeiro plano quadrienal de desenvolvimento económico e social (1983 – 1986) conseguiram consubstanciar um verdadeiro projecto nacional, no sentido de uma projecção num futuro desejado, conscientemente escolhido e claramente delineado. Na ausência deste projecto, o modelo afogou-se na ineficaz heterogeneidade duma miríade de projectos que ilustraram sobejamente que de boas intenções o inferno está cheio”.
Não é nada agradável terminar assim o dia depois de percorrer este território onde os guerrilheiros do PAIGC se impuseram do princípio ao fim, como se estivesses absolutamente conscientes do vigor da sua causa.
Aqui, no Xime, avista-se esta construção faraónica que nunca foi usada, à sua volta há trabalhadores a cultivarem como há milhares de anos, no delta do Nilo. É uma visão da ficção científica ou de como em África há que repensar o desenvolvimento e o bem comum. E fiquemo-nos por aqui, foi um dia a valer, já nem haverá tempo de ver o pôr-do-sol no Bairro Joli. E, no regresso, ainda há uma paragem comovente em Amedalai que se contará no relato de domingo de manhã, antes do Tangomau ir às compras para a grande festa, o grande reencontro com todos quantos puderam vir. (...) (**)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 11 de janeiro de 2011 Guiné 63/74 - P7590: Operação Tangomau (Mário Beja Santos) (13): Os mistérios da estrada da Ponta do Inglês
(**) Último poste da série > 5 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13850: (Ex)citações (246): Ainda o rebentamento de uma granada no meio da população de Ganturé, durante um batuque (Mário Vitorino Gaspar)
Guiné 63/74 - P13891: Agenda cultural (356): Apresentação do livro "O Corredor da Morte", dia 18 de Novembro de 2014, pelas 15h30, na Associação Apoiar, Lisboa (Mário Gaspar)
1. Em mensagem de hoje, 14 de Novembro de 2014, o nosso camarada Mário Vitorino Gaspar (ex-Fur Mil At Art e Minas e Armadilhas da CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68), solicita a divulgação da apresentação do seu livro "O Corredor da Morte", na APOIAR, no próximo dia 18 de Novembro.
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Nota do editor
Último poste da série de 13 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13884: Agenda cultural (355): Convite para o Seminário de Estudos Internacionais dedicado ao tema "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro", de Francisco Henriques da Silva e Mário Beja Santos, dia 20 de Novembro de 2014, pelas 18h00, no Auditório B1.03 do Instituto Universitário de Lisboa (Eduardo Costa Dias)
Guiné 63/74 - P13890: Manuscrito(s) (Luís Graça) (48): Rua Cor de Rosa...
Partidas & Chegadas
por Luís Graça
Para o Zé Belo
que parte,
para Key West, na Florida,
e para o Alberto Branquinho
que fica em Lisboa,
com o Tejo por cambar. (*)
Rua Nova do Carvalho.
Agora Rua Cor de Rosa…
por Luís Graça
Para o Zé Belo
que parte,
para Key West, na Florida,
e para o Alberto Branquinho
que fica em Lisboa,
com o Tejo por cambar. (*)
Rua Nova do Carvalho.
Agora Rua Cor de Rosa…
Há um bar para cada marinheiro,
Seja branco, preto ou amarelo,
Desde que no bolso tenha dinheiro.
É um sítio de partidas e chegadas
De todas as almas penadas.
Wiking, samurai ou paspalho,
Entro no Jamaica,
Seja branco, preto ou amarelo,
Desde que no bolso tenha dinheiro.
É um sítio de partidas e chegadas
De todas as almas penadas.
Wiking, samurai ou paspalho,
Entro no Jamaica,
Saio no Escandinávia.
O mundo é estreito
Para tanto abraço apertado,
Ali, no Cais do Sodré.
Hei-de vir a partir pratos
No Bar dos Gregos,
Coisa sem graça.
Mas agora tomo
O mundo é estreito
Para tanto abraço apertado,
Ali, no Cais do Sodré.
Hei-de vir a partir pratos
No Bar dos Gregos,
Coisa sem graça.
Mas agora tomo
O meu último uísque marado,
No Texas,
Antes de partir para a Guiné,
No T/T Niassa.
Não há irãs,
Acocorados nos poilões.
Não há sequer poilões.
Mas em cada dia
No Texas,
Antes de partir para a Guiné,
No T/T Niassa.
Não há irãs,
Acocorados nos poilões.
Não há sequer poilões.
Mas em cada dia
Haverá novas manhãs.
Luís Graça (**)
14/11/2014, 6h30
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 13 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13886 Da Suécia com saudade (47): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VII): E depois da independência e até 1994, atingiu os 2 mil milhões de dólares! (José Belo)
(**) Último poste da série > 1 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13833: Manuscrito(s) (Luís Graça) (41): Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 13 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13886 Da Suécia com saudade (47): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VII): E depois da independência e até 1994, atingiu os 2 mil milhões de dólares! (José Belo)
(**) Último poste da série > 1 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13833: Manuscrito(s) (Luís Graça) (41): Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris
Guiné 63/74 - P13889: Notas de leitura (650): 1 de Novembro de 2014, na Feira da Ladra (2) (Mário Beja Santos)
1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 3 de Novembro de 2014:
Queridos amigos,
Já houve referência à edição de 1944 desta adaptação do “Romance da Conquista da Guiné”, não foi muito feliz, estou crente que não mobilizou muitos jovens para ler mais Zurara, o percurso das viagens está muito sincopado, devia ter sido precedido de uma explicação das diferentes viagens, comportar um mapa das mesmas, etc.
Esta edição é mais cuidada que a primeira, com o benefício dos bons desenhos de Júlio Gil. E feita esta aquisição cheguei imprevistamente a outra, um livro de António Carreira que me pôs a refletir como foi possível vender como fidedigna a doutrina da unidade entre a Guiné e Cabo Verde.
Depois falamos.
Um abraço do
Mário
1 de Novembro de 2014, na Feira da Ladra (2)
Beja Santos
Ainda não refeito do achado da fotografia em que o padre Afonso parte mantenha com o Cardeal Patriarca e da curiosa revista A Terra, número associado à 1.ª Exposição Colonial Portuguesa, que se realizou no Porto em 1934, encontrei noutra banca o Romance da Conquista da Guiné, adaptação, para rapazes da “Crónica do Descobrimento e Conquista da Guiné” por Gomes Eanes da Zurara, trabalho de Frederico Alves, ilustrações de Júlio Gil. Aqui há uns meses atrás encontrei num alfarrabista na Avenida do Uruguai, em Lisboa, a primeira edição, de 1944, editada pela Agência-Geral do Ultramar, agora esta nova edição, de 1965, foi publicada pelas Edições Panorama, do SNI. O livro terá pertencido à biblioteca de Guedes de Amorim, conforme dedicatória que aqui se mostra.
Não há muito a dizer sobre um trabalho a que se fez larga referência. É uma adaptação para um público jovem de um dos clássicos da historiografia portuguesa e um dos pilares da história luso-guineense. Limito-me a um conjunto de referências até chegarmos à Guiné, ou seja a Grande Senegâmbia, para o saber do tempo era tudo a Guiné, ou a Etiópia Menor, tais ainda as imprecisões cartográficas, e mais tarde a Senegâmbia, convém recordar que Honório Pereira Barreto, um dos cabouqueiros da Guiné atual, envia às autoridades de Lisboa uma memória da Senegâmbia.
É muito bonito o retrato que Zurara dá do Infante Dom Henrique, convém não esquecer que a crónica é o seu panegírico:
“A sua estatura era de bom tamanho, a sua carnadura grossa, os membros largos e fortes e a cabeleira levantada. A pele foi branca, primeiro; porém o sol do Algarve acabou por queimá-la. A sua presença, à primeira vista, amedrontava os tímidos. Rara lucidez de espírito e teimosia incomparável”.
Mais adiante, Zurara vai enumerado as razões pelas quais o Infante se afoitou à empreitada dos Descobrimentos: querer devassar o mistério oceânico; podia bem ser que, entre terras e povos desconhecidos, os mareantes achassem bons portos e excelentes mercadorias ignoradas dos navegadores e comerciantes do tempo; impunha-se conhecer até onde chegaria a força dos infiéis; pretendia saber se em África existiriam países cristãos dispostos a arriscar a vida pela Fé; era seu desejo chamar a Jesus todas as almas que se quisessem salvar; e cumprir o seu destino realizando altas conquistas, tudo cumprindo a prazer do seu rei.
E assim se aparelhavam as caravelas e foram contornando a costa africana, passaram pelas Canárias. Estes empreendimentos conheceram uma pausa quando houve discórdias entre os que tomaram partido pelo Infante Dom Pedro e os que se puseram ao lado de D. Afonso V. Sossegados os negócios do reino, foram retomadas as viagens, Zurara descreve como Nuno Tristão armou Antão Gonçalves cavaleiro num local que se ficou a chamar por Porto do Cavaleiro. Em 1443, Nuno Tristão chegou ao Cabo Branco, descobriu a Ilha das Garças, estava-se no bom caminho. Em dado passo, regressando as caravelas a Lagos, expuseram os prisioneiros trazidos, é um dos textos mais espantosos de Zurara e da historiografia portuguesa:
“Os outros juntaram-se no campo, coisa maravilhosa de ver, pois eram uns de alvura sem mácula e formosos, outros de cor parda, e outros ainda, negros como a noite, feios e mal-ajeitados de corpo. Meu Deus! E qual coração, por mais empedernido, se não comover diante daquele triste rebanho?
Uns, de rostos baixos, lavavam as faces com pranto, outros trocavam olhares angustiados; gemiam alguns, dolorosamente, fitando as alturas do Céu, gritando de rijo, como se rogassem ajuda ao Pai da Natureza; outros rasgavam com as unhas a pele da cara e arremessavam-se ao chão; outros, ainda, soltavam do peito um coro de lamentações à maneira dos cânticos da sua terra distante.
E como se não bastasse a condição de escravos, aproximaram-se, então, os da partilha que, para ajustarem os quinhões, muitas vezes tiveram de separar os filhos dos pais, e as mulheres dos maridos, e os irmãos entre si. O coração não mandava, mandava a sorte”.
Dinis Dias demandou a terra daqueles negros conhecidos por guinéus, estas terras na linha da costa ocidental de África eram conhecidas por Guiné. Sucedem-se as façanhas, as viagens tormentosas, em dada viagem julgou-se ter chegado ao rio Nilo e Zurara escreve:
“O Nilo é o rio das maravilhas, o rio mais nobre do mundo, e a sua grandeza foi cantada pelos sábios da Antiguidade.
Dizem alguns que ele nasce ao pé do Mar Vermelho e dali corre, para o ocidente, através de muitos acidentes. Nesta ilha, do senhorio da Etiópia, há uma cidade outrora chamada Sabá, ao tempo que o faraó do Egito lá enviou Moisés”.
Há pelejas com os mouros, morrem companheiros, morre Nuno Tristão na sua glória de bem servir. Prossegue o panegírico de Zurara:
“Aventuraram-se longe, muito longe, as caravelas do Senhor Infante. E o eco das navegações que fizeram soou até nas cortes da Noruega, Suécia e Dinamarca, onde nobres varões se deixaram tentar pelas vozes correntes e, descendo a Europa, vieram à beira do Tejo para haver em prova de que a verdade era tão grande como a fama”.
A crónica avança para o seu termo. Em 1448, D. Afonso V é rei na plenitude, aqui se põe fim à crónica, com seguintes dizeres: “e por isso que vós, mui alto e muito excelente Príncipe Dom Henrique, segundo creio o mais virtuoso entre os mortais, mandastes a mim, Gomes Eanes de Zurara, vosso criado, e por vossa mercê cavaleiro e comendador na Ordem de Cristo, que pusesse esses feitos em história, com grande razão me apraz terminar em agradecimento a vós”.
As pechinchas ainda não acabaram; ainda não refeito deste Zurara adaptado a jovens com ilustrações de Júlio Gil e dou comigo a manusear uma preciosidade de António Carreira, um conjunto de enseios editados em 1984, pela Ulmeiro, ali se fala da geografia e da demografia de Cabo Verde, as várias secas e fomes do século XX, como se organiza a sociedade cabo-verdiana, as migrações internas, a emigração e a imigração, é a primeira vez que leio algo de substancial sobre estas fomes e secas e sua interpretação: o deserto do Sara tem as suas culpas e aqueles ventos que afugentam as chuvas, a derruba e a queima de tudo quanto é mato e arvoredo; as pragas de gafanhotos que devoram e danificam culturas e pastos, a acentuada diminuição das águas subterrâneas; o crescimento explosivo da população que tudo agravou e face à qual a emigração foi útil mas insuficiente. Uma leitura atrativa, esclarecedora, Carreira, nascido na Ilha do Fogo, em 1905, e que trabalhou como administrador na Guiné, foi um dos seus historiadores mais prolíficos e probos. Daí valer a pena dedicar-lhe espaço em próximo apontamento.
(Continua)
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Nota do editor
Último poste da série de 10 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13870: Notas de leitura (649): 1 de Novembro de 2014, na Feira da Ladra (1) (Mário Beja Santos)
Queridos amigos,
Já houve referência à edição de 1944 desta adaptação do “Romance da Conquista da Guiné”, não foi muito feliz, estou crente que não mobilizou muitos jovens para ler mais Zurara, o percurso das viagens está muito sincopado, devia ter sido precedido de uma explicação das diferentes viagens, comportar um mapa das mesmas, etc.
Esta edição é mais cuidada que a primeira, com o benefício dos bons desenhos de Júlio Gil. E feita esta aquisição cheguei imprevistamente a outra, um livro de António Carreira que me pôs a refletir como foi possível vender como fidedigna a doutrina da unidade entre a Guiné e Cabo Verde.
Depois falamos.
Um abraço do
Mário
1 de Novembro de 2014, na Feira da Ladra (2)
Beja Santos
Ainda não refeito do achado da fotografia em que o padre Afonso parte mantenha com o Cardeal Patriarca e da curiosa revista A Terra, número associado à 1.ª Exposição Colonial Portuguesa, que se realizou no Porto em 1934, encontrei noutra banca o Romance da Conquista da Guiné, adaptação, para rapazes da “Crónica do Descobrimento e Conquista da Guiné” por Gomes Eanes da Zurara, trabalho de Frederico Alves, ilustrações de Júlio Gil. Aqui há uns meses atrás encontrei num alfarrabista na Avenida do Uruguai, em Lisboa, a primeira edição, de 1944, editada pela Agência-Geral do Ultramar, agora esta nova edição, de 1965, foi publicada pelas Edições Panorama, do SNI. O livro terá pertencido à biblioteca de Guedes de Amorim, conforme dedicatória que aqui se mostra.
Não há muito a dizer sobre um trabalho a que se fez larga referência. É uma adaptação para um público jovem de um dos clássicos da historiografia portuguesa e um dos pilares da história luso-guineense. Limito-me a um conjunto de referências até chegarmos à Guiné, ou seja a Grande Senegâmbia, para o saber do tempo era tudo a Guiné, ou a Etiópia Menor, tais ainda as imprecisões cartográficas, e mais tarde a Senegâmbia, convém recordar que Honório Pereira Barreto, um dos cabouqueiros da Guiné atual, envia às autoridades de Lisboa uma memória da Senegâmbia.
É muito bonito o retrato que Zurara dá do Infante Dom Henrique, convém não esquecer que a crónica é o seu panegírico:
“A sua estatura era de bom tamanho, a sua carnadura grossa, os membros largos e fortes e a cabeleira levantada. A pele foi branca, primeiro; porém o sol do Algarve acabou por queimá-la. A sua presença, à primeira vista, amedrontava os tímidos. Rara lucidez de espírito e teimosia incomparável”.
Mais adiante, Zurara vai enumerado as razões pelas quais o Infante se afoitou à empreitada dos Descobrimentos: querer devassar o mistério oceânico; podia bem ser que, entre terras e povos desconhecidos, os mareantes achassem bons portos e excelentes mercadorias ignoradas dos navegadores e comerciantes do tempo; impunha-se conhecer até onde chegaria a força dos infiéis; pretendia saber se em África existiriam países cristãos dispostos a arriscar a vida pela Fé; era seu desejo chamar a Jesus todas as almas que se quisessem salvar; e cumprir o seu destino realizando altas conquistas, tudo cumprindo a prazer do seu rei.
E assim se aparelhavam as caravelas e foram contornando a costa africana, passaram pelas Canárias. Estes empreendimentos conheceram uma pausa quando houve discórdias entre os que tomaram partido pelo Infante Dom Pedro e os que se puseram ao lado de D. Afonso V. Sossegados os negócios do reino, foram retomadas as viagens, Zurara descreve como Nuno Tristão armou Antão Gonçalves cavaleiro num local que se ficou a chamar por Porto do Cavaleiro. Em 1443, Nuno Tristão chegou ao Cabo Branco, descobriu a Ilha das Garças, estava-se no bom caminho. Em dado passo, regressando as caravelas a Lagos, expuseram os prisioneiros trazidos, é um dos textos mais espantosos de Zurara e da historiografia portuguesa:
“Os outros juntaram-se no campo, coisa maravilhosa de ver, pois eram uns de alvura sem mácula e formosos, outros de cor parda, e outros ainda, negros como a noite, feios e mal-ajeitados de corpo. Meu Deus! E qual coração, por mais empedernido, se não comover diante daquele triste rebanho?
Uns, de rostos baixos, lavavam as faces com pranto, outros trocavam olhares angustiados; gemiam alguns, dolorosamente, fitando as alturas do Céu, gritando de rijo, como se rogassem ajuda ao Pai da Natureza; outros rasgavam com as unhas a pele da cara e arremessavam-se ao chão; outros, ainda, soltavam do peito um coro de lamentações à maneira dos cânticos da sua terra distante.
E como se não bastasse a condição de escravos, aproximaram-se, então, os da partilha que, para ajustarem os quinhões, muitas vezes tiveram de separar os filhos dos pais, e as mulheres dos maridos, e os irmãos entre si. O coração não mandava, mandava a sorte”.
Dinis Dias demandou a terra daqueles negros conhecidos por guinéus, estas terras na linha da costa ocidental de África eram conhecidas por Guiné. Sucedem-se as façanhas, as viagens tormentosas, em dada viagem julgou-se ter chegado ao rio Nilo e Zurara escreve:
“O Nilo é o rio das maravilhas, o rio mais nobre do mundo, e a sua grandeza foi cantada pelos sábios da Antiguidade.
Dizem alguns que ele nasce ao pé do Mar Vermelho e dali corre, para o ocidente, através de muitos acidentes. Nesta ilha, do senhorio da Etiópia, há uma cidade outrora chamada Sabá, ao tempo que o faraó do Egito lá enviou Moisés”.
Há pelejas com os mouros, morrem companheiros, morre Nuno Tristão na sua glória de bem servir. Prossegue o panegírico de Zurara:
“Aventuraram-se longe, muito longe, as caravelas do Senhor Infante. E o eco das navegações que fizeram soou até nas cortes da Noruega, Suécia e Dinamarca, onde nobres varões se deixaram tentar pelas vozes correntes e, descendo a Europa, vieram à beira do Tejo para haver em prova de que a verdade era tão grande como a fama”.
A crónica avança para o seu termo. Em 1448, D. Afonso V é rei na plenitude, aqui se põe fim à crónica, com seguintes dizeres: “e por isso que vós, mui alto e muito excelente Príncipe Dom Henrique, segundo creio o mais virtuoso entre os mortais, mandastes a mim, Gomes Eanes de Zurara, vosso criado, e por vossa mercê cavaleiro e comendador na Ordem de Cristo, que pusesse esses feitos em história, com grande razão me apraz terminar em agradecimento a vós”.
As pechinchas ainda não acabaram; ainda não refeito deste Zurara adaptado a jovens com ilustrações de Júlio Gil e dou comigo a manusear uma preciosidade de António Carreira, um conjunto de enseios editados em 1984, pela Ulmeiro, ali se fala da geografia e da demografia de Cabo Verde, as várias secas e fomes do século XX, como se organiza a sociedade cabo-verdiana, as migrações internas, a emigração e a imigração, é a primeira vez que leio algo de substancial sobre estas fomes e secas e sua interpretação: o deserto do Sara tem as suas culpas e aqueles ventos que afugentam as chuvas, a derruba e a queima de tudo quanto é mato e arvoredo; as pragas de gafanhotos que devoram e danificam culturas e pastos, a acentuada diminuição das águas subterrâneas; o crescimento explosivo da população que tudo agravou e face à qual a emigração foi útil mas insuficiente. Uma leitura atrativa, esclarecedora, Carreira, nascido na Ilha do Fogo, em 1905, e que trabalhou como administrador na Guiné, foi um dos seus historiadores mais prolíficos e probos. Daí valer a pena dedicar-lhe espaço em próximo apontamento.
(Continua)
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Nota do editor
Último poste da série de 10 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13870: Notas de leitura (649): 1 de Novembro de 2014, na Feira da Ladra (1) (Mário Beja Santos)
Guiné 63/74 - P13888: Parabéns a você (815): César Dias, ex-Fur Mil Sap Inf do BCAÇ 2885 (Guiné, 1969/71); Jacinto Cristina, ex-Soldado At Inf da CCAÇ 3546 e Maria Arminda Santos, ex-Tenente Enf.ª Paraquedista (1961/70)
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Nota do editor
Último poste da série de Guiné 63/74 - P13880: Parabéns a você (814): José Manuel Lopes, ex-Fur Mil Art da CART 6250 (Guiné, 1972/74)
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Guiné 63/74 - P13887: In Memoriam (207): Faleceu hoje o ex-Alf Mil Manuel Alcides André Rocha, que pertenceu à CCAÇ 3461/BCAÇ 3863 e à CCAÇ 16 (Carenque e Bachile, 1971/73) (Ricardo Figueiredo)
1. Mensagem do nosso camarada Ricardo Figueiredo (ex-Fur Mil da 2.ª CART/BART 6523, Cabuca, 1973/74), com data de hoje, 13 de Novembro de 2014:
Boa tarde Carlos,
Para conhecimento do blogue, participo-te que faleceu hoje, 13 de Novembro de 2014, o nosso camarada MANUEL ALCIDES ANDRÉ ROCHA, ex-Alferes Miliciano que pertenceu à CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863 e à CCAÇ 16.
O corpo do nosso já saudoso camarada está em Câmara Ardente na Igreja de S. Mamede de Infesta - Matosinhos até amanhã às 10h00, quando sairá para inumar no Cemitério local.
Um abraço,
Ricardo Figueiredo
************
2. Nota dos editores:
Nesta hora de dor, em nome da Tertúlia deste Blogue, deixamos à família enlutada os nossos mais sentidos pêsames.
____________
Nota do editor
Último poste da série de 13 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13881: In Memoriam (206) Nuno da Costa Tavares Machado, alf mil art, CART 1613, morto em Guileje, em 28/12/1967, e condecoado com a cruz de guerra, de 3ª classe, a título póstumo
Boa tarde Carlos,
Para conhecimento do blogue, participo-te que faleceu hoje, 13 de Novembro de 2014, o nosso camarada MANUEL ALCIDES ANDRÉ ROCHA, ex-Alferes Miliciano que pertenceu à CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863 e à CCAÇ 16.
O corpo do nosso já saudoso camarada está em Câmara Ardente na Igreja de S. Mamede de Infesta - Matosinhos até amanhã às 10h00, quando sairá para inumar no Cemitério local.
Um abraço,
Ricardo Figueiredo
Em primeiro plano e à direita da foto, o nosso malogrado camarada Manuel Alcides André Rocha.
************
2. Nota dos editores:
Nesta hora de dor, em nome da Tertúlia deste Blogue, deixamos à família enlutada os nossos mais sentidos pêsames.
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Nota do editor
Último poste da série de 13 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13881: In Memoriam (206) Nuno da Costa Tavares Machado, alf mil art, CART 1613, morto em Guileje, em 28/12/1967, e condecoado com a cruz de guerra, de 3ª classe, a título póstumo
Guiné 63/74 - P13886 Da Suécia com saudade (47): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VII): E depois da independência e até 1994, atingiu os 2 mil milhões de dólares! (José Belo)
Foto nº 15 > Quem disse que em tempo de guerra não se limpavam armas ? [Legenda original: "15 Soldiers in the liberated areas in Guinea Bissau"]
Foto nº 6 > Isto não é uma picada, é uma autoestrada... [ Legenda original: "Soldiers marching in the liberated areas in Guinea Bissau"]
Foto nº 23 > Mezinhas para o povo... [Legenda original: "Medical examination in the liberated areas in Guinea Bissau"]
Foto nº 22 > O trabalho da menino é pouco mas quem não o aproveita é louco... [Não, não é a apologia do trabalho infantil, é um ditado popular português...[Legenda original: "Harvesting rice in the liberated areas in Guinea Bissau. The rice was stored in the little house with straw roof in the background"]
Foto nº 5 > Uma visão idílica da guerra de guerrilha por parte dos escandinavos... [Legenda original: "In a boat on the river in the liberated areas in Guinea Bissau.]
Foto nº 31 >
Guiné-Bissau (ou Guné-Conacri) > PAIGC > s/l> Novembro de 1970 > Algures, na Guiné Conacri ou nas "áreas libertadas" (sic) da Guiné-Bissau, fotos do fotógrafo norueguês Knut Andreasson, por ocasião de um visita de uma delegação sueca.
Algumas destas foto foram publicadas no livro Guinea-Bissau : rapport om ett land och en befrielserörelse, da autoria de Knut Andreassen, Birgitta Dahl (Stockholm : Prisma, 1971, 216 pp.). [Título traduzido para português: Guiné-Bissau: relatório sobre um país e um movimento de libertação].
A chefe da delegação, a controversa deputada socialdemocrata e antiga presidente do parlamento sueco, Birgitta Dahl, fez um relatório desta missão, em sueco, e que infelizmente não está disponível na Net: a visita foi à Guiné-Conacri e às "áreas libertadas" da Guiné-Bissau, no período de 6 de novembro a 7 de dezembro de 1970 [”Rapport från studieresa till Republiken Guinea och de befriade områdena i Guinea-Bissau, 6 november–7 december 1970” (”Relatório da viagem de estudo à República da Guiné e às zonas libertadas da Guiné-Bissau, 6 de Novembro–7 de Dezembro de 1970”), Uppsala, Janeiro de 1971 (SDA)].
Fonte: Nordic Documentation on the Liberation Struggle on Southern Africa [Com a devida vénia] [Seleção, edição e legendaqgem livre: LG]
[As fotos podem ser usadas, devendo ser informado o Nordic Africa Institute (NAI) e o fotógrafo, quando for caso disso. Este espólio fotográfico de Knut Andreasson (, relativo à visita ao PAIGC na Guiné-Conacri e, alegadamente, às áreas sob o seu controlo na Guiné-Bissau, em novembro de 1970, de uma delegação sueca) foi doado pela viúva ao NAI.]
1. Última parte da publicação de alguns dados e notas de contextualização, sobre a ajuda sueca ao PAIGC, a partir de 1969, e depois à Guiné-Bissau, a seguir à independência e até 1994, da autoria do nosso camarada José Belo (na Suécia há quase 4 décadas, e a quem a gente chama carinhosamente o "régulo da Tabanca da Lapónia") (*)
Data: 6 de Novembro de 2014 às 20:27
Assunto: Auxílio Sueco à Guiné (pós independência)
Caro Luís Graca.
A partir do dia 12 parto para os States por um bom período de tempo. Aproveitarei para umas longas férias "blogueiras" em todos os azimutes.
Um abraco, José Belo
[O blogue do Zé Belo, Lapland Near Key West tinha a seguinte inscrição à porta do iglô, às 19h00 ontem, de Lisboa: "Sorry, we 're closed for vacation" ( Desculpem, estamos fechados para férias).] (LG)
2. Depois da independência a Suécia continuou a ser o maior fornecedor de assistência à Guiné (*).
O auxílio estatal era dado pela Swedish International Development Cooperation Agency (SIDA) e pela Swedish Agency for Research and Cooperation with Developing Countries (SAREC), para além de Organizações näo Governamentais (ONG) como por exemplo a Save the Children/Sweden (Rädda Barnen).
O auxílio estatal entre 1974 e 1993 foi de 2 mil milhões (!) de dólares (USA),
De entre projectos financiados pela SIDA [, A Agência Sueca Para o Desenvolvimento e Cooperação Internacionais] salientam-se:
(i) Programa de Desenvolvimento Rural Integrado (PDRI) administrado desde o Centro Olof Palme, em Bula:
(x) Financiamento e assistência ao INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.(Assstência e apoio ás publicações, projectos de pesquisa, conferências académicas, grupos de estudos, bolsas académicas).
Em 1994 uma avaliação muito crítica(!) aos resultados da assistência desde 1974 recomendou uma redução substancial da mesma por, entre outros motivos...menos diplomáticos..."O auxílio dado à Guiné-Bissau durante 20 anos ter resultado num crescimento económico muito limitado".
Cinco anos mais tarde, na sequência da destrutiva guerra civiil de 1998-1999 a embaixada sueca em Bissau foi encerrada.
José Belo
A política seguida pela SIDA até essa data foi a de permitir ao Governo da Guiné a formulação das suas prioridades e solicitar auxílios de acordo com as mesmas. A seu modo auxílios... "requisitados".
Os resultados?
De qualquer modo é interessante o aumento dos números quanto aos milhões de coroas suecas fornecidas de ano para ano.
1988-1989...3 milhões.
1989-1990...6 milhões.
1990-1991...28 milhões
Um abraço do José Belo
PS - 1 Euro = 9,2691 Coroas Suecas (SEK); 1 SEK = 0,10787 €, em 13/11/2014 (LG)
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(*) Últimos postes desta série:
3 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13842: Da Suécia com saudade (40): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte I)... à Guiné-Bissau, de 1974 a 1995, foi de quase 270 milhões de euros... Depois os suecos fecharam a torneira... (José Belo)
4 de movembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13847: Da Suécia com saudade (41): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte II)... Um apoio estritamente civil, humanitário, não-militar, apesar das pressões a que estavam sujeitos os sociais-democratas, então no poder (José Belo)
5 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13849: Da Suécia com saudade (42): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte III)... Pragmatismos de Amílcar Cabral e do Governo Sueco, de Olaf Palme, que só reconheceu a Guiné-Bissau em 9 de agosto de 1974 (José Belo)
6 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13853: Da Suécia com saudade (43): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte IV): Rússia e Suécia, vizinhos e inimigos fidalgais, foram os dois países que mais auxiliaram o partido de Amílcar Cabral (José Belo)
7 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13859: Da Suécia com saudade (44): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte V)Quando se discutia, item a item, o que era ou não era ajuda humanitária: catanas, canetas, latas de sardinha de conserva... (José Belo)
9 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13859: Da Suécia com saudade (45): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VI): Para além de meios de transporte automóvel (camiões e outras viaturas Volvo, Gaz, Unimog, Land Rover, Peugeot, etc.), até uma estação de rádio completa, móvel, foi fornecida ao movimento de Amílcar Cabral, sempre para fins "não-militares"... (José Belo)
11 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13874: Da Suécia com saudade (46): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VII): Não deveria ter ficado surpreendido, com algumas reações... (José Belo)
A chefe da delegação, a controversa deputada socialdemocrata e antiga presidente do parlamento sueco, Birgitta Dahl, fez um relatório desta missão, em sueco, e que infelizmente não está disponível na Net: a visita foi à Guiné-Conacri e às "áreas libertadas" da Guiné-Bissau, no período de 6 de novembro a 7 de dezembro de 1970 [”Rapport från studieresa till Republiken Guinea och de befriade områdena i Guinea-Bissau, 6 november–7 december 1970” (”Relatório da viagem de estudo à República da Guiné e às zonas libertadas da Guiné-Bissau, 6 de Novembro–7 de Dezembro de 1970”), Uppsala, Janeiro de 1971 (SDA)].
Fonte: Nordic Documentation on the Liberation Struggle on Southern Africa [Com a devida vénia] [Seleção, edição e legendaqgem livre: LG]
[As fotos podem ser usadas, devendo ser informado o Nordic Africa Institute (NAI) e o fotógrafo, quando for caso disso. Este espólio fotográfico de Knut Andreasson (, relativo à visita ao PAIGC na Guiné-Conacri e, alegadamente, às áreas sob o seu controlo na Guiné-Bissau, em novembro de 1970, de uma delegação sueca) foi doado pela viúva ao NAI.]
1. Última parte da publicação de alguns dados e notas de contextualização, sobre a ajuda sueca ao PAIGC, a partir de 1969, e depois à Guiné-Bissau, a seguir à independência e até 1994, da autoria do nosso camarada José Belo (na Suécia há quase 4 décadas, e a quem a gente chama carinhosamente o "régulo da Tabanca da Lapónia") (*)
Data: 6 de Novembro de 2014 às 20:27
Assunto: Auxílio Sueco à Guiné (pós independência)
Caro Luís Graca.
A partir do dia 12 parto para os States por um bom período de tempo. Aproveitarei para umas longas férias "blogueiras" em todos os azimutes.
Um abraco, José Belo
[O blogue do Zé Belo, Lapland Near Key West tinha a seguinte inscrição à porta do iglô, às 19h00 ontem, de Lisboa: "Sorry, we 're closed for vacation" ( Desculpem, estamos fechados para férias).] (LG)
2. Depois da independência a Suécia continuou a ser o maior fornecedor de assistência à Guiné (*).
O auxílio estatal era dado pela Swedish International Development Cooperation Agency (SIDA) e pela Swedish Agency for Research and Cooperation with Developing Countries (SAREC), para além de Organizações näo Governamentais (ONG) como por exemplo a Save the Children/Sweden (Rädda Barnen).
O auxílio estatal entre 1974 e 1993 foi de 2 mil milhões (!) de dólares (USA),
De entre projectos financiados pela SIDA [, A Agência Sueca Para o Desenvolvimento e Cooperação Internacionais] salientam-se:
(i) Programa de Desenvolvimento Rural Integrado (PDRI) administrado desde o Centro Olof Palme, em Bula:
(ii) Fábrica de Blocos e Tijolos em Bafatá;
(iii) Estaleiros de reparação GUINAVE em Bissau;
(iv) Oficinas mecânicas GUIMETAL em Bissau;
(v) Companhia de madeiras SOCOTRAM que operava 3 serrações, uma fábrica de mobílias,e uma fábrica de revestimentos de madeira para construção civil:
(vi) Uma rede telefónica automática:
(vii) Oficinas Volvo de reparação e manutenção;
(viii) A PESCARTE - Direcäo Nacional da Pesca Artesanal
(ix) Laboratório Nacional de Saúde Pública e apoio em especialistas e material hospitalar para o diagonóstico e tratamento do HIV/SIDA
Dos projectos financiados pela SAREC - Swedish Agency for Research and Cooperation with Developing Countries, salienta-se:
Dos projectos financiados pela SAREC - Swedish Agency for Research and Cooperation with Developing Countries, salienta-se:
(x) Financiamento e assistência ao INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.(Assstência e apoio ás publicações, projectos de pesquisa, conferências académicas, grupos de estudos, bolsas académicas).
Em 1994 uma avaliação muito crítica(!) aos resultados da assistência desde 1974 recomendou uma redução substancial da mesma por, entre outros motivos...menos diplomáticos..."O auxílio dado à Guiné-Bissau durante 20 anos ter resultado num crescimento económico muito limitado".
Cinco anos mais tarde, na sequência da destrutiva guerra civiil de 1998-1999 a embaixada sueca em Bissau foi encerrada.
José Belo
[ ex-alf mil inf da CCAÇ 2381,Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70; cap inf ref, é jurista, vive Suécia há quase 4 décadas, e onde formou família: e, ultiimamente, reparte o seu tempo com os EUA, aonde família tem negócios].
3. Mail do José Belo, recebido ainda hoje de manhã, por volta das 10h30:
Caro Luís Graça.
3. Mail do José Belo, recebido ainda hoje de manhã, por volta das 10h30:
Caro Luís Graça.
Aproveito já estar na minha casa em Estocolmo a aguardar o voo de amanhã para os States, para enviar sugestão quanto à interessante leitura do documento de um dos estudos sobre os auxílios da Agência Estatal Sueca SIDA à Guiné, Moçambique, Nicarágua e Vietname, na época os países que maior auxílio sueco recebiam: (i) "Aid and Macroeconomics", de Stefan Vylder; (ii) "An evaluation of Swedish Import Support to Guinea-Bissau, Mozambique, Nicaragua and Vietnam".
É interessante a Suécia ter mantido um perfil muito discreto nos diálogos políticos com as autoridades de Bissau sobre os programas de ajustamentos estruturais. No relatório de estudo e análise, mais ou menos crítica, de 1993, constata-se não ter tido a Agência Estatal Sueca-SIDA uma influência nas políticas económicas do governo da Guiné, compatível com a realidade de ser de longe a dadora do maior auxílio económico e dispondo de especialistas nesta área com mais vasta experiência do que a de outros países envolvidos.
É interessante a Suécia ter mantido um perfil muito discreto nos diálogos políticos com as autoridades de Bissau sobre os programas de ajustamentos estruturais. No relatório de estudo e análise, mais ou menos crítica, de 1993, constata-se não ter tido a Agência Estatal Sueca-SIDA uma influência nas políticas económicas do governo da Guiné, compatível com a realidade de ser de longe a dadora do maior auxílio económico e dispondo de especialistas nesta área com mais vasta experiência do que a de outros países envolvidos.
A política seguida pela SIDA até essa data foi a de permitir ao Governo da Guiné a formulação das suas prioridades e solicitar auxílios de acordo com as mesmas. A seu modo auxílios... "requisitados".
Esta política (diferente de a seguida por outros países que têm sempre procurado estabelecer condições formais para fornecimentos de auxílios bilaterais) tem feito com que o governo local olhe a SIDA como um dador "soft", a ser encarado como amigo(!).....
Os resultados?
De qualquer modo é interessante o aumento dos números quanto aos milhões de coroas suecas fornecidas de ano para ano.
1988-1989...3 milhões.
1989-1990...6 milhões.
1990-1991...28 milhões
Um abraço do José Belo
PS - 1 Euro = 9,2691 Coroas Suecas (SEK); 1 SEK = 0,10787 €, em 13/11/2014 (LG)
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Nota do editor:
3 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13842: Da Suécia com saudade (40): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte I)... à Guiné-Bissau, de 1974 a 1995, foi de quase 270 milhões de euros... Depois os suecos fecharam a torneira... (José Belo)
4 de movembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13847: Da Suécia com saudade (41): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte II)... Um apoio estritamente civil, humanitário, não-militar, apesar das pressões a que estavam sujeitos os sociais-democratas, então no poder (José Belo)
5 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13849: Da Suécia com saudade (42): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte III)... Pragmatismos de Amílcar Cabral e do Governo Sueco, de Olaf Palme, que só reconheceu a Guiné-Bissau em 9 de agosto de 1974 (José Belo)
6 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13853: Da Suécia com saudade (43): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte IV): Rússia e Suécia, vizinhos e inimigos fidalgais, foram os dois países que mais auxiliaram o partido de Amílcar Cabral (José Belo)
7 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13859: Da Suécia com saudade (44): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte V)Quando se discutia, item a item, o que era ou não era ajuda humanitária: catanas, canetas, latas de sardinha de conserva... (José Belo)
9 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13859: Da Suécia com saudade (45): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VI): Para além de meios de transporte automóvel (camiões e outras viaturas Volvo, Gaz, Unimog, Land Rover, Peugeot, etc.), até uma estação de rádio completa, móvel, foi fornecida ao movimento de Amílcar Cabral, sempre para fins "não-militares"... (José Belo)
11 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13874: Da Suécia com saudade (46): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VII): Não deveria ter ficado surpreendido, com algumas reações... (José Belo)
Guiné 63/74 - P13885: Consultório militar, do José Martins (9): Sobre a morte do alf mil Nuno da Costa Tavares Machado, em Guileje, em 28/12/1967: Parte III - Ficha da Unidade, BART 1896, a que pertenciam as CART 1612, 1613 e 1614
Crachá do BART 1896, "Bravos e Leais"
Crachás ou emblemas das companhais operacionais: CART 1612, 1613 e 1614
Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)
História da Unidade do Batalhão de Artilharia nº 1896 que tinha como subunidades orgânicas, além da CCS, as Companhias de Artilharia nºs 1612, 1613 e 1614, à guarda do Arquivo Histórico Militar, donde foi extraído o resumo que juntamos, e que consta no 7º Volume – Unidades, da CECA.
1. Informação recolhida pelo José Martins [ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70, TOC reformado, residente em Odivelas]. no âmbito do seu "consultório militar" e, mais concretamente, em resposta a um pedido de informação do nosso leitor Aníbal Teixeira, cunhado do alf mil art Nuno da Costa Tavares Machado, morto em combate em Guileje, em 28712/1967, e que pertenceu CART 1613 / BART 1896 (Guileje, 1968/68). (*)
Fonte: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanahs de África (1961-1974) , 7º Volume: Fichas das Uniades, Tomo II: Guiné. Lisboa, Estado Maior do Exércitio, 2002, pp. 209-211.
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Nota do editor:
Vd. postes anteriores da série >
31 de outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13826: Consultório militar, do José Martins (7): Sobre a morte do alf mil Nuno da Costa Tavares Machado, em Guileje, em 28/12/1967: Parte I - Dúvidas que, escritas na areia, desaparecem, mas acompanham sempre os entes queridos (Aníbal Teixeira, cunhado, Avanca, Estarreja)
13 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13883: Consultório militar, do José Martins (8): Sobre a morte do alf mil Nuno da Costa Tavares Machado, em Guileje, em 28/12/1967: Parte II - Cruz de Guerra de 3ª classe, atribuída por portaria de 19 de janeiro de 1971, pelas suas qualidades de "decisão e coragem moral, audácia, valentia e abnegação até ao extremo"
13 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13883: Consultório militar, do José Martins (8): Sobre a morte do alf mil Nuno da Costa Tavares Machado, em Guileje, em 28/12/1967: Parte II - Cruz de Guerra de 3ª classe, atribuída por portaria de 19 de janeiro de 1971, pelas suas qualidades de "decisão e coragem moral, audácia, valentia e abnegação até ao extremo"
Guiné 63/74 - P13884: Agenda cultural (355): Convite para o Seminário de Estudos Internacionais dedicado ao tema "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro", de Francisco Henriques da Silva e Mário Beja Santos, dia 20 de Novembro de 2014, pelas 18h00, no Auditório B1.03 do Instituto Universitário de Lisboa (Eduardo Costa Dias)
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Nota do editor
Último poste da série de 13 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13882: Agenda cultural (354): Apresentação do livro "Bissau em Chamas - Junho 1998", dos Almirantes Alexandre Rodrigues e Américo Silva Santos, com apresentação do Almirante Reis Rodrigues, dia 19 de Novembro de 2014, pelas 15 horas, no Palácio da Independência, em Lisboa (Manuel Barão da Cunha)
Guiné 63/74 - P13883: Consultório militar, do José Martins (8): Sobre a morte do alf mil Nuno da Costa Tavares Machado, em Guileje, em 28/12/1967: Parte II - Cruz de Guerra de 3ª classe, atribuída por portaria de 19 de janeiro de 1971, pelas suas qualidades de "decisão e coragem moral, audácia, valentia e abnegação até ao extremo"
1. Segunda parte da resposta do nosso colaborador, camarada e amigo José Martins [ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70, TOC reformado, residente em Odivelas] a um pedido de informação do nosso leitor Aníbal Teixeira, residente em Avanca, Estarreja, sobre as circunstâncias da morte do seu cunhado, Nuno da Costa Tavaraes Machado, alf mil art, CART 1613 (Guileje, 1966/68), morto em combate em 28/12/1967, no decurso da Op Relance (*).
O José Martins consultou as publicações da CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanahs de África (1961-1974) , 5º Volume: Condecorações Militares Atribuídas, Tomo VI: Cruz de Guerra (1970-1971). É neste tomo que consta a portaria de atribuição da condecoração ao Nuno da Costa Tavares Machado, assim como os louvores que deram origem à mesma. (pp. 363-365).
O José Martins consultou as publicações da CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanahs de África (1961-1974) , 5º Volume: Condecorações Militares Atribuídas, Tomo VI: Cruz de Guerra (1970-1971). É neste tomo que consta a portaria de atribuição da condecoração ao Nuno da Costa Tavares Machado, assim como os louvores que deram origem à mesma. (pp. 363-365).
Já foi enviado ao nosso leitor Aníbal Teixeira uma cópia deste excerto que agora publicamos para conhecimento geral.
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Nota do editor:
31 de outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13826: Consultório militar, do José Martins (7): Sobre a morte do alf mil Nuno da Costa Tavares Machado, em Guileje, em 28/12/1967: Parte I - Dúvidas que, escritas na areia, desaparecem, mas acompanham sempre os entes queridos (Aníbal Teixeira, cunhado, Avanca, Estarreja)
13 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13881: In Memoriam (206) Nuno da Costa Tavares Machado, alf mil inf, CART 1613, morto em Guileje, em 28/12/1967, e condecoado com a cruz de guerra, de 3ª classe, a título póstumo
Alf mil Nuno da Costa Tavares Machado,
condecorado com a cruz de guerra de 3ª classe,
por portaria de 19/1/1971
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Nota do editor:
31 de outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13826: Consultório militar, do José Martins (7): Sobre a morte do alf mil Nuno da Costa Tavares Machado, em Guileje, em 28/12/1967: Parte I - Dúvidas que, escritas na areia, desaparecem, mas acompanham sempre os entes queridos (Aníbal Teixeira, cunhado, Avanca, Estarreja)
13 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13881: In Memoriam (206) Nuno da Costa Tavares Machado, alf mil inf, CART 1613, morto em Guileje, em 28/12/1967, e condecoado com a cruz de guerra, de 3ª classe, a título póstumo
Guiné 63/74 - P13882: Agenda cultural (354): Apresentação do livro "Bissau em Chamas - Junho 1998", dos Almirantes Alexandre Rodrigues e Américo Silva Santos, com apresentação do Almirante Reis Rodrigues, dia 19 de Novembro de 2014, pelas 15 horas, no Palácio da Independência, em Lisboa (Manuel Barão da Cunha)
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Nota do editor
Último poste da série de 12 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13878: Agenda cultural (353): Vila Nova de Famalicão > Câmara Municipal > Museu Bernardino Machado > 5 de dezembro de 2014 > 21h30 > Ciclo de Conferências 2014 > Ideias e Práticas do Colonialismo Português: dos fins do séc XIX a 1974 > As Ideias Colonialistas de Marcello Caetano: conferência pelo prof doutor Luís Reis Torgal (UC). Entrada gratuita
Nota do editor
Último poste da série de 12 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13878: Agenda cultural (353): Vila Nova de Famalicão > Câmara Municipal > Museu Bernardino Machado > 5 de dezembro de 2014 > 21h30 > Ciclo de Conferências 2014 > Ideias e Práticas do Colonialismo Português: dos fins do séc XIX a 1974 > As Ideias Colonialistas de Marcello Caetano: conferência pelo prof doutor Luís Reis Torgal (UC). Entrada gratuita
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