

O VENTOINHA
De baixa estatura e porque andava sempre em correria, este condutor da CART 643 tinha a alcunha do VENTOINHA. Em virtude de haver na altura excesso de Condutores na Companhia, o citado moço foi colocado como impedido do alojamento de Sargentos, alojamento esse que segundo informações passou a ser Bar dos Sargentos das Companhias vindouras, 816 ou 1419?
O seu sonho era ter um rádio/telefonia, para nos momentos de descanso ouvir música e as notícias. Esse sonho era difícil de concretizar, o pré não era mais do que umas centenas de escudos, ainda por cima uma parte ficava na Metrópole.
Juntou a pouco e pouco alguns escudos e comprou em segunda mão a um civil o dito aparelho. Andou de mão em mão a mostrá-lo, e chegado a noite, porque havia fraca recepção, decidiu ligar à antena do rádio militar. A assistência era grande até parecia uma cena do filme O PÁTEO DAS CANTIGAS, os camaradas estavam ansiosos por ouvir aquela fonte.
Mal ligou, caiu uma forte trovoada antecipada por um raio, mas logo por azar foi direito à antena e logo o aparelho começou a deitar fumo.
Claro com a crueldade normal dos jovens ouviu-se dizer:
- Oh Ventoinha a caixa talvez ainda sirva para uma gaiola de periquitos.
Rogério Cardoso
CART 643
__________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 7 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5781: Notas soltas da CART 643 (Rogério Cardoso) (6): Rondas e sentido de solidariedade na 643
Sem comentários:
Enviar um comentário