Bandeira do Japão: símbolo de terror no Pacífico, entre 7 de dezembro de 1941 e 2 de setembro de 1945 (data da rendição oficial e incondcional do Japão). Em Timor-Leste, invadido e ocupado desde 19 de fevereiro de 1942, completamente ssolados do mundo desde julho de 1943, sem telecomnunicações, os habitantes só souberam da notícia do fim da II Grande Guerra e do armistício em 1 de setembro de 1945 (!)... As tropas ocupanbtes só começaram a retirar da ilha a 6 de setembro (*).
Portugal recuperou a soberania da Timor, ao fim de três anos e meio de ocupação do território pelas tropas japonesas. Morreram perto de uma centena de portugueses, europeus e "liurais" (régulos timorenses, fiéis a Portugal), em combate, assassinados, vítimas de doença, ou desaparecidos no mato, sem falar das muitas dezenas e dezenas de milhares de timorenses anónimos (no mínimo, 40 mil).
O Governador, cap inf Ferreira Carvalho, rapidamente decidiu a reocupação da ilha, e o restabelecimento da autoridade portuguesa, o que foi feito em tempo tempo-recorde de 14 dias.
1. A ocupação japonesa de Timor-Leste, então colónia portuguesa, durante a II Guerra Mundial, decorreu entre fevereiro de 1942 e setembro de 1945. Foi marcada por violência extrema, genocídio, guerrilha, colaboração e imenso sofrimento para a população local (incluindo a pequena comunidade portuguesa, constituida por desterrados, missionários católicos, funcionários civos e escassos militares).
Apesar da neutralidade de Portugal durante a II Guerra Mundial, Timor-Leste tornou-se um campo de batalha estratégico no teatro do Pacífico, principalmente devido à sua proximidade com a Austrália (Dili ficava a c. 700 km de Darwin).
Passam, este mês, 80 anos desde o fim da guerra do Pacifico (7 de derzembro de 1941 - 2 de setembro de 1945). Os japoneses tiveram a infelicidade de ter um governo militarista e totalitário e os timorenses o azar de ficarem na rota das suas loucas ambições de subjugarem toda a Ásia e a Oceania...
Ocupação de Timor-Leste na II Guerra Mundial (1942-1945)> Principais factos e datas
A invasão japonesa ocorreu na noite de 19 para 20 de fevereiro de 1942, com desembarque de cerca de 1500 soldados; ao mesmo tempo, a marinha e a força aérea nipónicas atacavam a parte ocidental da ilha, sob administração holandesa (a capital Kupang e outros pontos).
Logo a seguir, em 24 de fevereiro de 1942, foi introduzida moeda militar japonesa como única circulação legal em Timor. A administração civil portuguesa não foi formalmente deposta: era preciso salvar as aparências.
O governador português e o seu escasso corpo de funcionários ficarm circunscritos à residência oficial em Díli após maio de 1942. Mas era uma administração fantoche.
A resistência aliada, composta por australianos (Sparrow Force), holandeses,n meia dúzxia de ingleses, e civis, portugueses e timorenses, continuou sob a forma de guerrilha nas montanhas. O apoio da população local está documentalente documentado.
A resistência aliada, composta por australianos (Sparrow Force), holandeses,n meia dúzxia de ingleses, e civis, portugueses e timorenses, continuou sob a forma de guerrilha nas montanhas. O apoio da população local está documentalente documentado.
O interesse estratégico aliado pelo território irá, entretanto, diminuir e, a partir de fevereiro de 1943, a maioria dos comandos australianos foi evacuado.
A ocupação terminou apenas após a rendição do Japão, em 2 de setembro de 1945, e o regresso da administração portuguesa efetiva
A ocupação terminou apenas após a rendição do Japão, em 2 de setembro de 1945, e o regresso da administração portuguesa efetiva
A ocupação resultou em intenso sofrimento: houve peloo menos 40 mil mortos entre timorenses e portugueses (cerca de 10% da população da época), devido a massacres, fome, doenças e trabalhos forçados.
Houve repressão violenta contra qualquer suspeita de apoio aos aliados, envolvendo represálias, torturas, fuzilamentos públicos e deportação em massa da população de Díli para o interior.
Destacou-se, de entre muitos outros, a figura do régulo Aleixo Corte-Real (Dom Aleixo), símbolo da resistência timorense, fuzilado pelos japoneses em 1943 por ter colaborado com forças aliadas e apoiado a população local.
Destacou-se, de entre muitos outros, a figura do régulo Aleixo Corte-Real (Dom Aleixo), símbolo da resistência timorense, fuzilado pelos japoneses em 1943 por ter colaborado com forças aliadas e apoiado a população local.
Envolveu-se também a comunidade portuguesa local, ora na resistência armada, ora tentando proteger a população, apesar das ordens de neutralidade vindas da metrópole.
De entre os portugueses, resistentes, destaque-se o tenente (e antigo administrador de Baucau) Manuel de Jesus Pires (durante anos e anos totalmente esquecido) (Foto à esquerda, com dedicatória manuscrita à "amiga Maria", e data de 6/3/1943, um ano antes de morrer, às mãos dos japoneses, no cativeiro; fonte: blogue Uma Lulik > 10 de fevereiro de 2008 > Tenente Pires)
A maior parte das infraestruturas urbanas e povoados foi destruída pelos combates e bombardeamentos aéreos: Díli sofreu mais de 90 ataques aéreos ao longo da ocupação, a maior parte da aviação aliada.
(i) Contexto e invasão aliada (1941)
17 de dezembro de 1941:
(ii) A invasão japonesa e o início da resistència (1942)
(v) o auge da ocupação japonesa e a fome (1943-1945)
(vi) O fim da guerra (1945)
Em resumo:
Vd. RTP Ensina > A ocupação de Timor pelos japoneses (vídeo, 6' 01'')
17 de dezembro de 1941:
- antecipando uma mais que provável invasão japonesa, e para prevenir a instalação de bases japonesas, uma força de 400 comandos australianos e holandeses desembarca em Díli, contra a vontade e os protestos do governador português, Manuel de Abreu Ferreira de Carvalho;
- o objetivo era criar uma linha de defesa avançada e impedir que o Japão usasse a ilha como base para atacar a Austrálias;
- Lisboa protestou em vão, mas veementemente, contra esta violação da sua neutralidade.
(ii) A invasão japonesa e o início da resistència (1942)
19-20 de Fevereiro de 1942:
finais de fevereiro de 1942:
(iii) A guerra de guerrilha e o apoio timorense (1942)
- o Império do Sol Nascente, usando a presença aliada como pretexto para a invasão, lança um ataque massivo. de cerca de 1500 soldados em Díli, ocupando rapidamente a cidade.
- o pqueno contingente aliado e as forças portuguesas (com cerca de 600 homens, incluindo timorenses) são rapidamente subjugados na capital.
- a narinha e aviaçáo japonesas bomnardeiam Kupang (Timor holandês) e noutros pontos estratégicos da ilha;
finais de fevereiro de 1942:
- o soldados aliados sobreviventes, principalmente australianos da "Sparrow Force", recuam para as montanhas do interior da ilha;
- com o apoio crucial da população timorense, que lhes fornecia comida, abrigo e informações, iniciam uma improvável campanha de guerrilha contra as forças nipónicas
março - dezembro de 1942:
agosto de 1942:
- os comandos australianos, conhecidos como os "fantasmas de Timor", infligem pesadas baixas às tropas japonesas, sabotando as suas operações e linhas de comunicação;
- estima-se que mais de 1.500 soldados japoneses foram mortos nesta fase, ao custo de apenas cerca de 40 baixas australianas;
- a resistência não teria sido possível sem o apoio ativo dos timorenses: muitos serviram como guias, informantes, e carregadores (chamados "criados" pelos australianos); esta colaboração, no entanto, teve um custo terrível, pois os japoneses retaliaram brutalmente contra as aldeias que ajudavam os aliados.
agosto de 1942:
- os nipónicos lançam uma grande contraofensiva para esmagar a guerrilha, intensificando a violência contra os civis (e fazendo recurso às famigeradas "colunas negras", timorenses de um lado e do outro, arregimentados para espalhar o terror),
(iv) a retirada aliada e o abandono total (1942-1943)
dezembro de 1942 - fevereiro de 1943:
dezembro de 1942 - fevereiro de 1943:
- face à insustentabilidade da situação, a marinha australiana realiza uma série de operações secretas para evacuar os seus soldados; a grande maioria dos comandos é resgatada, deixando a população timorense à mercê da brutalidade das forças de ocupação japonesas e das dos seus colaboracionistas;
- as autoridades e cidadãos portugueses que não tinham sido evacuados foram, na sua maioria, internados em campos de concentração.
(v) o auge da ocupação japonesa e a fome (1943-1945)
- com a saída dos aliados, os japoneses consolidaram o seu controlo, impondo um regime de terror; civis timorenses foram executados, torturados e forçados a trabalhos pesados;
- as forças japonesas confiscaram colheitas e gado para sustentar o seu esforço de guerra; o colapso da agricultura, combinada com os bombardeamentos aéreos aliados que visavam as posições japonesas nos anos seguintes, levou a uma fome generalizada que devastou a população.
(vi) O fim da guerra (1945)
- 6 e 9 de agosto de 1945: bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaqui;
- 15 de agosto: o Imperador Hirohito anuncia a rendição incondicional do Japão, terminando a II Guerra Mundial.
- 5 de setembro: o comandante das forças japonesas em Timor-Leste, coronel Kaida Tatsuichi, encontra-se com o governador português interino para comunicar a rendição;
- 6 de setembro;: os japoneses começam a retirar do território;
- 11 de setembro: as forças japonesas em Timor rendem-se formalmente aos australianos em Kupang (capital da parte holandesa).
- a 27, chegam a Díli os avisos "Bartolomeu Dias" e "Gonçalves Zarco", e, dois dias depois, a 29, o aviso "Afonso de Albuquerque" e o T/T "Angola", vindos de Lourenço Marques, e ainda, a 9 de outubro, o vapor "Sofala", com tropas expedicionárias, novos funcionários e mantimentos.
Em resumo:
- a invasão de Timor demonstrou os limites da neutralidade portuguesa e as ambiguidades da diplomacia do Estado Novo durante o conflito;
- a experiência da ocupação e resistência marcou profundamente a identidade timorense, sendo memória central da história do país e das relações com Portugal e a Austrália.
- estes factos e datas são unanimemente reconhecidos nas fontes académicas, relatos de sobreviventes e pela historiografia portuguesa, australiana e timorense recentes, confirmando que ocupação japonesa foi uma das maiores catástrofes da história de Timor-Leste (imfelizmente seguida, pelça imnvasáo e ocupaçáo da Indonésia,
- embora os números exatos sejam difíceis de apurar, as estimativas indicam que entre 40 mil e 70 mil timorenses terão em resultado direto da ocupação, seja através da violência, da fome ou de doenças (uma perda que representava entre 10% a 15% da população da época, um a proporção mais ou menos equiparável ao do genocídio praticado pelos indonésios, entre 1975 e 1999)
Vd. RTP Ensina > A ocupação de Timor pelos japoneses (vídeo, 6' 01'')
(Pesquisa: LG / Blogue + Assistente de IA (Gemini, ChatGPT, Perplexity)
(Condensação, revisão / fixação de texto: LG)
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Notas do editor LG:
(*) Último poste da série >
(**) Vd. poste de:
(**) Vd. poste de:
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